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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Fagner, Guerreiro Menino

Raimundo Fagner.
Dono de um carisma todo especial, suas interpretações
são sempre bem recebidas pelo público, não importando a
canção, não importando o compositor. Também faz
parte de meu repertório.


raimundo fagner

Para esta postagem, eu escolhi uma de suas
apresentações ao vivo, onde Fagner canta uma composição
de Gonzaguinha, Guerreiro Menino, que tem um significado muito
importante para mim, pois lembra-me de alguns momentos
em minha vida que em letras de canções, seu significados e
suas mensagens, serviram para fazer-me pensar em
em muitas decisões que tomei.


carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Um homem também chora menina morena
Também deseja colo palavras amenas
Precisa de carinho precisa de ternura
Precisa de um abraço da própria candura

Guerreiros são pessoas são fortes são frágeis
Guerreiros são meninos no fundo do peito
Precisam de um descanso precisam de um remanso
Precisam de um sonho que os tornem perfeitos

É triste ver este homem guerreiro menino
Com a barra de seu tempo por sobre seus ombros
Eu vejo que ele berra eu vejo que ele sangra
A dor que traz no peito pois ama e ama

Um homem se humilha se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida e a vida é trabalho
E sem o seu trabalho um homem não tem honra
E sem a sua honra se morre se mata

Não dá pra ser feliz não dá pra ser feliz
Não dá pra ser feliz não dá pra ser feliz

gonzaguinha

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Fagner, Canteiros

Interpreto Fagner desde que a música Deslizes
foi lançada em 1987. Eu morava em
Piracicaba, interior paulista, quando Fagner a levou
aos primeiros lugares nas rádios.
Depois, acrescentei Canteiros, baseada no poema de
Cecília Meireles
, Marcha, que logo incluí em meu
repertório e que é o destaque neste mês.


carlos miranda (betomelodia) 



cecília meireles

" Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas
e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre
a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios
inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios
revelaram o segredo do seu mecanismo e as bonecas o jogo do seu olhar. "

As ordens da madrugada
romperam por sobre os montes
nosso caminho se alarga
sem campos verdes nem fontes

Apenas o Sol redondo
e alguma esmola de vento
quebraram as formas do sono
com a ideia do movimento

Vamos a passo e de longe
entre nós dois anda o mundo
com alguns vivos pela tona
com alguns mortos pelo fundo

As aves trazem mentiras
de Países sem sofrimento
por mais que alargue as pupilas
mais minha dúvida aumento

Também não pretendo nada
senão ir andando à toa
como um número que se arma
e em seguida se esboroa

E cair no mesmo poço
de inércia e de esquecimento
onde o fim do tempo soma
pedras águas pensamento

Gosto da minha palavra
pelo sabor que lhe deste
mesmo quando é linda amarga
como qualquer fruto agreste

Mesmo assim amarga
é tudo que tenho
entre o Sol e o vento
meu vestido minha Música
meu sonho meu alimento

Quando penso no teu rosto
fecho os olhos de saudades
tenho visto muita coisa
menos a felicidade

Soltam-se os meus dedos tristes
dos sonhos claros que invento
nem aquilo que imagino
já me dá contentamento

Como tudo sempre acaba
Oxalá seja bem cedo
a esperança que falava
tem lábios brancos de medo

O horizonte corta a vida
isento de tudo isento
não há lágrima nem grito
apenas consentimento

cecília meireles



" Definir a paixão pelo Fagner é difícil. Basta dizer que é humanamente essencial
ouvir sua voz acalmando nossas almas. A singularidade contida em suas
canções é ao mesmo tempo plural. Várias dimensões, viagens,
podem ser feitas ao ouvi-lo. Essa é a magia da canção e deste cantor."

Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade

Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã
Cedo claro feito o dia
Mas nada do que me dizem
Me faz sentir alegria

Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza

E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza
E deixemos de coisa cuidemos da vida
Senão nos chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço sem ter visto a vida

* É pau é pedra é o fim do caminho
É um resto de toco é um pouco sozinho
É um caco de vidro é a vida é o Sol
É a noite é a morte é um laço é o anzol
São as águas de Março fechando o verão
É promessa de vida em nosso coração.


fagner e cecília meireles
 (*
trecho de águas de março, tom jobim )


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google