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sábado, 23 de agosto de 2008

Minha Cidade Natal - Ipanema


Sempre tive vontade de divulgar,
mostrar os espaços nos quais passei minha infância
e adolescência em minha cidade natal,
Rio de Janeiro.
 Nunca fiquei satisfeito com o que escrevi,
com minhas descrições, pois não conseguia
dar a impressão exata da enorme importância
que esses lugares, muitas vezes
desconhecidos da quase totalidade dos cariocas,
possuem, não só em beleza ou tradição,
mas em termos históricos. Sempre me faltavam dados
confiáveis em minhas rápidas pesquisas.
Navegando pela web encontrei o que tentei fazer,
da maneira que sempre desejei mostrar
minha maravilhosa cidade e assim,
vou transcrever para vocês esse bonito trabalho
de pesquisa e divulgação que revelou
a mim alguns lugares que, também eu desconhecia.

carlos miranda (betomelodia) 



ipanema nos anos de 1920

Na cidade de Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa,
entre a beleza da Lagoa Rodrigo de Freitas
e o Oceano Atlántico, existe um lugar que é hoje
uma das mais valorizadas áreas urbanas do País.
Vamos voltar no tempo e saber um pouco mais
sobre a origem e o desenvolvimento deste lugar,
que é referência mundial quando se fala em Brasil,
revelando uma breve história sobre Ipanema, que 
em tupi-guarani significa "águas perigosas".

ipanema nos dias atuais

Era habitada pelos índios Tamoios ao chegarem
os colonizadores. Era, pois os índios foram
dizimados pelos portugueses por volta de 1574,
que ali instalaram o Engenho Del Rei.
Sebastião Fagundes Varela, recebeu o engenho
e as terras que dele faziam parte por volta
de 1608, mudando o nome do lugar para Engenho
Nossa Senhora da Conceição. Porém o empreendimento
acumulou prejuízos por mais de 200 anos,
até ser leiloado por Dom João VI, por volta 1808. 
Conhecida como Praia de Fora, as terras mudaram de
dono por muitas vezes, sendo então compradas pelo
comendador Francisco Fialho e herdadas por seu filho,
José Antônio Moreira Filho em 1886.
Ele era conhecido como Barão de Ipanema.
As terras, um imenso areal quase sem valor, eram
parte da Fazenda Copacabana e só podiam ser
acessadas à pé ou de canoa.


planta do loteamento leblon e ipanema

Em 1884, com várias ruas e praças já planejadas,
já surgia a Villa Ipanema, com seus lotes
colocados à venda.Dois anos antes, 1892,
entrou em funcionamento uma linha
de bondes, com tração animal e sobre trilhos
de madeira, entre Botafogo e Copacabana, percurso
ampliado até o Posto 6, em 1894, quando então o
Barão aproveitou e estendeu a linha até Ipanema.
Com o problema de acesso resolvido, o Barão vendeu as
suas terras e Ipanema cresceu, apesar de um pouco
afastada da cidade.

ipanema, entre o atlântico e a lagoa rodrigo de freitas

Foi na década de 60 que Ipanema começou a se destacar.
O advento da Bossa Nova, da Banda de Ipanema, da
projeção de Leila Diniz no cenário carioca, fez com
que Ipanema passasse a ser exportadora de modismos
e sua projeção nacional e internacional começou.
Surgiram, nos anos 70, as controvertidas
"dunas do barato", encontro da geração "desbunde",
nos anos 80, o Circo Voador e a partir de então, Ipanema
não parou de criar fatos marcantes como os verões
"da lata" e o "do apito", além de se tornar centro
da moda, das griffes mais badaladas.

ipanema, vista da ponta do arpoador


 
Palco do Tropicalismo, do tablóide Pasquim,
da Garota de Ipanema cantada em verso e prosa,
do biquini, da tanga, do top-less e de muitos
outros movimentos culturais, Ipanema não deve
ser descrita. Deve ser vista, admirada, ouvida, cheirada,
absorvida por todos os nossos sentidos,
para então ser entendida.

ipanema ao entardecer
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

7 comentários:

  1. Newton para mim
    Mostrar detalhes 12:35
    Responder

    um ótimo espaço.
    boas imagens e bons textos.

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  2. Nossa, o que mais me impressiona é perceber que foram os últimos cinquenta anos que fizeram a grande diferença na maior parte do nosso país.
    Adorei conhecer estes detalhes todos da tua terra,Beto.Parabéns pelo post!
    Beijos

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  3. Zacarias para mim
    Mostrar detalhes 16:12
    Responder

    Site nota 1000 !
    Voltarei sempre.

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  4. "Rua Nascimento Silva, 107/Você ensinando pra Elizeth...Lembra que tempo feliz/Mas que saudade/Ipanema era só felicidade..." (Tom)
    Em Ipanema encontrei a Felicidade, também! Meu filho foi curado lá!
    Essas imagens deslumbrantes!
    Obrigada por esses momentos!

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  5. Li o Pasquim desde o primeiro número que me eram emprestados pelo meu primeiro AMOR. Linda história, não acha?
    Havia "lindos pegas" entre os intelectuais de primeira que o compunham. Uns diziam:"-O Brasil não é Ipanema." Outros:"- De Ipanema para o mundo!"
    A grande verdade é que "O Pasquim" foi um veículo de redemocratização importantíssimo para o nosso país e era composto de Homens que combinavam Cultura, Bom Humor e muita, muita CORAGEM.Jaguar (acaba de ganhar um Prêmio Internacional); Henfil (que falta nos faz); Ziraldo e até Paulo Francis (esse era a "ovelha negra" do grupo); Reinaldo (caricaturas e "fotonovelas" de arrasar)...Leila Diniz fez uma das mais tocantes entrevistas com eles...
    Preciso revisitar mais certas gavetas da minha memória. Você está nos auxiliando!
    Continue...

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  6. Ah, que saudade do nosso Rio de Janeiro!
    Foi Ipanema (mais precisamente no trecho de praia em frente à rua Francisco Otaviano, pertinho da Pedra do Arpoador) o palco de uma breve história: estava lá eu ciceroneando um casal de amigos ingleses quando, andando em direção ao Leblon, nos deparamos com um belíssimo pôr-do-sol, o céu tingido de milhares de tons avermelhados e algumas nuvens com tons de dourado intenso, uma paisagem tão bela e mágica que paramos instintivamente para apreciar; um ou dois minutos depois lá se ia o sol, alaranjar outras praias e então nos demos conta que todas as pessoas por ali estavam como nós, apreciando aquele espetáculo, e para maior surpresa dos gringos, uma repentina salva de palmas e assovios agradecia à natureza por aquela benção fugaz. Meus amigos, surpresos e emocionados resolveram naquela hora estender um pouco mais suas férias para curtir ainda mais a nossa cidade, que apesar dos pesares, continua sendo a Cidade Maravilhosa (ou será que algum outro povo em qualquer outro lugar do mundo seria protagonista de tal ato coletivo e espontâneo?).
    Viva São Sebastião do Rio de Janeiro!
    Um abraço!

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  7. nem fale em saudade, carmello...

    meu coração é pequeno para tanta, dos lugares por onde andei, dos amigos que deixei, dos bares em que cantei...

    a cena descrita, é reveladora do agradecimento ao criador por nossos irmãos cariocas e visitantes, pelas maravilhas que os rodeiam e pelas belas surpresas tais como essa que você presenciou.

    abraços de um velho dinossauro saudoso...

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