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sexta-feira, 11 de abril de 2008

Sátira - Creuzinha

carlos miranda (betomelodia)

Recebi um mail que me surpreendeu.
É sobre 
uma
nova composição.
Por vezes acontece de nós, intérpretes, que atuando
nas noites, nos bares da vida, por falta de tempo
não pesquisarmos os mais recentes sucessos que
estão rolando na mídia.

O assunto é uma nova composição cujo
autor é desconhecido por mim.
Confesso que fiquei impressionado
com a poesia da letra, com a perfeição dos acordes.

A princípio, imaginei tratar-se da obra de um de nossos

Mestres da MPB, e não consegui entender como tal sucesso
tão aclamado, de letra tão expressiva possa
ter estado ausente de meu repertório por tanto
tempo e assim, após muitos e elaborados ensaios
dado à complexidade da linha melódica, o "hit" em questão
terá presença obrigatória em minhas apresentações.

Tenho a mais absoluta certeza que de agora em diante,
esta maravilha não mais ficará no esquecimento.
 E agora, para deleite de todos...




( vídeo em 360p )


Que tal? Gostaram?
Poesia e complexidade na composição (risos)...
O autor é desconhecido, mas a sátira às mulheres
na frente de um computador, é falsa.
Mas quando causam erros...

( desculpem a brincadeira mas, um brinde à criatividade popular )
carlos miranda (betomelodia) 

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google


quarta-feira, 9 de abril de 2008

Simone, Caçador de Mim


É nisso em o viver dos que procuram a sabedoria
hoje se baseia, a eterna busca por si mesmo,
sem máscaras, sem mentiras.

Todas as ações que praticamos em nossa vida,
por mais simples que sejam essas ações, elas
nos fazem conhecer um pouco melhor nossa verdadeira
personalidade, tudo o que sob uma camada de verniz
repousa, aparentemente inerte.


simone

Não conseguimos esconder de nós o que na realidade
somos, ou seja, imperfeitos aprendizes
em um mundo que a cada segundo já não
mais é o mesmo e assim, procuramos incansáveis
a perfeição para nossos atos, mas sempre com
a preocupante incógnita: quem ou o que somos e
quais os desígnios que nos levam a continuar...
caminhando...

A página de hoje é sobre uma composição de
Luis Carlos Sá e Sérgio Magrão, sobre a dualidade
do ser humano, o que somos e em que poderemos nos
transformar: Caçador de Mim interpretada por Simone.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Por tanto amor por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz manso ou feroz
Eu caçador de mim

Preso a canções entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar longe do meu lugar
Eu caçador de mim

Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura

Longe se vai sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir o que me faz sentir
Eu caçador de mim

luis carlos sá / sérgio magrão

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 1 de abril de 2008

Djavan, Faltando Um Pedaço


Bem ou mal, vivemos.
E ao vivermos, por vezes nos encontramos em situações
que nos levam à perda de algo importante em nossa vida.
Um Amor, um ente querido ou um simples bem material,
que mesmo de pouco valor, é carregado de boas
e preciosas recordações. 

Essa perda que nos causa dor, ferindo e magoando,
maltratando e por vezes chegando quase a nos destruir,
é um dos maiores ensinamentos que o simples ato de viver nos traz.

Alimentando a alma, a experiência da perda serve de base para
as mais diversas formas de expressão nas Artes, brindando
a todos com a criação de belas páginas musicais, poesias,
esculturas e pinturas, obras que ajudam a cicatrizar
as feridas da alma, abrindo caminho para a esperança,
para novas experiência, novos aprendizados e quem sabe até,
para uma nova vida.

djavan

Hoje, a página é sobre o Amor, cantado em uma
excelente interpretação de Djavan.
Faltando um Pedaço é uma bela composição de
sua autoria que, descrevendo os motivos das
sementes deixadas por nossas escolhas, nos dá uma
ideia dos frutos que então no futuro colheremos.

carlos miranda (betomelodia) 

O amor é um grande laço
Um passo pruma armadilha
Um lobo correndo em círculos
Pra alimentar a matilha
Comparo sua chegada
Com a fuga de uma ilha
Tanto engorda quanto mata
Feito desgosto de filha

O amor é como um raio
Galopando em desafio
Abre fendas cobre vales
Revolta as águas dos rios
Quem tentar seguir seu rastro
Se perderá no caminho
Na pureza de um limão
Ou na solidão do espinho

O amor e a agonia
Cerraram fogo no espaço
Brigando horas a fio
O cio vence o cansaço
E o coração de quem ama
Fica faltando um pedaço
Que nem a lua minguando
Que nem o meu nos seus braços

djavan

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 25 de março de 2008

Renato Russo e Zélia Duncan: Catedral


Por vezes, em determinados momentos de nossa Vida,
cremos que vivendo estamos. Estabelecemos uma meta,
uma diretriz para nossas ações, traçamos
um caminho, tecemos planos, planos que com
nossa força e anseio tentamos concretizar.
Passos enérgicos, rápidos, sem medir esforços.

Então em nossa ânsia de logo alcançarmos o tão
almejado destino, vemos que a verdadeira Vida ficou
distante, distante e perdida em atalhos, em encruzilhadas
onde erradas foram as estradas que escolhemos.
Não notamos. E não fomos notados.

Simplesmente passamos, passos lentos ou rápidos,
apenas procurando em horizontes distantes o que bem
próximo estava, próximo, mas invisível  pois em
nossa busca frenética, cegos estávamos à limitações
do Universo que nos rodeava. Tão longe de chegar
ao que ao nosso alcance estava, tão perto de encontrar
o futuro que para nós desejávamos...

catedral de pedra, canela, rs

Catedral.
Bela versão  de Christian Oyens e de
Zélia Duncan, da composição de
Tanita Tikaram, "Cathedral Song".
Gostei muito ao ser lançada em português
por Zélia, pois a letra em nosso idioma
tem uma conotação de desabafo que nos
conduz a pensar, um certo "que",
"que" de saudade, de perda.
E agora em um ótimo duo,

Renato e Zélia cantam "Catedral".  

carlos miranda (betomelodia) 

O deserto que atravessei
Ninguém me viu passar estranho e só
Nem pude ver que o céu é maior
Tentei dizer mas vi você
Tão longe de chegar
Mais perto de algum lugar

É deserto onde te encontrei
Você me viu passar correndo só
Nem pude ver que o tempo é maior
Olhei pra mim me vi assim
Tão perto de chegar
Onde você não está

No silêncio uma catedral, um templo em mim
Onde eu possa ser imortal, mas vai resistir
Eu sei vai ter que existir, vai resistir nossa lugar

Solidão, quem pode evitar, te encontro enfim
Meu coração, é secular
Sonha e deságua dentro de mim, amanhã
Devagar, me diz como voltar ã ã ã

Se eu disser que foi por amor
Não vou mentir pra mim
Se eu disser deixa pra depois
Não foi sempre assim
Tentei dizer mas vi você
Tão longe de chegar
Mais perto de algum lugar...

versão: zélia duncan e chrystian oyens
composição: tanita tikaram, "cathedral song"

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 15 de março de 2008

Minha Cidade Natal - Sítio Burle Max

Sempre tive vontade de divulgar,
mostrar os espaços nos quais passei minha infância
e adolescência em minha cidade natal,
Rio de Janeiro.
Nunca fiquei satisfeito com o que escrevi,
com minhas descrições, pois não conseguia
dar a impressão exata da enorme importância
que esses lugares, muitas vezes
desconhecidos da quase totalidade dos cariocas,
possuem, não só em beleza ou tradição,
mas em termos históricos. Sempre me faltavam dados
confiáveis em minhas rápidas pesquisas.

Navegando pela web encontrei o que tentei fazer,
da maneira que sempre desejei divulgar
minha maravilhosa cidade e assim
vou transcrever para vocês esse bonito trabalho
de pesquisa e divulgação.

carlos miranda (betomelodia) 




os jardins

Numa área estimada em 600.000m²,
Burle Marx conseguiu reunir uma das mais
importantes coleções de plantas tropicais
e semitropicais do mundo.
Ao lado dos jardins, ao ar livre esta magnífica coleção
apresenta aos visitantes mais de 3.500 espécies de plantas,
entre as quais se encontram exemplares
extraordinários e únicos das seguintes famílias:
Araceae, Bromeliaceae, Cycadaceae, Heliconiaceae,
Marantaceae, Palmae e Velloziaceae.


jardim e espelho d'água

É reputada como uma das mais importantes do mundo
no que se refere a plantas tropicais e
semitropicais, sendo considerada
Patrimônio Cultural Brasileiro desde 1985.


o ateliê

O sítio também possui algumas construções históricas
e exposição de obras de Arte e móveis antigos.
Uma das manias do paisagista era aproveitar pedaços
de construções antigas, como portas e janelas,
para novas construções.
O novo ateliê é o mais belo exemplo dessa
mistura de épocas. Utilizando a fachada de um
prédio do século 19, o Artista ergueu o ateliê,
num resultado harmônico e de muito bom gosto
que mistura a cor viva da nova pintura com
a pedra desgastada da antiga fachada.


residência de burle marx

Na antiga casa de fazenda, onde viveu Burle Marx,
estão obras do Artista, tais como
pinturas, desenhos, tapeçarias, vidros decorativos,
imagens barrocas, cerâmica pré-colombiana,
coleção de vidros decorativos de diversos formatos
e uma coleção de cerâmica primitiva
vinda do Vale do Jequitinhonha, MG.


o jardim com um pequeno lago

Mais uma vez, o Artista não segue padrões,
misturando o moderno e o antigo, o clássico
e o popular. Numa das salas principais da casa,
a antiga mesa rústica de jequitibá
é acompanhada por cadeiras de escritório e rodeada
por cristais portugueses, numa mistura agradável aos olhos.
A capela dedicada a Santo Antônio,
construída em 1681, também foi restaurada.


capela de santo antonio da bica, erguida em 1681

Endereço do Sítio Burle Marx
Estrada Burle Marx, 2019
Barra de Guaratiba - Rio de Janeiro - RJ
CEP: 23020-240
Tel/Fax: 0xx21 2410-1412 (Marcar visita)
Email: srburlemarx@alternex.com.br

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 13 de março de 2008

Caetano Veloso e João Gilberto: Acontece Que Eu Sou Baiano

Na postagem de hoje, vou incluir um vídeo
em que dois compositores e intérpretes baianos,
brincam ao cantar com uma composição
de um outro compositor e também intérprete baiano,
que nos legou belas obras musicais.
Falo de um trio de respeito: Caetano Veloso,
João Gilberto e Dorival Caymmi.

Mas quem sou eu para além de admirar João, Caetano
e Dorival possa dizer algo sobre o cantar deles, que
já não sejam de conhecimento de todos...

Vou deixar as palavras sobre os dois a cargo de
Arthur Nestrovski, um gaúcho que além de crítico
literário e musical, escritor e editor brasileiro,
foi nomeado como Diretor Artístico da OSESP, a
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.


carlos miranda (betomelodia) 

joão gilberto e caetano veloso


Leiam o que foi escrito sobre
a incrível dupla:


"No encantamento da beleza de sua própria voz,
Caetano Veloso é um cantor que vai
se entregando para o espaço.
Canta para fora, com a naturalidade do Sol.
João Gilberto é quase o oposto:
quando começa a cantar, a Música volta para dentro,
na direção do que tem de mais calado.
João Gilberto canta como João Gilberto e só
como João Gilberto. É uma referência pura
para si mesmo, um ideal que ele persegue
obsessivamente, atravessando os desconfortos.
É Caetano (e virtualmente só Caetano),
quem ressoa com ele, resguardando a dimensão
mais aberta do canto. No centro da Música,
há uma memória, ou resposta a João,
a partir da qual vêm se expandir os círculos da sua
própria voz. Escutar um e outro cantando
alternados é uma lição sobre o que passa e o que
se ultrapassa, na Arte, o que se transforma e se cria.
Não há cantor mais sofisticado do que
Caetano Veloso no País. Mas mesmo esse canto,
controlado nas liberdades de arabesco e vibrato,
parece relativamente simples quando se depara com a
simplicidade antinatural de João Gilberto.
Ele é o cantor silábico e metafísico,
destinado às intensidades de cada segundo.
Ninguém respira como ele, e uma linha musical,
cantada por João, vira uma aventura e um risco,
para ele, que canta num limite do ideal, e para nós,
que vamos seguindo o canto como crianças."

arthur nestrovski

( vídeo em 360p )

Acontece que eu sou baiano
Acontece que ela não é
Mas tem um requebrado pro lado
Minha Nossa Senhora
Meu Senhor São José
Tem um requebrado pro lado
Minha Nossa Senhora
E ninguém sabe o que é

Já plantei na minha porta
Um pezinho de guiné
Já chamei um pai-de-santo
Pra 'benzê' essa mulher

Há tanta mulher no mundo
Só não casa quem não quer
Porque é que eu vim de longe
Pra gostar dessa mulher

Essa tem um requebrado pro lado
Minha Nossa Senhora
Meu Senhor São José
Mas ela tem um requebrado pro lado
Minha Nossa Senhora
E ninguém sabe o que é


dorival caymmi


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google


domingo, 9 de março de 2008

Dudu Falcão e Jorge Versillo: Coisas Que Eu Sei

Carlos Eduardo Carneiro de Albuquerque Falcão.
Pernambucano, nascido na cidade de Recife em 1981,
compositor, instrumentista e cantor, mais conhecido por
Dudu Falcão, é o autor  da Música que hoje publicamos.

O primeiro registro como compositor foi em 1988,
quando Nana Caymmi lançou “Deixa eu cantar” e “Era tudo verdade”,
ambas de sua exclusiva autoria, no LP “Nana”. Com mais de duzentas
canções gravadas por diversos Artistas, muitas das quais
incluídas em trilhas sonoras de novelas e minisséries. Mas só
em 2009, foi que lançou o CD “Dudu Falcão”, primeiro registro
fonográfico como intérprete de sua obra.

dudu falcão e jorge versillo

Mas temos também outro compositor, instrumentista e cantor
que, faz parte desta página: Jorge Luiz Sant´anna Vercillo.
Natural da cidade de Rio de Janeiro, nascido em 1968. Com o nome
artístico de Jorge Versillo, atualmente é muito conhecido por
suas composições e interpretações.

No vídeo à seguir, um show de musicalidade da dupla,
interpretando Coisas Que Eu Sei, composição de Dudu Falcão,
um grande sucesso da melhor Música Popular Brasileira.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )

Eu quero ficar perto
De tudo que acho certo
Até o dia em que eu
Mudar de opinião
A minha experiência
Meu pacto com a ciência
Meu conhecimento
É minha distração

Coisas que eu sei
Eu adivinho
Sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio relógio
Mostra o tempo errado
Aperte o play

Eu gosto do meu quarto
Do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer
Na minha confusão
É o meu ponto de vista
Não aceito turistas
Meu mundo tá fechado
Pra visitação

Coisas que eu sei
O medo mora perto
Das ideias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim
Não vou trocar de roupa
É minha lei

Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais
Depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro
Do que eu desenhei

Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas
No meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos
Que eu não sei usar
Eu já comprei

As vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quanto mais eu mexo
Mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre
Quando tô a fim

Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia

Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisa que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia
Agora eu sei... agora eu sei
Agora eu sei... agora eu sei


dudu falcão


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: Arquivo pessoal / google

( o vídeo original desta página era com danni carlos mas, resolvi substitui-lo
por tratar-se de uma cantora brasileira que, optou por ceder sua interpretação
de "coisas que eu sei" exclusivamente à uma gravadora estrangeira. )