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sábado, 26 de outubro de 2013

Meus Escritos - Batalha Final

betomelodia.blogspot.com

Os índios não mais estavam apenas curiosos ou contemplativos,
 ao observarem a invasão de suas terras pelo homem branco.
Planejavam algo. Passaram a fazer rápidas incursões, cada vez mais
ousadas aos novos povoados e assim, as missões de patrulhas
da cavalaria sucediam-se praticamente sem pausas. Imóveis
no topo das colinas, com suas compridas lanças apoiadas no solo
tal qual marcos a delimitar seu território, em silêncio eles nos vigiavam.
Apenas nos vigiavam em silêncio.

Os brancos invadiram suas terras destruindo as florestas, por que era
necessário madeira para suas casas. Afugentaram sua caça matando
à tiros os búfalos, pois a carne era essencial para o sustento dos
pioneiros que, continuavam a chegar em grandes caravanas, devastando
cada vez mais as terras de seus ancestrais. Então, as pequenas
incursões se transformaram em pequenos e isolados ataques.
Eram avisos do que estaria por vir se os homens brancos
não partissem de suas terras.




..." é, assim a sela está bem melhor.
Já não dói tanto cavalgar em arriscadas missões.
Foi bom mandar consertá-la. "...

O Forte estava bem localizado, bem construído e
apesar de estar em uma depressão em semicírculo
era seguro e seria defendido até a morte pelos valentes soldados.
Ao vigiarem as colina que os cercavam ao norte e ao leste,
os soldados viam que a movimentação dos índios
aumentava e cada vez nais perto do forte eles chegavam.
Sondavam as defesas dos brancos, calculavam suas forças.
Certamente planejavam um ataque.

A ligação com as tropas estacionadas ao sul do Forte,
seria a única opção em caso de retirada,
uma vez que à oeste ficavam as terras altas,
os campos de caça dos nativos.

Lentamente o cerco ao "Forte Alcântara" foi se fechando.
Nas noites que se sucediam tensas, o som de
tambores era ouvido ininterruptamente e vultos
eram vistos por entre arbustos ao redor de nossa posição.

E assim, ele decidiu reunir seus oficiais para resolveram
o que deveria ser feito para conter a ameaça de
um ataque dos índios, visto que o Estado Maior
havia deixado tal decisão por sua conta.

Em uma manhã, um grande número de tendas havia
aparecido no alto da colina situada à leste, contra o sol.
Nas colinas ao norte, grande era o número de guerreiros
se unindo em silêncio ao grupo, em uma lenta
marcha em direção ao grande acampamento.
Não havia mais dúvida, em breve seriam atacados.
Era só uma questão de tempo, muito pouco tempo...


Pediu o parecer de seus oficiais. A decisão tomada foi
aprovada por todos. Ficou decidido que fariam um
ataque surpresa ao entardecer do dia seguinte com
todos os soldados e os reforços que estavam a caminho.

Iniciaram os preparativos para o ataque imediatamente:
uniformes, armas, munições, sabres e montarias
foram inspecionados. Estavam prontos para o combate!
Mas, logo depois, naquela mesma manhã em que foi
decidido o ataque, chegou a informação de que o
líder das várias nações indígenas havia ficado
só no acampamento, apenas com uns poucos
índios para sua proteção. Os guerreiros que iriam
participar da batalha contra os brancos,
estavam reunidos em um planalto atrás das
colinas ao norte, em preparativos para a guerra.

Ali estava uma grande chance de vencer
sem que ocorressem baixas: capturar o tal líder.
Os oficiais no Forte receberam instruções
de como agir, caso algo desse errado e então, com
um pequeno grupo de bem treinados soldados
sob o seu comando direto, ele partiu para sua
arriscada missão pensando: ..." A sela ficou ótima. "...


Fácil, muito fácil. O excelente preparo de seus
comandados e o elemento surpresa
surtiram o efeito desejado. Conseguiram capturar
o grande chefe "Pena de Urubu Branco" sem que um
único tiro fosse disparado e sem um confronto com os
índios que o protegiam. Simplesmente se renderam.

Amarraram os guardas do chefe uns aos outros, pelos pés
e os colocaram sob uma grande árvore. A seguir,
amarraram o grande chefe à parede de sua tenda, de
frente para a entrada do acampamento e aguardaram.

Quando os guerreiros voltaram do campo e viram a cena,
não se deram por vencidos. Sob as ordens do grande chefe
que, mesmo dominado os incitava aos berros à luta, partiram
em direção aos soldados com seus gritos de guerra a
ressoarem pelo acampamento.


Bem, já começava a escurecer e ele havia acendido
algumas tochas que improvisaram. Segurando uma em sua
mão esquerda e brandindo sua arma com a direita, ameaçou
por fogo na tenda onde o grande chefe estava amarrado
se não cessassem o ataque. Os índios pararam e fixaram os
olhos na tocha ao ouvirem:

..." Parem o ataque ou seu chefe morre queimado! "...

Que ele lembre, foram as últimas palavras por ele ditas,
ficando surpreso com a reação de todos os meninos,
"guerreiros" e "soldados": silêncio total, imóveis, olhos
arregalados de pavor olhando na direção em que o
grande chefe "Pena de Urubu Branco" estava amarrado
talvez... esperando uma nova ordem sua? Que nada!

Aconteceu que na empolgação de seus doze anos, ao
apontar com a tocha para a cabana, encostou-a
na parede de palha e ela... pegou fogo!


E agora? O fogo avançava rápido...
ficaram assustados com o calor, muito assustados.
Corriam de um lado para outro, sem saber ao certo
o que fazer. Então, os "valentes" soldados e índios lembraram
do grande chefe "Pena de Urubu Branco" que ainda
amarrado à parede em chamas chorava e aos gritos pedia
por socorro. A bem da verdade, a essa altura da "brincadeira",
todos os meninos estavam aos prantos e gritavam:

..." Fogo! Socorro! Alguém nos ajude! "...

Alguns meninos correram em direção às suas casas
para buscar ajuda ou... para se esconder...
Mas ele e outros meninos conseguiram soltar o grande
chefe, todo urinado e levemente "chamuscado"
pelas altas chamas. Em seguida, correram para suas
casas em silêncio na tentativa de escapar aos castigos e
surras que certamente viriam. Mas a retirada foi notada:
a intensa fumaça do fogo ao consumir a cabana em
que eram guardadas ferramentas, madeiras e outros
materiais de construção, atraiu a atenção
dos moradores das casas dos funcionários da
fábrica de papel. Foram vistos, sim. Para resumir, em minutos
a confusão aumentou tanto, que até a diretoria da indústria
ficou a par do acontecido.

O resultado? Como sempre, algumas surras, muitos castigos
e a proibição de brincadeiras de "guerra" ou de "índios e soldados".
Mas a "batalha", que ficou lembrada como "A Batalha Final",
serviu para unir ainda mais os "bravos guerreiros" e os
"intrépidos soldados", pois entre eles os comentários e
detalhes sobre ela, renderam meses e meses de boas risadas.

carlos miranda (betomelodia) 



" Ainda bem que não proibiram as brincadeiras
de Médico ou de Tarzan...'"p
eraí": sabe aquela menininha linda

e gostosinha, a filha do contramestre? Hum... vou chamar ela
de novo para nós brincarmos de médico...
Se ela topar, depois eu conto ".


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos

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