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domingo, 24 de fevereiro de 2008

Meus Escritos - Constante Despedida


Nunca sabemos se a imensa felicidade
que temos, por si nos basta. Sempre
desejamos mais e mais e com o passar dos anos,
meses, semanas ou dias, a substituímos.
Trocamos nossos momentos por outros que se nos
afiguram melhores, mais interessantes,
esquecendo da essência de nossos sentimentos,
essência de nossas realidades vividas,
dos encantos e desencantos de nosso dia a dia.
Assim, em lampejos a memória me trazia
doces lembranças de minha boas e más fases,
que por mim tinham sido esquecidas.




Ensimesmado em meu esconderijo interior.
Rosto molhado e olhos fechados, o filme de
minha Vida quadro a quadro, mostrando
que muitos caminhos, muitas atitudes
poderiam ter sido mudadas para melhor
ou talvez para pior.

O desenrolar de mil acontecimentos,
desde os mais banais até os revestidos de
toda pompa e circunstância desfilavam em minha mente.
Pompa e circunstância, banalidades , inutilidades
perante o simples ato de viver, de amar, de cantar,
de partir ou de apenas deixar pegadas em um deserto.

A água brotando de meu olhar,
lavou toda as camadas de nódoa que a vida
nos palcos em mim depositou, nódoa que turvou
minha visão do mundo, nódoa que não me
permitiu ver com os olhos da alma, a morte de meus
melhores momentos, a morte de minhas
melhores porções, a morte lenta de minha vida,
assim como não permitiu-me ver a luz que em espelhos
ilumina toda a humanidade, toda a criação.

Mas neste momento não estou em um palco.
Apenas plateia. Como Artista que sou,
cumpro meu papel atuando até o fim,
interpretando Amor, vendendo ilusões, sonhos
e fantasias ao público e para mim mesmo.
Como plateia, hoje busco com calma
um Amor, ilusões, sonhos e fantasias para um
derradeiro alento em meu viver. E na plateia,
só e confuso, aos poucos percebo,
sorrindo, o cenário de meu fim.

carlos miranda (betomelodia) 

fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos