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sábado, 11 de outubro de 2014

Silvio Farias, Superação nas Artes Plásticas

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la scapigliata, leonardo da vinci, 1508

A cidade, Lageado. Localizada na região do Vale do Taquari, noroeste do estado do Rio
Grande do Sul, tem a prova de um sonho que tornou-se realidade: o Ateliê de Silvio Farias.
Mas foi em Arroio do Meio, cidade da mesma região gaúcha, onde tudo começou.

“Quando eu era 'chapeador' eu já queria ser artista. Só que não dava,
nem tinha condições. Não conhecia o mercado e nem tinha tanta habilidade
também. Passei 24 anos sendo 'chapeador', mas sonhando em ser artista”.

'Chapeador' aqui no Sul, é o mesmo que lanterneiro ou funileiro em outras regiões do
Brasil, o especialista em recuperação da lateria de veículos automotores. Certo dia
Silvio resolveu deixar o emprego e correr atrás de seu velho sonho, dedicar-se

inteiramente à Arte. O resultado é o que revelamos nessa postagem.
Surpreendente.

silvio farias

A diversidade de temas em suas telas, encanta pela técnica e pelos detalhes. Mas, sempre
tem um "que" à impressionar os admiradores das Artes Plásticas: venceu o desafio de
executar uma cópia de La Gioconda, de Leonardo Da Vinci. Segundo suas palavras ele
acreditava ser capaz, não com tanta facilidade e o resultado, supreendeu-o a tal

ponto que ao olhar para a tela, a mesma parecia não ter sido pintada por ele.

As telas não foram o limite para suas criações. O telhado de sua nova casa em Arroio do Meio
recebeu uma decoração sui-generis: a réplica de uma outra obra de Da Vinci, em 1.480
telhas modelo francesa pintadas individualmente, que depois de colocadas em seus lugares
revelaram a réplica de La Scapigliata, em noventa metros quadrados de pura Arte.

A seguir, uma pequena coleção das telas de Silvio Farias que, por falta de dados seguros
estão sem os respectivos títulos. Apreciem a realização e superação de um sonho.

carlos miranda (betomelodia) 












destaco: título indisponível
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( obras sem títulos disponíveis )

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Elza Soares e Baby do Brasil: Brasileirinho

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um chorinho bem brasileiro

Brasileirinho. Considerado o maior sucesso do Choro brasileiro, foi composto em
1947 por um grande Mestre do cavaquinho, Waldir Azevedo. Nasceu no ano de
1923 na cidade de Rio de Janeiro, onde aos 57 anos morreu. Deixou-nos um
grande número de composições que são executadas por Músicos de
vários países. Música e compositor apresentados, sigamos.

elza soares e baby consuelo, hoje, baby do brasil

Elza Soares e Baby Consuelo. Não há quem não as conheça então, apenas
umas poucas palavras pois ao interpretarem uma composição, não
importando o estilo, é sucesso garantido de crítica e público.

Agora imaginem as duas interpretando o tema musical acima mencionando, 
Brasileirinho, de Waldir Azevedo. Não precisam imaginar. É só assistir o
vídeo que ilustra essa postagem e... aplaudir. 

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
O brasileiro quando é do choro
É entusiasmado quando cai no samba
Não fica abafado e é um desacato
Quando chega no salão

Não há quem possa resistir
Quando o chorinho brasileiro faz sentir
Ainda mais de cavaquinho
Com um pandeiro e um violão
Na marcação

Brasileirinho chegou e a todos encantou
Fez todo mundo dançar
A noite inteira no terreiro até o sol raiar
E quando o baile terminou
A turma não se conformou
Brasileirinho abafou
Até o velho que já estava encostado
Neste dia se acabou

Para falar a verdade estava conversando
Com alguém de respeito
E ao ouvir o grande choro
Eu dei logo um jeito e deixei o camarada
Falando sozinho gostei dancei
Pulei pisei até me acabei
E nunca mais esquecerei o tal chorinho
Brasileirinho

waldir zevedo


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google


domingo, 5 de outubro de 2014

Martie, Uva de Caminhão

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Com um perfeito domínio do idioma brasileiro, o português, mais uma vez dou destaque à
esta intérprete holandesa, Martie, que há poucos anos residindo no Brasil, na cidade de
Rio de Janeiro, faz um excelente trabalho de resgate da obra dos grandes compositores da 
Música Popular Brasileira.

Improviso, domínio de palco, um modo de cantar bem natural e a admiravel fluencia
na língua portuguesa, posta à prova principalmente nessa sua interpretação,
foram atributos adquiridos após anos de pesquisas e estudos da Música Brasileira
e de seu universo em ritmos e estilos.

Na presente postagem, Martie, em ótimo arranjo interpreta a composição intitulada
Uva de Caminhão, autoria de Assis Valente, revelando mais um
de seus talentos em um solo de flauta.

carlos miranda (betomelodia) 


Já me disseram que você andou pintando o sete
Andou chupando muita uva e até de caminhão
Agora anda dizendo que está de apendicite
Vai entrar no canivete vai fazer operação

Oi que tem a Florisbela nas cadeiras dela
Andou dizendo que ganhou a flauta de bambu
Abandonou a batucada lá na Praça Onze
E foi dançar o pirulito lá no Grajaú

Caiu o pano da cuíca em boas condições
Apareceu Branca de Neve com os Sete Anões
E na pensão da dona Estela foram farrear
Quebra quebra gabiroba quero ver quebrar

Você no baile dos quarenta deu o que falar
Cantando o seu Caramuru bota o Pajé pra brincar
Tira não tira o Pajé deixa o Pajé farrear
Eu não te dou a chupeta não adianta chorar

assis valente


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imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Duca Leindecker, Iceberg

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" Não me julgues por aquilo que fui, nem por aquilo que sou,
nem por o que eu vou ser, apenas não me julgues."
duca leindecker

Multi-instrumentista, compositor, escritor e cantor, Duca nasceu em Porto Alegre, capital
do Estado do Rio Grande do Sul em abril de 1970. Iniciou cedo no universo musical brasileiro,
tendo gravado seu disco solo aos dezessete anos. É tido pela crítica especializada como
o melhor guitarrista do Brasil, por três temporadas seguidas. 

duca leindecker

O seu toque inconfundível, único e contagiante, aliado a uma sólida carreira de compositor,
escritor e produtor artístico, levou-o a ser convidado por Bob Dylan para acompanha-lo
pelo Brasil, fazendo a abertura de seus shows na década de noventa.

Não posso deixar de mencionar o Duca escritor. Seu primeiro livro, A Casa da Esquina, teve
mais de dez edições tornando-se um best-seller; seu segundo, A Favor do Vento, teve a
adaptação de seu roteiro para um filme e o terceiro livro intitulado O Menino que
Pintava Sonhos, obteve grande sucesso na Feira do Livro de Porto Alegre em 2013.

Para ilustrar esta postagem escolhi o vídeo com sua composição Iceberg, de seu disco
solo Voz, Violão e Batucada, onde Duca nos dá uma mostra de seu imenso talento
como compositor, instrumentista e cantor. A Música Brasileira ficou mais rica.

carlos miranda (betomelodia) 


Como vai tudo bem eu vou bem você
A frieza no olhar iceberg no mar
Sei que o sol já se pôs pra nós dois sem luar
Uma pedra no chão um passarinho na mão

Deixa estar se ganhar ou perder
Cada um tem seu sol tem seu iceberg também
Tem o bom tem o mau tem o que não sabe que tem
O futuro que virou presente acaba de passar

Você vai você vem e eu não sei porquê
A frieza no olhar iceberg no mar
Sei que o sol já se pôs pra nós dois sem luar
Uma pedra no chão um passarinho na mão


duca leindecker

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Jerônimo José Telles Júnior, Paisagens e Mares do Nordeste

betomelodia.blogspor.com
fundeadouro

Em Recife,  capital pernambucana, o ano era 1851.
Ele nasceu com o nome de Jerônimo José Telles Júnior, vindo a tornar-se um grande nome das
Artes Plásticas do Brasil. Conhecido por Telles Júnior, foi desenhista, pintor, professor e
tinha um grande interesse pela fotografia. Tudo começou ao mudar-se para o Rio Grande do
Sul com sua família, fixando-se na cidade de Rio Grande.

Foi lá que iniciou seus estudos de pintura em 1867, com Eduardo de Martino, vindo a trabalhar
na capital gaúcha, Porto Alegre, como caixeiro de leilões. Três anos mais tarde foi para o
Rio de Janeiro, seguindo os passos do pai que era comandante de navios e matriculando-se
como aprendiz no Arsenal de Marinha, frequentando também o Liceu de Artes e Ofícios.
Mas poucos anos depois, volta para Recife e por lá fica, dividido entre a pintura e o comércio,
pois trabalhou como guarda livros.


o araguaia no lameirão

Estudou fotografia e por volta de 1880, dedicou-se ao ensino de desenho e pintura no Liceu
de Artes e Ofícios de Pernambuco, onde veio a ocupar o cargo de Diretor. Em 1891, reconhecido
por suas obras, Telles Júnior foi convidado a participar da Exposição Internacional de Chicago,
nos Estados Unidos, onde foi agraciado com Menção Honrosa e  Medalha de Ouro.

De volta ao Brasil, começou a participar das Exposições Gerais de Belas Artes no Rio de Janeiro,
sendo contemplado com a Medalha de Ouro. Paisagista, dedicou suas telas à retratar o Nordeste
brasileiro com sua natureza em seus detalhes mais rudes, utilizando uma técnica aprimorada,
sendo considerado o pintor dos mares do Nordeste por suas marinhas.

Telles Júnior morreu na cidade em que nasceu, Recife, no ano de 1914. Nessa postagem,
uma pequena mostra do acervo que nos legou. Apesar de muita procura, não consegui
uma fonte confiável para a imagem do autor, pelo que desculpo-me.


carlos miranda (betomelodia) 



paisagem

paisagem de madalena

dendezeiro

os buritis do parnamirim

c h e i a

camaragibe

destaco: ventania
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imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Karina, Feirinha da Pavuna


Ela é natural de Curitiba, capital do estado de Paraná. Sambista. Seu nome artístico é Karina K.
Se ainda não ouviram falar dela, preparem-se, pois ela tem lugar garantido no universo do
Samba Brasileiro. Carismática, com domínio de palco, uma bela e poderosa voz, sua participação
em um programa de tv sobre novos talentos na Música Brasileira, abriu-lhe portas para novos
horizontes. Foi para Bahia e lá descobriu sua paixão pelo Samba.

Atualmente no Rio de Janeiro, onde ao chegar chamou a atenção de Músicos, público e crítica
especializada, teve seu talento para o Samba reconhecido e como podemos verificar em muitas
postagens em meu blog, esse ritmo genuinamente brasileiro não tem berço definido, nascendo
em qualquer rincão deste nosso País, imenso celeiro de belas vozes e ritmos.

Resgatando uma grande compositora e sambista brasileira, Karina K interpreta com muita
"ginga e samba no pé", Na Feirinha da Pavuna, grande sucesso de Jovelina Pérola Negra,
lançado em 1985, no LP Raça Brasileira.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Na Feirinha da Pavuna houve uma grande confusão
Na Feirinha da Pavuna houve uma grande confusão
A dona cebola que estava invocada
Ela deu uma tapa no seu pimentão

Seu tomate cheio de vergonha ficou todinho vermelho
E falou assim: eu também faço parte do tempero
Eu também faço parte do tempero
Eu também faço parte do tempero

Seu pepino que estava no canto deu uma pernada em dona melancia
Dona abóbora muito gorda nem do canto ela saía
Vou chamar seu delegado que é o seu jiló de amargar
E falou para todo mundo: acho bom isso acabar

Acho bom isso acabar acho bom isso acabar
Acho bom isso acabar acho bom isso acabar

jovelina pérola negra


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Quarteto Linha, Sonho Meu

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forte dos reis magos, ponto inicial da colonização de natal pelos portugueses

Vou sair aqui do Rio Grande do Sul para o outro extremo do Brasil, o Rio Grande do Norte e sua
belíssima capital, a cidade de Natal. Mas, paradoxalmente o Rio Grande do Norte não fica na
região Norte do Brasil; fica no Nordeste Brasileiro. E a região Nordeste que foi tida até então
como apreciadora de um único ritmo bem popular, o Forró, com sucesso reinventou o Samba;
adicionou tempero nordestino, muita ginga e descontração. Funcionou. 

Os responsáveis por tal façanha são os integrantes do Quarteto Linha, criado no ano de 2007
em Natal, com o propósito de utilizar as características do Samba nos elementos musicais
da Cultura Nordestina.  E dessa mistura de grandes sambistas e ícones regionais da 
Música, o até então projeto Quarteto Linha tornou-se realidade e grande sucesso, na
redescoberta do samba na capital potiguar. Bem, não só lá mas em todo o Brasil.

quarteto linha

Na postagem anterior, Leci Brandão, madrinha do grupo, interpretou uma de suas canções
acompanhada pelo Quarteto. Impressionou-me a cadência rítmica dos Músicos, o que vamos
confirmar no vídeo em que interpretam um clássico de nossa Música, Sonho Meu, um belo
samba dos compositores Délcio Carvalho e Dona Ivone Lara.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Sonho meu sonho meu
Vai buscar quem mora longe sonho meu
Sonho meu sonho meu
Vai buscar quem mora longe sonho meu

Vai mostrar esta saudade sonho meu
Com a sua liberdade sonho meu
No meu céu a estrela guia se perdeu
A madrugada fria só me traz melancolia sonho meu

Sinto o canto da noite na boca do vento
Fazer a dança das flores no meu pensamento
Traz a pureza de um samba
Sentido marcado de mágoas de amor
Um samba que mexe o corpo da gente
O vento vadio embalando a flor sonho meu

Sonho meu, sonho meu
Vai buscar que mora longe sonho meu
Sonho meu, sonho meu
Vai buscar que mora longe sonho meu


délcio carvalho / dona ivone lara 


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
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