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terça-feira, 18 de outubro de 2016

Marcelo Vieira e a Arte Naif

a pescaria


Marcelo Vieira

Foi na cidade de Diadema, na Zona Sudeste da Grande São Paulo, a capital do Estado, que em
31 de Janeiro de 1974 ele nasceu. Lá cresceu e como todo brasileiro assumiu um trabalho,
o de Técnico em Cerâmica.  Mas, o que ele apenas intuia e começou praticando como
uma espécie de hobby era a pintura. Em meados de 1996 frequentou uma Oficina
Cultural em sua cidade, e autodidata  começou a expressar-se na pintura. Os
seus trabalhos obtiveram destaque, e ao participar de algumas coletivas
resolveu continuar com a  Arte,  paralelamente  à sua então profissão.

marcelo vieira

As suas telas foram por ele expostas na tradicional Feira de Artes na
Praça da República por muitos anos, no centro de São Paulo, onde eram
visualizadas e tinham grande aceitação pelos temas brasileiros que exibidos
em fortes cores, revelavam a riqueza de nossa cultura em belo estilo Naif. Em sua
obra,  Marcelo  usa a técnica acrílico sobre tela,  cerâmica e outros materiais à título de
experiência, para consolidar ainda mais seus trabalhos, retratando o dia-a-dia, suas raízes
e o imenso Universo Cultural Brasileiro em suas raças, costumes e tradições. O mundo espera.

carlos miranda (betomelodia) 



olinda querida

boteco

união
uma tarde nos arcos da lapa

meu boi bumbá

noite do forró


o milagre da pesca
noite de festa

noite boêmia
encontro de boi bumbá

saudação ao frevo

destaco: banda de forró

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

Djavan, Não é Um Bolero



Tido como referência nacional e internacional na Música Popular Brasileira, Djavan domina com
maestria quatro importantes espaços na Arte Musical: compositor, cantor, violonista, assim
como produtor musical.  Pouco tenho à acrescentar sobre ele,  pois por várias vezes
este ilustre alagoano esteve em destaque aqui no Blog,  e sendo assim vamos
é ressaltar seu estilo consagrado de compor, as letras com construções
repletas de metáforas e distintas dos demais compositores, ritmos
da América do Sul combinados com os de outras povos, tais
como os  norte americanos, africanos e europeus, que
são retratados em belas, digamos, cores pois a
sua Música é considerada Arte. Vamos lá.

Selecionei  para ilustrar  esta publicação
sua composição "Não é Um Bolero", lançada ao
final do ano de 2015, e que foi o destaque de seu mais
recente álbum, Vidas Pra Contar.  Repleta de romantismo ela
lamenta e distância, a ausência de um amor narrando o reencontro
em uma interessante, bela edição de vídeo que esperado com ansiedade
por seus seguidores e claro, pela Música Popular Brasileira, tenho certeza que
aguardavam, e com saudades, a volta de  Djavan e suas maravilhosas composições.

carlos miranda (betomelodia) 



Eu não digo que não ela é bela e fera
Mas não pondera e me deixa doidinho
Quando eu penso que sim ela dá de ombro
E eu me escombro sozinho

Se com ela há muito mais luar porque viver dias sombrios
Eu não posso me distanciar e me perder dos seus carinhos
Você é demais muito mais pra mim

Não é um bolero é amor sincero que a tudo resiste
Não a ter do lado me deixa abalado e nada é mais triste
A vida é atoa não fica de boa quem não tem um querer
Eu tenho de tudo mas me falta tudo se eu não tenho você


djavan



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 15 de outubro de 2016

Rocco Caputo, Maestria no Figurativismo Contemporâneo

forjador


Com ascendência da bela Itália, Rocco Antonio Caputo nasceu na cidade de Piracicaba, interior
do Estado de São Paulo, em Agosto de 1962, e lá passou sua infância em meio à paisagem
maravilhosa do Rio Piracicaba que corta a cidade.  Pintor, mosaicista e professor, teve
a orientação inicial na pintura com o Artista Hugo Benedetti e na cidade de Foggia,
Itália, formou-se em pintura na  Accademia di Belle Arti, onde também estudou
a técnica da aquarela e pintura com Cosimo del Vecchio. Mas não parou a
sua busca por outros setores das Artes Plásticas, cursando Anatomia
Artística e o uso de mármore com  Leonardo Scarinzi,  além de ter
trabalhado  com  mosaicos  no ateliê de  Giuseppe  Zaccheria.

rocco caputo


Aos 29 anos, 1991, retorna ao Brasil, indo morar na cidade de
Rio Claro mas, em 2004 volta à Piracicaba onde fixou residência e
é onde mantem seu ateliê, oferecendo cursos de pintura e desenho. É
consagrado por suas pesquisas e estudos, como um grande expoente da
recente geração de pintores figurativos contemporâneos, com seus trabalhos
revelando universalidade e qualidade com extremo profissionalismo na mais bela
expressão do figurativismo.  Sua obra possui sofisticação, repleta de poesia, marcada
por luzes e sombras em alto contraste, onde sobre escuros fundos seus personagens são
destacados por forte luz em efeitos dramáticos. Pura inspiração, sensibilidade, poesia e amor.


carlos miranda (betomelodia) 



centauro

mulher com lenhas

maria madalena
despertar dos anjos

flora em luto

crucificação
condenados

uma senhora

desejo
camponesa

visão do calvário







destaco: truco
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Quarteto do Rio, Homenagem ao Malandro



Quarteto do Rio

Primeiramente, vamos voltar setenta anos no tempo. Em 1942, Ismael Netto idealizou o projeto
que consistia em um quarteto para interpretar a  Música  Popular  Brasileira  em arranjos
próprios a quatro vozes. Com nome de Os Cariocas era formado inicialmente por
Severino Filho, Eloi Vicente, Neil Carlos Teixeira e Fabio Luna,  e cantando
em festinhas no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Mas foi no ano
1946, que ao terem participado de vários programas de rádio,
com sua polifonia característica e arranjos ritmicos, é
que as portas da fama e do sucesso se abriram.

Em 1956,  seu idealizador Ismael Netto morre, e
o Maestro Severino Filho convida sua irmã para fazer
a voz de falsete, o que parece ter gerado  divergências  entre
os membros do grupo, o que levou o conjunto após mais dez anos
a ficarem separados por vinte e um anos. Mas a Música tem caminhos que
muitas vezes nos surpreendem,  pois em 1987 o  Maestro  foi convidado a ouvir o
arranjo feito pelo pianista Alberto Chineli para a composição de Bororó, clássico imortal
por nós bem conhecido, "Da Cor do Pecado", e que entusiasmou  Severino Filho  de tal forma
que fazendo o arranjo vocal convidou os integrantes do quarteto  à voltarem aos palcos
e aos discos., tendo ficado sob sua direção até 2015 quando afastou-se do grupo
por motivos de saúde, vindo a falecer no mês de Marco deste ano de 2016.

Setenta e quatro anos. A Música brasileira não poderia perder o que
nos legou "Os Cariocas" em mais de sete décadas de muitos
sucesso e assim,  os três  remanescentes do quarteto
tomaram a decisão de continuar a realização de
seu criador, Ismael Netto. Mas, a família do
Maestro Severino  não permitiu que
a nova formação  utilizasse o
mome "Os Cariocas" (?).




Bem,  minha opinião pessoal é que esse direito de uso ou não,  deveria ser do seu idealizador
mas, ressalto que esta é minha opinião e que não tenho base para contesta-la. E os três
entendendo que a Música é mais valiosa que um nome,  concordaram e seguiram
em frente com um novo nome,  Quarteto do Rio.  E convidando o pianista e
vocalista Leandro Freixo para primeira voz e piano, com Fabio Luna
como segunda voz na bateria e na flauta, Neil Teixeira terceira
voz e baixo, e completando o quarteto, Eloi Vicente com
a quarta voz e violão., estava pronto o novo grupo.
Muito bom para nós e para a nossa Música.

carlos miranda (betomelodia) 



Eu fui fazer um samba em homenagem
À nata da malandragem
Que conheço de outros carnavais
Eu fui à Lapa e perdi a viagem
Que aquela tal malandragem
Não existe mais

Agora já não é normal
O que dá de malandro regular profissional
Malandro com aparato de malandro oficial
Malandro candidato a malandro federal
Malandro com retrato na coluna social
Malandro com contrato com gravata e capital
Que nunca se dá mal

Mas o malandro pra valer - não espalha
Aposentou a navalha tem mulher e filho e tralha e tal
Dizem as más línguas que ele até trabalha
Mora lá longe e chacoalha num trem da Central


chico buarque



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 9 de outubro de 2016

CP Antaris, Meu País



A publicação de hoje sobre a Música Popular Brasileira, traz de volta a banda paulista que já foi
destaque aqui no Blog em 03 de Setembro deste ano de 2016, com a canção Coisas da Vida,
Pop Rock  composto por seu vocalista,  Reginaldo Conceição.  Com expressivo número
de visualizações,  bela letra e semelhança de voz com a do Renato Russo,  levou-me
a buscar outras performances do grupo,  no que fui ajudado por eles ao em uma
rede social  publicarem um vídeo,  com mais uma composição do Reginaldo.

A letra é forte, atualíssima: Meu País. Composta em 1999, ela tem como base
a realidade social vivenciada por muitos brasileiros mas, uma realidade que pode
nos atingir diretamente e que por  omissão, descaso ou preconceito, em sua maioria
nos causa indignação,  revolta contra o sistema de governo que não zela pelo bem estar
de sua população. Um desabafo, crítica à sociedade que ignorando o significado da palavra
solidariedade,  prefere culpar os governantes  por sua omissão,  apenas cerrando seu coração.

carlos miranda (betomelodia) 



Não me deixe fazer parte do que eu já faço
Nesse desespero nenhum desabafo
E os dia vão passando

A espera de uma ajuda que nunca vem
A fome e a miséria sempre vão além
Desse dia insano

E há crianças nas ruas e o mendigo fedorento
E o cachorro que lambe suas feridas
Que são menores que o seu tormento
E os milhões desviados ninguém aqui ta preso
Nacionalismo forçado ninguém daqui sai ileso

É o meu País é o meu País
Tudo errado tudo mudado
É o meu País


reginaldo conceição



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Raquel Taraborelli, Cores e Flores - I

campos de papoulas


Raquel Taraborelli

Foi no ano de 1957, na cidade de Avaré, interior do Estado de São Paulo que ela nasceu. A sua
atividade era a Engenharia. Era, pois trocou-a pela Natureza com suas cores e formas, as
luzes e sombras, tornando-a sua fonte de prazer e trabalho. Começou a pintar em 75,
aos dezessete anos apenas por hobby mas, e bendito seja este "mas", pois foi
quando  participou da exposição  no Salão de Artes Plásticas de Piedade,
no Estado de São Paulo em 1987, e foi premiada com uma  Medalha
de Ouro, que resolveu dedicar-se somente à pintura. A grande
admiração  que tem por Claude Monet,  fez com que ela
viajasse até a França onde conheceu a casa e os
belos jardins do Mestre do Impressionismo.


raquel taraborelli

Suas telas contém algo de magia, algo que
suas pinceladas revelam em cores, a sombra, luz,
a impressão de  momentos  singulares  expressos com
maestria, que segundo suas palavras  são como uma espécie
de fantasia,  brincadeira entre cor e espaço, onde pode tocar e criar.
Atualmente vivendo e criando seus trabalhos na cidade de Sorocaba, em
São Paulo, buscando na Natureza a inspiração para continuidade de sua obra.

carlos miranda (betomelodia) 



tropical

azaléias

entardecer

paisagem com roseiras

vasos de gerânios ensolarados

bouquet em vaso verde
iris

cena com bicicleta e girassois

outono

azaléias

paisagem com iris


destaco: campos de flores brancas
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( formato das telas adaptados à diagramação )