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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Antonio Bandeira e as Abstrações na Arte

grande cidade iluminada - 1953

" Não pinto quadros. Tento fazer pinturas! "

Nesta décima quinta postagem da série A Arte, mostraremos
os trabalhos de um grande pintor brasileiro, Antonio Bandeira,
autodidata, um grande desenhista, gravador e pintor.

antonio bandeira

Nascido em 1922, natural de Fortaleza, Ceará, veio a falecer
em Paris, França, no ano de 1967, Antonio foi o fundador da Sociedade
Cearense de Belas Artes no ano de 1944, sendo aclamado até
hoje como um dos mais expressivos pintores brasileiros.

Tem suas obras expostas em muitos museus ao redor do
mundo e em várias coleções particulares. Um mestre da pintura abstrata
e das aquarelas que nesta página, fazemos uma pequena mostra.

carlos miranda (betomelodia) 



cidade - 1954

o sol e a cidade - 1965

paisagem branca - 1959

a árvore - 1955

paisagem atormentada - 1953

pequena cidade em formação - sem data

sem titulo - 1951

árvores negras em bonina - 1951


destaco: panorama - 1962

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Daniela Mercury, Pensar em Você


Taí um advogado que eu gostaria de ter sido cliente:
Chico César. Toda semana "cavaria" um caso
e à pretexto de consulta, muito papo sobre
suas composições e interpretações.


chico césar

Tenho algumas Músicas do Chico que gosto
de interpretar e que são Sirimbó, Mand'ela,
Filá, À Primeira Vista e outra mais, que muito sucesso
fazem em minha apresentações. Abaixo, em um
vídeo editado por ninguém menos que Ivanete e na voz
de Daniela Mercury, a composição de Chico César
Pensar Em Você ilustrando essa página.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
É só pensar em você que muda o dia
Minha alegria dá pra ver
Não dá pra esconder
Nem quero pensar se é certo querer
O que vou lhe dizer
Um beijo seu e eu
Vou só pensar em você
Se a chuva cai e o sol não sai
Penso em você
Vontade de viver mais
E em paz com o mundo
E comigo
E consigo

chico césar

fonte
imagens e vídeo: arquivo pessoal - edição de vídeo: ivanete - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: google

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Minha Cidade Natal - Floresta da Tijuca


Sempre tive vontade de divulgar,
mostrar os espaços nos quais passei minha infância
e adolescência em minha cidade natal,
Rio de Janeiro.
Nunca fiquei satisfeito com o que escrevi,
com minhas descrições, pois não conseguia
dar a impressão exata da enorme importância
que esses lugares, muitas vezes
desconhecidos da quase totalidade dos cariocas,
possuem, não só em beleza ou tradição,
mas em termos históricos. Sempre me faltavam dados
confiáveis em minhas rápidas pesquisas.
Navegando pela web encontrei o que tentei fazer,
da maneira que sempre desejei divulgar
minha maravilhosa cidade e assim
vou transcrever para vocês esse bonito trabalho
de pesquisa e divulgação.

carlos miranda (betomelodia) 


recanto

Quando a cidade de Rio de Janeiro começou a crescer
com a chegada da Família Real, as florestas
e matas circundantes começaram a ser devastadas
para plantio e suas madeiras usadas
para lenha e carvão. Com as plantações de café
a coisa piorou ainda mais e até as encostas
das montanhas foram devastadas.

cascatinha

Por quatro vezes seguidas, na primeira metade
do século dezoito, o Rio de Janeiro foi
castigado por secas e com a devastação das matas
houve um comprometimento das nascentes dos rios.

ponte job de alcântara

Preocupado com a falta d’água que afetava
a cidade do Rio de Janeiro, D. Pedro II mandou
plantar a Floresta da Tijuca em 1861, sendo este o
primeiro exemplo, no Brasil, de reconstituição
da cobertura vegetal com espécies nativas.

pedra do conde

Assim, graças à iniciativa de D. Pedro II, ela
é a maior floresta artificial do mundo e também
a maior em área urbana. Compõe-se de 3 grandes
conjuntos de matas separados por eixos
rodoviários que lhe permitem acesso fácil e rápido
a partir dos bairros com que faz fronteira e
que são a Tijuca, Botafogo, Jardim Botânico, Gávea,
São Conrado, Barra da Tijuca, Jacarepaguá,
Grajaú, Vila Isabel, Rio Comprido e Laranjeiras.

trecho de trilha, com ponte pênsil

Com muitos pequenos animais vivendo
em liberdade em área de mata fechada, possui
rios, quedas d'água, lagos, mirantes, pontos
de parada com mesas, "playground" etc, 
sendo uma área de lazer pela qual se pode passear
a pé, de bicicleta, motocicleta ou automóvel.

capela mayrink

Entre seus muitos destaques estão o
Açude da Solidão, o Bom Retiro, a Capela Mayrink,
a Cascata Gabriela, a Cascata Taunay (Cascatinha),
o Excelsior, a Gruta Paulo e Virgínia e a
Gruta Luiz Fernandes, sendo que escaladas e
piqueniques são atividades permitidas.

o pico da tijuca

" A Floresta da Tijuca é hoje um local privilegiado
onde a natureza e cultura se entrelaçam,
se harmonizam e se complementam."
josé conde da rocha

destaco: lago das fadas
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

Fagner, Guerreiro Menino

Raimundo Fagner.
Dono de um carisma todo especial, suas interpretações
são sempre bem recebidas pelo público, não importando a
canção, não importando o compositor. Também faz
parte de meu repertório.


raimundo fagner

Para esta postagem, eu escolhi uma de suas
apresentações ao vivo, onde Fagner canta uma composição
de Gonzaguinha, Guerreiro Menino, que tem um significado muito
importante para mim, pois lembra-me de alguns momentos
em minha vida que em letras de canções, seu significados e
suas mensagens, serviram para fazer-me pensar em
em muitas decisões que tomei.


carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Um homem também chora menina morena
Também deseja colo palavras amenas
Precisa de carinho precisa de ternura
Precisa de um abraço da própria candura

Guerreiros são pessoas são fortes são frágeis
Guerreiros são meninos no fundo do peito
Precisam de um descanso precisam de um remanso
Precisam de um sonho que os tornem perfeitos

É triste ver este homem guerreiro menino
Com a barra de seu tempo por sobre seus ombros
Eu vejo que ele berra eu vejo que ele sangra
A dor que traz no peito pois ama e ama

Um homem se humilha se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida e a vida é trabalho
E sem o seu trabalho um homem não tem honra
E sem a sua honra se morre se mata

Não dá pra ser feliz não dá pra ser feliz
Não dá pra ser feliz não dá pra ser feliz

gonzaguinha

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 21 de setembro de 2008

Gal Costa, Tom Jobim e Elis Regina: Aquarela do Brasil e Na Batucada da Vida


Compositor, ícone da era do rádio e maior nome
do 'Samba Exaltação', Ary Barroso nasceu em Ubá,
Minas Gerais em novembro de 1903, falecendo no
Rio de Janeiro em fevereiro de 1964.
Órfão aos 7 anos , foi criado pelas tias-avós,
que queriam fazê-lo pianista de concerto ou padre.

Aos 18 anos foi para o Rio de Janeiro estudar Direito,
levando nove anos para se formar e nunca
exercer a profissão. No Rio, tocou piano em cinemas
e cabarés para se sustentar, quando então passou a se
interessar pelo teatro musical, na época em ascensão.
Entrou no rádio em 1933, pela Rádio Philips,
comandando programas de sucesso no rádio e mais
tarde na TV, como Calouros em Desfile e Encontro com Ary.
Ainda na década de 30, iniciou carreira como locutor
esportivo, profissão que nunca mais foi a mesma depois dele.
Conferiu um tom emocional à transmissão e não
disfarçava a torcida por seu time, o Flamengo.


ary barroso

Conhecido por ser durão e intransigente com
quem revelasse gosto ou opinião musical diferente da
sua, seus programas de calouros revelaram nomes que
fariam história na Música brasileira, tais como Dolores Duran,
Elza Soares e Elizeth Cardoso. Era temido pelos calouros
tanto no rádio quanto na TV, exigindo que só se cantasse
Músicas nacionais, o que acho correto.

Considerado pioneiro e maior divulgador incondicional
da Música Popular Brasileira por esse mundão à fora,
foi nosso primeiro compositor a ser ouvido e respeitado
fora do Brasil. Como curiosidade, você sabia que pelo enorme
sucesso que sempre fez no exterior, esta sua composição
chegou a ser cotada para ser nosso hino nacional?

A Música? Aquarela do Brasil que nesta página está muito
bem interpretada por ninguém menos que Gal Costa,
acompanhada pela orquestra regida pelo grande Mestre
Wagner Tiso. Um verdadeiro Hino ao Brasil.


carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Brasil meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil Samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de nosso senhor
Brasil pra mim Brasil pra mim

Ah! abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do serrado
Bota o rei congo no congado
Brasil pra mim Brasil pra mim

Deixa cantar de novo o trovador
América olha a luz da lua
Quando é canção do meu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Brasil pra mim Brasil pra mim

Brasil terra boa e gostosa
da morena sestrosa
e de olhares indiscretos
O Brasil Samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de nosso senhor
Brasil pra mim Brasil pra mim

Ah! esse coqueiro que dá coco
Onde eu amarro a minha rede
Nas noites claras de luar
Brasil pra mim Brasil pra mim

Ah! ouve essas fontes murmurantes
Aonde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar
Ah! esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de Samba e de pandeiro
Brasil pra mim Brasil pra mim


ary barroso


Depois de quase dois anos de apresentações
pela Argentina, ao voltar para o Brasil, fiz parte do
número de abertura do show "Oba! Oba!", dedicado
aos turistas estrangeiros que nos visitavam,
no Hotel Rafain Center, na avenida das Cataratas
em Foz do Iguaçu, cantando essa música, rodeado por
lindas mulatas seminuas... uma loucura.

Mas tem uma outra que gostaria de lhes mostrar, que
Integrando meu repertório, ocupa um lugar especial
por descrever poeticamente uma realidade nua e crua,
com letra e música de Ary Barroso e que é intitulada
Na Batucada da Vida.

No vídeo, dois ícones da Música Popular Brasileira,
Tom Jobim e Elis Regina, a interpretam.

( vídeo em 360p )
No dia em que eu apareci no mundo
Juntou uma porção de vagabundo da orgia
De noite teve Samba e batucada
Que acabou de madrugada em grossa pancadaria

Depois do meu batismo de fumaça
Mamei um litro e meio de cachaça bem mamado
E fui adormecer como um despacho
Deitadinha no capacho na porta dos enjeitados

Cresci levando a vida sem malícia
Quando um cabo de polícia despertou meu coração
E como eu fui pra ele muito boa
Me soltou na rua à toa desprezada como um cão

E hoje que eu sou mesmo da virada
Que topo qualquer parada
Que por Deus fui esquecida
Irei cada vez mais me esmolambado
Seguirei sempre cantando
Na batucada da vida


ary barroso / luiz peixoto


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo oessoal / google


sábado, 20 de setembro de 2008

Roberto Magalhães e Suas Obras

a v e 

" Na Europa entendi a minha profunda ligação com o Brasil.
O meu lugar era aqui mesmo, nasci aqui, vivi aqui,
gosto daqui e podia aqui fazer a minha arte. "
roberto magalhães

Nesta postagem dedicada às Artes Plásticas, tenho o prazer
de publicar os trabalhos de Roberto Magalhães, autodidata,
com um breve estágio na Escola Nacional de Belas Artes.
Carioca, nascido na Ilha do Governador, na Praia da Ribeira
em 29 de março de 1940, cresceu junto ao mar da
Baía de Guanabara. Iniciou a divulgação de suas obras em 
xilogravuras por volta de 1962, sendo notado por apurada
técnica e originalidade.

roberto magalhães

" As máscaras rituais, as figuras totêmicas das tribos
primitivas são expressões da insegurança do homem em
face de um universo  que ele não domina.
A insegurança é de cada um mas, assimilada à mitologia
e às práticas mágicas da comunidade, ela se objetiva como
expressão cultural que não leva ninguém ao hospício,
instituição, aliás, inexistente, por desnecessária,
em tal tipo de comunidade. "
ferreira gullar 

No início da década de 60, entra no cenário artístico
brasileiro, Roberto Magalhães que, abandonando
os estudos dedicou-se às Artes.

Com precisão e profissionalismo, desenhava manualmente
anúncios, panfletos, logomarcas, rótulos, capas de
discos e de livros. Também em seu tempo livre, fazia
desenhos surrealistas que, após avaliação foram expostos
na Galeria Macunaíma. O primeiro contato com o público.

Em sua longa e variada trajetória, Roberto destaca-se como
referência no circuito das Artes Plásticas no Brasil e 
também no internacional.

carlos miranda (betomelodia) 


máscara - 1997

sem título - 1996

botânica colorida - 2008

cão de caça - 1986

auto retrato - 1959

mulher com cão feroz - 1980

pintor no incêndio - 1984

poeta - 2004

carregador de bananas - 1984

destaco: sem título - 1964
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google