iracema - 1884 |
" Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que
a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati
não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque
como seu hálito perfumado."
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que
a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati
não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque
como seu hálito perfumado."
" Inquieta Iracema pela ausência do esposo, sai em busca dele e chega à beira do lago, já quando as
doces sombras da tarde vestiam os campos. Encontrando ali fincada na areia da praia, a flecha do
guerreiro transpassando um guaiamum, de que pende um ramo de maracujá, enchem-se-lhe
os olhos de lágrimas, interpretando as ordens que aquele símbolo lhe revela: como o
guaiamum deve ela andar para trás, e como o maracujá, que guarda a flor até
morrer, conservar a lembrança do esposo."
( Trechos de Iracema, José de Alencar, 1865 )
Era uma vez um jovem nascido na Ilha Faial, Açores, em 1849. Saindo em busca de novas aventuras,
inspirações e sonhares, chegou ao Brasil no ano de 1865. Encantado com o que aqui viu, com a
beleza natural e com os que aqui habitavam, em meados do mesmo ano ingressa no Liceu
de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Três anos depois, vai para a Academia Imperial
de Belas Artes, tendo como um de seus professores "Victor Meirelles", entre
renomados outros mestres e como colegas, "Almeida Júnior", "Estevão
Silva", "Firmino Monteiro" e outros mais. Foi um bom aprendizado.
Em 1871, participando da Exposição Geral de Belas Artes recebeu
a Medalha de Prata, e na mostra de 1876, a Grande Medalha de Ouro. No
ano de 1878, ocupou por concurso o cargo de professor de desenho figurado
na Academia Imperial e quatro anos mais tarde, naturalizando-se brasileiro passou a
catedrático. Dois anos depois, 1884, no certame expõe as telas Morte de Sócrates e a que
rendeu-lhe o título de Oficial da Ordem da Rosa: a sua obra prima, Iracema. Entre os discípulos
que formou, destaco "Eliseu Visconti", que aqui no Blog em 05/09/2014, teve sua bela obra em destaque.
O amor de José Maria de Medeiros ao Brasil era tão intenso, que jamais saiu daqui, abdicando
as tão sonhadas viagens à Europa por todos os Artistas. Em 1891, sai da Academia e passa
a exercer o magistério no ensino público de segundo grau e, seis anos mais tarde
ocupa um cargo no Instituto Profissional João Alfredo. O seu talento, aliado ao
nosso excelente ensino acadêmico, é o motivo de o neoclassicismo nas
Artes Brasileiras, ter adquirido contornos voltados ao romantismo.
Veio a falecer na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1925.
guerreiro transpassando um guaiamum, de que pende um ramo de maracujá, enchem-se-lhe
os olhos de lágrimas, interpretando as ordens que aquele símbolo lhe revela: como o
guaiamum deve ela andar para trás, e como o maracujá, que guarda a flor até
morrer, conservar a lembrança do esposo."
( Trechos de Iracema, José de Alencar, 1865 )
josé maria de medeiros |
Era uma vez um jovem nascido na Ilha Faial, Açores, em 1849. Saindo em busca de novas aventuras,
inspirações e sonhares, chegou ao Brasil no ano de 1865. Encantado com o que aqui viu, com a
beleza natural e com os que aqui habitavam, em meados do mesmo ano ingressa no Liceu
de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Três anos depois, vai para a Academia Imperial
de Belas Artes, tendo como um de seus professores "Victor Meirelles", entre
renomados outros mestres e como colegas, "Almeida Júnior", "Estevão
Silva", "Firmino Monteiro" e outros mais. Foi um bom aprendizado.
Em 1871, participando da Exposição Geral de Belas Artes recebeu
a Medalha de Prata, e na mostra de 1876, a Grande Medalha de Ouro. No
ano de 1878, ocupou por concurso o cargo de professor de desenho figurado
na Academia Imperial e quatro anos mais tarde, naturalizando-se brasileiro passou a
catedrático. Dois anos depois, 1884, no certame expõe as telas Morte de Sócrates e a que
rendeu-lhe o título de Oficial da Ordem da Rosa: a sua obra prima, Iracema. Entre os discípulos
que formou, destaco "Eliseu Visconti", que aqui no Blog em 05/09/2014, teve sua bela obra em destaque.
O amor de José Maria de Medeiros ao Brasil era tão intenso, que jamais saiu daqui, abdicando
as tão sonhadas viagens à Europa por todos os Artistas. Em 1891, sai da Academia e passa
a exercer o magistério no ensino público de segundo grau e, seis anos mais tarde
ocupa um cargo no Instituto Profissional João Alfredo. O seu talento, aliado ao
nosso excelente ensino acadêmico, é o motivo de o neoclassicismo nas
Artes Brasileiras, ter adquirido contornos voltados ao romantismo.
Veio a falecer na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1925.
carlos miranda (betomelodia) ™
colonia de pescadores |
sem título disponível |
sem título disponível |
sem título disponível |
sem título disponível |
destaco: a morte de sócrates -1878 |
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )
Nenhum comentário:
Postar um comentário
se gostou, COMENTE, pois comentários são o alimento do blog...