google-site-verification: google8d3ab5b91199ab17.html

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Vanessa da Mata, Acreditar


Dona Ivone Lara

Talvez não conheçam Yvone Lara da Costa mas, tenho certeza que todo o Brasil e o mundo conhece
as composições de Dona Ivone Lara, a Rainha do Samba. Nascida em Botafogo, bairro da zona sul
da cidade do Rio de Janeiro, em 13 de abril de 1921,  é a matriarca do autêntico Samba Carioca.
Compositora e Cantora,  filha de pais ligados à  Música  e formada em  Terapia Ocupacional,
trabalhou até sua aposentadoria em 1977. O dom para a Música veio ao perder seus pais
ainda criança. Foi criada por seus tios que ensinaram-na a tocar cavaquinho e ouvir o
ritmo símbolo do Brasil, o Samba, tendo aulas com Lucilia Villa Lobos e de tão boa
aluna, recebeu elogios do marido desta, o maestro Villa-Lobos. Com esta base
Dona Ivone Lara  aos poucos foi ingressando  no grande rol dos sambistas.

Dedicada inteiramente à  carreira artística,  teve como principais parceiros
Silas de Oliveira e Mano Décio da Viola,  membros da escola de samba que foi
a precursora da Império Serrano,  a Prazer da Serrinha. Na Império desfilou como
passista na ala das baianas, também compondo até que a consagração veio no ano de
1965 com "Os Cinco Bailes da História do Rio",  sendo a primeira mulher a fazer parte da
Ala de Compositores de uma Escola de Samba.  As suas composições, gravadas por muitos
artistas como Roberta Sá, Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Clara Nunes e outros mais, são a
prova da perenidade de suas belas composições.  Também foi atriz em filmes e em especiais do
programa "Sítio do Pica-Pau Amarelo", representando a famosa "Tia Nastácia". É  Dona Ivone Lara.
                                                                                                                                               
Escolhi o vídeo em que Vanessa da Mata interpreta  "Acreditar",  um Samba que tem por autores
Dona Ivone Lara em parceria com Délcio Carvalho, e que foi parte de meu repertório.


carlos miranda (betomelodia) 




Acreditar eu não recomeçar jamais
A vida foi em frente
E você simplesmente não viu que ficou pra trás

Não sei se você me enganou pois quando você tropeçou
Não viu o tempo que passou
Não viu que ele me carregava e a saudade lhe entregava
O aval da imensa dor

E eu que agora moro nos braços da paz ignoro o passado
Que hoje você me traz
E eu que agora moro nos braços da paz ignoro o passado
Que hoje você me traz


dona ivonne lara / delcio carvalho 


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 14 de junho de 2016

Luê Soares, Sei Lá


No destaque de hoje na Música, trago uma vez mais Luê, uma grata revelação da cena musical paraense.
Ela já esteve presente aqui em 01/06/2014, participando da publicação sobre o "Projeto 4Cantos",
com vários Músicos e também, foi destaque no mesmo mês e ano, dia 26, interpretando
"Nós Dois". Cantora, compositora, instrumentista, sempre teve a Música como
parte de sua vida e em suas apresentações, toca o instrumento de sua
preferência desde criança, a Rabeca, uma tradição nordestina.

A Rabeca, assim como o Violino moderno, tem como principais
antecessores os primeiros instrumentos de arco, os quais surgiram na
Ásia Central utilizando a crina de cavalo para friccionar as cordas mas, com a
diferença de ao irem para a Península Ibérica, receberem nomes de influência árabe tais
como Rebab, Rabil ou Rebec, no Brasil, Rabeca, e ao chegar na Itália foram aperfeiçoados, assim
sendo criado o Violino como hoje conhecemos. A Rabeca mantém até hoje o tom mais baixo que o Violino.

E esse tom mais baixo que o violino, quase um lamento choroso,  vamos divulgar no vídeo em que Luê e

a Rabeca revela em uma de suas composições, o Carimbó, ritmo preferido pelos pescadores da
Ilha de Marajó que atravessou a baía de Guajará com esses pescadores, vindo a dar nas
praias do Salgado paraense e,  tornando-se o ritmo que define musicalmente
o Estado do Pará. A composição de Luê Soares tem o título de "Sei Lá".

carlos miranda (betomelodia) 


Tem no seu passo um Carimbó
Na tattoo um mangá azul
Ela que eu sei já foi do Soul
E que outra noite se embebedou

Será que vai me dar bola será que vai jogar
Será que vai cair fora será que vai emplacar
Sei lá o bicho que vai dar

Sobre a pele branca o suor
Amuleto de Iaô
Sei que já namorou mulher
E por Naná já se apaixonou

Será que vai me dar bola será que vai jogar
Será que vai cair fora será que vai emplacar
Sei lá o bicho que vai dar

Se der na telha ela vai limar
Se bobear ela anula um gol
Mas se a jogada combinar
Se vingar se encontrar um rumo

luê soares


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 11 de junho de 2016

Beatriz Bona, Figurativismo em Belo Estilo Personalizado

sem título disponível

Beatriz Bona

Imune aos conceitos artísticos e estilos, a Artista Plástica em destaque nesta publicação, utilizando os
mais variados materiais, explorando diversas técnicas, criou um estilo próprio, belo e inconfundível
em suas cores, reproduzindo nos seus trabalhos temas intimistas e paisagistas, relacionados aos
muitos perfis de mulheres,  que é o tema desta  primeira postagem sobre sua maravilhosa Arte.

beatriz bona

Nascida na cidade de Indaial, Estado de Santa Catarina em 21 de Outubro de 1942, iniciou
na pintura aos 14 anos de idade e da   Arte, não afastou-se jamais  pois pintar, segundo
suas declaração, "a pintura é tudo para mim". A crítica especializada afirma que seus
trabalhos revelam visão personalíssima sobre luz, como que a descrever com os
belos traços seus encantadores poemas visuais.  Sob minha visão, a sua obra
ouso classificar como figurativismo,  uma técnica ímpar desenvolvida anos
à fio por uma admirável Artista, Beatriz Bona.  Sua obra consta de várias
galerias no  Brasil,  no Exterior,  e também em coleções particulares.

carlos miranda (betomelodia) 
















meu destaque
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação - telas sem títulos disponíveis )

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Flamarion Trevisan, Arte Impressionista Figurativa

o encontro

Flamarion Trevisan

Nasceu e foi criado na cidade de Santa Maria, interior do Estado do Rio Grande do Sul, e segundo suas palavras: "praticamente  nasci em um atelier,  não sabendo como nasce um Artista,  mas eu nasci assim, sujo de tinta".  


flamarion trevisan

Em minhas pesquisas,  não obtive sucesso em conseguir sua biografia
mas,  a beleza de sua obra  leva-me a ter a honra de,  por seu maravilhoso  trabalho na
pintura, divulgar sua obra.  Apreciador das Artes Plásticas Brasileiras, fiquei
encantado com suas telas,  pois elas por si falam, transmitem com perfeição
de cores e traços, os temas sociais das belas terras do  Sul do Brasil.

carlos miranda (betomelodia) 



violeiro

doma

galope

os músicos - tertúlia

xirú

o fio da navalha

sepé tyarajú

serenata na carreta

espantalho - farrapo

china e gaúcho

madrugada

destaco: o açude
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

domingo, 5 de junho de 2016

Ana Carolina, Força Estranha


Ana Carolina Souza

Ana teve como influência musical, sua família e desde os dois anos gostava de cantar, principalmente
os versos de Caetano Veloso, dentre outros Artistas. O interesse por Música intensificou-se aos
doze anos. Resolveu comprar um violão, e autodidata, apenas ouvindo o que era na época
um sucesso nas rádios, aprendeu a dominar o instrumento. Sua inspiração maior foi o
mineiro João Bosco, com sua maneira toda especial de tocar e cantar.  A base da
formação de seu estilo,  foi crescer ouvindo os  maiores nomes da Música
Brasileira, como João Bosco, Caetano Veloso, Maria Bethânia,  além
de outros da Música internacional,  Nina Simone,  Björk,  Alanis
Morissette. Assim aos dezoito anos lançou-se em bares de
sua cidade natal, Juiz de Fora, Minas Gerais onde ela
nasceu em Setembro de 1974, com repertório de
Tom Jobim,  Ary Barroso e outros clássicos.

Com sua voz de contralto Ana Carolina tem
grande extensão vocal obtendo notas agudas, o
que a possibilita interpretar uma imensa variedade de
de estilos e Músicas, tanto que ilustrando a publicação de
hoje, escolhi a composição de Caetano Veloso, Força Estranha
que, em minha modesta opinião é a de melhor interpretação. Confira.

carlos miranda (betomelodia) 


Eu vi um menino correndo eu vi o tempo
Brincando ao redor do caminho daquele menino
Eu pus os meus pés no riacho e acho que nunca os tirei
O sol ainda brilha na estrada e eu nunca passei

Eu vi a mulher preparando outra pessoa
O tempo parou pra eu olhar para aquela barriga
A vida é amiga da arte é a parte que o sol me ensinou
O sol que atravessa essa estrada que nunca passou

Por isso uma força me leva a cantar
Por isso essa força estranha no ar
Por isso é que eu canto não posso parar
Por isso essa voz essa voz tamanha

Eu vi muitos cabelos brancos na fronte do artista
O tempo não pára e no entanto ele nunca envelhece
Aquele que conhece o jogo do fogo das coisas que são
É o so é o tempo é a estrada é o pé é o chão

Eu vi muitos homens brigando ouvi seus gritos
Estive no fundo de cada vontade encoberta
E a coisa mais certa de todas as coisas não vale um caminho sob o sol
É o sol sobre a estrada é o sol sobre a estrada é o sol

Por isso uma força me leva a cantar
Por isso essa força estranha no ar
Por isso é que eu canto não posso parar
Por isso essa voz essa voz essa voz tamanha

caetano veloso


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Edu Lobo e Bena Lobo, Ponteio

edu lobo e seu filho bena lobo

A  perenidade de uma Música

Ponteio. Um clássico de nossa Música. Interessante é saber como nasceu a vencedora do III Festival de
Música Popular Brasileira em 1967, promovido por uma emissora de televisão. Bem, como já sabem os
autores são Edu Lobo e José Carlos Capinan, autor da letra em que há descrição da situação vivida
então no Brasil,  a tentativa de censurar, calar os músicos já sufocados pela  ditadura militar,  pois
era através das letras das canções,  que os jovens expressavam seu desagrado à situação. Foi
assim que "Ponteio"  tornou-se uma das canções desta época que ficaram marcadas na  MPB.

Vamos lá, sobre a composição em si. Edu, atendendo a um pedido de seu amigo Dori Caymmi, foi ouvir a
canção de título "O Cantador",  à qual pedia ao Edu colocar uma letra para que concorressem ao novo
festival.  Ele gostou,  principalmente do refrão que o fez pensar,  mas recusou o convite de parceria
com Dori,  por que não achava estar pronto para outro evento,  já que tinha ganho o de 1965,  com
a Música  "Arrastão",  parceria com Vinícius de Moraes  (e o refrão não saía de sua cabeça). Edu
tinha por costume colocar em caderno, palavras que seriam títulos para futuras composições
e nele, constava a palavra ponteio,  que significa ato de pontear com os dedos.  E o refrão
ganhou uma letra:  " quem me dera agora eu tivesse uma viola pra cantar ".  Bem, agora
tinha um título, e um refrão; só faltava a letra. Compôs a melodia, entregou para o seu
parceiro e o resultado foi que com Marilia Medalha, a composição terminou por ser
a vencedora do Festival.  E o mais interessante:  notem que ela está "atualíssima".

carlos miranda (betomelodia) 


Era um era dois era cem era o mundo chegando e ninguém
Que soubesse que eu sou violeiro que me desse um amor ou dinheiro
Era um era dois era cem vieram p'rá me perguntar
Ô você de onde vai de onde vem diga logo o que tem prá contar
Parado no meio do mundo senti chegar meu momento
Olhei pro mundo e nem via nem sombra nem sol nem vento

Quem me dera agora eu tivesse essa viola prá cantar - 4 vezes

Era um dia era claro quase meio era um canto calado sem ponteio
Violência viola violeiro era morte em redor mundo inteiro
Era um dia era claro quase meio tinha um que jurou me quebrar
Mas não lembro de dor nem receio só sabia das ondas do mar
Jogaram a viola no mundo mas fui lá no fundo buscar
Se eu tomo e viola ponteio meu canto não posso parar não

Quem me dera agora eu tivesse essa viola prá cantar - 4 vezes

Era um era dois era cem era um dia era claro quase meio
Encerrar meu cantar já convém prometendo um novo ponteio
Certo dia que sei por inteiro eu espero não vai demorar
Esse dia estou certo que vem diga logo que vim prá buscar
Correndo no meio do mundo não deixo a viola de lado
Vou ver o tempo mudado e um novo lugar prá cantar

Quem me dera agora eu tivesse essa viola p'rá cantar - 3 vezes


josé carlos capinan / edu lobo


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal /google