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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Cícero Dias, a Arte na Liberdade de Expressão

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figuras

No ano de 1907, no Engenho Judiá, município de Escada e distante
cinquenta quilômetros de Recife, Pernambuco, nasceu Cícero Dias.
Cedo estudou desenho em sua terra natal mas, aos treze anos mudou-se
para a cidade de Rio de Janeiro onde matriculou-se, em 1925, nos
cursos de pintura e escultura, cursando a ENBA, Escola Nacional de
Belas Artes. Nenhum dos dois ele acabou concluindo pois tinha um
temperamento um tanto inconstante.

Sua saída da escola deveu-se a querer experimentar as novas tendências
da pintura, seduzido pelo movimento modernista que surgia, o que
foi combatido severamente por seus professores. Passou a aperfeiçoar-se
por conta própria e desvinculado do ensino acadêmico, sua arte
ganhou maior liberdade de expressão.


cícero dias

Pintor, gravador, desenhista, ilustrador, cenógrafo e professor, deixou
sua marca na história da Arte Brasileira ao no ano de 1931, ao expor no
Salão Revolucionário um polêmico painel, tanto pela temática quanto pela
dimensão. Com o título de "Eu Vi o Mundo... Ele Começava no Recife",
o painel originalmente media vinte metros, apresentando diversas cenas
comuns, infantis, oníricas e eróticas. O painel foi danificado nas partes em
que continha as cenas de erotismo explícito e posteriormente restaurado.
Sem as tais cenas, ficou reduzido a dezessete metros.

Abaixo um pequena mostra de suas obras, inclusive do outrora polêmico
painel, um legado inestimável para a Arte Brasileira daquele que com
coragem teve como meta, a Liberdade de Expressão, o que lhe rendeu do
governo francês a Ordem Nacional do Mérito da França, em 1998, aos 91 anos.
Cícero Dias Morreu em Paris no ano de 2003.

carlos miranda (betomelodia) 


a noiva


casal no barco

casario com figura

figura

figuras com casas

moça na janela

casal

rede com figuras

destaco: painel "eu vi o mundo... ele começava em recife, brasil"
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Ana Carolina, Libido

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Ana Carolina completa 15 anos de carreira neste ano, voltando aos palcos
com o show intitulado #AC, no Citibank Hall, São Paulo, no dia 31 deste mês.

Deste novo álbum apresentou a composição Libido, composta em parceria
com Edu Krieger. E com a comemoração, veio uma mudança, uma fuga
para o pop, mas pop visto sob seu prisma, deixando de ser aquela então
consagrada autora de inúmeros sucessos das baladas. 

ana carolina

Sobre esta faixa e segundo Ana, a libido está presente em nosso dia-a-dia,
em todos os momentos , lugares e aspectos da vida. Assim, com  inspiração
no instinto sexual que mexe com nossa pele, alma e sentimentos, o vídeo
de sua autoria, sensualíssimo, provocante e beirando o erotismo, nos
revela o óbvio mas polêmico fato: a sexualidade de cada um, apenas é uma
opção natural a que temos direito. Sem rótulos, sem medo. O certo mesmo
é sermos felizes. Nós e a nossa libido.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )

No anúncio da revista ou na obra de arte
Na foto do jornal ou na letra do encarte
Suíte do motel sala do "apart"
No meio bem no meio o calor que invade

A libido está em toda
A libido está em tudo
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte

Nas cabeças de Platão Maquiavel e Descartes
No azul da atmosfera ou vermelho de Marte
Na porta do seu corpo ou porta-estandarte
No topo de um vulcão ou fulminando de enfarte

A libido está em toda
A libido está em tudo
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte

No mundo virtual ou na realidade
No 'hall' do elevado na mão do biscate
No gesto do plebeu ou da majestade
Em quem chega cedo ou em quem já vai tarde

A libido está em toda
A libido está em tudo
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte

Pulsando na pureza ou na crueldade
Na ânsia do desejo ou na rivalidade
Às vezes até finge só amizade
Mas move o mundo inteiro sem dó nem piedade

A libido está em toda
A libido está em tudo
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte

A libido toda
A libido tudo

No anúncio da revista obra de arte
Foto do jornal letra do encarte
Suíte do motel a sala do "apart"
No meio bem no meio que invade
Cabeças de Platão Descartes
Azul da atmosfera e de Marte
Na porta do seu corpo estandarte
No topo de um vulcão um enfarte

A libido está em toda
A libido está em tudo
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte

ana carolina / edu krieger

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

João Bosco e Yamandu Costa: Benzetacil


Olha, eu creio que apenas mentes tão criativas quanto as do Francisco e do
João Bosco, são capazes de uma composição fazer sobre uma das mais
doloridas injeções que tenho notícia: a tal Benzetacil.

yamandu costa e joão bosco

O Francisco, autor da letra, ou o João, deve ter uma "ótima" recordação desta
dor que muitos de nós já sentiram, inclusive eu quando adolescente,
crendo que neste caso a cura dói mais que a dor que a motivou.

Com um ótimo balanço de João Bosco, associado aos malabarismos no violão
sete cordas de Yamandu Costa, no vídeo a seguir, Benzetacil.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Tem dor de dente dor-de-cotovelo
Tem dor em tudo que é lugar
Dor de barriga asia queimação
Tem a dor-de-facão
Mais conhecida por "de viado"
Calo nó tostão ou dor muscular
E bico-de-papagaio
Dor de cabeça sinusite febre
Cólica enxaqueca mas vai melhorar porque
Pra toda dor existe um bom remédio
Toma deita espera tenta esquecer

Mas na verdade tenho que dizer
Tem uma dor tão vil
Que dói só de pensar
Você não sabe amigo o que é levar
Um Benzetacil naquele lugar
Ai ai ai

Esparadrapo Calminex gelo
Boldo sal de frutas cafuné de mãe não tem
Nenhum remédio pra essa dor maldita
Vira abaixa as calça entrega a Deus e amém

joão bosco / francisco bosco

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 25 de janeiro de 2014

Djavan, Coração Leviano

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Quem lembra do filme de Miguel Faria Júnior, rodado em 1983 em que um
mendigo poeta, fica apaixonado por uma rica moça interpretada pela
atriz Patrícia Pilar? O título do filme é "Para Viver um Grande Amor" e o
ator que interpreta o mendigo, Djavan. Foram cinco meses em que
ele dedicou-se inteiramente à Sétima Arte, tendo sido o resultado
satisfatório mas, sendo muito exigente no que faz, preferiu dar sequência
à sua carreira na Música, apesar de seu enorme interesse pelo cinema.


Djavan prefere contribuir com o que faz de melhor: compor e cantar.
A excelência de suas composições é internacionalmente reconhecida
por suas nuances, sempre enfocando vários elementos em metáforas que
cativam pela ousadia de suas letras e por suas interpretações
em criações de  outros autores.

Ilustrando esta postagem, uma composição  que tem por
título Coração Leviano. O talento inigualável do autor da mesma,
Paulinho da Viola, interpretado por Djavan. Apreciem. 

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Trama em segredo teus planos
Parte sem dizer adeus
Nem lembra dos meus desenganos
Fere quem tudo perdeu

Ah coração leviano não sabe o que fez do meu
Ah coração leviano não sabe o que fez do meu

Este pobre navegante meu coração amante
Enfrentou a tempestade
No mar da paixão e da loucura
Fruto da minha aventura
Em busca da felicidade

Ah coração teu engano foi esperar por um bem
De um coração leviano que nunca será de ninguém

paulinho da viola

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Bustamante Sá e o Paisagismo

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cais do porto, rio de janeiro, brasil

Rubens Fortes Bustamante Sá, nascido na cidade de Rio de Janeiro
em julho de 1907, nela morrendo em março de 1988, Pintor, desenhista,
gravador e professor, deixou-nos um grande legado nas Artes.

Apesar de na essência ser um paisagista, Bustamante foi muito além
da própria pintura, eternizando-se pela sua vocação manifesta ao ensino,
ao levar pela mão os alunos, que mesmo sem grandes aptidões à Arte,
eram incentivados a persistirem no aprendizado do desenho e da pintura
fossem quais fossem as predileções dos mesmos. Há uma narrativa
muito interessante cujo autor desconheço, que o fez mudar radicalmente
de opinião quanto ao seu método de ensino:



" O aluno que aprendeu mais do que devia."

" Fazendo renascer os velhos tempos, quando João Jorge Grimm, tal como
os pintores de Barbizon, levava seus alunos para colher imagens no
campo, Bustamante Sá também criou uma escola ao ar-livre, onde ensinava
paisagem a principiantes, que nada entendiam de desenho nem da arte
da pintura. Alguns de seus alunos se desenvolviam com extrema rapidez,
outros nem tanto.

Um aluno havia que não conseguia se encontrar com a tela e, com
infinita paciência, o professor lhe tomava o lápis, desenvolvendo o esboço
à sua frente. Depois, como os borrões de tinta que o moço punha sobre
a tela mais pareciam pedaços de goiabada cascão, Bustamante, bem
intencionado, lhe tomava o pincel, fazendo acertos e modificações,
na esperança de que no correr do tempo, ele encontrasse seu
próprio caminho.

Um dia, Bustamante Sá foi a um moldureiro encomendar um trabalho e,
com surpresa, encontrou lá, para ser enquadrado em fina moldura,
um dos quadros que ajudara o aluno a pintar. Só então descobriu a farsa:
o aluno, mais esperto do que parecia, levava o professor a pintar o
quadro, quase inteiro, e depois o vendia a colecionadores como sendo
um legítimo Bustamante Sá.

Desde esse momento, e para sempre, o pintor jamais voltou a colocar
sua mão nos trabalhos de qualquer aluno."

bustamante sá, auto retrato

Com ele foi formado o trinômio da pintura carioca ao lado de seus
colegas de ateliê, José Pancetti e Sílvio Pinto, constituindo-se eles os
grandes nomes da pintura no Rio de Janeiro. Tamanha era a aproximação
dos três artistas que, em alguns momentos, o estilo de um chegava
a confundir-se com o dos outros dois, como se a obra tivesse
sido executada a seis mãos.

Abaixo, uma pequena viagem pelas telas de Bustamante Sá, a nos levar
à alguns lugares deste Brasil que ele amou e eternizou no tempo.

carlos miranda (betomelodia) 


engenho de dentro, rio de janeiro

lapa, rio de janeiro

praia, rio de janeiro

estaleiro do caju, niterói, estado do rio de janeiro

mercado do ver o peso, belém, pará

paisagem

ouro preto, minas gerais

farol da barra, salvador, bahia

destaco: nú deitada
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imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Zélia Duncan e Moska: O Tom do Amor


Ah, o Amor. Como definir o "tom" do Amor? Como descrever uma dos mais belos
sentimentos da vida? Este "tom" poderia ser descrito em cores, em música?
Creio que não. Só pode e apenas só, em poéticas palavras, poéticas frases
como as que Paulo Corrêa de Araújo, o Moska, um carioca que nesta composição
mostrou que além de compositor e cantor, é um poeta.

zélia duncan

Ah, o Amor. É tudo na vida, como bem o diz a música. Agora, juntemos
a letra com a musicalidade, com  a interpretação de Cássia Eller
e Moska: o resultado só pode ser o que no vídeo a seguir 
veremos:  a perfeição  em uma declaração  à Vida.

carlos miranda (betomelodia) 

O amor vai te contar um segredo
Não precisa ter medo nem sair correndo

O amor nasce pequeno cresce e fica estupendo
Às vezes o amor está ali você nem tá sabendo
O amor tem formas fôrmas aromas
Vozes causas sintomas o amor

É mãe é filho é amigo às vezes num canto esquecido
Existe amor existe amor antigo antigo

O Amor que cuida parte assusta
Que erra e pede desculpas às vezes o amor quer ferir
E se cura doendo o amor tem formas fôrmas aromas
Vozes causas sintomas o amor

É pausa é silêncio refrão explode nessa canção
O amor vai te contar um segredo
Fica atento repara bem que o meu amor
é todo seu antigo antigo

zélia duncan / moska

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 19 de janeiro de 2014

Maria Gadú e Caetano Veloso: Rapte-me Camaleoa


Mais uma postagem sobre esta incrível dupla, Caetano Veloso e Maria Gadú,
interpretando uma composição de Caê  que é sucesso até os dias atuais.
Rapte-me Camaleoa fala de uma maneira mágica e transcendental sobre o ato
de fazer Amor, com um pedido à parceira para captar seus desejos, emitidos
em uma espécie de transe, que o faça delirar.

maria gadú e caetano veloso

Abusando de seu conhecimento da língua portuguesa, Caetano
inova nesta composição de uma forma interessante, combinando nossa
língua com termos em inglês e finalizando com uma frase em francês.

Rapte-me Camaleoa com Maria Gadú e Caetano Veloso.

carlos miranda (betomelodia) 


Rapte-me camaleoa
Adapte-me a uma cama boa
Capte-me uma mensagem à toa
De um quasar pulsando lôa
Interestelar canoa

Leitos perfeitos
Seus peitos direitos
Me olham assim
Fino menino me inclino
Pro lado do sim

Rapte-me adapte-me capte-me it's up to me coração
Ser querer ser merecer ser um camaleão

Rapte-me camalea
Adapte-me ao seu
Ne me quitte pas

caetano veloso

fontes
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