google-site-verification: google8d3ab5b91199ab17.html
Mostrando postagens com marcador emílio santiago. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador emílio santiago. Mostrar todas as postagens

domingo, 8 de abril de 2018

Emílio Santiago, As Rosas Não Falam



Trago de volta ao Blog o "Poeta das Rosas", Cartola. Sobre ele nada mais tenho a acrescentar que
não seja do conhecimento de todos os leitores,  lembrando que foi poeta, compositor, cantor
e violonista. Considerado pela crítica especializada e por Músicos, o maior sambista da
história da música brasileira. Seus maiores clássicos são "O Mundo é um Moinho"
e a que ilustra  esta publicação na voz de  Emilio Santiago,  
um inesquecível
 intérprete,  "As Rosas Não Falam". Os links, (na cor verde),  conduzem à
publicações  sobre estes  dois grandes nomes  de nossa cultura.

carlos miranda (betomelodia) 


Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão enfim

Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim

Queixo-me às rosas mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E quem sabe sonhavas meus sonhos por fim


cartola



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Emílio Santiago, Até o Fim


Nesta publicação, trago aquele por mim considerado como um dos maiores Mestres da nossa
Música, com sua rica e inigualável voz interpretando "Até o Fim", primeira composição da
parceria de Carlos Lyra e Marcos Valle, dois geniais músicos. Dono de voz tão peculiar
foi classificada como  "mais rica e profunda que a de Cole",  segundo a crítica do
jornal  New York Times  escrita por  Stephen Holden no ano de 2009, 4 anos
antes da morte de  Emílio Santiago:  "A suavidade foi incorporada pelo
Sr. Santiago, que é tido como o  Nat King Cole do Brasil,  que vem
gravando desde o meio dos anos 1970, e que fez sua estreia
no clube  Birdland  na cidade de  New York.  Como sua
voz é mais rica e profunda que a de Nat King Cole,
a comparação se justifica pelo fato de ambos
serem  refinados  cantores
."  A canção
mais associada a Emílio, Saigon,
foi lançada no ano de 1989,
sucesso por 27 anos.
... saudades ...

carlos miranda (betomelodia) 


(vídeo em 360p)
Você pode até gostar de mim
Só que por você eu vou até o fim
Mas a coisa toda pega
Quando seu amor me nega
E já não se entrega tanto assim

Quando você vai "prum" mundo seu
Sem me levar
Quando você sai sem me beijar
Sem mais adeus sem razão

De repente então desaparece
Vai em frente e até se esquece
Que me deixa tão sozinho
Tão perdido num caminho
Onde o amor não acontece
Fora do meu coração não não

Sei que com você vai ser assim
Sei que sem você eu vou chorar por mim
E o mais triste dessa cena
É saber que vale a pena
Mas você não vai até o fim
Até o fim até o fim


carlos lyra e marcos valle



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Emílio Santiago, Canto de Ossanha


Encerrando o mês de fevereiro com uma publicação sobre a Música Brasileira, trazemos um dos mais
conhecidos Afro-Sambas da série composta por Baden Powell e Vinícius de Moraes que, ao lado
de uma outra composição, Berimbau, são os mais gravados e conhecidos. Trazem no tema
alusões à Cultura Afro-Brasileira em uma mistura de erudição no violão de Baden e o
lirismo poético de Vinícius, o qual inspirou-se nos cantos do Candoblé baiano e
rodas de samba com solos de berimbau. Foi o início das religiões na MPB.


A composição à qual refiro-me é "Canto de Ossanha". Mas quem, o que é "Ossanha"? Bem, os trabalhos
religiosos nas tradições africanas,  não podem ser realizados sem a evocação de "Ossanha", um
Orixá conhecedor de todo tipo de ervas e seus usos. "Ossanha" tem uma característica: ele
é ambivalente, assim como todos os Orixás, e nesta composição mostra-se traidor, o
mediador das mandingas, aquele do qual Xangô nutre desconfiança. Mas como
é possuidor do Axé também é provocador, aquele que incita movimentos.

Isso é mostrado no refrão da Música, com a letra provocando, afirmando, "vai, vai, vai, vai", no mesmo
em seguida negando "não vou". Afirmam que não se cai no "Canto de Ossanha", a mandinga, para
que o que passou seja esquecido, mas sim para preparar-se para o novo.  Mas, voltando já
para a composição, foi, segundo as palavras de Vinícius, que seu parceiro Baden fez o
Candomblé Afro-Brasileiro adquirir um jeitinho carioca no moderno Samba, que
tornou possível o cantar das religiões africanas  entrar em nossa  Música.

Ilustrando a postagem, um vídeo com aquele que foi e ainda o é, dos maiores nomes de nossa Música
que tão cedo nos deixou: Emílio Santiago, seu arranjo e domínio de palco com irradiante simpatia.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
O homem que diz dou não dá porque quem dá mesmo não diz
O homem que diz vou não vai porque quando foi Já não quis
O homem que diz sou não é porque quem é mesmo é não sou
O homem que diz tô não tá porque ninguém está quando quer
Coitado do homem que cai no canto de Ossanha Traidor
Coitado do homem que vai atrás de mandinga de amor

Vai vai vai vai não vou vai vai vai vai não vou
Vai vai vai vai não vou vai vai vai vai

Não vou que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não eu só vou se for prá ver uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

Amigo sinhô Saravá
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha não vá
Que muito vai se arrepender
Pergunte ao seu Orixá
O amor só é bom se doer

Vai vai vai vai não vou vai vai vai vai não vou
Vai vai vai vai não vou vai vai vai vai

Dizer que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não eu só vou se for prá ver uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

baden powell / vinicius de moraes


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Emílio Santiago, Naquela Estação


Na publicação de hoje sobre a Música Brasileira, trago de volta um dos maiores, ou em minha opinião,
um dos melhores intérpretes de nossa  Música Popular,  Emílio Santiago. Ele nos deu uma lição
de vida ao superar preconceitos e por também ter preferido a carreira de Músico e não a da
advocacia, pois era formado em Direito pela Faculdade Nacional de Direito. Tido pelos
Fonoaudiólogos como o cantor que possuía a voz mais perfeita do Brasil, segundo
análises técnicas efetuadas,  a sua partida não deixou um vazio pois sua obra
permanece em muitas gravações e vídeos que,  enriqueceram nosso tão
belo Universo Musical. Seu talento inspirou-me nos palcos da vida.

No dia 20 de Março deste ano de 2016, serão três anos sem sua presença física entre nós, mas tenho
certeza que todos nós, Músicos, ao cantarmos uma composição por ele interpretada, buscamos
lá no fundo de nossos corações seguir seu exemplo de levar ao público ouvinte, o melhor
de nossa MPB. Escolhi para ilustrar essa postagem, um vídeo em que ele nos lembra
um grande sucesso, Naquela Estação, em uma bela performance no palco, claro,
de autoria de  João Donato,  Caetano Veloso e  Ronaldo Bastos. Apreciem.


carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Você entrou no trem
E eu na estação vendo um céu fugir
Também não dava mais para tentar
Lhe convencer a não partir e agora tudo bem

Você partiu para ver outras paisagens
E o meu coração embora finja fazer mil viagens
Fica batendo parado naquela estação


joão donato / caetano veloso / ronaldo bastos


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Emílio Santiago, Um Dia Desses

betomelodia.blogspot.com

Bacharel em Direito. Mas acima de tudo, Músico.
Emílio Santiago e eu temos quatro coisas em comum: nascidos no ano
de 1946, Cariocas, Músicos e Intérpretes. Foi nele que muitas de minhas 
interpretações foram baseadas. Um Mestre no que fazia.

Mas jamais tive a pretensão de sequer iguala-lo em minhas noites,
nos muitos palcos por onde passei. Ele foi musicalidade em seu porte
elegante, em sua voz e na maneira de dar vida aos mais diversos
ritmos. É, e sempre será por mim considerado, repito, um
Mestre na Música Popular Brasileira.

Grande Artista, foi no universo musical brasileiro o seu maior
expoente, um Intérprete ímpar que, creio, jamais será igualado pois
a beleza tonal de sua voz, as interpretações precisas em arranjos
excepcionais, fizeram dele um dos maiores Cantores da história da
Música Popular Brasileira.

Escolhi para esta postagem, "Um Dia Desses",
que tem como autores João Donato e Carlinhos Brown,
em um descontraído vídeo. Um ensaio, onde podemos
ver além do "belo par de meias " de Donato, a satisfação
e admiração dele com a interpretação de Emílio Santiago .
Um verdadeiro show,

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Toda vez que a escola de samba-de-roda batuca na rua
Maria vem sambar
Na sandália de prata cativa sacode e levanta poeira
tá "bonital" angelical

Um dia desses me mando pra lua com ela vou brincar
"papá cumpá cumpá"
Um dia desses me mando com a rosa
Vaso do coração me varro da razão

Um dia desses me mudo para o amor
Pois lá bem sei quem sou
Um dia desses que o mundo vai à rua
Brincar de carnaval floresce o tropical

Mariazinha do Curuzu todo momento penso em tu
Como tem água nesse deserto
Seu cabelo lança moda quero ter sempre por perto
"Paco cuntaco  paracuntaco cuntaco"

joão donato / carlinhos brown

fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 24 de março de 2014

Emílio Santiago, Saigon

betomelodia.blogspot.com


A crítica especializada o considerou o cantor como muito afinado e com
uma voz excelente.  Já os fonoaudiólogos, após análises técnicas da
voz de Emílio Santiago, afirmaram que o cantor tinha a voz mais
perfeita do Brasil. Minha modesta opinião como Músico, análises e
críticas à parte, digo que ele foi o maior intérprete em todos os
estilos da Música Popular Brasileira. Inigualável.

emílio santiago

Foi no final da década de 70, início da de 80, que comecei a prestar
mais atenção em suas gravações, em seus arranjos. Comecei a
ouvir a interpretação de diversos cantores, em diversos arranjos da
mesma música e as comparava com as de dele. Em sua quase
totalidade, o estilo do Emílio era o escolhido por mim. Claro que
não o plagiava em suas interpretações mas, era minha base tanto
nos arranjos quanto no cantar.

O vídeo que ilustra esta postagem, gravado em um show, é uma
mostra do fascínio que exerceu sobre seu público, público este de
todas as idades, nas suas inúmeras apresentações pelo mundo.
Saudades, Emílio Santiago.

carlos miranda (betomelodia) 

( raro vídeo, arquivo pessoal, em 720p )
Tantas palavras meias palavras
Nosso apartamento um pedaço de Saigon
Me disse adeus no espelho com batom

Vai minha estrela iluminando
Toda esta cidade como um céu de luz neon
Seu brilho silencia todo som

Às vezes você anda por aí
Brinca de se entregar sonha pra não dormir
E quase sempre eu penso em te deixar
E é só você chegar pra eu esquecer de mim

Anoiteceu olho pro céu e vejo como é bom
Ver as estrelas na escuridão
Espero você voltar pra Saigon

claudio cartier / paulo feital / carlão

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Emílio Santiago, Verdade Chinesa

emílio santiago, um dos maiores intérpretes da música popular brasileira

Emílio Vitalino Santiago. Nascido no ano de 1946, na cidade
de Rio de Janeiro. Como intérprete foi, desculpem-me, é e sempre será
reconhecidamente único por seus arranjos e por suas interpretações,
meu Mestre nos arranjos por mim feitos quando nos palcos eu atuava.
Partiu, juntando-se ao "time lá de cima", deixando à todos muitas
saudades de seu carisma, seu sorriso, ficando uma enorme lacuna na
Música Popular Brasileira.

 "Queria ser diplomata quando soube que o Brasil
não tinha um diplomata negro."


Emílio na década de setenta, cursava  a Faculdade Nacional de Direito, mas
no decorrer do curso soube da inexistência de negros no Itamaraty, decidindo
então que seria um diplomata. Não tinha intenção de tornar-se cantor apesar
de ter vencido seu primeiro concurso no Festival de Música da faculdade
e sucessivos concursos em que inscrevia-se. A música já falava alto
na vida dele mas, à pedido do pai, formou-se em Direito.

Cantando, Emílio ganhou o mundo. Em suas turnês ficou conhecido pelo
apelido de "Nat King Cole do Brasil", segundo o texto do jornal americano
The New York Times, sobre suas apresentações pelos Estados Unidos:

"A suavidade de interpretação foi incorporada por Santiago.
Sua voz é mais rica e mais profunda que a de Cole.
O senhor Santiago é ágil, tem interpretação alegre, é um vigoroso
homem celebrando a abundância da vida, o prazer da beleza
e da intensidade do desejo".

Em 1973 lançou o primeiro compacto, com as canções "Transa de Amor"
e "Saravá ô Nêga", seguido de um LP em 1975 em que as faixas traziam
as canções esquecidas de Ivan Lins, Guilherme de Brito, Jorge Benjor, João
Donato, Nelson Cavaquinho e muitos outros. O sucesso veio em 1988
ao ser lançado o álbum Aquarela Brasileira, o primeiro de um total de sete
volumes sobre a música brasileira. Sucesso que perdura até os dias atuais.

No vídeo abaixo, Emílio Santiago interpreta Verdade Chinesa,
autoria de Gilson e de Carlos Colla. Show. Saudades


carlos miranda (betomelodia) 


 ( vídeo em 360p )
Era só isso que eu queria da vida
Uma cerveja uma ilusão atrevida
Que me dissesse uma verdade chinesa
Com uma intenção de um beijo doce na boca

A tarde cai noite levanta a magia
Quem sabe a gente vai se ver outro dia
Quem sabe o sonho vai ficar na conversa
Quem sabe até a vida pague essa promessa

Muita coisa a gente faz
Seguindo o caminho que o mundo traçou
Seguindo a cartilha que alguém ensinou
Seguindo a receita da vida normal

Mas o que é Vida afinal
Será que é fazer o que o mestre mandou
É comer o pão que o diabo amassou
Perdendo da vida o que tem de melhor

Senta se acomoda à vontade tá em casa
Toma um copo dá um tempo que a tristeza vai passar
Deixa prá amanhã tem muito tempo
O que vale é o sentimento
E o amor que a gente tem no coração

carlos colla / gilso

fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - tecto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google