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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Manuel de Araújo Porto-Alegre, Ecletismo na Vida e na Arte

la pietá


Na cidade de Rio Pardo, Estado do Rio Grande do Sul, nasceu no dia 29 de Novembro de 1806
Manuel de Araújo.  Aos dez anos de idade,  com a família mudou-e para a cidade de Porto
Alegre, para iniciar seus estudos, quando teve despertado seu interesse pelas Artes.
Seis anos mais tarde,  depois de proclamada a Independência do Brasil,  o seu
nome teve uma adição, tornando-se Manuel de Araújo Porto-Alegre, e por
seu fascínio pela pintura, resolveu mudar-se para o Rio de Janeiro
em 1827,  para ingressar na Academia Imperial de Belas Artes,
então recém inaugurada. Teve como mestres Grandjean
de Montigni, Jean-Baptiste Debret e João Joaquim
Alão,  tendo se tornado  discípulo de Debret.

autoretrato

Foi com Debret no ano de 1831,  que Manuel
partiu para a Europa em uma viagem proveitosa ao
seu aprendizado,  tendo sido aluno do pintor romântico
Antoine-Jean Gros,  também do arquiteto François Debret. Ao
retornar ao Rio de Janeiro em 1837, tornou-se o pioneiro na Arte da
caricatura ao publicar as primeiras imagens do gênero aqui no Brasil. Sua
carreira foi impulsionada em 1840,  ao organizar  a coroação  de D. Pedro I em
uma recepção com muita pompa. Recebeu os títulos de Cavaleiro da Ordem da Rosa,
da Ordem de Cristo e de Pintor da Imperial Câmara.  Além de dedicar-se à pintura, Manuel
foi um dos fundadores do  Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em 1938,  tendo ocupado
de 1854 à 1857  o cargo de diretor da  Academia Imperial de Belas Artes, e foi também
um renomado escritor, autor de  "Colombo",  um poema épico escrito em 1866.
Foi Cônsul do Brasil em Berlin, Dresden e Portugal,  tendo sido agraciado
com o título de Barão de Santo  Ângelo em 1874,  e mesmo tendo a
saúde já bem fragilizada, conseguiu publicar uma peça teatral,
"Os Voluntários da Pátria". Morreu em Portugal, em 1874.
Sua obra, em toda sua diversificação é incrível, pois
a Arte sempre o guiou em suas atividades e ao
mesmo tempo  em que pintou retratos e
cenas históricas, registrou com sua
argúcia a flora brasileira. Ufa !


carlos miranda (betomelodia) 



dom pedro I

paisagem com rio e índios
três anjos

religiosos trabalhando com grupo de pessoas na floresta
mata virgem

paisagem italiana

mata virgem

grande cascata da tijuca - rio de janeiro
grupo de casas em um vale

paisagem romântica
grota








destaco: selva brasileira
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

sábado, 5 de novembro de 2016

Celso Fonseca, Meu Samba Torto



Celso Fonseca

Nesta publicação, destaco mais uma vez este que considero um dos maiores nomes na Música
Brasileira da atualidade:  Celso Fonseca. Sobre ele já muito escrevi sobre vida e obra mas, é
sobre um  ponto de vista que temos em comum  que faz com que  agora escreva  sobre os
motivos que levaram muitos Artistas  brasileiros para outros Países.  Vejam que não
são  poucos que  alcançaram  sucesso mas,  praticamente  desconhecidos  na sua
terra natal, Brasil.  Soará como crítica?  É claro que sim, pois na verdade é a
minha crítica formada sobre uma nação que não conhece os valores e
a Cultura de seu  Pais na Música,  Arte, Dança, Folclore e Tradições.

Mas uma ressalva:  qualquer tipo de  Arte  para ter sucesso fora do
nosso País, tem que conter certa dose de qualidade e isso o  Brasil  tem
de sobra para "exportar". Fazendo das palavras de  Celso  minhas palavras,
músicos e ouvintes estrangeiros tem verdadeiro fascínio por nossa Música, por
nossos ritmos que os encantam,  assim como a harmonia complexa agrada à todos,
ouvintes e principalmente músicos, no Japão, Europa, Estados Unidos ou em outro País.
 A letra, a melodia e principalmente a sonoridade da língua brasileira, tida por eles como uma
das mais bonitas, tem sucesso garantido em qualquer nação onde nossa Música é apresentada

Não consigo entender e precisar a data em que no Brasil, a Música brasileira sentiu vontade
de ser americana ou inglesa,  influenciada pelo rock, pelo "funk (!?)", o que em parte eu
concordo pois a Música brasileira é bem mais rica em harmonia e não muito fácil de
ser feita mas, aqui vai uma palavrinha que à tudo responde: educação, a devida
conscientização de que somos um País de riquíssimas tradições,  mas não
é despertado o devido interesse por seus pais e pelos educadores em
sua quase inexistente formação cultural de nosso povo. Na Música
sou eclético, admirando todas as manifestações culturais que
fazem parte de outros povos mas, sempre colocando em
primeiro lugar,  o nosso majestoso universo cultural.

Escolhi para ilustrar este meu desabafo,  tendo saído um
"pouco" de minha linha de publicações, uma composição que
em ritmo de samba-bossa, tem como título "Meu Samba Torto", dos
autores  Celso Fonseca e Ronaldo Bastos, é um bom exemplo da ótima
Música Brasileira. Espero que entendam minha opinião e apreciem o vídeo.

carlos miranda (betomelodia) 



Carreguei na ilusão de novo e o tempero desandou por pouco
Enganei meu coração mas que tolo quis achar a solução pra esse jogo

Aprendi a não brincar com fogo também quero ser feliz de todo
Se a rima escapulir eu não morro faço samba mesmo assim no duro

Não vou chorar a dor dos outros vim pra sambar meu samba torto
Não vou chorar a dor dos outros vim pra sambar meu samba torto

celso fonseca e ronaldo bastos




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Djavan, Já Não Somos Dois



As composições de Djavan sempre me surpreendem. Como sou músico admiro muito esse
alagoano, que veio para com muita originalidade em suas letras formadas por versos
que emboras soltos, nos conduzem em devaneios repletos de poesias que por
única que seja,  permite as mais variadas interpretações  à quem as ouve
quando por ele interpretadas de forma única e magistral. Em várias
outras  publicações aqui no  Blog,  já escrevi sobre a Música
com que nos brinda nossos ouvidos e sonhos, também
sobre ele pouco mais tenho a acrescentar,  então,
vamos ao que interessa: destaque musical.

A escolhida por mim para ilustrar a publicação, "Já Não Somos Dois", foi composta em 2012
e foi destaque em seu álbum "Rua dos Amores".  O vídeo foi gravado em seu estúdio
no  Rio de Janeiro,  com alta qualidade de imagem e de som. Sei que gostarão.

carlos miranda (betomelodia) 



Onde a luz do iluminado amor se escondeu me azulou depois desapareceu
Meio do nada minha doce amada expôs que ela e eu já não somos dois
Tu me negas levas tudo às cegas por que é mais fluido do que faz parecer
E pensar que memoráveis tardes passei de lembrar te beijarei

Não sei desanimar te quero "night and day" sei do que faço jus
Sem saber mergulhar ou mesmo nadar águas que atravessei
Um par dividido ao meio um poço de drama cheio no vau da eternidade
Num canto da solidão semente nativa germina bem à vontade

Não sei desanimar te quero "night and day" sei do que faço jus
Sem saber mergulhar ou mesmo nadar águas que atravessei

djavan




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 30 de outubro de 2016

João Batista Castagneto e Suas Marinhas

uma salva em dia de grande gala na baía do rio de janeiro


" João Batista Castagneto é original. Filho de um lobo-do-mar, de um velho nauta embalado pelas vagas do Mediterrâneo e do Iônio, João Batista Castagneto nasceu artista e nasceu marinheiro. Herdou de seu pai o amor pela misteriosa inconstância do mar, recebeu da sua querida Itália o bafo quente da impressionabilidade artística. Como o mar o seu temperamento é rebelde. Ama e odeia.  É manso e é irascível. Um dia pensou que o estudo acadêmico, em vez de fazê-lo progredir, vinha impedir-lhe os passos; e rasgou, de um momento para outro, os motivos que o prendiam à Academia. Como artista ele sente, por uma maneira originalíssima, maneira de que só ele possui o segredo, todos os enlevos, toda a poesia das vagas. A voz tormentosa das águas, o doudo soluçar das ondas, as ciclópicas lutas do oceano vibram dentro dele estranhas cordas sonoras de um sentimentalismo que a mais ninguém a natureza deu. E, como o mar, a sua pintura é forte e é doce, é rápida e é vagarosa, tem asperezas e tem carícias, parece transparente e parece compacta, brilha e se entenebrece."  gonzaga duque



Depois da apresentação do Artista em destaque nesta publicação, autoria de Gonzaga Duque,
pouco me atrevo a escrever sobre ele. Nasceu em Gênova, na terra de meus ancestrais
paternos, a Itália, no ano de 1851, mas aos vinte e três anos veio com sua família
para o Rio de Janeiro, onde fixou residência. Foi marinheiro e tinha grande
talento para o desenho e pintura,  tanto que em 1877 resolveu entrar
para a  Academia Imperial de Belas Artes, sem ter cursado ou
manifestado o desejo de  ser mais um  Artista Plástico.

joão batista castagneto

Como foi marinheiro e filho de um "lobo do mar", seu
instinto o levou a dirigir seus trabalhos aos  temas marítimos
desde 1880,  com  belas cenas onde  barcos pesqueiros  e praias de
grande expressão artística, revelam a solidão dos homens do mar retratada
de forma simples, despojada, em harmoniosa naturalidade. Esta paixão fez dele
um dos grandes nomes do estilo marinha, sempre em busca da luz ideal, seus reflexos
em mansas ou revoltas águas explodiam em formas, cores e tonalidades na ponta do pincel.


carlos miranda (betomelodia) 



praia da boa viagem - niterói
embarcações fundeadas no porto do rio de janeiro

paisagem com rio e barco em seco - são paulo

praia de santa luzia

marinha com barcos



igrejinha - copacabana
paquetá
bote com mastro ancorado na praia
faluas ancoradas na ponta do caju
no varadouro - angra dos reis


paisagem




destaco: marinha com barco
fontes
imagens:arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Dario Silva e Suas Marinhas



A publicação de hoje destaca parte da obra de Dario Silva, um carioca da gema nascido no dia
04 de Dezembro de 1948 na Cidade Maravilhosa, e que atualmente reside em Nova Iguaçu,
município satélite da cidade.  É professor na Sociedade Brasileira de Belas Artes, que
é o antigo nome da  Escola de Belas Artes,  uma das unidades da  Universidade
Federal do Rio de Janeiro.  O ecletismo  de sua obra  é a característica que
mais me impressiona e como tenho verdadeiro amor aos mares e aos
veleiros que os singram, escolhi este tema para ilustrar a página.


dario silva

Como  não encontrei  sua biografia em  minhas pesquisas,
apenas o acima citado,  anexo um  texto autoral que
elaborado  ao partir rumo aos recantos gaúchos.
Um veleiro de sonho em mares distantes.






 Porto Final

" Sim, em busca de paz vou partir. A vida de tormentas faz-me içar velas,
partindo rumo à um lugar em mares além, deixando para trás
muitos portos perdidos em infâmias e decepções. Iço velas com
esperança de esquecer, esperança de viver um verdadeiro amor, esperança
de não mais ter que um adeus dizer, esperança de âncora lançar
em novo mar, sem mais precisar velejar à procura de paz.

Meu veleiro irá conduzir-me a um paraíso em que desgosto da vida
não mais sentirei, que sorrisos brotarão de meus lábios e olhar,

onde minha alma sera aquecida por pleno amor em calmo mar. "
dario silva, outubro de 2008

carlos miranda (betomelodia) 
































meu destaque
fontes
imagens:arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação - sem títulos disponíveis )

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Celso Fonseca, Mais Um na Multidão



Bem, falar sobre Celso é como ser repetitivo, pois conhecido nacional e internacionalmente, sua
carreira já é bem narrada,  tanto aqui como em vários  Países mundo à fora, tendo sido
destaque aqui no Blog por várias vezes. Mas creio que sempre tem algum fato,
que acho ser interessante revelar  e o principal é a elegância em cantar,
vestir-se,  portar-se perante a vida e, principalmente,  compor.

Foi na cidade do Rio de Janeiro, no Alto da Boa Vista e no casarão erguido por seu pai que ele
passou sua infância. Nasceu em 15 de Novembro de 1956, quando o Rio vivia o auge da
Bossa Nova e sua mãe, ouvinte de João Gilberto, Samba e Música Clássica, foi o
exemplo de eclético bom gosto que o influenciou profundamente. O amor
à  Música  foi despertado aos nove anos, ao assistir o concerto de
Tchaikovisky e também ao ficar encantado com o violão de
seu primo.  Ganhou um violão do pai  e iniciou suas
aulas que odiou, pois seu desejo era já tocar
os ritmos em voga. Desistiu das aulas.
Ele resolveu aprender sozinho.

Também  aprendeu sozinho a tocar piano, e aos dezoito anos já era um  autodidata. Foi no fim
da adolescência que matriculou-se no curso de jornalismo da  PUC,  que depois de dois
depois abandonou para dedicar-se inteiramente à  Música,  estudando em busca
de aprimoramento e técnica.  Começou a a frequentar  os palcos tocando
em uma banda de jaz aos vinte e quatro anos, a porta de ingresso
na banda de Gilberto Gil, seu ingresso como instrumentista
no Universo Musical. Como compositor, foi em 1986
que em parceria com Ronaldo Bastos  nasce
a Música "Sorte", sucesso absoluto na
voz de Gal Costa em todo Brasil.

Até agora escrevi um pouco sobre como nasceu o instrumentista e o compositor, mas e sobre
o cantor?  Celso achava sua voz "horrível" e não se atrevia a cantar até que Gal com ele
conversou e o incentivou a "soltar a voz", e o resultado é o que hoje ouvimos em
suas interpretações. Em seu estilo podemos afirmar que Celso é essência
da autêntica  Bossa Nova,  sendo hoje no Brasil e no mundo,  um
dos maiores divulgadores deste imortal estilo musical. Tem
também o  Celso Fonseca Produtor Musical, quando
em 1986  foi o produtor do álbum de Vinícius
Cantuária.  Em seguida, produziu para
dezenas  de outros  Artistas, tais
como Gilberto Gil, Gal Costa, Paulinho
Moska, Paula Morelenbaum, Daniela Mercury,
Zeca Baleiro,  Mart'nália,  Virgínia Rodrigues,  Daúde,
Dulce Quental,  para o Mestre guitarrista português Antonio
Chainho e outros grandes nomes da  Música.  Escolhi o vídeo no
qual Celso interpreta "Mais Um na Multidão" com um arranjo intimista com
sua habitual elegância no cantar, lembrando que em 14/09/2013, este mesmo tema
já foi destaque no Blog, nas vozes de Marisa Monte e Erasmo Carlos. Sei que apreciarão.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Guarde segredo que te quero e conte só os seus pra mim
Faça de mim o seu brinquedo você é meu enredo vem pra cá
Te quero te espero não vai passar o amor não falta está

Você pensa em mim eu penso em você
Eu tento dormir você tenta esquecer
Longe do seu ninho meu andar caminho
Deixo onde passo os meus pés no chão
Sou mais um na multidão

O mar de sol no leito do lar e nem o rio pode apagar
O amor é fogo e ferve queimando
Estou ferido agora e sigo te amando
Você pode acreditar

A mesma carta o mesmo verbo em sonho só viver pra ti
Quem tem a chave do mistério nem teme tanto medo de amar
Me cego te enxergo não vai passar o amor não tarda estar
Te quero te espero não vai passar o amor não falta está

Você pensa em mim eu penso em você
Eu tento dormir você tenta esquecer
Longe do seu ninho meu andar caminho
Deixo o obvio e faço os meus pés no chão
Sou mais um na multidão

Sou mais um na multidão...

marisa monte / erasmo carlos / carlinhos brown



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google