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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Nerival Rodrigues da Silva e Sua Bela Obra na Arte Naif

engenho


" Príncipe das cores e pinceis, entre flores e espinhos colheu e brincou a pintura."
(autor não mencionado)

Nerival Rodrigues da Silva

Foi no agreste pernambucano, na Serra de Mundaú onde fica a cidade de Garanhuns, que em 1951 veio
ao mundo o filho de uma família simples que recebeu o nome de Nerival Rodrigues da Silva. Ali ia
com sua mãe às colheitas de café, algodão e outras mais, o que passou a também fazer após
ter crescido. Mas nos intervalos das colheitas, além das brincadeiras com os amigos, já
com forte pendor às  Artes,  com pedaços de carvão desenhava no chão e paredes.
Ao mudar-se com sua família para a cidade de Marília, no Estado de São Paulo,
onde aos oito anos iniciou os estudos, tendo recebido dos professores o
prêmio por ter sido o melhor aluno do curso primário,  composto por
estojo com lápis de cores, um com aquarelas, um bloco para os
seus desenhos e muitos incentivos dos mesmos.  Com os
presentes,   pintou e ganhou seu primeiro concurso
de pintura, tendo como prêmio as tintas à óleo.
Pintava em cartolina, vendia, empregava
seus  ganhos em mais e mais tintas.

nerival rodrigues da silva

Sua Obra

E foi assim agindo que nasceu a vontade de realizar o sonho de ser um artista. À princípio, pintava no
estilo Impressionista e expunha suas telas na  Praça da República, na cidade de São Paulo, até o
ano de 1979. Três anos depois adotou o Surrealismo e voltou à cidade natal para a primeira
exposição individual de seus trabalhos,  e em  Garanhuns  ficou por mais de um ano.
Foi lá que outros artistas o influenciaram a deixar o  Surrealismo,  usar o Cubismo.
Essa fase foi curta e no ano de 1986, expondo em Embu das Artes, que  seu
trabalho foi analisado e esclarecido a Nerival que. o estilo apropriado
à ele era o primitivismo,  identificado com a obra do  pintor Henri
Rousseau, o primeiro Primitivista Naif da história da Arte no
âmbito Internacional. Finalmente, adotou o estilo que é
até hoje o  Primitivismo Naif.  Para nosso deleite.

carlos miranda (betomelodia) 



série folclore

série musical

série nordeste
série fauna brasileira

série plantações
sem título disponível
série plantações

série fauna brasileira

série nordeste
série musical

folclore


destaco: homenagem a tetê spíndola
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

domingo, 26 de junho de 2016

Monique Kessous, Viola Enluarada



Marcos Valle

Já esteve presente com suas composições em várias publicações aqui no blog. Sobre sua Música que
reconhecida internacionalmente é, já muito escrevi sobre mas, sempre há o que escrever acerca
desse compositor que possui características variadas e peculiares. Literal e musicalmente
passeia por diversos estilos e temas em suas composições navegando por soul, jazz,
funk,  bossa nova,  samba e muitos outros mais,  chegando ao que hoje eu ouso
afirmar que Marcos usa uma fusão de todos os ritmos. Vejam se não tenho
razão pois não é fácil crer que é o autor de "Samba de Verão" assim
como da que hoje aqui é destaque, "Viola Enluarada", clássico
sucesso, e até de “Black is Beautiful”, um belo hino soul.

A provável explicação para a grande mistura de ritmos e temas
deve-se à suas origens: filho de pais paraenses, tios cearenses, avó índia
amazonense e avô alemão, Marcos segue pela vida transportando sua mistura étnica
para suas belas composições. Aos 22 anos, em parceria com seu irmão Paulo Sérgio Valle, lançou
o clássico da Bossa Nova,  "Preciso Aprender a Ser Só".  Um belo legado, riquíssimo.


Monique Kessous

Também já foi destaque em publicações aqui no blog.  Acerca dela creio já ter escrito sobre seu grande
talento e carisma, tanto que foi por mim foi escolhida para ilustrar a publicação hoje interpretando
a composição "Viola Enluarada" em um belo arranjo,  vídeo que nas cenas finais traz o autor
Marcos Valle,  claramente emocionado com a voz e performance de Monique Kessous.

carlos miranda (betomelodia) 


Amão que toca um violão se for preciso faz a guerra
Mata o mundo fere a terra
A voz que canta uma canção se for preciso canta um hino
Louva a morte

Viola em noite enluarada no sertão é como espada
Esperança de vingança
O mesmo pé que dança um Samba se preciso vai à luta
Capoeira

Quem tem de noite a companheira sabe que a paz é passageira
Pra defendê-la se levanta e grita eu vou

Mão violão canção espada e viola enluarada
Pelo campo e cidade
Porta-bandeira capoeira desfilando vão cantando
Liberdade


marcos valle


fontes
imagens: google - vídeo: youtube - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: google

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Joyce Cândido, Saudosa Maloca



Pra “escrevê” uma boa letra de samba a gente tem que “sê” em primeiro “lugá” “anarfabeto”.
adoniran barbosa



João Rubinato, ou como é conhecido no meio artístico, Adoniran Barbosa, nasceu em Valinhos, cidade
no interior do Estado de São Paulo, em 06 de Julho de 1912, e morreu em São Paulo, a Capital do
Estado homônimo, em 23 de Novembro de 1982. Filho de imigrantes italianos, ele começou a
trabalhar aos dez anos com o pai,  largando os estudos para poder ajudar a família.  Foi
em  1924  que os pais mudaram para Santo André,  município da Grande São Paulo.
Compunha desde muito jovem e em suas composições, retratava o cotidiano
do povo paulistano e também o dele, que bastante afetados foram pelas
mudanças  ocasionadas  pelo  progresso  industrial  de  São Paulo.

"Saudosa Maloca",  "Samba do Arnesto"  e  "Tiro ao Álvaro",  sua última composição, que gravada por
por Elis Regina tornou-se um clássico do Samba  e parte do Patrimônio Artístico Nacional, assim
como “Trem das Onze“, que foi eleita a música que melhor representa São Paulo, pelo povo
paulistano é considerada a Música do Século. Adoniran Barbosa usa erros intencionais
na ortografia, para revelar a maneira de falar dos moradores de origem italiana em
bairros como Brás, Barra Funda e Bexiga. Escolhi "Saudosa Maloca", o tema
da publicação que lançada em 1951,  é considerada porta de entrada de
Adoniran  Barbosa  no  hall da fama  dos compositores  brasileiros.

Ao morrer deixou cerca de 90 composições inéditas,  não sem antes ter
revelado a inspiração para compor "Saudosa Maloca". Segundo ele, saindo de seu
lar com Peteleco, seu cão de estimação, encontrou seu amigo Mato Grosso apavorado por
que o prédio em que morava seria demolido.  Então,  comovido com as dores do amigo,  ele a compôs.

Joyce Cândido

O vídeo por mim escolhido para ilustrar a publicação, com Joyce Cândido interpretando em português
"irrepreensível", é destaque de hoje na Música Brasileira, com ótima performance, arranjo
ótimo. Ela já esteve presente aqui no blog, em 2014, como sambista que é, em uma
sensacional  performance  em  "Cê Pó Pará",  com  Carlinhos de Jesus.

carlos miranda (betomelodia) 


Si o senhor não tá lembrado dá licença di contá
Ali onde agora está essi adifício arto
Era uma casa véia um palacete assobradadu
Foi ali seu moço qui eu Mato Grosso e o Joca
Construímu nossa maloca
Mais um dia nóis nem pode si alembrar
Veiu os homi coas ferramenta que o dono mandô dirrubá

Peguemo todas nossas coisa e fumos pru meio da rua apreciá a demolição
Qui tristeza que nóis sentia cada táuba que caía duía nu coração
Mato Grosso quis gritá mais em cima eu falei
Os homi tão coá razão nóis arranja outru lugar
Só si conformemu quando u Joca falou Deus dá u friu conforme u cobertô
E hoje nóis pega páia nas grama du jardim
E prá esquecê nóis cantemu assim

Saudosa maloca maloca querida
Dim dim donde nóis passemu dias feliz di nossa vida


adoniram barbosa


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( letra adaptada ao cantar da intérprete )

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Junho, Aniversário de Onze Anos do Blog

carlos miranda (betomelodia)




betomelodia - música e arte brasileira

Tudo começou no ano de 2005, no mês de junho. A finalidade era divulgar os locais de minhas apresentações nas casas noturnas nas quais eu cantava, e também uma cobertura fotográfica das mesmas. O título do blog continha meu nome artístico como"Beto Melodia" e em abril de 2006, resolvi alterar para a atual grafia, o que por minha falta de experiência resultou na perda do blog. Mas dois meses depois, criei o atual que até hoje permanece "on-line" revelando ao mundo a Música e a Arte Brasileira.

Em certas ocasiões pensei em desistir de manter o blog, pois muitos contratempos ocorreram, tais como perda de vídeos por "direitos autorais", de imagens, por mais uma vez errar ao deletar arquivos em duplicata, e finalmente o mais recente fato, a perda de meu PC por descarga de alta voltagem do "nobreack", o que deixou-me por um longo período "off-line". Eu não tinha condições de comprar outro equipamento.

Mas vejam que nesta data estou comemorando mais este aniversário, pois existem pessoas com bom coração, dispostas a ajudar quem necessita. E de tão solícitas possibilitaram a minha volta à Web. Foram elas, Gelda Alvarenga, de Franca, São Paulo, seu apoio e palavras de incentivo;  Ricardo Ardente, Artista Plástico, de Sorocaba, São Paulo, à quem sou muito grato por sua ajuda, apoio, e também incentivo para que lutasse  e permanecesse na Web; Luis Ribeiro, de Porto Alegre, Capital do Estado em que eu escolhi para residir, que presenteou-me com um notebook; Otacílio Alves de Almeida, também de Porto Alegre, o qual com a sua gentileza habitual, também presenteou-me com um PC completo.  Assim, com muito carinho e gratidão agradeço à todos, sem esquecer os amigos da rua em que moro,  Régis Campão e Jaíra Terezinha,  por terem colocado seus notebooks à minha disposição.   À todos eles, e aos milhões de visualizadores do Blog em várias redes, dedico a comemoração  desses onze anos na Web.

Beijos agradecidos no coração de todos...

carlos miranda (betomelodia) 



fontes
imagem: arquivo pessoal - texto:carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Vanessa da Mata, Acreditar


Dona Ivone Lara

Talvez não conheçam Yvone Lara da Costa mas, tenho certeza que todo o Brasil e o mundo conhece
as composições de Dona Ivone Lara, a Rainha do Samba. Nascida em Botafogo, bairro da zona sul
da cidade do Rio de Janeiro, em 13 de abril de 1921,  é a matriarca do autêntico Samba Carioca.
Compositora e Cantora,  filha de pais ligados à  Música  e formada em  Terapia Ocupacional,
trabalhou até sua aposentadoria em 1977. O dom para a Música veio ao perder seus pais
ainda criança. Foi criada por seus tios que ensinaram-na a tocar cavaquinho e ouvir o
ritmo símbolo do Brasil, o Samba, tendo aulas com Lucilia Villa Lobos e de tão boa
aluna, recebeu elogios do marido desta, o maestro Villa-Lobos. Com esta base
Dona Ivone Lara  aos poucos foi ingressando  no grande rol dos sambistas.

Dedicada inteiramente à  carreira artística,  teve como principais parceiros
Silas de Oliveira e Mano Décio da Viola,  membros da escola de samba que foi
a precursora da Império Serrano,  a Prazer da Serrinha. Na Império desfilou como
passista na ala das baianas, também compondo até que a consagração veio no ano de
1965 com "Os Cinco Bailes da História do Rio",  sendo a primeira mulher a fazer parte da
Ala de Compositores de uma Escola de Samba.  As suas composições, gravadas por muitos
artistas como Roberta Sá, Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Clara Nunes e outros mais, são a
prova da perenidade de suas belas composições.  Também foi atriz em filmes e em especiais do
programa "Sítio do Pica-Pau Amarelo", representando a famosa "Tia Nastácia". É  Dona Ivone Lara.
                                                                                                                                               
Escolhi o vídeo em que Vanessa da Mata interpreta  "Acreditar",  um Samba que tem por autores
Dona Ivone Lara em parceria com Délcio Carvalho, e que foi parte de meu repertório.


carlos miranda (betomelodia) 




Acreditar eu não recomeçar jamais
A vida foi em frente
E você simplesmente não viu que ficou pra trás

Não sei se você me enganou pois quando você tropeçou
Não viu o tempo que passou
Não viu que ele me carregava e a saudade lhe entregava
O aval da imensa dor

E eu que agora moro nos braços da paz ignoro o passado
Que hoje você me traz
E eu que agora moro nos braços da paz ignoro o passado
Que hoje você me traz


dona ivonne lara / delcio carvalho 


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 14 de junho de 2016

Luê Soares, Sei Lá


No destaque de hoje na Música, trago uma vez mais Luê, uma grata revelação da cena musical paraense.
Ela já esteve presente aqui em 01/06/2014, participando da publicação sobre o "Projeto 4Cantos",
com vários Músicos e também, foi destaque no mesmo mês e ano, dia 26, interpretando
"Nós Dois". Cantora, compositora, instrumentista, sempre teve a Música como
parte de sua vida e em suas apresentações, toca o instrumento de sua
preferência desde criança, a Rabeca, uma tradição nordestina.

A Rabeca, assim como o Violino moderno, tem como principais
antecessores os primeiros instrumentos de arco, os quais surgiram na
Ásia Central utilizando a crina de cavalo para friccionar as cordas mas, com a
diferença de ao irem para a Península Ibérica, receberem nomes de influência árabe tais
como Rebab, Rabil ou Rebec, no Brasil, Rabeca, e ao chegar na Itália foram aperfeiçoados, assim
sendo criado o Violino como hoje conhecemos. A Rabeca mantém até hoje o tom mais baixo que o Violino.

E esse tom mais baixo que o violino, quase um lamento choroso,  vamos divulgar no vídeo em que Luê e

a Rabeca revela em uma de suas composições, o Carimbó, ritmo preferido pelos pescadores da
Ilha de Marajó que atravessou a baía de Guajará com esses pescadores, vindo a dar nas
praias do Salgado paraense e,  tornando-se o ritmo que define musicalmente
o Estado do Pará. A composição de Luê Soares tem o título de "Sei Lá".

carlos miranda (betomelodia) 


Tem no seu passo um Carimbó
Na tattoo um mangá azul
Ela que eu sei já foi do Soul
E que outra noite se embebedou

Será que vai me dar bola será que vai jogar
Será que vai cair fora será que vai emplacar
Sei lá o bicho que vai dar

Sobre a pele branca o suor
Amuleto de Iaô
Sei que já namorou mulher
E por Naná já se apaixonou

Será que vai me dar bola será que vai jogar
Será que vai cair fora será que vai emplacar
Sei lá o bicho que vai dar

Se der na telha ela vai limar
Se bobear ela anula um gol
Mas se a jogada combinar
Se vingar se encontrar um rumo

luê soares


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 11 de junho de 2016

Beatriz Bona, Figurativismo em Belo Estilo Personalizado

sem título disponível

Beatriz Bona

Imune aos conceitos artísticos e estilos, a Artista Plástica em destaque nesta publicação, utilizando os
mais variados materiais, explorando diversas técnicas, criou um estilo próprio, belo e inconfundível
em suas cores, reproduzindo nos seus trabalhos temas intimistas e paisagistas, relacionados aos
muitos perfis de mulheres,  que é o tema desta  primeira postagem sobre sua maravilhosa Arte.

beatriz bona

Nascida na cidade de Indaial, Estado de Santa Catarina em 21 de Outubro de 1942, iniciou
na pintura aos 14 anos de idade e da   Arte, não afastou-se jamais  pois pintar, segundo
suas declaração, "a pintura é tudo para mim". A crítica especializada afirma que seus
trabalhos revelam visão personalíssima sobre luz, como que a descrever com os
belos traços seus encantadores poemas visuais.  Sob minha visão, a sua obra
ouso classificar como figurativismo,  uma técnica ímpar desenvolvida anos
à fio por uma admirável Artista, Beatriz Bona.  Sua obra consta de várias
galerias no  Brasil,  no Exterior,  e também em coleções particulares.

carlos miranda (betomelodia) 
















meu destaque
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação - telas sem títulos disponíveis )