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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Joyce Cândido, Samba e Amor



O samba é o dom de um povo moreno,
que parece tão pequeno até o pandeiro batucar
."
joyce cândido


Natural da cidade de Assis,  interior do  Estado de São Paulo,  veio ao mundo no dia 21 de
Janeiro de 1983, par enriquecer a Música Popular Brasileira,  principalmente o Samba,
com sua voz, interpretação das canções e pleno domínio de palco. Além de cantar
é também  compositora e instrumentista,  tendo como marca de sua carreira, a
diversidade; na infância, aulas de piano,  Conservatório Carlos Gomes, na
cidade de Marília, Estado de São Paulo, formou-se em Música na UEL,
Universidade Estadual de Londrina,  Estado do Paraná, e também
teve aulas de canto, dança e teatro lá nos Estados Unidos, na
Broadway Dance Center  em  Nova Iorque,  para onde  foi
de mudança no ano de 2008. Lá seu talento chamou a
atenção da crítica  ao cantar nos bares da cidade,
tendo dois anos mais tarde recebido o prêmio
"A Melhor Cantora Brasileira nos Estados
Unidos
” que oferecido pelo "Brazilian
International Press Awards
",  o foi.

Joyce Cândido voltou para o Brasil em 2011, tendo fixado moradia no Rio de Janeiro, onde
conquistou seu lugar no rol dos grandes nomes nas noites cariocas. Joyce já foi tema
de duas publicações aqui no Blog, a primeira em 01 de Dezembro de 2012 em duo
com Carlinhos de Jesus, interpretando "Cê Pò Pará", um samba gafieira e em
23 de Junho de 2016,  cantando  "Saudosa Maloca",  um clássico da MPB.

carlos miranda (betomelodia) 



Eu faço samba e amor até mais tarde e tenho muito sono de manhã
Escuto a correria da cidade que arde e apressa o dia de amanhã
De madrugada a gente ainda se ama e a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna a nossa cama reclama do nosso eterno espreguiçar

No colo da bem-vinda companheira no corpo do bendito violão
Eu faço samba e amor a noite inteira não tenho a quem prestar satisfação

Eu faço samba e amor até mais tarde e tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade que alarde será que é tão difícil amanhecer
Não sei se preguiçoso ou se covarde debaixo do meu cobertor de lã
Eu faço samba e amor até mais tarde e tenho muito sono de manhã

chico buarque



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - / texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Emmanuel Hector Zamor, Le Petit Brésilien e sua Obra Maravilhosa

o pescador, 1889


Negro, nascido na cidade de Salvador, capital do Estado da Bahia, e filho de modesta família,
em 19 de Maio de 1840,  foi adotado na paróquia de  Nossa Senhora da Conceição da
Praia por um casal francês, Pierre Emmanuel Zamor e Rose Neveu,  recebendo
o nome de Emmanuel Hector Zamor. Já por volta de 1845, iniciou estudo
na Arte do desenho e também na Música. Frequentou a Academia
Julian em Paris,  tendo optado pela pintura de paisagens e
naturezas mortas,  com forte influência dos Artistas
Cézanne,  Renoir,  Degas,  Pissarro, Sisley e
Monet,  que logo em seguida seriam
rotulados de impressionistas.

emmanuel zamor

E segundo críticos, na época
três dos  grandes  nomes na pintura
foram Claude Monet, James Whistler, e ele, o
brasileiro Emmanuel Zamor.  Continuemos então. A
volta ao  Brasil  foi no ano de 1860, para a sua cidade natal,
Salvador, quando sua pintura  foi marcada  por tons verde-musgo
e ocre, revelando mais luminosidade e cores, onde nota-se aumento dos
tons laranja e vermelho. Desta fase de sua obra um incêndio em sua residência
destruiu grande parte, e outro fato marcante em sua vida é a morte de seu pai adotivo
em 1862,  quando então regressou em definitivo para a França, onde morreu no ano de 1917.


Desde então, sua biografia é descontinuada. A fotografia do Artista que acima publiquei, é de
autoria do fotógrafo Maurice Nadar, que registrava os mais expressivos Artistas da França
no final do século dezenove, atestando reconhecimento a Emmanuel Zamor por seu talento
frente ao cenário artístico europeu. Foi esquecido pela crítica especializada por décadas,
permanecendo desconhecido pelos brasileiros até o final do século vinte, quando em 1984
Rafael Kastoriano, marchand, durante um leilão em 1984, ficou intrigado pela obra de um
brasileiro até então aqui desconhecido, tendo arrematado todas os 37 trabalhos disponíveis
do Artista. Assim, sessenta e oito anos após sua morte, as telas de Emmanuel Zamor foram
exibidas pela primeira vez ao público brasileiro no Museu de Arte de São Paulo, em 1985.

carlos miranda (betomelodia) 



a cabana, s.d.

as barcas, s.d.

o jardim do barqueiro, 1889

paisagem campestre, 1874

paisagem florestal, 1880


barcas na margem do rio, 1884

o arbusto florido de meu jardim, 1913

o jardim florido, 1910

meu jardim em creteil, 1890

paisagem campestre, 1874

a eclusa, 1910



paisagem marítima, 1881
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Ana Paula Campos, a Poesia nas Artes Plásticas

algum lugar em ubatuba


" É preciso compartilhar vida e sentimento.
Esse aprendizado é pra sempre
"
ana paula campos


Ana Paula Campos Teixeira, nasceu na cidade de Mogi Guaçu, interior do Estado de São Paulo,
em 11 de Janeiro de 1969. Desde a mais tenra infância demonstrava interesse pelo mundo
das Artes,  desenhando em todos os espaços disponíveis, até partes inferiores dos
assentos de cadeiras, segundo suas palavras.  Quando lhe faziam a célebre e
inevitável pergunta, sobre o que ela gostaria de ser quando adulta, a sua
firme resposta era que seria uma  "pintora de quadros",  sem saber
ao certo o que deveria ser feito para tal.  Digamos, inato dom.

Autodidata,  pois naquela época a sua cidade não tinha uma
instituição em que pudesse cursar pintura, não desistiu do ideal de
ser uma pintora.  Saiu-se bem na busca por melhorar sua técnica e estilo,
o que resultou em ecletismo quanto aos temas retratados e técnicas adotadas
assim como a variedade de estilos adotados. Toques contemporâneos/acadêmicos,
expressionistas, impressionistas, figurativistas e paisagistas, levaram-na a ser professora
na Escola Municipal de Iniciação Artística,  em sua cidade natal, Mogi Guaçu por 25 anos. Amor.

ana paula campos 

Em seu contínuo aprendizado pratica uma grande variedade de estilos,  buscando sempre um
caminho para aprimorar sua obra e que levou-a a ter aulas com nosso já destacado Artista
Plástico  Clóvis Pescio  sobre pintura acadêmica. Para visualizar a publicação, é só
clicar acima, (link removido), para visualizar a obra do Mestre. Realizou várias
exposições individuais de sucesso, coletivas e também com seus alunos,
aos quais ensina Amor Pela Arte, assim como apreciação pelo belo.


carlos miranda (betomelodia) 



anjo cuidador

cello

anjinho

primavera chegou

natureza morta

cachoeira

rosas e margaridas

momento de paz

a espera

brisa do mar

fada das flores

destaco: cantinho de minas
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Céu, Lenda



O destaque na publicação sobre a Música Popular Brasileira é sobre a compositora e cantora,
Maria do Céu Whitaker Poças, nascida na capital do Estado de São Paulo em 17 de Abril
de 1980. Seu nome artístico é Céu, que é para onde nos remete com sua beleza e
com suas excelentes interpretações.  Seu pai,  grande maestro e também
compositor brasileiro, foi sua influencia na Música.  Aos 15 anos ela
resolveu iniciar sua carreira musical, gravando vários jingles
publicitários. Ao completar 18 anos, foi morar em Nova
Iorque e para manter-se, ela trabalhou em bares
como garçonete, faxineira e guardadora
de  casacos.  E a sorte lhe sorriu.

Encontrou  Antônio Pinto,  que é
produtor  e compositor  de trilha sonora
para filmes brasileiros, um primo distante que a
ajudou em momentos de crise financeira. Foi por meio
dele e de Beto Villares que seu primeiro álbum foi produzido
e lançado no Brasil em 2005. Dois anos depois foi então lançado no
Estados Unidos, Inglaterra, Japão e em vários outros Países da Europa.  E
vale a pena mencionar que seu primeiro álbum, Céu, lançado  na série Starbucks
Hear Music Debut,  Céu  foi a primeira estrangeira na famosa e exclusiva rede. Sucesso!


carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
E tome tento fique esperto hoje não tem papo
Jogo-lhe um quebrante num instante você vira sapo
Bobeou na crença príncipe volta ao seu posto de lenda

Seu nome ri na boca do sapo
Sua boca ah ah ah

Já tá feito tá mandado o seu trono tá plantado
Fica acerca de mim seu nome na boca do sapo sua boca na minha
O resto é boi dormindo história errada de carochinha


alec haiat / céu / graziella moretto



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 26 de novembro de 2016

Tereza Cristina e Grupo Semente: O Meu Guri



Teresa Cristina Macedo Gomes

Nascida em 28 de Fevereiro de 1968, na cidade do Rio de Janeiro, é uma cantora que teve por
influência o gosto musical de seu Pai, desde os sete anos de idade, um admirador da obra
de Candeia.  Mas ela achava a sonoridade ultrapassada,  preferindo  ouvir as Músicas
estrangeiras, até que aos 25 anos um amigo de faculdade emprestou-lhe um disco
de Candeia, grande conhecido seu desde a infância. Ao ouvir o trabalho dele a
sua opinião passou a ser outra, acreditando eu ter sido este o momento em
que deu-se o nascimento da sambista Teresa Cristina.  O Samba é grato.

Teresa Cristina já foi destaque qui no Blog em 31 de Dezembro de 2014,
encerrando as publicações do ano em duo com Jussara Silveira,  cantando
a composição de Dorival Caymmi "Lá Vem a Baiana", com muita irreverência e
ótima performance, como podem conferir no link/título da publicação acima na cor
ouro. Foi no ano de 1998 que começou a trabalhar no bairro da Lapa, no Bar Semente,
sendo a responsável pela revitalização musical do bairro.  E o nome do bar foi o nome que
ela escolheu para nomear a excelente banda que a acompanha desde então,  Grupo Semente.

carlos miranda (betomelodia) 


(vídeo em 360p)
Quando seu moço nasceu meu rebento não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome e eu não tinha nem nome pra lhe dar
Como fui levando não sei explicar fui assim levando ele a me levar
E na sua meninice ele um dia me disse que chegava lá

Olha aí olha aí olha aí ai o meu guri olha aí
Olha aí é o meu guri e ele chega

Chega suado e veloz do batente traz sempre um presente pra me encabular
Tanta corrente de ouro seu moço que haja pescoço pra enfiar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro chave caderneta terço e patuá
Um lenço e uma penca de documentos pra finalmente eu me identificar olha aí

Olha aí ai o meu guri olha aí
Olha aí é o meu guri e ele chega

Chega no morro com o carregamento pulseira cimento relógio pneu gravador
Rezo até ele chegar cá no alto essa onda de assaltos tá um horror
Eu consolo ele ele me consola boto ele no colo pra ele me ninar
De repente acordo olho pro lado e o danado já foi trabalhar olha aí

Olha aí ai o meu guri olha aí
Olha aí é o meu guri e ele chega

Chega estampado manchete retrato com venda nos olhos legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente seu moço fazendo alvoroço demais
O guri no mato acho que tá rindo acho que tá lindo de papo pro ar
Desde o começo eu não disse seu moço ele disse que chegava lá olha aí olha aí

Olha aí ai o meu guri olha aí
Olha aí é o meu guri olha aí meu guri

chico buarque



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Benedito José Tobias, Arte em Delicado Expressionismo

paisagem, 1938


Nascido em São Paulo, capital do Estado de São Paulo, no ano de 1894, e que na sua cidade
natal faleceu em 1963, Benedito José Tobias foi desenhista, aquarelista e pintor. Assim
como acontece com muitos outros Artistas da época, sua vida e sua obra até os
dias atuais não foram pesquisadas mas, é sabido que teve seu período de
maior atividade na pintura entre as décadas de 1930 e 1940.  Obteve
os prêmios  "Prefeitura de São Paulo",  "Ilde Brande Diniz"  e
o "Valentim Amaral", ao participar do Salão Paulista de
Belas Artes  nos anos de 1934, 35, 58, 61 e 1962.

benedito josé tobias
(retratado por armando balloni)

Embora tenha atuado em um período de grande
excitação nas Artes Plásticas, por longo período a sua
bela obra  ficou praticamente desconhecida por longo tempo.
Autor de naturezas mortas e paisagens, teve destaque na execução
de retratos quase que exclusivamente representando negros.  Segundo a
crítica especializada os seus retratos beiram a técnica expressionista ao revelar
sobremaneira o lado humano com delicadeza, as expressões, traços físicos, corpo, as
marcas pessoais e até suas almas, isso de acordo com dados obtidos no "Museu Afro Brasil".


carlos miranda (betomelodia) 



paisagem com carneiros, s.d.

sem título, s.d.

retrato de mulher, s.d.

flores amarelas, s.d.

gigantes e pigmeus, 1934

beira mar, s.d.

torquato bassi a beira do rio pinheiros, s.d.

sem título, s.d.

mulher negra, s.d.

piques, 1933

paisagem, s.d.



destaco: paisagem com barco
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )