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quarta-feira, 30 de março de 2011

Zé Ramalho, Beira Mar

Na pequena cidade de Brejo da Cruz, no ano de 1949,
nasceu aquele que anos mais tarde descobriu ter uma maneira
diferente de compor e cantar, como que narrando as letras
de suas composições.

Misturando tendências e ritmos diversos, é por todos
considerado um verdadeiro visionário. A inspiração para
suas composições, abrange um grande número de temas,
temas tais como os ritmos nordestinos, um filme, livros,
literatura de cordel, heróis das revistas de quadrinhos, rock,
ficção científica e até a mitologia.

Zé Ramalho nos remete de uma maneira quase que
mágica, a visualizar os temas de suas composições com
seu cantar único, levando-nos em devaneios para
uma viagem musical.

Geração após geração as obras de Zé Ramalho trazem a marca
do sucesso. São atemporais, transmitem ao seu público
mensagens de incentivo para tudo. Ouvindo, entendendo o
que as letra de suas canções nos dizem, sutilmente
temos uma valiosa ajuda para atingir nossos objetivos.

Interpretei grande parte de obra quando ainda nos palcos
eu atuava. Público de todas as idades me pediam
para cantar suas Músicas e o resultado era aplausos
e mais pedidos, sendo muitas vezes difícil passar para
um outro estilo musical. Foram ótimas noites.

Mas vamos ao vídeo, um dos últimos por mim
editado, que tenho certeza, apreciarão.
Beijos no coração...

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Eu entendo a noite como um oceano
Que banha de sombras o mundo de sol
Aurora que luta por um arrebol
Em cores vibrantes e ar soberano
Um olho que mira nunca o engano
Durante o instante que vou contemplar
Além muito além onde quero chegar
Caindo a noite me lançou no mundo
Além do limite do vale profundo
Que sempre começa na beira do mar
É na beira do mar

Olhe por dentro das águas há quadros e sonhos
E coisas que sonham o mundo dos vivos
Há peixes milagrosos insetos nocivos
Paisagens abertas desertos medonhos
Léguas cansativas caminhos tristonhos
Que fazem o homem se desenganar
Há peixes que lutam para se salvar
Daqueles que caçam em mar nebuloso
E outros que devoram com gênio assombroso
As vidas que caem na beira do mar
É na beira do mar

E até que a morte eu sinta chegando
Prossigo cantando beijando o espaço
Além do cabelo que desembaraço
Invoco as águas a vir inundando
Pessoas e coisas que vão se arrastando
Do meu pensamento já podem lavar
Ah! no peixe de asas eu quero voar
Sair do oceano de tez poluída
Cantar um galope fechando a ferida
Que só cicatriza na beira do mar
É na beira do mar


zé ramalho


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 25 de março de 2011

Anita Malfatti e o Movimento Modernista Brasileiro

samba

" Eu tinha 13 anos, e sofria porque não sabia que rumo tomar na vida.
Nada ainda me revelara o fundo da minha sensibilidade.
Resolvi, então, me submeter a uma estranha experiência
sofrer a sensação absorvente da morte.
Achava que uma forte emoção, que me aproximasse
violentamente do perigo, me daria a decifração definitiva
da minha personalidade. E veja o que fiz.

Nossa casa ficava próxima da educada estação da Barra Funda.
Um dia saí de casa, amarrei fortemente as minhas
tranças de menina, deitei-me debaixo dos dormentes
e esperei o trem passar por cima de mim.

Foi uma coisa horrível, indescritível. O barulho ensurdecedor,
a deslocação de ar, a temperatura asfixiante deram-me
uma impressão de delírio e de loucura.
E eu via cores, cores e cores riscando o espaço,
cores que eu desejaria fixar para sempre na retina assombrada.
Foi a revelação: voltei decidida a me dedicar à pintura. " (sic)

anita malfatti

Pintora paulista, Anita Catarina Malfatti era a
segunda filha do casal Samuel Malfatti e Betty Krug, tendo
nascido em São Paulo, SP, no ano de 1889, com uma grave
atrofia no braço e mão direita, deficiência que não
a impediu de dedicar-se às Artes Plásticas.

Com a morte de seu pai,  sua mãe viu-se sem recursos
para o sustento da família e então em sua casa,
dava aulas de idiomas e ensinava os rudimentos da pintura.
Anita participava. Então podemos afirmar que a Sra. Betty,
sua mãe, foi quem a iniciou nas Artes Plásticas.

Estudou na Alemanha de 1910 a 1914, ano em que retornou
ao Brasil, quando fez sua primeira exposição individual
em São Paulo, sem sucesso. Mas em 1917, em sua
segunda mostra, suas obras marcaram o início
do movimento modernista. Suas telas receberam uma
crítica violenta de Monteiro Lobato. Mas embora deprimida
pelas críticas, continuou seu trabalho, então mais intimista,
chegando a ter 45 de suas telas expostas em Sala Especial
da VII Bienal em São Paulo, em 1963.

Anita veio a morrer na cidade em que nasceu,
São paulo, no ano de 1964, nos deixando a certeza de que
quando realmente importantes, nossos ideais nos dão forças
para mudar o rumo da história.

carlos miranda (betomelodia) 


as duas igrejas

cambuquira

a ventania

o barco

o farol

a onda

destaco: itanhaén
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 21 de março de 2011

Fernando Mendes, Prece ao Vento

ivanete souza e carlos miranda (betomelodia)

A postagem de hoje é o resgate de um clássico
da Música Popular Brasileira, cujos autores são pouco
conhecidos. Uma toada nostálgica que lembra um
pedido, uma súplica aos elementos. Uma prece.
Sim, uma prece que na solidão e dor da perda, aos
céus é dirigida na esperança de ter de volta um amor.
A toada tem o título de Prece ao Vento.

O vídeo, em uma edição de Ivanete, minha esposa, foi
dedicado ao amigo de uma rede social, Celso Almeida.
o Celsizinho. Ele contem algumas imagens nossas aqui em
nosso quintal, nossa praia. A casuarina e a aroeira
ao sabor dos ventos, o luar visto de nossa varanda
e nós dois em  passeios pela praia e pelas dunas da lagoa.

A interpretação é de Fernando Mendes, que no início de sua
carreira como compositor era considerado "brega".
Mas a sorte de Fernando mudou com a inclusão de
sua composição na trilha de uma novela de TV, cujo título,
coincidentemente é, Sorte Tem Quem Acredita Nela.
Depois , mais um sucesso, o prêmio Villa Lobos com 
a música Você Não Me Ensinou a Te Esquecer,
também gravada por Caetano Veloso.

Mas chega de conversa e vamos ao que interessa.
Apreciemos a bela composição na voz de Fernando Mendes
e a edição de vídeo, que cá entre nós, ficou ótima. 

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Vento que balança as palhas do coqueiro
Vento que encrespa as ondas do mar
Vento que assanha os cabelos da morena
Me trás notícia de lá

Vento que assovia no telhado
Chamando para a lua espiar
Vento que na beira lá da praia
Escutava o meu amor a cantar

Hoje estou sozinho e tu também
Triste mas lembrando do meu bem

Vento diga por favor
Aonde se escondeu o meu amor
Vento diga por favor
Aonde se escondeu o meu amor

alcyr pires vermelho / fernando luiz câmara

fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 15 de março de 2011

Yara Tupinambá, a Arte que vem de Minas Gerais

iracema

Montes Claros. Cidade interiorana de Minas Gerais. 
Lá nasceu a  talentosa Artista Plástica que é
conhecida em todo o Brasil por suas belas obras.
Aluna de Goeldi e de Guignard, bolsista na cidade de
New York da Pratt Institute, já foi tema de uma
Sala Especial na Bienal de São Paulo.

yara tupinambá

Montes Claros. Cidade interiorana de Minas Gerais. 
Lá nasceu a  talentosa Artista Plástica que é
conhecida em todo o Brasil por suas belas obras.
Aluna de Goeldi e de Guignard, bolsista na cidade de
New York da Pratt Institute, já foi tema de uma
Sala Especial na Bienal de São Paulo.

É sobre ela esta segunda postagem do mês
de março de 2011, onde poderão ver
algumas de suas criações em várias técnicas. Yara foi
diretora e professora da Escola de Belas Artes da
UFMG, assim como também professora na escola que
cursou, a Guignard, em Belo Horizonte.

Mantém o Instituto que leva seu nome, uma sociedade civil
de incentivo às Artes Plásticas e à várias atividades
educacionais e culturais, no estado de Minas Gerais.

Uma de suas mais famosas criações é o painel retratando
Adão nu e Eva seminua, na Igreja Matriz de Ferros.
À seguir, algumas de suas obras, que por si só  nos
dão uma ideia de sua enorme contribuição à
Arte Brasileira.

carlos miranda (betomelodia) 


festa do divino

balão sobre a cidade

legenda ausente

o caminhar

caixinha de segredos

ceramistas do vale de jequitinhonha

serra do cipó


destaco: noturno
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google 

quinta-feira, 10 de março de 2011

Gilberto Gil, A Paz


Com uma edição de vídeo de Ivanete Souza, o post
de hoje é sobre uma bela composição de Gilberto Gil, A Paz.
Com uma interpretação impecável, Gil nos dá uma mostra
de seu talento como intérprete, nos levando a "viajar
com a letra da canção. 

gilberto gil

Seus primeiros anos de vida, Gil passou em Ituaçu,
município da Bahia. Foi lá que nasceu seu amor pela música,
ouvindo principalmente as rádios. Mas, nada se pode falar sobre Gil 
que já não conheçamos, então vamos ao vídeo que com certeza, gostarão.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
A Paz invadiu o meu coração
De repente me encheu de Paz
Como se o vento de um tufão
Arrancasse meus pés do chão
Onde eu já não me enterro mais

A Paz fez um mar da revolução
Invadir meu destino a paz
Como aquela grande explosão
Uma bomba sobre o Japão
Fez nascer o Japão da paz

Eu pensei em mim
Eu pensei em ti
Eu chorei por nós
Que contradição
Só a guerra faz
Nosso amor em Paz

Eu vim 
vim parar na beira do cais
Onde a estrada chegou ao fim
Onde o fim da tarde é lilás
Onde o mar arrebenta em mim
O lamento de tantos ais


gilberto gil / joão donato

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base da pesquisa: arquivo pessoal / google

sábado, 5 de março de 2011

Zumblick, 75 Anos Dedicados à Arte

Foram 75 anos dedicados à Arte.
Mais de 5.000 obras em um acervo magnífico.
Um museu com seu nome na cidade de Tubarão, SC.
Uma existência dedicada à Arte Brasileira.

Sem frequentar academias, isolado dos meios artísticos,
Willy Zumblick nunca foi além das fronteiras do Brasil,
pouco se ausentou de Tubarão, onde aprimorou o seu
talento natural e registrou em belas telas os aspectos
da história catarinense baseados na cultura popular.
 Um grande número de retratos, caricaturas, murais,
esculturas, telas, monumentos, desenhos
e carrancas, além de ilustrações de contos e livros,
fazem parte de sua criação.

Mas a vida lhe cobrou um alto preço por sua arte.
Devido à toxidade das tintas à óleo que usou em
suas obras por mais de 75 anos adoeceu. Por
imposição médica parou de pintar. Junte-se a isso a
perda da esposa que dele retirou o ânimo de viver,
Zumblick veio a falecer em o3 de abril de 2008,
nos legando um patrimônio cultural de valor inegável.
Abaixo, uma pequena mostra de suas criações.

carlos miranda (betomelodia) 


lavadeira

praia da saudade

rancho

vila a beira mar

engenho velho

vida no interior

dança gaúcha

nu


destaco: desplumando gansos

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google)