Quarteto do Rio
Primeiramente, vamos voltar setenta anos no tempo. Em 1942, Ismael Netto idealizou o projeto
que consistia em um quarteto para interpretar a Música Popular Brasileira em arranjos
próprios a quatro vozes. Com nome de Os Cariocas era formado inicialmente por
Severino Filho, Eloi Vicente, Neil Carlos Teixeira e Fabio Luna, e cantando
em festinhas no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Mas foi no ano
1946, que ao terem participado de vários programas de rádio,
com sua polifonia característica e arranjos ritmicos, é
que as portas da fama e do sucesso se abriram.
Em 1956, seu idealizador Ismael Netto morre, e
o Maestro Severino Filho convida sua irmã para fazer
a voz de falsete, o que parece ter gerado divergências entre
os membros do grupo, o que levou o conjunto após mais dez anos
a ficarem separados por vinte e um anos. Mas a Música tem caminhos que
muitas vezes nos surpreendem, pois em 1987 o Maestro foi convidado a ouvir o
arranjo feito pelo pianista Alberto Chineli para a composição de Bororó, clássico imortal
por nós bem conhecido, "Da Cor do Pecado", e que entusiasmou Severino Filho de tal forma
que fazendo o arranjo vocal convidou os integrantes do quarteto à voltarem aos palcos
e aos discos., tendo ficado sob sua direção até 2015 quando afastou-se do grupo
por motivos de saúde, vindo a falecer no mês de Marco deste ano de 2016.
Setenta e quatro anos. A Música brasileira não poderia perder o que
nos legou "Os Cariocas" em mais de sete décadas de muitos
sucesso e assim, os três remanescentes do quarteto
tomaram a decisão de continuar a realização de
seu criador, Ismael Netto. Mas, a família do
Maestro Severino não permitiu que
a nova formação utilizasse o
mome "Os Cariocas" (?).
Bem, minha opinião pessoal é que esse direito de uso ou não, deveria ser do seu idealizador
mas, ressalto que esta é minha opinião e que não tenho base para contesta-la. E os três
entendendo que a Música é mais valiosa que um nome, concordaram e seguiram
em frente com um novo nome, Quarteto do Rio. E convidando o pianista e
vocalista Leandro Freixo para primeira voz e piano, com Fabio Luna
como segunda voz na bateria e na flauta, Neil Teixeira terceira
voz e baixo, e completando o quarteto, Eloi Vicente com
a quarta voz e violão., estava pronto o novo grupo.
Muito bom para nós e para a nossa Música.
carlos miranda (betomelodia) ™
Eu fui fazer um samba em homenagem
À nata da malandragem
Que conheço de outros carnavais
Eu fui à Lapa e perdi a viagem
Que aquela tal malandragem
Não existe mais
Agora já não é normal
O que dá de malandro regular profissional
Malandro com aparato de malandro oficial
Malandro candidato a malandro federal
Malandro com retrato na coluna social
Malandro com contrato com gravata e capital
Que nunca se dá mal
Mas o malandro pra valer - não espalha
Aposentou a navalha tem mulher e filho e tralha e tal
Dizem as más línguas que ele até trabalha
Mora lá longe e chacoalha num trem da Central
chico buarque
À nata da malandragem
Que conheço de outros carnavais
Eu fui à Lapa e perdi a viagem
Que aquela tal malandragem
Não existe mais
Agora já não é normal
O que dá de malandro regular profissional
Malandro com aparato de malandro oficial
Malandro candidato a malandro federal
Malandro com retrato na coluna social
Malandro com contrato com gravata e capital
Que nunca se dá mal
Mas o malandro pra valer - não espalha
Aposentou a navalha tem mulher e filho e tralha e tal
Dizem as más línguas que ele até trabalha
Mora lá longe e chacoalha num trem da Central
chico buarque
fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google