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terça-feira, 29 de outubro de 2013

André Macambira, Pau de Arara

betomelodia.blogspot.com

Macambira. Nome de um município no estado de Sergipe, que também
designa uma planta com folhas duras e espinhosas, endêmica da região
nordeste do Brasil. Mas, também é usado para nomear Talento em
se tratando de Música: André Macambira.

Natural de Pernambuco, André em suas composições usa um mix de
ritmos brasileiros e internacionais, principalmente os de sua terra natal
em suas composições. Xaxado, coco e xote são a base de seu estilo
pois seu interesse por música, foi moldado pelo que ouvia com seu avô
em sua adolescência. Seus arranjos, seu toque ao violão, completam
sua obra em perfeita harmonia com sua voz.

andré macambira

Como sempre afirmo, o nordeste brasileiro é um grande celeiro de
grandes Compositores e Músicos, onde André tem um lugar destacado,
como podemos comprovar no vídeo abaixo, uma "jam session" da
Música de Luiz Gonzaga em parceria com Guio de Morais, intitulada
"Pau de Arara", prestando uma grande homenagem ao eterno
Rei do Baião, Luiz Gonzaga.

Gravado em em Recife, conta com a seguinte formação:
André Macambira na voz , violão e arranjo, Daniel Coimbra no cavaquinho
e Lucas Crasto no baixo acústico. Um trio de imenso Talento.

carlos miranda (betomelodia) 

Quando eu vim do sertão seu moço do meu Bodocó
A 'malota' era um saco e o cadeado era um nó
Só trazia a coragem e a cara viajando num pau-de-arara
Eu penei mas aqui cheguei eu penei mas aqui cheguei

Eu trouxe um triângulo no 'matolão'
Trouxe a sanfona no 'matolão'
Trouxe um gonguê dentro no 'matolão'

Xote Maracatu e Baião
Tudo isso eu trouxe no meu 'matolão'
Quando eu vim do sertão hum

Trouxe um triângulo no 'matolão'
Trouxe o gonguê no 'matolão'
Trouxe a zabumba dentro do 'matolão'

Xote Maracatu e Baião
Tudo isso eu trouxe no meu 'matolão'
Quando eu vim do sertão

" Tudo em 'vorta' é só beleza céu de abril e a mata em 'frô'
Mas Assum Preto cego dos 'óio' 'num' vendo a luz canta de 'dô'
Mas Assum Preto cego dos 'óio' 'num' vendo a luz canta de 'dô' "
Quando eu vim do sertão...

luiz gonzaga / guio de moraes
( trecho ao final da canção: "assum preto", de luiz gonzaga e humberto teixeira )

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 26 de outubro de 2013

Meus Escritos - Batalha Final

betomelodia.blogspot.com

Os índios não mais estavam apenas curiosos ou contemplativos,
 ao observarem a invasão de suas terras pelo homem branco.
Planejavam algo. Passaram a fazer rápidas incursões, cada vez mais
ousadas aos novos povoados e assim, as missões de patrulhas
da cavalaria sucediam-se praticamente sem pausas. Imóveis
no topo das colinas, com suas compridas lanças apoiadas no solo
tal qual marcos a delimitar seu território, em silêncio eles nos vigiavam.
Apenas nos vigiavam em silêncio.

Os brancos invadiram suas terras destruindo as florestas, por que era
necessário madeira para suas casas. Afugentaram sua caça matando
à tiros os búfalos, pois a carne era essencial para o sustento dos
pioneiros que, continuavam a chegar em grandes caravanas, devastando
cada vez mais as terras de seus ancestrais. Então, as pequenas
incursões se transformaram em pequenos e isolados ataques.
Eram avisos do que estaria por vir se os homens brancos
não partissem de suas terras.




..." é, assim a sela está bem melhor.
Já não dói tanto cavalgar em arriscadas missões.
Foi bom mandar consertá-la. "...

O Forte estava bem localizado, bem construído e
apesar de estar em uma depressão em semicírculo
era seguro e seria defendido até a morte pelos valentes soldados.
Ao vigiarem as colina que os cercavam ao norte e ao leste,
os soldados viam que a movimentação dos índios
aumentava e cada vez nais perto do forte eles chegavam.
Sondavam as defesas dos brancos, calculavam suas forças.
Certamente planejavam um ataque.

A ligação com as tropas estacionadas ao sul do Forte,
seria a única opção em caso de retirada,
uma vez que à oeste ficavam as terras altas,
os campos de caça dos nativos.

Lentamente o cerco ao "Forte Alcântara" foi se fechando.
Nas noites que se sucediam tensas, o som de
tambores era ouvido ininterruptamente e vultos
eram vistos por entre arbustos ao redor de nossa posição.

E assim, ele decidiu reunir seus oficiais para resolveram
o que deveria ser feito para conter a ameaça de
um ataque dos índios, visto que o Estado Maior
havia deixado tal decisão por sua conta.

Em uma manhã, um grande número de tendas havia
aparecido no alto da colina situada à leste, contra o sol.
Nas colinas ao norte, grande era o número de guerreiros
se unindo em silêncio ao grupo, em uma lenta
marcha em direção ao grande acampamento.
Não havia mais dúvida, em breve seriam atacados.
Era só uma questão de tempo, muito pouco tempo...


Pediu o parecer de seus oficiais. A decisão tomada foi
aprovada por todos. Ficou decidido que fariam um
ataque surpresa ao entardecer do dia seguinte com
todos os soldados e os reforços que estavam a caminho.

Iniciaram os preparativos para o ataque imediatamente:
uniformes, armas, munições, sabres e montarias
foram inspecionados. Estavam prontos para o combate!
Mas, logo depois, naquela mesma manhã em que foi
decidido o ataque, chegou a informação de que o
líder das várias nações indígenas havia ficado
só no acampamento, apenas com uns poucos
índios para sua proteção. Os guerreiros que iriam
participar da batalha contra os brancos,
estavam reunidos em um planalto atrás das
colinas ao norte, em preparativos para a guerra.

Ali estava uma grande chance de vencer
sem que ocorressem baixas: capturar o tal líder.
Os oficiais no Forte receberam instruções
de como agir, caso algo desse errado e então, com
um pequeno grupo de bem treinados soldados
sob o seu comando direto, ele partiu para sua
arriscada missão pensando: ..." A sela ficou ótima. "...


Fácil, muito fácil. O excelente preparo de seus
comandados e o elemento surpresa
surtiram o efeito desejado. Conseguiram capturar
o grande chefe "Pena de Urubu Branco" sem que um
único tiro fosse disparado e sem um confronto com os
índios que o protegiam. Simplesmente se renderam.

Amarraram os guardas do chefe uns aos outros, pelos pés
e os colocaram sob uma grande árvore. A seguir,
amarraram o grande chefe à parede de sua tenda, de
frente para a entrada do acampamento e aguardaram.

Quando os guerreiros voltaram do campo e viram a cena,
não se deram por vencidos. Sob as ordens do grande chefe
que, mesmo dominado os incitava aos berros à luta, partiram
em direção aos soldados com seus gritos de guerra a
ressoarem pelo acampamento.


Bem, já começava a escurecer e ele havia acendido
algumas tochas que improvisaram. Segurando uma em sua
mão esquerda e brandindo sua arma com a direita, ameaçou
por fogo na tenda onde o grande chefe estava amarrado
se não cessassem o ataque. Os índios pararam e fixaram os
olhos na tocha ao ouvirem:

..." Parem o ataque ou seu chefe morre queimado! "...

Que ele lembre, foram as últimas palavras por ele ditas,
ficando surpreso com a reação de todos os meninos,
"guerreiros" e "soldados": silêncio total, imóveis, olhos
arregalados de pavor olhando na direção em que o
grande chefe "Pena de Urubu Branco" estava amarrado
talvez... esperando uma nova ordem sua? Que nada!

Aconteceu que na empolgação de seus doze anos, ao
apontar com a tocha para a cabana, encostou-a
na parede de palha e ela... pegou fogo!


E agora? O fogo avançava rápido...
ficaram assustados com o calor, muito assustados.
Corriam de um lado para outro, sem saber ao certo
o que fazer. Então, os "valentes" soldados e índios lembraram
do grande chefe "Pena de Urubu Branco" que ainda
amarrado à parede em chamas chorava e aos gritos pedia
por socorro. A bem da verdade, a essa altura da "brincadeira",
todos os meninos estavam aos prantos e gritavam:

..." Fogo! Socorro! Alguém nos ajude! "...

Alguns meninos correram em direção às suas casas
para buscar ajuda ou... para se esconder...
Mas ele e outros meninos conseguiram soltar o grande
chefe, todo urinado e levemente "chamuscado"
pelas altas chamas. Em seguida, correram para suas
casas em silêncio na tentativa de escapar aos castigos e
surras que certamente viriam. Mas a retirada foi notada:
a intensa fumaça do fogo ao consumir a cabana em
que eram guardadas ferramentas, madeiras e outros
materiais de construção, atraiu a atenção
dos moradores das casas dos funcionários da
fábrica de papel. Foram vistos, sim. Para resumir, em minutos
a confusão aumentou tanto, que até a diretoria da indústria
ficou a par do acontecido.

O resultado? Como sempre, algumas surras, muitos castigos
e a proibição de brincadeiras de "guerra" ou de "índios e soldados".
Mas a "batalha", que ficou lembrada como "A Batalha Final",
serviu para unir ainda mais os "bravos guerreiros" e os
"intrépidos soldados", pois entre eles os comentários e
detalhes sobre ela, renderam meses e meses de boas risadas.

carlos miranda (betomelodia) 



" Ainda bem que não proibiram as brincadeiras
de Médico ou de Tarzan...'"p
eraí": sabe aquela menininha linda

e gostosinha, a filha do contramestre? Hum... vou chamar ela
de novo para nós brincarmos de médico...
Se ela topar, depois eu conto ".


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sandra de Sá, Solidão

betomelodia.blogspot.com
Sandra Cristina Frederico de Sá, carioca da gema, nascida no bairro de Pilares,
cidade de Rio de Janeiro, dos maiores nome da Música Popular Brasileira
é considerada a maior expressão do soul brasileiro, sendo que a grande
maioria de suas composições são no estilo black music mundial. Com seu
timbre de voz e estilo de interpretação, é tida por alguns de seus fãs
como "Tim Maia de saias".

Sandra, neta de um emigrante de Cabo Verde, na África, tendo seu pai
como baterista, acompanhava-o em suas muitas apresentações em Pilares
e imediações com muito samba, soul e também nas gafieiras. Assim sua
tendência à Música Negra foi consolidada.

sandra de sá

Autodidata, aprendeu a tocar violão e começou a compor com forte apelo
à consciência social. Detentora de muitos prêmios por sua obra, obteve uma
grande aceitação com a composição "Demônio Colorido", enorme
repercussão nacional em 1980, que a consagrou definitivamente como
compositora e intérprete.

Nesta postagem, destaco a música "Solidão", nas paradas até os dias
atuais, que lhe rendeu o "Troféu Imprensa" como intérprete em 1987.


carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Solidão
Dá um tempo e vá saindo
De repente eu tô sentindo
Que você vai se dar mal

Solidão
Meu amor está voltando
Daqui a pouco está chegando
Me abraçando todo meu
Meu meu

A solidão é nada
Você vem na hora errada
Em que eu não te quero aqui

Que solidão que nada
Eu preciso é ser amada
Eu preciso é ser feliz

Solidão
Ele disse que me ama
Se amarrou em mim na cama
Me levou até o céu
Céu


carlos colla / chico roque


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 20 de outubro de 2013

Alcione, Estranha Loucura


Alcione Dias Nazareth nasceu em São Luís do Maranhão.
Ainda na infância, sob influencia do pai, tocava vários instrumentos
de sopro e já aos nove anos, cantava e tocava em festas de
familiares, de amigos e também na Queimação de Palhinha, da festa
do Divino Espírito Santo. Sua primeira apresentação profissional
foi aos doze anos na Orquestra Jazz Guarani, regida por seu pai. Certa
noite, o cantor da orquestra ficou rouco e foi substituido poe ela.
Cantou com sucesso a canção "Pombinha Branca" e o fado "Ai, Mouraria".

Formou-se como professora primária aos dezoito anos, tendo lecionando
por dois anos apenas. Dedicou-se à música intensa e exclusivamente,
cantando em emissoras de televisão, bares e boates no Maranhão.
Seu primeiro disco, lançado em 1975, intitulado "A Voz do Samba", foi
sucesso imediato. Dona de uma voz marcante e reconhecida por seu
talento em muitos países, Alcione, a Marrom,  é mais uma das estrelas que
fazem parte do universo musical brasileiro.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 480px )
Minha estranha loucura
É tentar te entender e não ser entendida
É ficar com você
Procurando fazer parte da tua vida

Minha estranha loucura
É tentar desculpar o que não tem desculpa
É fazer dos teus erros
Num motivo qualquer a razão da minha culpa

Minha estranha loucura
É correr pros teus braços quando acaba uma briga
Te dar sempre razão
E assumir o papel de culpada bandida

Ver você me humilhar
E eu num canto qualquer dependente total do teu jeito de ser
Minha estranha loucura
É tentar descobrir que o melhor é você

Eu acho que paguei um preço por te amar demais
Enquanto pra você foi tanto fez ou tanto faz
Magoando pouco a pouco
Me perdendo sem saber
E quando eu for embora o que será que vai fazer

Vai sentir falta de mim sentir falta de mim
Vai tentar se esconder coração vai doer sentir falta de mim

michael sullivan / paulo massadas

fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (beromelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Bernardo Cid e Sua Técnica Única

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Bernardo Cid, nascido na cidade de São Paulo, estado de mesmo nome,
no ano de 1925, foi escultor, desenhista, gravador e pintor de formação
autodidata. Sua Arte não era facilmente classificada tanto que a crítica
especializada achou por bem enquadra-la em uma nova figuração, na época
utilizada por Wesley Duke Lee, pois era muito difícil definir sua obra.

bernardo cid

Suas telas possuem pouca luz e suas figuras humanas são disformes.
O curador Sérgio Pizoli usou as seguintes e palavras ao descrever a Arte
de Bernardo:  “São pinturas que beiram o preto, o marrom. As figuras têm
uma formação de desintegração, ele vai fundo nessa coisa da fisicalidade, da
pele, do músculo, das veias. Quando você olha, é de uma delicadeza pictórica,
tem uma sobreposição de cores, uma velatura como se fosse aquarela
.” Fato

notório que as cores nas obras dele, beiram o sombrio, onde seus temas pairam
em uma suave transparência que é um recurso para que seja
visualizado o contraste no tema criado por ele.

Definido como um artista único, possuidor de uma linguagem diversificada em
suas obras, Bernardo veio a falecer em 1982, na cidade onde nasceu,

deixando-nos um grande legado na história das Artes Plásticas do Brasil.

carlos miranda (betomelodia) 




fontes
imagens: arquivo pessoal- texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( imagens sem títulos disponíveis )

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Simone e Martinho da Vila: Ex-Amor


" De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente."


soneto da separação, de vinícius de moraes

simone e martinho da vila

A página de hoje traz uma grande dupla de nossa tão rica
Música Popular Brasileira. Uma baiana nascida em Salvador, capital
do estado de Bahia, que após abandonar sua carreira de jogadora
do basquete profissional é hoje uma das estrelas de nosso rol
de Artistas. Reconhecida internacionalmente, teve seu primeiro disco
lançado em 1973, data do início de sua carreira. Recebeu carinhosamente
de Milton Nascimento o apelido de "Cigarra", tendo como uma de suas
características, a de sempre usar a cor branca em suas roupas nos
shows, distribuindo ao final, rosas brancas para o público.

Outro que faz um belo dueto com ela é Martinho da Vila.
Nascido no município de Duas Barras, Estado do Rio de Janeiro, foi
escrevente e contador, profissões que deixou em 1970, quando
deu baixa para se tornar cantor profissional. O seu primeiro álbum,
lançado em 1969, já demonstrava a extensão de seu talento
como compositor e músico, sendo hoje mundialmente reconhecido
por seu carisma. É detentor de vários premios nacionais e
internacionais.

O vídeo que abaixo apresento, oferece uma ótima interpretação da
dupla ao cantarem "Ex Amor", uma composição de Martinho.

carlos miranda (betomelodia) 

Ex Amor gostaria que tu soubesses
O quanto que eu sofri ao ter que me afastar de ti
Não chorei como um louco eu até sorri
Mas no fundo só eu sei das angústias que senti

Sempre sonhamos com o mais eterno amor
Infelizmente eu lamento mas não deu
Nos desgastamos transformando tudo em dor
Mas mesmo assim eu acredito que valeu

Quando a saudade bate forte
É envolvente eu me possuo
E é na sua intenção com a minha cuca
Naqueles momentos quentes
Em que se acelerava o meu coração

martinho da vila 

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Zé Ramalho, A Terceira Lâmina


Creio ter sido no início da década de 80, quando comprei o LP de Zé Ramalho
do qual fazia parte a canção A Terceira Lâmina, que deu título ao álbum.
Ele traz nesta sua composição, misticismo e mensagens veladas
que em suas excelentes interpretações, nos fazem pensar sobre o
conteúdo oculto nas letras das mesmas, sobre o que na verdade ele
tenta transmitir aos seus ouvintes.

zé ramalho

Poesia em todos os sentidos, os trechos das músicas que compõem
sua fantástica obra, falam à todos os níveis sociais sobre tudo o que
nós, seres humanos, deveríamos conhecer e combater com solidariedade.
A tristeza, solidão, abandono e injustiça que, há muito é o destino
de grande parte da humanidade, são cantadas de maneira a alertar-nos
a muitos fatos negativos para os quais cerramos nosso olhar, fingimos não
ouvir e calamos nosso falar.

Zé Ramalho, no vídeo que ilustra esta página, alerta-nos cantando
A Terceira Lâmina, uma canção que é muito adequada aos tempos atuais.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
( vídeo oficial, remasterizado no formato original )
É aquela que fere que virá mais tranquila 
Com a fome do povo com pedaços da vida 
Com a dura semente que se prende no fogo de toda multidão 

Acho bem mais do que pedras na mão dos que vivem calados 
Pendurados no tempo esquecendo os momentos 
Na fundura do poço na garganta do fosso na voz de um cantador 

E virá como guerra a terceira mensagem 
Na cabeça do homem aflição e coragem 
Afastado da terra ele pensa na fera que o começa a devorar 

Acho que os anos irão se passar com aquela certeza 
Que teremos no olho novamente a ideia 
De sairmos do poço na garganta do fosso na voz de um cantador 

zé ramalho

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
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