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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Celso Fonseca, Sambou Sambou

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Ele tem quase quarenta anos de carreira mas é pouco conhecido do público brasileiro,
embora com algumas dezena de álbuns solos gravados. Iniciou na Música como guitarrista
acompanhando grandes nomes da Música Popular Brasileira, época em que começou a
compor e conheceu aquele que seria seu parceiro mais constante, Ronaldo Bastos.
Pensava apenas em compor mas Gal Costa mudou seus planos em 1985, ao ouvir a "demo"
de sua composição "Sorte": incentivou-o a também cantar. 

celso fonseca

Escrevo sobre Celso Fonseca, Carioca da Gema, nascido na Cidade Maravilhosa, Rio de
Janeiro,  em Novembro de 1956. Aos doze anos começou a tocar violão e sete anos mais
tarde, iniciou profissionalmente sua carreira na Música. Hoje, instrumentista, compositor,
e cantor, tem invejável carreira como compositor e produtor musical, obtendo notas
máximas da crítica internacional em suas apresentações pelos Países da Europa,
Japão e América do Norte. Um dos músicos mais atuantes no cenário musical, sempre
compondo e produzindo para os grandes nomes da nossa Música.

Celso, em suas palavras esclarece que o sucessso que alcançou além das fronteiras do
nosso País, deve-se ao fascinio que os estrangeiros tem em relação à nossa Música,
preferindo que ela seja cantada em português, pela sonoridade de nossa língua. Narra
que em suas turnês internacionais o público presente em seus shows pede para que
suas canções sejam cantadas em português. Escolhi para esta postagem o vídeo
em que Celso interpreta Sambou, Sambou, autoria de João Donato e J. Mello,
em um arranjo muito bom. 

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Sambou sambou não descansou
Ficou zangada quando o dia clareou 
Eu nunca vi sambar assim 
Gosta do samba muito mais do que de mim 

Ouvindo bater o tamborim 
Não quis mais saber de cha-cha-cha 
Pra rock e twist ela diz não 
Porque gosta mesmo é de sambar 

Sambou sambou não descansou 
Ficou zangada quando o dia clareou 
Eu nunca vi sambar assim 
Gosta do samba muito mais do que de mim 

joão donato / j. mello


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 9 de agosto de 2014

Heitor dos Prazeres e sua Arte

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morro da mangueira

Autodidata, foi Músico, Compositor, Poeta e também Artista Plástico.
Heitor dos Prazeres, nascido em setembro de 1898, na cidade de Rio de Janeiro,
onde veio a morrer em outubro de 1966. Começou a trabalhar ainda na adolescência
como ajudante de marceneiro, engraxate e jornaleiro mas, a Música era e foi, a
paixão de sua vida. Menino do morro, filho de operário, sua vida era igual a de
qualquer criança das favelas do Rio de Janeiro: trabalho e vadiagem eram parte
de sua rotina diária. Seu diferencial é que dominava o cavaquinho e o clarinete.

O resultado do ambiente em que Heitor foi criado, dos grupos aos quais pertencia,
foi brotar sua inspiração para compor e cantar Sambas e Marchinhas que foram
grandes sucessos nacionais. Um dos pioneiros do Samba Carioca, em parceria
com Noel Rosa compôs seu maior sucesso,Pierrot Apaixonado.


heitor dos prazeres

Foi após a morte de sua esposa, Heitor então com 39 anos, que iniciou sua fase
nas Artes Plásticas pintando aquarelas à revelia, sem técnica. Mais tarde ele
adotou a pintura a óleo aprimorando aos poucos técnica e o estilo que na atualidade
conhecemos: imagens claras e brilhantes e personagens em movimento.

Mulatas, Rodas de Samba, favelas, o cotidiano autêntico e popular da vida na
cidade e nos morros de Rio de Janeiro, sempre foram seus temas preferidos nas
suas obras, notando-se alegria e apego ao modo de viver do carioca. Seus
trabalhos alcançaram repercussão no Brasil e no exterior, com telas em várias
exposições e Museus e tendo alcançado em vida o que muitos Artistas só após
a morte obtiveram: reconhecimento. Seu legado é um retrato simples, honesto e
sem retoques da cidade de Rio de Janeiro e do povo brasileiro.


carlos miranda (betomelodia) 



a dança


frevo

capoeira


sem titulo disponível


festa de são joão

boemia na lapa


os sambistas

sem título disponível


sem título disponível




destaco: roda de samba

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Isabella Taviani, A Canção que Faltava

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Emoção e romantismo tem nome. Isabella Taviani.
Compositora, instrumentista e cantora, ela conquistou seu lugar na
Música Brasileira com interpretações em um estilo todo seu.

Nascida na cidade de Rio de Janeiro em outubro de 1968, há 14 anos
iniciou sua carreira profissional nos palcos da vida. Isabella não
precisou da mídia especializada para firmar-se na Música, pois a
legião de fãs que ela tem, divulgam e sustentam em firmes bases
sua trajetória na Música Brasileira.

isabella taviani

Para mostrar o romantismo com que Isabella Taviani imprime em
suas interpretações, escolho um vídeo em que ela interpreta nessa
sua composição, A Canção que Faltava, uma verdadeira declaração,
um poema ao que o Amor é capaz de fazer. 


carlos miranda (betomelodia) 


Eu não sabia mais sonhar
Eu preferia só ficar sozinha nessa estrada
Eu esquecia quem sou eu
Eu refletia como o breu antes da sua chegada

Você me trouxe o porquê
Me fez sorrir por merecer
Me deu seu horizonte e a ponte pra acessar
O brilho desse sol em mim e a coisa toda de ruim se foi

Acordo antes de você só pra ver o teu sorriso
Quando abre os olhos e me vê
Pronto o dia já se iluminou
Razões pra ir em frente eu tenho aos milhões

E no café ao meio dia
Você prepara o que eu queria
Um beijo acompanhado de ontem
Do corpo que eu maltratei de tanto te querer bem

Inacreditável eu me sinto confortável ao lado seu
É que eu não sabia que a vida me traria o que jamais me deu

Minha boca não consegue mais desgrudar da tua pele
Da tua saliência dos seus sais
De tudo que emana aqui
Quando o amor a gente faz e nunca é demais

Ah se eu pudesse descobrir de onde vem o seu poder
Onde mora o seu mistério o seu remédio
Prescrito pra me absorver
Do mundo que ficou pra trás

Inacreditável eu me sinto confortável ao lado seu
É que eu não sabia que a vida me traria o que jamais me deu


isabella taviani


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 3 de agosto de 2014

André Macambira, From United States of Piauí

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A postagem de hoje é dedicada à um grande compositor e cantor  que,
aos 22 anos de idade, precocemente partiu para o já famoso, e como,
"time lá de cima": Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Seu nome artístico,
Gonzaguinha, tem tudo a ver com sua origem. Filho de Luiz Gonzaga,
nasceu no Rio de Janeiro em setembro de 1945 e sobre seu nascimento,
fez a seguinte declaração:

" Venho de Odaléia, uma profissional daquelas que furam cartão e de vez
em quando sobem no palco; ela cruzou com meu pai e de repente eu vim
"

A vida ensinou suas lições nas ladeiras do morro onde ele cresceu,
aprontando das suas e recebendo o apelido de "Moleque Luizinho". Seu
gosto pelo Samba foi manifestado quando por meio de seu grande amigo
Pafúncio, o levando a frequentar a ala dos compositores da Escola de Samba
carioca, a Unidos de São Carlos. Aos 14 anos, escreveu sua primeira
composição: Lembranças da Primavera. Seu estilo ao compor, revela
uma grande coerência de ideias sobre a vida, a arte e a dimensão
política do brasileiro. Um grande legado nos deixou.


Ilustrando esta postagem adicionei um vídeo em que um já nosso
conhecido Músico, André Macambira canta a composição de
Gonzaguinha, From United States of Piauí, lançada em 1972 no LP
"Aquilo Bom". André merece meu profundo respeito por sua dedicação
aos grandes Mestres da Música Regional, em ótimos arranjos que
nos trazem de volta imorredouros sucessos. A Música Brasileira
agradece seu trabalho, André Macambira.


carlos miranda (betomelodia) 



United States of United States of
United States of of Piauí

A minha prima lá do Piauí
Deixou de fazer renda só pra ver novela
A minha prima lá do Piauí
Não bebe mais garapa vai de coca-cola

Luz de candeeiro não se usa mais
Luzes artificiais substitui o gás
Calça de couro alvorada e brim
Deram o seu lugar pra tal de calça lee

A minha prima escreveu pra mim
E não fala "venha cá" só fala "come here"
Vou mandar minha resposta breve
Para United States of Piauí


gonzaguinha


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Maria Rita, Arrastão

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Hoje trazemos uma Música composta em 1965, uma bela letra que é quase
uma prece, uma prece à Santa Bárbara, à Yemanjá: Arrastão. Em uma
perfeita harmonia entre letra e Música, ela nos mostra a devoção de um
povo humilde do litoral brasileiro, que tem como fonte de renda a pesca
feita com rede pelo método do arrastão.


A poesia de Vinícius de Moraes aliada à mágica musicalidade de Edu Lobo,
resultou nesta bela obra, eternizada por Elis Regina e neste vídeo, 
interpretada por sua filha Maria Rita. Com vocês, Arrastão.

carlos miranda (betomelodia) 




Ê tem jangada no mar   ê ê ê  hoje tem arrastão
Ê todo mundo pescar   chega de sombra João

J'ouviu olha o arrastão entrando no mar sem fim
É meu irmão me traz Yemanjá pra mim
Olha o arrastão entrando no mar sem fim
É meu irmão me traz Yemanjá pra mim

Minha Santa Bárbara me abençoai
Quero me casar com Janaína

Ê puxa bem devagar
Ê ê ê já vem vindo o arrastão
Ê é a Rainha do Mar
Vem vem na rede João pra mim

Valha-me Deus Nosso Senhor do Bonfim
Nunca jamais se viu tanto peixe assim
Ê meu irmão me traz Yemanjá pra mim
Olha o arrastão entrando no mar sem fim


edú lobo / vinícius de moraes


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Chico da Silva e o Primitivismo

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a luta  dos dragões

" Partindo do arcaísmo mais puro, o pintor da praia tornava-se clássico, barroco, impressionista,
e enfim moderno e até mesmo surrealista, se posso usar tais nomenclaturas a propósito de
uma arte tão espontânea e que sempre permaneceu essencialmente primitiva,
apesar das oscilações. " Jean Pierre Chabloz (pintor suíço)

chico da silva

Francisco Domingos da Silva, conhecido por Chico da Silva, nascido no estado do Acre
no ano de  1910, filho de uma cearense e um índio peruano, foi tido em sua infância, como
"um indiozinho débil mental". Semianalfabeto, fazia fogareiros de lata para vender,
consertava guarda-chuvas, sapatos e muitas outras coisas mais para ganhar dinheiro mas,
sempre que podia, fazia dos muros das casas, telas para seus desenhos com giz e carvão.

Em 1934 foi morar em Fortaleza, Ceará, com sua família. Foi então que Jean Pierre Chabloz,
em meados da década de 50, viu os grafites que Chico fazia nos muros e paredes na
praia de Pirambu, onde morava. Um célebre pintor suíço, Chabloz o incentivou na Arte,
com materiais e a técnica em óleo e guache.

Autodidata, possuía um estilo incomparável em que seus trabalhos nasciam com tal 
espontaneidade e beleza, sem uma sequer influência de estilos, tendencias ou modismos,
que impressionam pela abstração e riqueza de detalhes. Pouco conhecido no Brasil, na
Europa Chico da Silva foi tido como um ser de apuradíssima técnica, e de seu inerente
visual do tropicalismo, da vida das florestas. Um talentoso índio brasileiro.

Chico da Silva, morreu em Fortaleza, Ceará, em 1985. Sua pintura é classificada como
Primitivismo, mas a meu ver, foram suas obras que deram início à Pintura Naif brasileira,
como podemos ver abaixo, na pequena coleção de seu incrível legado.

carlos miranda (betomelodia) 



meus animais imaginários

o dragão

dragão

galos de rinha

g a l o

a rinha

o pássaro

piranha

r i n h a

destaco: armadilha
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
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