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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Frei Ricardo do Pilar e a Arte Sacra

betomelodia.blogspot.com 
aparição de nossa senhora a são bernardo

Na postagem de hoje sobre a Arte, falaremos de um religioso que entrou
para a Ordem Beneditina como "converso", no ano de 1695. Pintor sacro,
um dos primeiros a atuar no Brasil e o mais antigo de que se tem conhecimento
a produzir na cidade de Rio de Janeiro, Frei Ricardo do Pilar.

Nasceu na cidade de Colônia, Alemanha, no ano de 1630, emigrado
em 1660 para o  Brasil. Em Salvador, Bahia, pintou uma tela representando o
Senhor dos Martírios para o Mosteiro de São Bento daquela cidade e no Rio de Janeiro,
onde sua presença está documentada desde 1676, executou até 1683, 14 painéis
sobre a vida de santos e monges beneditinos para a capela mor do Mosteiro de São Bento.
Na sacristia pintou outra tela do Senhor dos Martírios considerada sua obra prima.
Atribuem-lhe uma terceira tela do Senhor dos Martírios, que se encontra no
Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Sua pintura muito vinculada ao renascimento,
mostra influência das antigas escolas alemã e flamenga. É tido como o precursor da
chamada Escola Fluminense de Pintura, que floresceria no século XVIII. Faleceu na cidade
de Rio de Janeiro em 1702, sendo enterrado no mosteiro onde viveu.

carlos miranda (betomelodia) 

aparição de nossa senhora e são joão
visão e morte de santa gertrudes magna
senhor dos martírios - detalhe
o nicho da tela senhor dos martírios
aparição de nossa senhora a santo anselmo
morte de são jóscio
painéis do forro da igreja do mosteiro, rio de janeiro
mosteiro de são bento, rio de janeiro, brasil
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google


sábado, 7 de setembro de 2013

Lenine, Todas Elas Juntas Num Só Ser

Esta postagem é uma verdadeira viagem na qual são mencionadas
as obras de muitos mestres, com muitos sucessos dentro da
Música Popular Brasileira.


lenine

Na capital de Pernambuco, Recife, Lenine conheceu Carlos Rennó,
escritor e poeta autor de muitas  letras para músicas, um
pesquisador do cancioneiro de nossa terra que tornou-se seu
parceiro nesta  joia da nossa Música.


carlos rennó

A interpretação de Lenine no vídeo que ilustra esta página, é parte
do show "In Cité" realizado em Paris no ano de 2004, com a
participação de Yusimil Lopez, baixista cubana, e também
do percussionista argentino Ramiro Musotto já falecido aos 45 anos.

É emocionante ver a performance dos três,  ao interpretarem a
canção Todas Elas Juntas Num Só Ser, uma parceria genial da
dupla Lenine e Rennó.

carlos miranda (betomelodia) 

Não canto mais Babete nem Domingas nem Xica nem Tereza de Ben Jor
nem Drão nem Flora do baiano Gil nem Ana nem Luiza do maior
já não homenageio Januária Joana Ana  Bárbara de Chico
nem Yoko a nipônica de Lennon nem a cabocla de Tinoco e de Tonico

Nem a Tigresa nem a Vera Gata nem a branquinha de Caetano
nem mesmo a linda flor de Luiz Gonzaga Rosinha do sertão pernambucano
nem Risoflora a flor de Chico Science nenhuma continua nos meus planos
nem Kátia Flávia de Fausto Fawcett nem Anna Júlia do Los Hermanos

Só você hoje eu canto só você
só você que eu quero porque quero por querer

Não canto de Melô Pérola Negra de Brown e Herbert nem uma brasileira
de Ari nem a baiana nem Maria nem a Iaiá também nem minha faceira
de Dorival nem Dora nem Marina nem a morena de Itapoã
divina garota de Ipanema nem Iracema de Adoniran

De Jackson do Pandeiro nem Cremilda de Michael Jackson nem a Billie Jean
de Jimi Hendrix nem a doce Angel nem Ângela nem Lígia de Jobim
nem Lia Lily Braun nem Beatriz das doze deusas de Edu e Chico
até das trinta Leilas de Donato e da Layla de Clapton eu abdico

Só você canto e toco só você
só você que nem você ninguém mais pode haver

Nem a namoradinha de um amigo e nem a amada amante de Roberto
e nem Michelle-me-belle do beattle Paul nem Isabel-Bebel de João Gilberto
nem B.B. la femme de Serge Gainsbourg nem de Totó na malafemmená
nem a Iaiá de Zeca Pagodinho nem a mulata mulatinha de Lalá

E nem a carioca de Vinícius e nem a tropicana de Alceu
e nem a escurinha de Geraldo e nem a pastorinha de Noel
e nem a namorada de Carlinhos e nem a superstar do Tremendão
e nem a malaguenha de Lecuona e nem a popozuda do Tigrão

Só você hoje elejo e elogio só você
só você que nem você não há nem quem nem quê

De Haroldo Lobo com Wilson Batista de Mário Lago e Ataulfo Alves
não canto nem Emília nem Amélia nenhuma tem meus vivas e meus salves
e nem Angie do stone Mick Jagger e nem Roxanne de Sting do Police
e nem a mina do mamona Dinho e nem as mina pá! do mano Xiz

Loira de Hervê Loira do É O Tchan Lôra de Gabriel o Pensador
Laura de Mercer Laura de Braguinha Laura de Daniel o trovador
Ana do Rei e Ana de Djavan Ana do outro Rei o do Baião
nenhuma delas hoje cantarei só outra reina no meu coração

Só você rainha aqui é só você
só você a musa dentre as musas de A a Z

Se um dia me surgisse uma moça dessas que com seus dotes e seus dons
inspira parte dos compositores na arte das palavras e dos sons
tal como Madallene de Jacques Brel ou como Madalena de Martinho
ou Mabellene e a sixteen de Chuck Berry ou a manequim do tímido Paulinho

Ou como de Caymmi a moça prosa e a musa inspiradora Doralice
se me surgisse uma moça dessas confesso que eu talvez não resistisse
mas veja bem meu bem minha querida isso seria só por uma vez
uma vez só em toda a minha vida ou talvez duas mas não mais que três

Só você mais que tudo é só você
só você as coisas mais queridas você é

Você pra mim é o sol da minha noite é como a rosa luz de Pixinguinha
é como a estrela pura aparecida a estrela a refulgir do Poetinha
você ó flor é como a nuvem calma no céu da alma de Luiz Vieira
você é como a luz do sol da vida de Stevie Wonder ó minha parceira

Você é pra mim o meu amor crescendo como mato em campos vastos
mais que a Gatinha pra Erasmo Carlos mais que a cigana pra Ronaldo Bastos
mais que a divina dama pra Cartola que a dona pra Ventadorn Bernart
que a Honey Baby para Waly Salomão e a Funny Valentine para Lorenz Hart

Só você mais que tudo e todas é só você
Só você que é todas elas juntas num só ser

carlos rennó / lenine

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Caetano Veloso, Força Estranha


Acompanhado ao piano por sua irmã Nicinha quando tinha
apenas dez anos, em uma produção amadora,  caseira,
Caetano gravou Feitiço da Vila, de Vadico e Noel Rosa,  e
Mãezinha Querida, de Getúlio Macedo e Lourival Faissal.
É seu primeiro registro na música.

Já na fase adulta, ele apresentou-se pela primeira vez em
um palco ao lado de Gal Costa, Gilbertto Gil, Maria Bethânia
e Tom Zé, no musical "Nós Por Exemplo". O ano, 1964.
Em maio do seguinte, foi lançado seu compacto simples de

estreia, que continha as canções Cavaleiro e Samba em Paz.

Seu primeiro disco com o título "Domingo", lançado em
1967, teve a participação de Gal Costa e no ano seguinte seu
trabalho solo foi lançado no disco "Caetano Veloso".

caetano veloso

A página de hoje traz este ícone de nossa MPB, com sua
composição Força Estranha, grande sucesso, que,
em minha opinião, com uma certa dose de misticismo
e religiosidade nos fala dos tempos atuais. Interpretando-a,
Caetano Veloso.

carlos miranda (betomelodia) 

Eu vi um menino correndo
Eu vi o tempo brincando ao redor
Do caminho daquele menino
Eu pus os meus pés no riacho.
E acho que nunca os tirei
O sol ainda brilha na estrada eu nunca passei

Eu vi a mulher preparando outra pessoa
O tempo parou pra eu olhar para aquela barriga
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou
O sol que atravessa essa estrada que nunca passou

Por isso uma força me leva a cantar
Por isso essa força estranha
Por isso é que eu canto não posso parar
Por isso essa voz tamanha

Eu vi muitos cabelos brancos na fronte do artista
O tempo não pára e no entanto ele nunca envelhece
Aquele que conhece o jogo do fogo das coisas que são
É o sol é a estrada é o tempo, é o pé e é o chão

Eu vi muitos homens brigando ouvi seus gritos
Estive no fundo de cada vontade encoberta
E a coisa mais certa de todas as coisas.
Não vale um caminho sob o sol
E o sol sobre a estrada é o sol sobre a estrada é o sol

Por isso uma força me leva a cantar
por isso essa força estranha
Por isso é que eu canto não posso parar
Por isso essa voz tamanha


caetano veloso

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 31 de agosto de 2013

Gabi da Pele Preta, Mané João

gabriella freitas, a gabi da pele preta

Pois é, pessoal. No dia quinze de  agosto passado,
fiz uma publicação sobre uma cantora e um grupo
de músicos lá de Caruaru, uma cidade do Estado de
Pernambuco. Gabi da Pele Preta, interpretando um grande
sucesso da época da Jovem Guarda, de Roberto e Erasmo Carlos,
Vem Quente Que Estou Fervendo. A postagem ficou em
primeiro lugar em visualizações desde então.

Isto, confirma o que penso. Quando a juventude tem boa
formação cultural, não perde tempo com modismos, com
verdadeiras "coisas" rotuladas como música, sem conteúdo.

Mas vamos escrever agora sobre um grande projeto, o Crivo.
E para isso, uma rápida entrevista com a Gabriella, que
teve a ideia e deu nome ao grupo.

carlos miranda (betomelodia) 


Gabi, como nasceu o Projeto Crivo, de quem partiu a ideia?

" No dia quinze de julho deste ano, em um show programado
para o Palco Alternativo do São João de Caruaru, eu tinha
um grande desejo de gravar as músicas da apresentação. O tempo
era pouco e a estrutura, não muito adequada para isso.
Assim, na montagem do projeto, eu decidi ouvir e seguir a
sugestão de dois amigos, Thera Blue e Almério, cantores que
seguiam meu trabalho, que era a de fazer releituras de
clássicos, o que eu já fazia com as obra de Roberto Carlos
e Erasmo Carlos. 
Convidei Fernando Bezerra com seu violão doze cordas,
Tony Venâncio no baixo acústico e trombone,  Wagner Santos
na bateria e André Gomes no teclado. Expliquei a minha proposta
que aceitaram de imediato. Eles nunca haviam tocado juntos
mas, logo no primeiro ensaio tudo deu certo.Tenho muito
orgulho pela GIG que consegui montar pois o show  que tinha
meu nome, Gabriella, foi realizado com grande sucesso.
Na sequencia, André Gomes, nosso tecladista e produtor musical,
montou em Santa Cruz do Capibaribe, aqui em Pernambuco,
uma estrutura adequada para uma gravação ao vivo no estúdio
SDMA, que contou com a presença do guitarrista Junior Xanfer e do
baterista Jenerson Marcos, hoje partes integrantes do grupo.
Com o compromisso assumido de dar continuidade ao projeto,
nesta noite eu nos batizei de Crivo. Começava assim a realização
do sonho de uma vida. "

E Gabi, porque esta iniciativa?

" Discípula de Divas intérpretes por natureza, tais como Elis Regina,
Elza Soares, Cássia Eller, Gal Costa, Maria Bethânia e muitas outra eu
sempre quis dar voz às poesias e canções que tiram os meus
pés do chão, que me dizem algo, que acrescentam algo a minha postura
como cidadã. Não sou compositora,  escrevo textos que nunca foram
musicados mas, viraram poesias depois de serem publicados no
espaço Libertária, do Facebook.
Apaixonada pelas composições da década de setenta, para mim não
houve época mais rica para a música mundial, pensava em um
projeto no qual pudesse “apropriar-me” das canções que eu admiro, 
que fazem parte da minha história, com arranjos nos quais eu me
identifico. Fiz parte de outros grupos, depois dediquei-me a tornar meus
planos realidade mas, sempre com músicos free lancers. O que sempre
esperei foi desejo comum, parceria, afinidade. E meu desejo se tornou real
ao encontrar Fernando, André, Jenerson e Tony.
Nós temos como objetivo inicial os clássicos, que serão rearranjados
com a minha cara e a dos meninos, um resgate da música
dos anos em que ela era tratada com um critério muito maior.
É esse traquejo e respeito que queremos ter para com ela, a Música."

gabriella freitas e a equipe do projeto crivo

Para encerrarmos Gabi, em que fase o Projeto Crivo está?

" Estamos redigindo projetos para inserção no circuito dos festivais
ao longo do País e talvez, fora dele, registrando tudo para termos
material que possibilite as pessoas nos conhecer. Para isso,
contamos com o apoio de Paulinho Barros que, além de cantor e de
pertencer a um projeto chamado Black Bird, no Crivo tornou-se
o braço direito, registrando tudo em fotografia e vídeo. Estamos na
fase de firmação das nossas bases enquanto grupo, na fase
de termos material à ser encaminhado às gravadoras.
Estamos na fase de engordar o pássaro para que ele tenha um
voo seguro, longo e estável. É isso! "

gabriella freitas

( vídeo em 360p )
Lá na gafieira de Mané João
Toda brincadeira acabou no chão
Tinha inimigo dentro do salão
Zé da Capoeira fazendo exibição

Tinha cabelo grande mas não tinha molho Mané ficou de olho


Escondeu Margarida na cortina e gritou ninguém dança com a menina
E só terminou a brincadeira com o sangue escorrendo na ladeira
E era muito sangue pra pouca ladeira lá na gafieira


erasmo carlos / roberto carlos

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imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Maria Gadú e Chitãozinho e Xororó: Rancho Fundo


A página de hoje traz uma composição do ano de 1931.
A música tinha como título "Na Grota Funda", tendo sido
composta para um musical intitulado "É do balacobaco".
Os seus autores foram Ary Barroso e J. Carlos.

Aconteceu que certa feita, Lamartine Babo foi assistir a peça
e ficou tão impressionado com a  música que, decidiu fazer
outros versos e dar-lhe novo título, Rancho Fundo, a qual
teve sua primeira gravação com a cantora Elisa Coelho,
acompanhada por um piano e dois violões. O resultado de tudo
o que acima escrevi, é que daí nasceu a parceria de
dois grandes compositores, Ary Barroso e Lamartine Babo.

maria gadú com chitãozinho e xororó

Rancho Fundo é um clássico da Música Popular Brasileira.
Desde criança eu a ouvia, nos rádios, nas rodas de seresteiros
e mais tarde, em muitas e muitas gravações por grandes
intérpretes. Sempre fez parte de meu repertório, com seus
versos de extrema beleza a nos contar uma história de Amor.

Os intérpretes no vídeo que ilustra esta página, dispensam
apresentações e o resultado quando reunidos estão,
acompanhados por uma orquestra é um deleite para os
nossos ouvidos. Assim, Maria Gadú, Chitãozinho e Xororó,
interpretam Rancho Fundo.

carlos miranda (betomelodia) 

No rancho fundo bem pra lá do fim do mundo
Onde a dor e a saudade contam coisas da cidade
No rancho fundo de olhar triste e profundo
Um moreno canta as magoas tendo os olhos rasos d'água

Pobre moreno que de noite no sereno
Espera a lua no terreiro tendo um cigarro por companheiro
Sem um aceno ele pega na viola e a lua por esmola
Vem pro quintal desse moreno

No rancho fundo bem pra lá do fim do mundo
Nunca mais houve alegria nem de noite nem de dia
Os arvoredos já não contam mais segredos
E a última palmeira já morreu na cordilheira

Os passarinhos internaram-se nos ninhos
De tão triste esta tristeza enche de trevas a natureza
Tudo porque só por causa do moreno
Que era grande hoje é pequeno pra uma casa de sapê

Se Deus soubesse da tristeza lá serra
Mandaria lá pra cima todo o amor que há na terra
Porque o moreno vive louco de saudade
Só por causa do veneno das mulheres da cidade

Ele que era o cantor da primavera e que fez do rancho fundo
O céu melhor que tem no mundo
Se uma flor desabrocha e o sol queima
A montanha vai gelando lembra o cheiro... da morena

ary barroso / lamartine babo

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imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
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sábado, 24 de agosto de 2013

Roberta Sá e Pedro Luis: Girando na Renda


Na capital do Rio Grande do Norte, Natal, em dezembro
de 1980, nasceu Roberta Sá. Sua cultura musical vem desde
a infância, com seus pais apresentando-lhe as músicas da
época da Jovem Guarda, Beatles, regionais e a popular do Brasil.

Com o segundo casamento de sua mãe, Roberta aos nove anos
mudou-se para o Rio de Janeiro e em um intercâmbio, foi
para a cidade de Missouri nos Estados Unidos, onde estudou
canto. Quando voltou para o Rio de Janeiro, continuou
com as aulas de canto, para nossa sorte. 

Realizou um show de abertura em 2001, no planetário da Gávea,
mas o impulso para profissionalização deu-se no ano
seguinte, quando sua professora de canto instruiu-a  a fazer
sua inscrição no programa Fama que buscava novos talentos.
Como os participantes eram moldados em um estilo que
não a agradava, americanizado, Roberta, em minha opinião
pois assisti o programa, deixou-se ser eliminada na
quarta semana. Ela, já naquela época, tinha talento de sobra
para continuar participando, tinha sim.

Mas, segundo ela, o grande legado da experiência foi a
chance de conhecer o irmão da cantora Fernanda Abreu,
o Felipe, que a incentivou a fazer uma apresentação no palco
do Mistura Fina. Foi, eu creio, o ponto de partida para sua
carreira profissional.

Hoje, ela mantém-se firme no cenário da autêntica
Música Popular Brasileira, com sua voz e carisma no palco,
encantando a todos em seus shows. Nesta postagem,
ela interpreta "Girando na Renda", provando que é
detentora de uma inclinação natural  para o sucesso.
Com a participação de Pedro Luis e seu cavaquinho, um
dos autores da música, em um duo, é só conferir no vídeo.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
É no samba de roda eu vou
No babado da saia eu vejo
A morena girando a renda
É prenda pro seu orixá

Todo fim de semana tem
Gente dos quatro cantos vem
Diz na palma e no verso histórias
De tempos imemoriais

Roda que eu quero ver que é bonito
Canta que eu quero ouvir
Bate o tambor na força do rito
Tudo pra se divertir

Reza quem é de rezar
Brinca aquele que é de brincadeira
Quem é de paz pode se aproximar
Hoje é festa pr'uma noite inteira

pedro luis / sérgio paes / fi 

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imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Zélia Duncan, Benditas


" Quando parei pra pensar de onde eu vim,
me veio à cabeça aquele livrinho que atormenta
um pouco nossa pré-adolescência, aquele com uma cegonha
desenhada, ela tem um ar orgulhoso e carrega no bico
uma trouxa gordinha. Logo abaixo se lê aquela pergunta fatal,
em letras garrafais: DE ONDE VÊM OS BEBÊS?
Acho que a cegonha que me trouxe, certamente reclamava
do excesso de peso, pois éramos eu, um CD player e um violão. "

zélia duncan

Zélia dispensa apresentações. Uma Artista completa.
Suas composições, interpretações e o enorme
carisma no palco, falam por si. Considerada como
uma das melhores no universo da Música Brasileira, a página
de hoje destaca uma de suas belas letras que, entregue à Mart'nália,
filha de Martinho da Vila, foi musicada de forma magistral.
No vídeo a seguir, Zélia canta Benditas.

carlos miranda (betomelodia) 

Benditas coisas que eu não sei
Os lugares onde não fui
Os gostos que não provei
Meus verdes ainda não maduros
Os espaços que ainda procuro
Os amores que eu nunca encontrei
Benditas coisas que não sejam benditas

A vida é curta
Mas enquanto dura
Posso durante um minuto ou mais
Te beijar pra sempre o amor não mente
Não mente jamais

E desconhece do relógio o velho futuro
O tempo escorre num piscar de olhos
E dura muito além dos nossos sonhos mais puros
Bom é não saber o quanto a vida dura
Ou se estarei aqui na primavera futura
Posso brincar de eternidade agora
Sem culpa nenhuma

mart'nália / zélia duncan

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google