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sábado, 8 de fevereiro de 2014

José Benigno Ribeiro e as Paisagens

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paisagem, por do sol

cidade, São Lourenço. O estado, Minas Gerais. O ano, 1955.
Nesta data e local o Brasil viu nascer um grande nome das Artes Plásticas,
José Benigno Ribeiro,  pintor e escultor.

Com grande desenvoltura em seus perfeitos desenhos, suas pinceladas
com muita harmonia e luz, ele é autodidata. Antes de completar a idade
de quatorze anos e sem ter cursado desenho ou pintura, começou a pintar.


 Ao completar vinte e um anos, muda-se para o Rio de Janeiro lá montando
seu ateliê, iniciando cursos de desenho e pintura na Sociedade Brasileira
de Belas Artes, onde aprende os princípios básicos da preparação das
telas e da pintura em si.

Benigno é um artista da atual geração de pintores que, com nato talento
alcançou seu lugar nas Artes , graças à sua grandeza artística e
por sua humildade. Um paisagista apaixonado, artisticamente maduro,
é um dos melhores artistas da atualidade. 

carlos miranda (betomelodia) 



botafogo, rio de janeiro

leblon, rio de janeiro

igreja de nossa senhora do rosário, tiradentes, minas gerais

farol da barra, salvador, bahia

vista da lagoa rodrigo de freitas, rio de janeiro

armação de búzios, rio de janeiro

igreja nossa senhora dos prazeres, olinda, pernambuco

búzios, rio de janeiro

capela nossa senhora das dores, paraty, rio de janeiro

baía de todos os santos, salvador, bahia

destaco: igreja da glória, rio de janeiro
fontes
imagens: arquivo pessoale - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Renato Teixeira, Raízes

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De Minas Gerais, lá na região do cerrado do Triângulo Mineiro, veio a composição
de autoria de uma dupla de  poetas, Pena Branca e Xavantinho. 
Reconhecidos
à nível nacional por suas músicas de raiz, a 'caipira', principalmente nos
Estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, não
são lembrados pelos meios de comunicação artístico cultural.


renato teixeira

Embora imortalizados pelas suas belas canções, a dupla padece de isolamento
no meio musical nacional, onde a preferência parece estar voltada para a enorme
decadência cultural que hoje atinge a música brasileira, creio que por culpa
da modernidade, da globalização e que como Músico, não quero me aprofundar.

Renato Teixeira, um dos maiores defensores da Música de Raiz, a verdadeira
Sertaneja, afirma não haver distinção entre as antigas e as atuais, pois a letra
de ambas retrata a vida do homem do campo. A vida no campo é que mudou,
esquecendo suas tradições culturais. Bem, quanto a isso discordo
deste ícone e de sua gentil opinião sobre o assunto.

Confiram no vídeo que ilustra esta postagem, onde a letra tem um tom de
solidão, um certo distanciamento da vida das cidades. Eu, creio que a
imensa nostalgia que sentimos na busca de uma música que nos fale
à alma e ao coração, está em busca dos bons tempos. Assim é, restando
à nós aprender a renascer, aprender a sermos simples, humildes.
Com vocês, Renato Teixeira interpretando, Raízes.


carlos miranda (betomelodia) 

Galo cantou madrugada na campina
Manhã menina tá na flor do meu jardim
Hoje é domingo me desculpe eu tô sem pressa
Nem preciso de conversa não há nada pra cumprir

Passar o dia ouvindo o som de uma viola
Eu quero que o mundo agora se mostre pros bem-te-vi
Mando daqui das bandas do rural lembranças
Vibrações da nova hora pra você que não tá aqui

Amanhecer é uma lição do universo
Que nos ensina que é preciso renascer
O novo amanhece o novo amanhece

Já tem rolinha lá no terreiro varrido
E o orvalho brilha como pétalas ao sol
Tem uma sombra que caminha pras montanhas
Se espelhando feito alma por dentro do matagal

E quanto mais a luz vai invadindo a terra
O que a noite não revela o dia mostra pra mim
A rádio agora tá tocando Rancho Fundo
Somos só eu e mundo e tudo começa aqui

Amanhecer é uma lição do universo
Que nos ensina que é preciso renascer
O novo amanhece o novo amanhece

renato teixeira / pena branca e xavantinho

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Maria Gadú e Caetano Veloso: Sampa

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A postagem de hoje é sobre uma composição de Caetano Veloso, que muito foi
por mim interpretada: Sampa. Pelos palcos em que perambulei, cantando
qualquer outra música dele, em seguida vinha o pedido para que eu a cantasse.

Traz lembranças dos lugares da cidade onde morei por muitos anos, para mim
narrando o que senti ao mudar-me do Rio de Janeiro para lá. Só não menciona a
fina garoa que de tão forte e constante ensopava totalmente meu sobretudo no
inverno. Morei a uma quadra do cruzamento das avenidas Ipiranga e São João
e com o tempo,  fiquei fascinado pela grandeza e diversidade da cidade.

caetano veloso e maria gadú

Esta música traz muitas realidades em sua letra. O mais impressionante é
o assombro que toma conta de quem pela primeira vez passeia por suas ruas, em
meio à sua grandiosidade e uma constante confusão de pessoas, apressadas
em um vai e vem constante, oprimidas pelos altos prédios que as margeiam.

Mas aos poucos a cidade cativa a todos com beleza e poesia. No vídeo ilustrando
esta postagem, Caetano e Maria Gadú fazem ao cantar uma homenagem à maior
cidade brasileira, a capital do Estado de São Paulo, carinhosamente
chamada por seus moradores de... Sampa.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas

Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi de mau gosto mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E a mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos Mutantes

E foste um difícil começo
Afasta o que não conheço
E quem vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas nas vilas favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos espaços
Tuas oficinas de florestas teus deuses da chuva

Pan-Américas de Áfricas utópicas túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa

caetano veloso

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Fagner e Zeca Baleiro: Azulejo


A postagem de hoje nos traz dois de compositores e
intérpretes, já muito bem conhecida e aclamada pelos que
gostam da boa música : Fagner e Zeca Baleiro.

Esta dupla marcou de forma perene a Música Popular Brasileira.
Ambos autores de grandes sucessos, cada um com seu jeito
peculiar de interpretar, fazem das palavras poemas musicados.

fagner e zeca baleiro

Fagner, cearense nascido em Fortaleza mas, registrado em Orós,
no estado de Ceará, em certa ocasião foi líder absoluto na
MPB, por cerca de seis anos, só ficando atrás de Roberto Carlos
em vendagem de discos.

Zeca Baleiro, maranhense nascido na pequena cidade de Arari,
em seu início de carreira compunha para o teatro infantil.
A projeção à nível nacional como compositor e intérprete,
aconteceu com sua música "A Flor da Pele", grande sucesso
que permanece até os dias atuais na mídia.

Para ilustrar esta página, um show da dupla interpretando
de autoria de Fagner, Zeca Baleiro e Sérgio Natureza, "Azulejo",
um poema que narra o amor sonhado e perdido.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Era uma bela era uma tarde o casario
Era o cenário de um poema de Gullar 
Tão de repente ela sumiu numa viela 
Eu no sobrado e uma sombra em seu lugar

Cada azulejo da cidade ainda recorda 
E cada corda onde tanjo a minha dor 
No alaúde da saudade no velho banjo 
No bandolim chorando o fim do nosso amor

A primavera benvirá depois do inverno 
A flora em festa nos trará outro verão 
Eu fecho a casa dou adeus ao gelo eterno 
Vou viver de brisa arder em brasa no calor do Maranhão

fagner / zeca baleiro / sérgio natureza

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Cícero Dias, a Arte na Liberdade de Expressão

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figuras

No ano de 1907, no Engenho Judiá, município de Escada e distante
cinquenta quilômetros de Recife, Pernambuco, nasceu Cícero Dias.
Cedo estudou desenho em sua terra natal mas, aos treze anos mudou-se
para a cidade de Rio de Janeiro onde matriculou-se, em 1925, nos
cursos de pintura e escultura, cursando a ENBA, Escola Nacional de
Belas Artes. Nenhum dos dois ele acabou concluindo pois tinha um
temperamento um tanto inconstante.

Sua saída da escola deveu-se a querer experimentar as novas tendências
da pintura, seduzido pelo movimento modernista que surgia, o que
foi combatido severamente por seus professores. Passou a aperfeiçoar-se
por conta própria e desvinculado do ensino acadêmico, sua arte
ganhou maior liberdade de expressão.


cícero dias

Pintor, gravador, desenhista, ilustrador, cenógrafo e professor, deixou
sua marca na história da Arte Brasileira ao no ano de 1931, ao expor no
Salão Revolucionário um polêmico painel, tanto pela temática quanto pela
dimensão. Com o título de "Eu Vi o Mundo... Ele Começava no Recife",
o painel originalmente media vinte metros, apresentando diversas cenas
comuns, infantis, oníricas e eróticas. O painel foi danificado nas partes em
que continha as cenas de erotismo explícito e posteriormente restaurado.
Sem as tais cenas, ficou reduzido a dezessete metros.

Abaixo um pequena mostra de suas obras, inclusive do outrora polêmico
painel, um legado inestimável para a Arte Brasileira daquele que com
coragem teve como meta, a Liberdade de Expressão, o que lhe rendeu do
governo francês a Ordem Nacional do Mérito da França, em 1998, aos 91 anos.
Cícero Dias Morreu em Paris no ano de 2003.

carlos miranda (betomelodia) 


a noiva


casal no barco

casario com figura

figura

figuras com casas

moça na janela

casal

rede com figuras

destaco: painel "eu vi o mundo... ele começava em recife, brasil"
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Ana Carolina, Libido

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Ana Carolina completa 15 anos de carreira neste ano, voltando aos palcos
com o show intitulado #AC, no Citibank Hall, São Paulo, no dia 31 deste mês.

Deste novo álbum apresentou a composição Libido, composta em parceria
com Edu Krieger. E com a comemoração, veio uma mudança, uma fuga
para o pop, mas pop visto sob seu prisma, deixando de ser aquela então
consagrada autora de inúmeros sucessos das baladas. 

ana carolina

Sobre esta faixa e segundo Ana, a libido está presente em nosso dia-a-dia,
em todos os momentos , lugares e aspectos da vida. Assim, com  inspiração
no instinto sexual que mexe com nossa pele, alma e sentimentos, o vídeo
de sua autoria, sensualíssimo, provocante e beirando o erotismo, nos
revela o óbvio mas polêmico fato: a sexualidade de cada um, apenas é uma
opção natural a que temos direito. Sem rótulos, sem medo. O certo mesmo
é sermos felizes. Nós e a nossa libido.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )

No anúncio da revista ou na obra de arte
Na foto do jornal ou na letra do encarte
Suíte do motel sala do "apart"
No meio bem no meio o calor que invade

A libido está em toda
A libido está em tudo
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte

Nas cabeças de Platão Maquiavel e Descartes
No azul da atmosfera ou vermelho de Marte
Na porta do seu corpo ou porta-estandarte
No topo de um vulcão ou fulminando de enfarte

A libido está em toda
A libido está em tudo
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte

No mundo virtual ou na realidade
No 'hall' do elevado na mão do biscate
No gesto do plebeu ou da majestade
Em quem chega cedo ou em quem já vai tarde

A libido está em toda
A libido está em tudo
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte

Pulsando na pureza ou na crueldade
Na ânsia do desejo ou na rivalidade
Às vezes até finge só amizade
Mas move o mundo inteiro sem dó nem piedade

A libido está em toda
A libido está em tudo
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte

A libido toda
A libido tudo

No anúncio da revista obra de arte
Foto do jornal letra do encarte
Suíte do motel a sala do "apart"
No meio bem no meio que invade
Cabeças de Platão Descartes
Azul da atmosfera e de Marte
Na porta do seu corpo estandarte
No topo de um vulcão um enfarte

A libido está em toda
A libido está em tudo
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte
A libido está em toda parte

ana carolina / edu krieger

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

João Bosco e Yamandu Costa: Benzetacil


Olha, eu creio que apenas mentes tão criativas quanto as do Francisco e do
João Bosco, são capazes de uma composição fazer sobre uma das mais
doloridas injeções que tenho notícia: a tal Benzetacil.

yamandu costa e joão bosco

O Francisco, autor da letra, ou o João, deve ter uma "ótima" recordação desta
dor que muitos de nós já sentiram, inclusive eu quando adolescente,
crendo que neste caso a cura dói mais que a dor que a motivou.

Com um ótimo balanço de João Bosco, associado aos malabarismos no violão
sete cordas de Yamandu Costa, no vídeo a seguir, Benzetacil.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Tem dor de dente dor-de-cotovelo
Tem dor em tudo que é lugar
Dor de barriga asia queimação
Tem a dor-de-facão
Mais conhecida por "de viado"
Calo nó tostão ou dor muscular
E bico-de-papagaio
Dor de cabeça sinusite febre
Cólica enxaqueca mas vai melhorar porque
Pra toda dor existe um bom remédio
Toma deita espera tenta esquecer

Mas na verdade tenho que dizer
Tem uma dor tão vil
Que dói só de pensar
Você não sabe amigo o que é levar
Um Benzetacil naquele lugar
Ai ai ai

Esparadrapo Calminex gelo
Boldo sal de frutas cafuné de mãe não tem
Nenhum remédio pra essa dor maldita
Vira abaixa as calça entrega a Deus e amém

joão bosco / francisco bosco

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
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