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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Dolores Duran e Sua Primorosa Voz, é a Base da Atriz Nanda Costa ao Interpretar "A Noite do Meu Bem"

betomelodia.blogspot.com
barco - léa ramos

Dolores Duran. Ou melhor, Adiléia da Silva Rocha,
nasceu na cidade de Rio de Janeiro em
07 de junho de 1930. Foi com certeza uma das
maiores representantes do Samba Canção brasileiro.

Começou a cantar muito cedo, recebendo seu
primeiro prêmio aos seis anos de idade. Aos
quinze anos seu pai morreu e a menina Adiléia,
teve que sustentar sua família, cantando, que é o
que ela melhor sabia fazer.

Autodidata, dominava o inglês, francês, italiano
e espanhol, a ponto de Ella Fitzgerald
lhe dizer que foi em sua voz a mais bela, a
melhor interpretação que ela já havia ouvido de
My Funny Valentine, um clássico norte-americano.

dolores duran

Foi em 1957 que Tom Jobim aos 27 anos, então um
estreante na Música, mostra-lhe uma composição em
parceria com Vinícius de Moraes. Ao ouvir a melodia,
Dolores pega um lápis e escreve Por Causa de Você.
Manda um bilhete a Vinícius pedindo-lhe para
concordar com a nova letra. Vinícius aceita.

A partir daí, nos seus últimos dois anos de vida,
compõe algumas das mais lindas, tristes
e ternas músicas como Estrada do Sol,
Olha o Tempo Passando, Castigo e
A Noite do Meu Bem, que abaixo em um vídeo
mostramos, com som original e Nanda Costa,
atriz, interpretando Dolores Duran.

Notem a beleza da voz de Dolores e a perfeita
interpretação de Nanda, com algumas lágrimas
ao cantar, o que foi captado pelo close
da câmera de um modo magistral.

Em 1959, dia 23 de outubro, aos 29 anos,
chega em casa às 7:00 da manhã, e diz à sua
secretária: "Não me acorde. Estou cansada.
Vou dormir até morrer". E então, partiu.

carlos miranda (betomelodia) 

(vídeo em 360p )
Hoje eu quero a rosa mais linda que houver
quero a primeira estrela que vier
para enfeitar a noite do meu bem

Hoje eu quero paz de criança dormindo
quero o abandono de flores se abrindo
para enfeitar a noite do meu bem

Quero a alegria de um barco voltando
quero ternura de mãos se encontrando
para enfeitar a noite do meu bem

Hoje eu quero o amor, o amor mais profundo
eu quero toda beleza do mundo
para enfeitar a noite do meu bem

Mas como esse bem demorou a chegar
eu já nem sei se terei no olhar
toda ternura que eu quero lhe dar


dolores duran / tom jobim

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Música no Mundo - Richard Wright - Inglaterra

Richard William Wright, para os amigos Rick, nasceu em Londres,
Inglaterra, em Julho de 1943, cidade onde morreu em setembro
de 2008. Foi um dos principais músico da banda Pink Floyd.

O único nascido em Londres entre os integrantes, Richard
foi o terceiro compositor e vocalista do grupo, tal como
George Harrison nos Beatles, John Entwistle no The Who e
John Paul Jones no Led Zeppelin. Como compositor, Wright
contribuía com duas ou três músicas por álbum, ou colaborava
na estruturação de obras coletivas como "Echoes" ou "Time".

Dark Side of the Moon, de 1973, representa seu ápice na banda
Pink Floyd, com os teclados equiparando-se à guitarra de
David Gilmour e participou na composição de cinco
das dez músicas. Em "Wish You Were Here", onde seus teclados
estão onipresentes, Wright trouxe grandes contribuições para o álbum,
sobretudo na suíte "Shine On You Crazy Diamond".

Um grande amigo, falava muito sobre o Brasil e admirava muito
a diversidade de ritmos em nossa cultura musical. A tradução
do título em português da composição que ilustra esta música
e que é minha homenagem a ele, significa "a importante
descoberta", cabe-lhe. Sua morte, mais um avanço em sua
evolução que com certeza vai levá-lo a importantes descobertas
"lá em cima", mas que, infelizmente, acabou com as possíveis
esperanças de ao grupo Pink Floyd retornar, continuando a
encantar seus admiradores. Paz, meu amigo.

carlos miranda (betomelodia) 

I can take or leave it, won't be the woebegone,
Don't need a model universe to hang your pictures on.
You hide somewhere, you die somewhere
And then this senseless thought,
By hating more you're feeling more
And that's how you get caught.

They're never going to make it easy
Of this you can be sure.
I greet you from your wilderness,
I'll stay inside your door.

There is no cage or prison, they have no fence too tall,
You die more times than anyone, there's still no place to fall.

They're never going to keep it simple
This comes down from above.
I have no helm, no secret realm,
I dream to be at the heart of love, a part of love.

I bet you can conceal it, but that's just a dead-end track,
I'll cover you like the driven snow and then I'll bring you back.
You'll see! you feel like, you feel like a banner,
Unfurled and gently blown,
And there before your opening eyes
The self you've never known.

They're never going to make it easy
Of this you can be sure
You feel untied, beatified
And loved for evermore.

richard wright


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Djavan, Asa

Bem, só vou fazer um comentário sobre esta página
que dedico à Carmello Café, um  sábio e irreverente novo
amigo virtual, em viagem de férias por esse mundão
de Deus à fora: excelente!

'Sutilmente', ele sugeriu essa postagem e seu bom gosto
falou alto. É suficiente ouvir e ver Djavan cantando
Asa, no programa 'Sunday Night' de David Sanborn,
com Marcus Miller no baixo, Omar Hakin na bateria,
Hiram Bullock na guitarra, Phillipe Saisse no teclado
e Don Alias na percussão. Um show de Djavan e dos
Músicos que compartilham o palco com ele. 

Valeu, Carmello. Essa é para você e para os apreciadores
da incrível diversidade da Música Popular Brasileira.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )

A manhã me socorreu com flores e aves
Suaves soltas em asa azul borboletas em bando

Diz que pedra não fala que dirá se falasse
Eu ama me ama me queima na sua cama
O veludo da fala disse beijo que é doce
Me prende me iguala me rende com sua bala

De disfarce de Zeus de Juruna na deusa azul
Se me comover eu já sei que é tu

Claridade de um novo dia não havia sem você
Você passou e eu me esqueci o que ia dizer

O que há pra falar onde leva essa ladeira
Que tristes terras vencerá um intérprete tocando blues


djavan



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imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal  / google


sábado, 13 de setembro de 2008

Djavan, Se


Em mais de 30 anos de carreira musical, Djavan vem
encantando multidões mundo afora com suas
composições e ritmos diversos, imprimindo em seu
trabalho um caráter de valorização às expressões
culturais brasileiras e outras localidades do cenário mundial.

Nesta página Djavan interpretando uma de suas Músicas,
um grande sucesso a nível internacional, intitulada "Se"

carlos miranda (betomelodia) 


Você disse que não sabe se não
Mas também não tem certeza que sim
Quer saber quando é assim
Deixa vir do coração

Você sabe que eu só penso em você
Você diz que vive pensando em mim
Pode ser se é assim
Você tem que largar a mão do não

Soltar essa louca arder de paixão
Não há como doer pra decidir
Só dizer sim ou não
Mas você adora um se

Eu levo a sério mas você disfarça
Você me diz à beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em zero a zero eu quero um a um

Sei lá o que te dá não quer meu calor
São Jorge por favor me empresta o dragão dragão
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não

djavan

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imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Taiguara, Teu Sonho Não Acabou

Taiguara Chalar da Silva, nasceu em Montevidéu,
Uruguai, a 9 de outubro de 1945, e faleceu em São Paulo,
São Paulo, em 14 de fevereiro de 1996.

Em 1949 mudou para o Rio de Janeiro, voltando para
São Paulo em 1960. Deixou a faculdade de Direito
para se dedicar à música, participando de vários festivais
e programas da TV. Sucesso nas décadas de 60 e 70,
é autor de vários clássicos da Música Popular Brasileira
tais como Hoje, Universo do Teu Corpo, Piano e Viola,
Viagem, e Teu Sonho Não Acabou, entre outros.

Considerado um dos símbolos da resistência à censura
durante a ditadura militar brasileira, Taiguara foi o
compositor mais censurado na historia da MPB, tendo
cerca de 100 canções vetadas. Se autoexilou em Londres,
Inglaterra, em meados de 1973, onde estudou no
Guildhall School of Music & Drama, e gravou o disco
Let the Children Hear the Music, que nunca chegou
ao mercado, tornando-se o primeiro disco estrangeiro de
um brasileiro a ser censurado no Brasil.

Em 1975, voltou ao Brasil e gravou o Imyra, Tayra, Ipy,
Taiguara com Hermeto Paschoal e uma orquestra
sinfônica composta por 80 Músicos. O espetáculo de
lançamento do disco foi cancelado e todas as cópias foram
recolhidas pela ditadura militar em poucos dias.

Taiguara então, partiu para um segundo autoexílio que o
levaria a África e à Europa por vários anos. Quando
finalmente voltou a cantar no Brasil, em meados
dos anos 80, não obteve mais o sucesso de outros tempos.

É, Taiguara. "Teu Sonho Não Acabou". No vídeo abaixo,
gravado num programa de TV em São Paulo, Taiguara ao piano
interpreta este que foi um de seus maiores sucessos.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Hoje a minha pele já não tem cor
Vivo a minha vida seja onde for
Hoje entrei na dança e não vou sair
Vem que eu sou criança não sei fingir

Eu preciso eu preciso de você
Ah! Eu preciso eu preciso eu preciso muito de você

Lá onde eu estive o sonho acabou
Cá onde eu te encontro só começou
Lá colhi uma estrela pra te trazer
Bebe o brilho dela até entender

Que eu preciso eu preciso de você
Ah! Eu preciso eu preciso eu preciso muito de você

Só feche o seu livro quem já aprendeu
Só peça outro amor quem já deu o seu
Quem não soube a sombra não sabe a luz
Vem não perde o amor de quem te conduz

Eu preciso eu preciso de você
Ah! Eu preciso eu preciso eu preciso muito de você

Nós precisamos precisamos sim
Você de mim eu de você

taiguara

fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Jota Quest, Só Hoje


Tudo começou quando PJ, baixista
e Paulinho Fonseca, baterista, uniram suas afinidades
por Black Music e decidiram montar uma banda.
Logo depois, juntaram-se a eles Márcio Buzelin, teclados
e Marco Túlio Lara, guitarrista.


Após alguns testes e treze cantores depois,
Rogério Flausino, que foi o décimo terceiro, completou a
banda que mantém a sua formação original até os dias atuais.


A página de hoje nos traz a banda interpretando uma
Música que é parte de meu repertório,  uma
composição de Fernanda Mello e Rogério Flausino,
intitulada Só Hoje, um poema de amor.

carlos miranda (betomelodia) 

Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal
Olhar teus olhos de promessas fáceis
E te beijar a boca de um jeito que te faça rir
que te faça rir

Hoje eu preciso te abraçar
Sentir teu cheiro de roupa limpa
Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz

Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria
Em estar vivo

Hoje eu preciso tomar um café ouvindo você suspirar
Me dizendo que eu sou o causador da tua insônia
Que eu faço tudo errado sempre sempre

Hoje preciso de você
Com qualquer humor com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje

fernanda mello / rogério flausino 

fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Fagner, Canteiros

Interpreto Fagner desde que a música Deslizes
foi lançada em 1987. Eu morava em
Piracicaba, interior paulista, quando Fagner a levou
aos primeiros lugares nas rádios.
Depois, acrescentei Canteiros, baseada no poema de
Cecília Meireles
, Marcha, que logo incluí em meu
repertório e que é o destaque neste mês.


carlos miranda (betomelodia) 



cecília meireles

" Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas
e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre
a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios
inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios
revelaram o segredo do seu mecanismo e as bonecas o jogo do seu olhar. "

As ordens da madrugada
romperam por sobre os montes
nosso caminho se alarga
sem campos verdes nem fontes

Apenas o Sol redondo
e alguma esmola de vento
quebraram as formas do sono
com a ideia do movimento

Vamos a passo e de longe
entre nós dois anda o mundo
com alguns vivos pela tona
com alguns mortos pelo fundo

As aves trazem mentiras
de Países sem sofrimento
por mais que alargue as pupilas
mais minha dúvida aumento

Também não pretendo nada
senão ir andando à toa
como um número que se arma
e em seguida se esboroa

E cair no mesmo poço
de inércia e de esquecimento
onde o fim do tempo soma
pedras águas pensamento

Gosto da minha palavra
pelo sabor que lhe deste
mesmo quando é linda amarga
como qualquer fruto agreste

Mesmo assim amarga
é tudo que tenho
entre o Sol e o vento
meu vestido minha Música
meu sonho meu alimento

Quando penso no teu rosto
fecho os olhos de saudades
tenho visto muita coisa
menos a felicidade

Soltam-se os meus dedos tristes
dos sonhos claros que invento
nem aquilo que imagino
já me dá contentamento

Como tudo sempre acaba
Oxalá seja bem cedo
a esperança que falava
tem lábios brancos de medo

O horizonte corta a vida
isento de tudo isento
não há lágrima nem grito
apenas consentimento

cecília meireles



" Definir a paixão pelo Fagner é difícil. Basta dizer que é humanamente essencial
ouvir sua voz acalmando nossas almas. A singularidade contida em suas
canções é ao mesmo tempo plural. Várias dimensões, viagens,
podem ser feitas ao ouvi-lo. Essa é a magia da canção e deste cantor."

Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade

Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã
Cedo claro feito o dia
Mas nada do que me dizem
Me faz sentir alegria

Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza

E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza
E deixemos de coisa cuidemos da vida
Senão nos chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço sem ter visto a vida

* É pau é pedra é o fim do caminho
É um resto de toco é um pouco sozinho
É um caco de vidro é a vida é o Sol
É a noite é a morte é um laço é o anzol
São as águas de Março fechando o verão
É promessa de vida em nosso coração.


fagner e cecília meireles
 (*
trecho de águas de março, tom jobim )


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google