( trecho de "o verbo no infinito", de vinícius de moraes )
E ali, de olhar perdido na imaginação, olhando para um
longínquo ponto no céu, ele sonha.
Em sua mente, os seus sonhos povoando o universo
são realidades e as realidades do universo, são apenas
sonhos, realizados ou não, nascidos de sua imaginação.
Ele, um entre incontáveis, soberano em seu próprio
universo entre incontáveis universos, é o
supremo sonhador entre bilhões de sonhadores,
aquele que cria e destrói realidades.
Imaginação, sonho, realidade, universo. Caos.
Deus onipotente, Deus onipresente,
aquele que com a força de apenas seu pensamento
faz nascerem e morrerem aspirações.
Então, de um longínquo ponto no céu,
ao olhar para si, sente a angústia
da busca, do desejo de conhecimento e entendimento,
pois apesar da imaginação, sonhos, realidades e
poder do pensamento, não consegue
compreender o sentido de seu próprio universo e
a razão, aos poucos lhe escapa.
Ao escapar a razão, restam ilusões, apenas ilusões
sem sentido, sem lógica, sem propósito definido
em seu universo. Vida inspirada apenas em
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos
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