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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

João Bosco e Chico Buarque: Sinhá

chico buarque


Pela primeira vez em meu Blog, o Músico em destaque é Chico Buarque, interpretando sua composição
com a parceria de João Bosco, "Sinhá". Considerado um dos maiores nomes da Música Brasileira,
sua voz bem conhecida nos revela em grande parte da letra, a narrativa de um escravo que
em suas palavras tenta livrar-se do "tronco", acusado pelo feitor de ter visto a "sinhá"
despida  banhar-se no açude. As palavras do escravo, tentativa de convencer
seu algoz que a acusação é inverídica, não merecendo o castigo de ter o
corpo açoitado e seus olhos furados, em sua letra resume o tema
que em minha opinião denigre irrefutavelmente, a História
do Brasil: a escravidão. Em um interessante ritmo, o
Afro-Samba-Milonga, foi lançada no ano 2011.

Para ilustrar a publicação,  escolhi um vídeo
de um dos meus arquivos, gravado em estúdio com
a dupla interpretando essa comovente descrição histórica,
no qual o  violão de João mais seu mágico toque, são destaques.

carlos miranda (betomelodia) 


Se a dona se banhou eu não estava lá
Por Deus Nosso Senhor eu não olhei Sinhá
Estava lá na roça sou de olhar ninguém
Não tenho mais cobiça nem enxergo bem
Para quê me pôr no tronco para quê me aleijar
Eu juro a vosmecê que nunca vi Sinhá
Por que me faz tão mal com olhos tão azuis
Me benzo com o sinal da santa cruz

Eu só cheguei no açude atrás da sabiá
Olhava o arvoredo eu não olhei Sinhá
Se a dona se despiu eu já andava além
Estava na moenda estava pra Xerém
Por que talhar meu corpo eu não olhei Sinhá
Pra que que vosmincê meus olhos vai furar
Eu choro em iorubá mas oro por Jesus
Para que que vassuncê me tira a luz

E assim vai se encerrar o conto de um cantor
Com voz do pelourinho e ares de senhor
Cantor atormentado herdeiro sarará
Do nome e do renome
De um feroz senhor de engenho
E das mandingas de um escravo
Que no engenho enfeitiçou Sinhá

chico buarque / joão bosco


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 5 de agosto de 2017

A Arte no Mundo - Václav Brožík - República Tcheca

kleopatra - 1877



Acadêmico e pintor, nascido no mês de Março de 1851 em Praga, veio a morrer em Paris em Abril de
1901, vítima de insuficiência cardíaca. Desde 1868estudou na Academia de Artes de Praga e onze
anos depois, 1879, fez uma viagem de estudos pela Holanda.  Casado com a filha de um nobre
e rico negociador de Artes parisiense, que o ajudou a atingir sucesso na elite francesa. Ele
dividia seu tempo entre Praga como professor na Academia desde 1893 e Paris, onde foi
eeleito sucessor de  João Millais  na Academia de Belas Artes, França, no ano de 1896.


václav brožík, 1851 / 1901
oil on canvas - 66 x 127 cm - national gallery
prague - czech republic
fonte
imagem e dados técnicos: arquivo pessoal / google
carlos miranda (betomelodia) 


quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Facchinetti, a Grandeza de Suas Paisagens

praia de copacabana, vista do forte do leme - 1872


Nicolao Antonio Facchinetti, cenógrafo, desenhista, pintor paisagista e professor, embora nascido em
Treviso, província italiana da região de Vêneto,  Itália, tem seu nome inscrito no rol dos pintores
ítalos-brasileiros por seu legado às Artes Plásticas Brasileiras  de seus históricos registros
de belas paisagens brasileiras. Nascido em 1824, faleceu na cidade do  Rio de Janeiro
no ano de 1900. Mudou-se para o Rio de Janeiro aos 25 anos, 1849, até sua morte.


facchinetti


Segundo consta, estudou desenho na cidade de Bussaro, tendo cursado pintura
na Academia de Veneza,   onde provavelmente foi influenciado pelas obras de Ippolito
Caffi e  Luigi Querena, famosos paisagistas.  Aproximadamente no ano de 1865,  pinta belas
paisagens das regiões serranas do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, não sem antes ir
em  viagens de estudos  sobre as características das paisagens  a serem transpostas para suas telas.

carlos miranda (betomelodia) 




praia de botafogo

padaria francesa - petrópolis

casa da quarentena - praia grande

fazenda em teresópolis

residência da baronesa de são joaquim - teresópolis


fazenda flores do paraiso

cascata no parque lemgruber - tijuca

fazenda montalto

ilha de paquetá - baía do rio de janeiro

praia de icaraí - niterói

fazenda veneza





enseada do botafogo
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Caetano Veloso, Caminhos Cruzados



A publicação deste primeiro dia de Agosto, é um "repeteco", Caminhos Cruzados, que foi destaque aqui
no blog em 2007, interpretada por   João Bosco.   Em meus arquivos encontrei uma deliciosa e muito
interessante, inovador e talvez ousado arranjo, que mais uma vez nos traz o imenso talento de
seu intérprete, Caetano Veloso, muitas vezes com merecidos destaques aqui em meu blog. 

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Quando um coração que está cansado de sofrer
Encontra um coração também cansado de sofrer
É tempo de se pensar
Que o amor pode de repente chegar

Quando existe alguém que tem saudade de alguém
E esse outro alguém não entender
Deixe esse novo amor chegar
Mesmo que depois seja imprescindível chorar

Que tolo fui eu que em vão tentei raciocinar
Nas coisas do amor que ninguém sabe explicar
Vem nós dois vamos tentar
Só um novo amor pode a saudade apagar


tom jobim / newton mendonça


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 30 de julho de 2017

A Arte no Mundo - Anders Leonard Zorn - Suécia

reflexes - 1889



Pintor de grande reputação por suas pinturas de retratos, nascido em Mora, Dalarma, em Fevereiro
de 1860,  onde veio a morrer no mês de  Agosto de 1920.  Sua fama adveio de suas pinturas de
nudez ao ar livre e também de  vívidas  representações da água.  Também conhecido por
sua paleta  de cores básica: branco de chumbo, amarelo ocre, vermelhão e preto de
marfim,  produzindo uma enorme gama em termos de mistura de cores,  grande
variedade de faixas tonais miscíveis entre si, sendo considerada como um
desenvolvimento importante para a pintura de retratos.  Também, sob
certas circunstâncias, foi usada tanto em naturezas mortas como
também ele as utilizou em suas pinturas de lindas paisagens.


anders leonard zorn, 1860 / 1920
oil on canvas - without measures provided - private collection
stockholm - suécia
fonte
imagem e dados técnicos: arquivo pessoal / google
carlos miranda (betomelodia) 


quinta-feira, 27 de julho de 2017

A Arte no Mundo - José Maria Velasco - México

the valley of mexico from the santa isabel mountain range - 1875



Um grande nome para um famoso pintor: José María Tranquilino Francisco de Jesús Velasco Gómez
Obregón,  conhecido nas Artes como José María Velasco,  nascido no município Temascalcingo,
localizado ao noroeste do  Estado de México em Julho de 1840 e que veio a morrer no mês
de Agosto de 1912 em Estado de México, perito em muitas áreas do conhecimento, mas
foi mundialmente conhecido como o Artista que fez da geografia mexicana um belo
símbolo da identidade nacional através de suas pinturas. A sua pintura 'El valle
de México', considerada a obra-prima de Velasco, da qual ele criou as sete
interpretações diferentes e desta série, a que ilustra esta postagem é
a minha preferida, pela singela beleza das figuras nela retratadas.


josé maría velasco, 1840 / 1912
oil on canvas - 137.3 × 226.0 cm - national art museum
mexico city - méxico
fonte
imagem e dados técnicos: arquivo poessoal / google
carlos miranda (betomelodia) 


segunda-feira, 24 de julho de 2017

A Arte no Mundo - Francisco de Goya - Espanha

the naked maja, 1797-1800



Considerado como o mais importante pintor e gravador da Espanha, do final do século XVIII e começo
do século XIX, nasceu na cidade de Fuendetodos em Março de 1746,  vindo a morrer no mês de
Abril de 1828 em Bordeaux, na França. Suas pinturas, gravuras e desenhos, retrataram as
transformações históricas contemporâneas que influenciaram importantes pintores.
Ficou conhecido como "Goya, o Turbulento", mas também por vezes, como o
"Shakespeare do pincel", legou ampla variedade de retratos, tragédia,
paisagens, cenas mitológicas, comédias e um pouco do obsceno.


francisco de goya, 1746 / 1828
oil on canvas - 98 × 191 cm - museum of the prado
madrid - espanha
fonte
imagem e dados técnicos: arquivo pessoal / google
carlos miranda (betomelodia)