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terça-feira, 27 de setembro de 2016

Elis Regina, Romaria



Nascida em 17 de Março de 1945, na capital do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, sua
vida, sua carreira e seu sucesso no Brasil e no mundo, é do conhecimento de todos. Sua
atividade musical, nível nacional e internacional, teve início à época dos festivais de
Música Popular Brasileira,  década de sessenta,  quando lançou 4 álbuns entre
os anos de 1961 e 63. Mas a grande aclamação veio ao vencer o primeiro
festival em 1965, interpretando "Arrastão",  de Edu Lobo e Vinicius
de Moraes.  Participou de mais cinco festivais  recebendo em
1967,  prêmio como melhor intérprete com "O Cantador".

Elis era  vibrante  nos palcos e era tanta vibração que o
Poetinha,   Vinícius de Moraes,  assim apelidado  por Antonio
Carlos Jobim pelo lirismo de suas composições, resolveu apelidar
a eufórica cantora de  Pimentinha.  Suas interpretações foram magistrais,
tanto que muitos compositores tinham receio de gravar suas próprias canções
quando Elis já tinha gravado,  pois a marca na sua performance era tão intensa que
ele questionavam-se em como poderiam cantar sua própria composição.  Em Montreaux,
no Festival de Jazz, 1979, público e crítica a chamavam de "nova Ella Fitzgerald".  Imortalizada.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 480p )
  É de sonho e de pó o destino de um só
 Feito eu perdido em pensamentos sobre o meu cavalo
É de laço e de nó de gibeira o jiló
Dessa vida cumprida a sol

Sou caipira Pirapora Nossa Senhora De Aparecida
Ilumina a mina escura e funda o trem da minha vida

O meu pai foi peão minha mãe solidão
Meus irmãos perderam-se na vida a custa de aventuras
Descasei e joguei investi desisti
Se há sorte eu não sei nunca vi

Sou caipira Pirapora Nossa Senhora De Aparecida
Ilumina a mina escura e funda o trem da minha vida

Me disseram porém que eu viesse aqui
Pra pedir de romaria e prece paz nos desaventos
Como eu não sei rezar só queria mostrar
Meu olhar meu olhar meu olhar

Sou caipira Pirapora Nossa Senhora De Aparecida
Ilumina a mina escura e funda o trem da minha vida


renato teixeira



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Elis Regina, Águas de Março

Lá se vão vinte e seis anos que uma das vozes
mais marcantes da Música brasileira, nos deixou.
Mais tempo do que ela passou, enquanto viva,
encantando nossos ouvidos. E o que
podemos dizer sobre a Pimentinha,
que já não tenha sido dito?

Elis era uma verdadeira intérprete.
Nem é preciso assistir sua imagem e toda
a expressão corporal exibida em seus
memoráveis shows. Escutar sua voz, cantando,
é suficiente para sentir toda a intensidade
da letra de uma Música. Já foi dito que
Elis Regina foi o melhor instrumento musical
que alguns compositores contemporâneos
tiveram. Vale lembrar interpretações como
Canção do Sal, de Milton Nascimento, Madalena,
de Ivan Lins, O Bêbado e a Equilibrista, de
João Bosco e Aldir Blanc, Romaria, de
Renato Teixeira e Águas de Março,
de Tom Jobim, dentre muitas outras. 

Elis Regina nasceu no dia 17 de março de 1945.
Conheceu o sucesso aos vinte anos quando,
em 1965, ganhou o I Festival de
Música Popular Brasileira, na extinta TV Excelsior.
Morreu no dia 19 de janeiro de 1982,
aos 36 anos, de parada cardíaca. 

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
É pau, é pedra é o fim do caminho
É um resto de toco é um pouco sozinho
É um caco de vidro é a vida é o sol
É a noite é a morte é um laço é o anzol
É peroba do campo é o nó da madeira
Caingá Candeia é o Matita Pereira

É madeira de vento tombo da ribanceira
É o mistério profundo é o queira ou não queira
É o vento ventando é o fim da ladeira
É a viga é o vão festa da cumeeira
É a chuva chovendo é conversa ribeira
Das águas de março é o fim da canseira
É o pé é o chão é a marcha estradeira
Passarinho na mão pedra de atiradeira

É uma ave no céu é uma ave no chão
É um regato é uma fonte é um pedaço de pão
É o fundo do poço é o fim do caminho
No rosto o desgosto é um pouco sozinho

É um estrepe é um prego é uma conta é um conto
É uma ponta é um ponto é um pingo pingando
É um peixe é um gesto é uma prata brilhando
É a luz da manhã é o tijolo chegando
É a lenha é o dia é o fim da picada
É a garrafa de cana o estilhaço na estrada
É o projeto da casa é o corpo na cama
É o carro enguiçado é a lama é a lama

É um passo é uma ponte é um sapo é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

É uma cobra é um pau é João é José
É um espinho na mão é um corte no pé
É um passo é uma ponte é um sapo é uma rã
É um belo horizonte é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

antonio carlos jobim


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google / *memória viva


segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Elis Regina, Inútil Paisagem


Cresci ouvindo e aprendendo a cantar Bossa Nova.
Nos grandes Mestres, na década de sessenta,
me espelhei para interpretar as melodias
com a maior fidelidade possível,
procurando levar para o ouvinte a poesia
e o sentimento que as composições
trazem em suas letras.

elis regina

Esta, em especial é uma Música que outrora eu
interpretava com carinho, levando ao público
a sensação de um grande amor perdido.

Trago na postagem de hoje, a inesquecível voz de Elis Regina,
acompanhada pelo Mestre Antonio Carlos Jobim,
um vídeo raro para vocês curtirem.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
( los angeles, eua, idos de 1974 )
Mas pra que
Pra que tanto céu
Pra que tanto mar pra que

De que serve essa onda que quebra
E o vento da tarde
De que serve a tarde
Inútil paisagem

Pode ser
Que não venhas mais
Que não venhas nunca mais

De que servem as flores
Que nascem pelo caminho
Se o meu caminho
Sozinho é nada 

tom jobim e aloísio de oliveira

fontes
imagens:e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google