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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Demônios da Garoa, Mulher Rendeira



O grupo musical, destaque de hoje na Música Brasileira, tem história, muita história desde que foi criado
no ano de 1943, completando então 76 anos de atividade musical e cultural.  E para ilustrar esta
publicação, escolhi um xaxado criado em 1921, que também tem muita história. Vamos lá.


demônios da garoa, formação original


Foi em São Paulo, na capital do Estado, no início da década de 1940 que Arnaldo Rosa criou um grupo
musical com o nome de "Grupo do Luar", vencedor de um concurso de calouros em uma rádio
cujo prêmio foi um  contrato  para duas apresentações semanais na emissora.  Dado ao
sucesso do grupo e ao entusiasmo do locutor Vicente Leporace, foi lançado um
concurso entre os ouvintes para dar um novo nome ao grupo,  e o nome
vencedor foi "Demônios da Garoa". Assim foi que no ano de 1943,
os "endiabrado "  Grupo do Luar, assumiram o nome que
em 1994 foi para  "Livro  dos  Recordes Brasileiro",
o "Guinness Book", e nele permanecendo
até os  dias atuais.  E com sucesso.

Nas gravações   do premiado filme
"O Cangaceiro"  em 1949, conheceram um
dos maiores nomes da Música Brasileira, Adoniran
Barbosa, que com sua parceria,  levou o grupo musical ao
reconhecimento nacional.  Após seu lançamento, ao internacional
com "Mulher Rendeira", a trilha musical detentora da "Menção Especial"
no  Festival de Cannes em 1953.  A marca registrada do grupo é seu bom humor.

E o  Conjunto Vocal Mais Antigo do Brasil em Atividade,  o será por muitos anos mais a
mais rica expressão de nossa Cultura Musical, da nossa maravilhosa Música Popular Brasileira.




A Canção
Embora controversa  segundo versão do pernambucano Padre Frederico Bezerra Maciel,  regionalista e
biógrafo de  Virgulino Ferreira da Silva,  o famoso cangaceiro conhecido por  Lampião, ele teria 
escrito a letra da canção para o aniversário da avó,  Maria Jocosa Vieira Lopes, pois ela
elaborava trabalhos em rendas, ou seja, era uma "Mulher Rendeira", título que 
foi dado à  composição original  escrita entre os anos de 1921 e 1922.
A letra original, é tida como hino de guerra dos cangaceiros
do bando de  Lampião,  conforme relatos sobre o
ataque à Mossoró em 1927, com seus 50
homens entre tiros a cantando.   

Mas não parou por aí. A canção tornou-se um grande sucesso nas terras brasileiras e internacionalmente
no ano de 1953, ao ser adaptada por "Zé do Norte" à trilha sonora do filme  "O Cangaceiro", que
ao concorrer no  Festival de Cannes  recebeu  o prêmio  "Melhor  Filme  de  Aventura",
e a Menção Especial  por sua trilha sonora.  Em 1967,  gravada por "Volta Seca"
no álbum  "Cantigas de Lampião",  foi a partida  para  que um  grande
número de cantores brasileiros a interpretassem. Traduzida
para a língua inglesa,  grandes nomes da Música a
colocaram em seus álbuns, sendo que a
versão  mais famosa é de 1962,
por  "The  Shadows".

carlos miranda (betomelodia) 


Olé mulé rendera olé mulé rendá
Tu me ensina a fazer renda qu'eu te ensino a namorá

Olé mulé rendera olé mulé rendá
Sardade levo comigo soluço vai no emborná

Olé mulé rendera olé mulé rendá
Se você tá me querendo vamu pra Igreja vamu casá

Olé mulé rendera olé mulé rendá
E depois de nóis casado vamu pra roça vamu prantá

Olé mulé rendera olé mulé rendá
Tu me ensina a fazer renda qu'eu te ensino a namorá


adaptação da letra original, por zé do norte



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

A Arte no Mundo - Ricardo Ardente - Brasil

fishing on the river sorocaba



A publicação de hoje sobre A Arte no Mundo, revela um "carioca da gema", meu conterrâneo, nascido
na Cidade do  Rio de Janeiro  em novembro de 1958.   A pintura fez parte de sua vida desde a

tenra infância, pois seu pai na época comerciante, pintava nas horas vagas por hobby.


ricardo ardente - 1958 / nowadays
oil on canvas - 80 x 60 cm - available for sale -  http://www.ricardoardente.com.br
sorocaba, sao paulo - brazil


fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal  / google

domingo, 12 de agosto de 2018

Sandrera, Querida Kika



O destaque na Música Popular Brasileira desta publicação, uma vez mais é para Sandrera, nascido no
Estado do Espírito Santo e que em minha opinião  "modestinha",  já ganhou o mundo e milhares
de seguidores.  E a história marcando o vídeo que ilustra esta postagem, vem de longos
anos, mais precisamente em 1989, quando o inesquecível Raul Seixas, foi o autor
de uma carta para Kika, sua ex-esposa.  Em 2014, Sandrera soube da triste
carta, e ao ler a mesma ficou emocionado com o conteúdo, e segundo
suas palavras, ..." era como se a canção estivesse ali na carta
por  esse  tempo  todo  e eu a enxerguei  chorando um
pouquinho ”... Entrou em contato com Kika por
meio  de sua filha  Vivi,  e o resultado é
esta pérola por Sandrera criada.

E só para recordar, já foi destaque no ano de 2017 com três composições de sua autoria, "Tá Freud, Baia",
"Ofício" e "Coração Afoito".  Basta clicar nos  links  para curtir estes outros destaques. Sei que gostarão.


carlos miranda (betomelodia) 


Mais do que ninguém você sabe
O quanto o destino tem me castigado
A minha solidão é tão dolorosa
Mas que jeito você está tão longe
E eu desejava estar com você e nossa filha

Nunca esqueci de vocês mesmo nos maus momentos
E hoje mais do que nunca eu lhe desejo

Sinto sua falta sua companhia
Seus carinhos não esqueço de você
Não me negue esse encanto de vida
Vamos envelhecer juntos isso é tudo que eu desejo
Isso é só o que eu desejo minha querida

Nunca esqueci de vocês mesmo nos maus momentos
E hoje é só o que eu desejo minha querida
Nunca esqueci de vocês mesmo nos maus momentos
E hoje mais do que nunca eu lhe desejo


( trechos da carta de raul seixas para kika, datada de 1989, musicada por sandrera )



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Alexander Pacheco, A Magia da Cultura Brasileira

lavadeiras da favela


Nas Artes Plásticas Brasileiras, o destaque de hoje é o retorno de Alexander Pacheco e suas belas telas.
Nascido em Jacarepaguá, bairro da cidade do Rio de Janeiro, em Abril de 1974,  o seu gosto pela
pintura teve origem em sua infância ao ser presenteado pelo avô com tintas guache, que
que ele então usava para retratar em placas, sua visão  do mundo que o cercava.


alexander pacheco


Em sua adolescência interrompeu com a pintura,  pois interessou-se pelo futebol
almejando o profissionalismo no esporte.  Mas a Arte continuou presente,  viva nos seus
pensamentos.  Aulas sobre a pintura e suas pesquisas mantinham-se, mas uma série de eventos
em sua vida, obrigou-o a novos rumos.  Mas, mesmo assim seus sonhos sobre futebol e Arte,  não foram
esquecidos.  Foi em 2000, quando incentivado por amigos, que ele decidiu voltar inteiramente à
pintura.  Logo sua participação em várias exposições coletivas rendeu-lhe premiações e
sua obra,  vigorosa, cores vibrantes e alegres, é a pura inspiração de brasilidade.

Alexander é um grande amigo e conterrâneo, embora  ainda virtual é meu mestre e minha inspiração por
suas vitórias frente a vida, do qual sou admirador. Mereci sua confiança em 2014, quando criei o
texto de sua apresentação para o Carrossel do Louvre, em Paris, onde foi premiado com
a Medalha de Ouro e a Medalha de Prata, respectivamente em 2014 e 2015. Já foi
destaque no Blog no ano de 2013, em um resumo sobre sua obra, também
em outras duas publicações em Julho e Novembro do ano de 2017.


carlos miranda (betomelodia) 



vovó nanã
batuque na cozinha

são jorge
nossa senhora aparecida carioca



 catadora de buriti

garca na ilha da gigóia
mulher brasileira

casal de araras
samba da devoção


dom quixote carioca

meu destaque: araras

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )


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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Laila Garin, Você Passa Eu Acho Graça



Como destaque nesta publicação, Laila Garin é a estreante de hoje em nosso Blog.  Atriz e cantora,
nasceu em fevereiro de 1978, na cidade de Salvador, capital do Estado da Bahia. Formada em
Artes Cênicas pela  Universidade Federal da Bahia,  destacou-se em 2013 interpretando
Elis Regina em uma produção sobre sua vida e obra, Elis - A musical.  Um sucesso.

Laila começou no  teatro aos onze anos,  canto lírico aos treze e com quinze anos
fazia parte do elenco de teatro amador, na  Casa  Via Magia,  e na época em que cursava
a Universidade, cursou Mímica Corporal Dramática.  Escolhi para ilustrar a postagem, o vídeo
em que interpreta a composição de Ataulfo Alves e Carlos Imperial, Você Passa, Eu Acho Graça, que
lançada por Clara Nunes em 1966, e é o título de seu primeiro álbum. Agora, curtam "Laila Garin e a Roda".

carlos miranda (betomelodia) 


Quis você pra meu amor e você não entendeu
Quis fazer você a flor de um jardim somente meu
Quis lhe dar toda ternura que havia dentro em mim
Você foi a criatura que me fez tão triste assim

Ah e agora você passa eu acho graça
Nessa vida tudo passa e você também passou
Entre as flores você era a mais bela
Minha rosa amarela que desfolhou perdeu a cor

Cada volta o mundo dá nesse mundo eu já rodei
Voltei ao mesmo lugar onde um dia eu encontrei
Minha musa minha lira minha doce inspiração
Seu amor foi a mentira que quebrou meu violão

Ah e agora Você passa eu acho graça
Nessa vida tudo passa e você também passou
Entre as flores você era a mais bela
Minha rosa amarela que desfolhou perdeu a cor

Seu jogo é carta marcada me enganei não sei porquê
Sem saber que eu era nada fiz meu tudo de você
Pra você fui aventura você foi minha ilusão
Nosso amor foi uma jura que morreu sem oração

Ah e agora você passa eu acho graça
Nessa vida tudo passa e você também passou
Entre as flores você era a mais bela
Minha rosa amarela que desfolhou perdeu a cor


ataulfo alves / carlos imperial 



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google


sexta-feira, 27 de julho de 2018

A Arte no Mundo - Lydia Ardente - Brasil

untitled



Formada em Pedagogia, iniciou seus trabalhos em óleo sobre tela no ano de 1983, e
suas pinturas  estão em vários  acervos particulares,  no Brasil e  no Exterior.
Com pinceladas em um belo estilo impressionista,  beirando por vezes
o expressionismo, cativa os observadores em mostras coletivas
ou individuais, desde 1983 quando iniciou seus trabalhos.


lydia ardente, 1940 / in activity
oil on canvas - 40 x 60 cm - personal collection, carlos miranda (betomelodia)
palmares do sul city, rio grande do sul state - brazil

fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 22 de julho de 2018

Nilze Carvalho, Já Mandei Botar Dendê



Compositora, cantora e bandolinista, Albenise de Carvalho Ricardo nasceu em Nova Iguaçu, município
da Região Metropolitana no Estado Rio de Janeiro, nascida em Julho de 1969, e que usa o nome
artístico Nilze Carvalho.  Iniciou a sua carreira ainda na infância ao ser flagrada pelo irmão
tocando  em um cavaquinho  "Acorda Maria Bonita", e então desde os cinco anos foi
incentivada a seguir  sua paixão  pela  Música,  o que levou-a  a apresentar-se
publicamente aos seis anos. Aos doze,  gravou seu  primeiro disco e dois
anos mais tarde, ainda como bandolinista,  gravou a série de discos
em quatro volumes, Choro de Menina. Seu sucesso tornou-se
internacional  aos quinze anos,  em turnês por diversos
países.  Mas em 2002,  ao participar de dois shows
aqui no Brasil, gravou seu primeiro CD como
cantora,  e sambista,  “Estava Faltando
Você”,  indicado ao  "Premio TIM" 
como melhor cantora Samba. 

Ela também é  Bacharel em Música pela UNI-RIO,  e foi apresentadora do programa "Cena Musical" em
uma emissora de Tv.  Escolhi para ilustrar  esta postagem,  um vídeo de meu arquivo onde Nilze
interpreta  Já Mandei Botar Dendê,  autoria de  Arlindo Cruz,  Maurição e Zeca Pagodinho.

carlos miranda (betomelodia) 


Bota dendê no meu caruru bota dendê no meu vatapá
Eu quero ver caldeirão ferver põe pimenta pra arder já mandei botar dendê

Já mandei botar dendê pra dar gosto no tempero
Já mandei botar dendê pro sabor bailar no cheiro
Bota se não eu não vou comer eu não quero me aborrecer já mandei botar dendê
Faça o favor de me obedecer se não brigo com você já mandei botar dendê

Sinto saudade da comida de sinhá que jamais deixou de usar dendê pra dar bom paladar
É na moqueca é no bobó é no xinxim bota um pouco mais pra mim tempero sem dendê não dá
Por que o tempero é gostoso vem ver é gostoso demais pode crer
Vem comigo sentir o prazer de provar o dendê


arlindo cruz / maurição / zeca pagodinho



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google