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quinta-feira, 23 de junho de 2016

Joyce Cândido, Saudosa Maloca



Pra “escrevê” uma boa letra de samba a gente tem que “sê” em primeiro “lugá” “anarfabeto”.
adoniran barbosa



João Rubinato, ou como é conhecido no meio artístico, Adoniran Barbosa, nasceu em Valinhos, cidade
no interior do Estado de São Paulo, em 06 de Julho de 1912, e morreu em São Paulo, a Capital do
Estado homônimo, em 23 de Novembro de 1982. Filho de imigrantes italianos, ele começou a
trabalhar aos dez anos com o pai,  largando os estudos para poder ajudar a família.  Foi
em  1924  que os pais mudaram para Santo André,  município da Grande São Paulo.
Compunha desde muito jovem e em suas composições, retratava o cotidiano
do povo paulistano e também o dele, que bastante afetados foram pelas
mudanças  ocasionadas  pelo  progresso  industrial  de  São Paulo.

"Saudosa Maloca",  "Samba do Arnesto"  e  "Tiro ao Álvaro",  sua última composição, que gravada por
por Elis Regina tornou-se um clássico do Samba  e parte do Patrimônio Artístico Nacional, assim
como “Trem das Onze“, que foi eleita a música que melhor representa São Paulo, pelo povo
paulistano é considerada a Música do Século. Adoniran Barbosa usa erros intencionais
na ortografia, para revelar a maneira de falar dos moradores de origem italiana em
bairros como Brás, Barra Funda e Bexiga. Escolhi "Saudosa Maloca", o tema
da publicação que lançada em 1951,  é considerada porta de entrada de
Adoniran  Barbosa  no  hall da fama  dos compositores  brasileiros.

Ao morrer deixou cerca de 90 composições inéditas,  não sem antes ter
revelado a inspiração para compor "Saudosa Maloca". Segundo ele, saindo de seu
lar com Peteleco, seu cão de estimação, encontrou seu amigo Mato Grosso apavorado por
que o prédio em que morava seria demolido.  Então,  comovido com as dores do amigo,  ele a compôs.

Joyce Cândido

O vídeo por mim escolhido para ilustrar a publicação, com Joyce Cândido interpretando em português
"irrepreensível", é destaque de hoje na Música Brasileira, com ótima performance, arranjo
ótimo. Ela já esteve presente aqui no blog, em 2014, como sambista que é, em uma
sensacional  performance  em  "Cê Pó Pará",  com  Carlinhos de Jesus.

carlos miranda (betomelodia) 


Si o senhor não tá lembrado dá licença di contá
Ali onde agora está essi adifício arto
Era uma casa véia um palacete assobradadu
Foi ali seu moço qui eu Mato Grosso e o Joca
Construímu nossa maloca
Mais um dia nóis nem pode si alembrar
Veiu os homi coas ferramenta que o dono mandô dirrubá

Peguemo todas nossas coisa e fumos pru meio da rua apreciá a demolição
Qui tristeza que nóis sentia cada táuba que caía duía nu coração
Mato Grosso quis gritá mais em cima eu falei
Os homi tão coá razão nóis arranja outru lugar
Só si conformemu quando u Joca falou Deus dá u friu conforme u cobertô
E hoje nóis pega páia nas grama du jardim
E prá esquecê nóis cantemu assim

Saudosa maloca maloca querida
Dim dim donde nóis passemu dias feliz di nossa vida


adoniram barbosa


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( letra adaptada ao cantar da intérprete )

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