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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Isabella Taviani, A Canção que Faltava

betomelodia.blogspot.com
Emoção e romantismo tem nome. Isabella Taviani.
Compositora, instrumentista e cantora, ela conquistou seu lugar na
Música Brasileira com interpretações em um estilo todo seu.

Nascida na cidade de Rio de Janeiro em outubro de 1968, há 14 anos
iniciou sua carreira profissional nos palcos da vida. Isabella não
precisou da mídia especializada para firmar-se na Música, pois a
legião de fãs que ela tem, divulgam e sustentam em firmes bases
sua trajetória na Música Brasileira.

isabella taviani

Para mostrar o romantismo com que Isabella Taviani imprime em
suas interpretações, escolho um vídeo em que ela interpreta nessa
sua composição, A Canção que Faltava, uma verdadeira declaração,
um poema ao que o Amor é capaz de fazer. 


carlos miranda (betomelodia) 


Eu não sabia mais sonhar
Eu preferia só ficar sozinha nessa estrada
Eu esquecia quem sou eu
Eu refletia como o breu antes da sua chegada

Você me trouxe o porquê
Me fez sorrir por merecer
Me deu seu horizonte e a ponte pra acessar
O brilho desse sol em mim e a coisa toda de ruim se foi

Acordo antes de você só pra ver o teu sorriso
Quando abre os olhos e me vê
Pronto o dia já se iluminou
Razões pra ir em frente eu tenho aos milhões

E no café ao meio dia
Você prepara o que eu queria
Um beijo acompanhado de ontem
Do corpo que eu maltratei de tanto te querer bem

Inacreditável eu me sinto confortável ao lado seu
É que eu não sabia que a vida me traria o que jamais me deu

Minha boca não consegue mais desgrudar da tua pele
Da tua saliência dos seus sais
De tudo que emana aqui
Quando o amor a gente faz e nunca é demais

Ah se eu pudesse descobrir de onde vem o seu poder
Onde mora o seu mistério o seu remédio
Prescrito pra me absorver
Do mundo que ficou pra trás

Inacreditável eu me sinto confortável ao lado seu
É que eu não sabia que a vida me traria o que jamais me deu


isabella taviani


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 3 de agosto de 2014

André Macambira, From United States of Piauí

betomelodia.blogspot.com

A postagem de hoje é dedicada à um grande compositor e cantor  que,
aos 22 anos de idade, precocemente partiu para o já famoso, e como,
"time lá de cima": Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Seu nome artístico,
Gonzaguinha, tem tudo a ver com sua origem. Filho de Luiz Gonzaga,
nasceu no Rio de Janeiro em setembro de 1945 e sobre seu nascimento,
fez a seguinte declaração:

" Venho de Odaléia, uma profissional daquelas que furam cartão e de vez
em quando sobem no palco; ela cruzou com meu pai e de repente eu vim
"

A vida ensinou suas lições nas ladeiras do morro onde ele cresceu,
aprontando das suas e recebendo o apelido de "Moleque Luizinho". Seu
gosto pelo Samba foi manifestado quando por meio de seu grande amigo
Pafúncio, o levando a frequentar a ala dos compositores da Escola de Samba
carioca, a Unidos de São Carlos. Aos 14 anos, escreveu sua primeira
composição: Lembranças da Primavera. Seu estilo ao compor, revela
uma grande coerência de ideias sobre a vida, a arte e a dimensão
política do brasileiro. Um grande legado nos deixou.


Ilustrando esta postagem adicionei um vídeo em que um já nosso
conhecido Músico, André Macambira canta a composição de
Gonzaguinha, From United States of Piauí, lançada em 1972 no LP
"Aquilo Bom". André merece meu profundo respeito por sua dedicação
aos grandes Mestres da Música Regional, em ótimos arranjos que
nos trazem de volta imorredouros sucessos. A Música Brasileira
agradece seu trabalho, André Macambira.


carlos miranda (betomelodia) 



United States of United States of
United States of of Piauí

A minha prima lá do Piauí
Deixou de fazer renda só pra ver novela
A minha prima lá do Piauí
Não bebe mais garapa vai de coca-cola

Luz de candeeiro não se usa mais
Luzes artificiais substitui o gás
Calça de couro alvorada e brim
Deram o seu lugar pra tal de calça lee

A minha prima escreveu pra mim
E não fala "venha cá" só fala "come here"
Vou mandar minha resposta breve
Para United States of Piauí


gonzaguinha


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Maria Rita, Arrastão

betomelodia.blogspot.com

Hoje trazemos uma Música composta em 1965, uma bela letra que é quase
uma prece, uma prece à Santa Bárbara, à Yemanjá: Arrastão. Em uma
perfeita harmonia entre letra e Música, ela nos mostra a devoção de um
povo humilde do litoral brasileiro, que tem como fonte de renda a pesca
feita com rede pelo método do arrastão.


A poesia de Vinícius de Moraes aliada à mágica musicalidade de Edu Lobo,
resultou nesta bela obra, eternizada por Elis Regina e neste vídeo, 
interpretada por sua filha Maria Rita. Com vocês, Arrastão.

carlos miranda (betomelodia) 




Ê tem jangada no mar   ê ê ê  hoje tem arrastão
Ê todo mundo pescar   chega de sombra João

J'ouviu olha o arrastão entrando no mar sem fim
É meu irmão me traz Yemanjá pra mim
Olha o arrastão entrando no mar sem fim
É meu irmão me traz Yemanjá pra mim

Minha Santa Bárbara me abençoai
Quero me casar com Janaína

Ê puxa bem devagar
Ê ê ê já vem vindo o arrastão
Ê é a Rainha do Mar
Vem vem na rede João pra mim

Valha-me Deus Nosso Senhor do Bonfim
Nunca jamais se viu tanto peixe assim
Ê meu irmão me traz Yemanjá pra mim
Olha o arrastão entrando no mar sem fim


edú lobo / vinícius de moraes


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Chico da Silva e o Primitivismo

betomelodia.blogspot.com
a luta  dos dragões

" Partindo do arcaísmo mais puro, o pintor da praia tornava-se clássico, barroco, impressionista,
e enfim moderno e até mesmo surrealista, se posso usar tais nomenclaturas a propósito de
uma arte tão espontânea e que sempre permaneceu essencialmente primitiva,
apesar das oscilações. " Jean Pierre Chabloz (pintor suíço)

chico da silva

Francisco Domingos da Silva, conhecido por Chico da Silva, nascido no estado do Acre
no ano de  1910, filho de uma cearense e um índio peruano, foi tido em sua infância, como
"um indiozinho débil mental". Semianalfabeto, fazia fogareiros de lata para vender,
consertava guarda-chuvas, sapatos e muitas outras coisas mais para ganhar dinheiro mas,
sempre que podia, fazia dos muros das casas, telas para seus desenhos com giz e carvão.

Em 1934 foi morar em Fortaleza, Ceará, com sua família. Foi então que Jean Pierre Chabloz,
em meados da década de 50, viu os grafites que Chico fazia nos muros e paredes na
praia de Pirambu, onde morava. Um célebre pintor suíço, Chabloz o incentivou na Arte,
com materiais e a técnica em óleo e guache.

Autodidata, possuía um estilo incomparável em que seus trabalhos nasciam com tal 
espontaneidade e beleza, sem uma sequer influência de estilos, tendencias ou modismos,
que impressionam pela abstração e riqueza de detalhes. Pouco conhecido no Brasil, na
Europa Chico da Silva foi tido como um ser de apuradíssima técnica, e de seu inerente
visual do tropicalismo, da vida das florestas. Um talentoso índio brasileiro.

Chico da Silva, morreu em Fortaleza, Ceará, em 1985. Sua pintura é classificada como
Primitivismo, mas a meu ver, foram suas obras que deram início à Pintura Naif brasileira,
como podemos ver abaixo, na pequena coleção de seu incrível legado.

carlos miranda (betomelodia) 



meus animais imaginários

o dragão

dragão

galos de rinha

g a l o

a rinha

o pássaro

piranha

r i n h a

destaco: armadilha
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Francis Hime, E Se...


Francis Victor Walter Hime. Ou simplesmente, Francis Hime. Nascido na Cidade
Maravilhosa, Rio de Janeiro, no ano de 1939 é tema desta postagem. Compositor com
formação em arranjo, harmonia, regência, atuando desde os seis anos como pianista
e cantor. Foi um dos principais elementos da nova Música Brasileira nos anos 60. Tenho
como perfeita esta frase sobre ele, uma fusão entre o erudito e o popular na Música:

" Tom Jobim é um piano, Caymmi um violão, Vinicius, uma caneta,
Noel, um terno branco. Por analogia, Francis Hime é uma orquestra.
E uma orquestra sinfônica. "

francis hime

Ele representa a melhor geração de compositores surgida no Brasil desde o final
da década de 20. Não há dúvidas que Francis Hime tem um destaque especial dentro
da história da Música Brasileira, visto que atuando em todos os ritmos brasileiros
sua obra os refina, tornando-os belos e repletos de vitalidade.

Ilustrando esta postagem, escolhi um vídeo em que Francis Hime interpreta uma
de suas composições em parceria com Chico Buarque, "E Se...", com belas imagens
de minha terra natal, Rio de Janeiro. 

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
E se o oceano incendiar
E se cair neve no sertão
E se o urubu cocorocar
E se o botafogo for campeão
E se o meu dinheiro não faltar
E se o delegado for gentil
E se tiver bife no jantar
E se o carnaval cair em abril
E se o telefone funcionar
E se o pantanal virar pirão
E se o Pão de Açúcar desmanchar
E se tiver sopa pro peão
E se o oceano incendiar
E se o Arapiraca for campeão
E se à meia noite o sol raiar
E se o meu país for um jardim
E se eu convidá-la para dançar
E se ela ficar assim assim
E se eu lhe entregar meu coração
E meu coração for um quindim
E se o meu amor gostar então de mim

chico buarque / francis hime


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 22 de julho de 2014

Jorge Ben Jor, Que Pena

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O que posso escrever, sobre Jorge Ben Jor? Um Músico completo: compositor,
cantor, instrumentista, arranjador, resumindo: um inovador em todos os sentidos.
 Autor de uma grande obra, ingressou no cenário nacional com duas canções que
nada tinham em comum com os sucessos da época, a Bossa Nova e tampouco
com o Samba tradicional:  Mas Que Nada e em seguida Chove Chuva.

Difícil senão impossível, classificar suas composições. É a única Música em nossa língua,
o português do Brasil, que alcançou o primeiro lugar entre as mais tocadas nos
Estados Unidos até hoje e seu estilo e balanço, são inconfundíveis. Todas as correntes
musicais brasileiras e também internacionais, gravaram uma de suas criações e
algumas sofreram grande influência por seu estilo. São muitas centenas de gravações
feitas por cantores e grupos musicais de dezenas de países. 

jorge ben jor

E Jorge Ben Jor não para. Suas turnês na Europa duram no mínimo quarenta dias,
apresentando-se em dezenas de shows, em quase todos os países do velho mundo.
E ao som da Banda do Zé Pretinho, que acompanha Jorge desde o início de sua carreira,
não pode faltar um de seus grandes sucessos, Que Pena, tema desta postagem.
Salve Jorge. Jorge Ben Jor, é claro...

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Ela já não gosta mais de mim
Mas eu gosto dela mesmo assim
Que pena que pena
Ela já não é a minha pequena
Que pena que pena

Pois não é fácil recuperar um grande amor perdido
Pois ela era uma rosa ela era uma rosa
As outras eram manjericão as outras eram manjericão
Ela era uma rosa ela era uma rosa
Que mandava no meu coração coração coração

Ela já não gosta mais de mim
Mas eu gosto dela mesmo assim
Que pena que pena
Ela já não é a minha pequena
Que pena que pena

Mas eu não vou chorar eu vou é cantar
Pois a vida continua a vida continua
E eu não ficar sozinho no meio da rua no meio da rua
Esperando que alguém me de a mão
Me de a mão a mão

jorge ben jor


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 19 de julho de 2014

Liah Soares, Casa Vazia

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A postagem de hoje é dedicada à uma compositora, instrumentista e cantora,
natural lá da então pequena Tucurui, Pará, região que abriga a maior hidrelétrica
do Norte do Brasil. O ano foi 1980 e o mês, janeiro, data em que nasceu
Eliane Soares da Silva, hoje conhecida por Liah Soares.

Habilidosa em compor, é notada por críticos e artistas de nossa Música por
suas inovadoras melodias, com passeios pelos mais diversos estilos tais como
o jazz, black, soul, pop e claro, sem deixar de lado a Música paraense.

liah soares

Possuidora de um talento nato para a autêntica Música Brasileira, ela está
presente nesta postagem com a composição Casa Vazia, de sua autoria e
com as participações de Ivan Lins, seu amigo e ídolo e de Gabriel Grossi, com
sua espetacular gaita de boca.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Sou uma casa que deserta lentamente
Sou uma sombra que escolheu se encostar
Na minha sala fria minha estante está vazia
Sou tua ausência que vem me habitar

Minha janela ignora claridade
Razão e amor vem despidos nesse lar
As minhas portas doem e meu jardim é devastado
Sou reticências e palavras a esperar

Mas a luz daquele seu olhar
Ao alcance tão distante
Nessa luz daquele nosso olhar
Diz que ainda podemos ser como antes

E vagarosamente o ontem foi caindo
Tão cegamente você vem me espiar
Mais uma taça pro meu choro vir me descobrindo
Vida e morte no meu peito a brindar

Mas a luz daquele seu olhar
Ao alcance tão distante
Nessa luz daquele nosso olhar
Diz que ainda podemos ser como antes

liah soares / ivan lins


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google