chico buarque |
Pela primeira vez em meu Blog, o Músico em destaque é Chico Buarque, interpretando sua composição
com a parceria de João Bosco, "Sinhá". Considerado um dos maiores nomes da Música Brasileira,
sua voz bem conhecida nos revela em grande parte da letra, a narrativa de um escravo que
em suas palavras tenta livrar-se do "tronco", acusado pelo feitor de ter visto a "sinhá"
despida banhar-se no açude. As palavras do escravo, tentativa de convencer
seu algoz que a acusação é inverídica, não merecendo o castigo de ter o
corpo açoitado e seus olhos furados, em sua letra resume o tema
que em minha opinião denigre irrefutavelmente, a História
do Brasil: a escravidão. Em um interessante ritmo, o
Afro-Samba-Milonga, foi lançada no ano 2011.
Para ilustrar a publicação, escolhi um vídeo
de um dos meus arquivos, gravado em estúdio com
a dupla interpretando essa comovente descrição histórica,
no qual o violão de João mais seu mágico toque, são destaques.
com a parceria de João Bosco, "Sinhá". Considerado um dos maiores nomes da Música Brasileira,
sua voz bem conhecida nos revela em grande parte da letra, a narrativa de um escravo que
em suas palavras tenta livrar-se do "tronco", acusado pelo feitor de ter visto a "sinhá"
despida banhar-se no açude. As palavras do escravo, tentativa de convencer
seu algoz que a acusação é inverídica, não merecendo o castigo de ter o
corpo açoitado e seus olhos furados, em sua letra resume o tema
que em minha opinião denigre irrefutavelmente, a História
do Brasil: a escravidão. Em um interessante ritmo, o
Afro-Samba-Milonga, foi lançada no ano 2011.
Para ilustrar a publicação, escolhi um vídeo
de um dos meus arquivos, gravado em estúdio com
a dupla interpretando essa comovente descrição histórica,
no qual o violão de João mais seu mágico toque, são destaques.
carlos miranda (betomelodia) ™
Se a dona se banhou eu não estava lá
Por Deus Nosso Senhor eu não olhei Sinhá
Estava lá na roça sou de olhar ninguém
Não tenho mais cobiça nem enxergo bem
Para quê me pôr no tronco para quê me aleijar
Eu juro a vosmecê que nunca vi Sinhá
Por que me faz tão mal com olhos tão azuis
Me benzo com o sinal da santa cruz
Eu só cheguei no açude atrás da sabiá
Olhava o arvoredo eu não olhei Sinhá
Se a dona se despiu eu já andava além
Estava na moenda estava pra Xerém
Por que talhar meu corpo eu não olhei Sinhá
Pra que que vosmincê meus olhos vai furar
Eu choro em iorubá mas oro por Jesus
Para que que vassuncê me tira a luz
E assim vai se encerrar o conto de um cantor
Com voz do pelourinho e ares de senhor
Cantor atormentado herdeiro sarará
Do nome e do renome
De um feroz senhor de engenho
E das mandingas de um escravo
Que no engenho enfeitiçou Sinhá
chico buarque / joão bosco
fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google