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sábado, 25 de janeiro de 2014

Djavan, Coração Leviano

betomelodia.blogspot.com

Quem lembra do filme de Miguel Faria Júnior, rodado em 1983 em que um
mendigo poeta, fica apaixonado por uma rica moça interpretada pela
atriz Patrícia Pilar? O título do filme é "Para Viver um Grande Amor" e o
ator que interpreta o mendigo, Djavan. Foram cinco meses em que
ele dedicou-se inteiramente à Sétima Arte, tendo sido o resultado
satisfatório mas, sendo muito exigente no que faz, preferiu dar sequência
à sua carreira na Música, apesar de seu enorme interesse pelo cinema.


Djavan prefere contribuir com o que faz de melhor: compor e cantar.
A excelência de suas composições é internacionalmente reconhecida
por suas nuances, sempre enfocando vários elementos em metáforas que
cativam pela ousadia de suas letras e por suas interpretações
em criações de  outros autores.

Ilustrando esta postagem, uma composição  que tem por
título Coração Leviano. O talento inigualável do autor da mesma,
Paulinho da Viola, interpretado por Djavan. Apreciem. 

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Trama em segredo teus planos
Parte sem dizer adeus
Nem lembra dos meus desenganos
Fere quem tudo perdeu

Ah coração leviano não sabe o que fez do meu
Ah coração leviano não sabe o que fez do meu

Este pobre navegante meu coração amante
Enfrentou a tempestade
No mar da paixão e da loucura
Fruto da minha aventura
Em busca da felicidade

Ah coração teu engano foi esperar por um bem
De um coração leviano que nunca será de ninguém

paulinho da viola

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Bustamante Sá e o Paisagismo

betomelodia.blogspot.com
cais do porto, rio de janeiro, brasil

Rubens Fortes Bustamante Sá, nascido na cidade de Rio de Janeiro
em julho de 1907, nela morrendo em março de 1988, Pintor, desenhista,
gravador e professor, deixou-nos um grande legado nas Artes.

Apesar de na essência ser um paisagista, Bustamante foi muito além
da própria pintura, eternizando-se pela sua vocação manifesta ao ensino,
ao levar pela mão os alunos, que mesmo sem grandes aptidões à Arte,
eram incentivados a persistirem no aprendizado do desenho e da pintura
fossem quais fossem as predileções dos mesmos. Há uma narrativa
muito interessante cujo autor desconheço, que o fez mudar radicalmente
de opinião quanto ao seu método de ensino:



" O aluno que aprendeu mais do que devia."

" Fazendo renascer os velhos tempos, quando João Jorge Grimm, tal como
os pintores de Barbizon, levava seus alunos para colher imagens no
campo, Bustamante Sá também criou uma escola ao ar-livre, onde ensinava
paisagem a principiantes, que nada entendiam de desenho nem da arte
da pintura. Alguns de seus alunos se desenvolviam com extrema rapidez,
outros nem tanto.

Um aluno havia que não conseguia se encontrar com a tela e, com
infinita paciência, o professor lhe tomava o lápis, desenvolvendo o esboço
à sua frente. Depois, como os borrões de tinta que o moço punha sobre
a tela mais pareciam pedaços de goiabada cascão, Bustamante, bem
intencionado, lhe tomava o pincel, fazendo acertos e modificações,
na esperança de que no correr do tempo, ele encontrasse seu
próprio caminho.

Um dia, Bustamante Sá foi a um moldureiro encomendar um trabalho e,
com surpresa, encontrou lá, para ser enquadrado em fina moldura,
um dos quadros que ajudara o aluno a pintar. Só então descobriu a farsa:
o aluno, mais esperto do que parecia, levava o professor a pintar o
quadro, quase inteiro, e depois o vendia a colecionadores como sendo
um legítimo Bustamante Sá.

Desde esse momento, e para sempre, o pintor jamais voltou a colocar
sua mão nos trabalhos de qualquer aluno."

bustamante sá, auto retrato

Com ele foi formado o trinômio da pintura carioca ao lado de seus
colegas de ateliê, José Pancetti e Sílvio Pinto, constituindo-se eles os
grandes nomes da pintura no Rio de Janeiro. Tamanha era a aproximação
dos três artistas que, em alguns momentos, o estilo de um chegava
a confundir-se com o dos outros dois, como se a obra tivesse
sido executada a seis mãos.

Abaixo, uma pequena viagem pelas telas de Bustamante Sá, a nos levar
à alguns lugares deste Brasil que ele amou e eternizou no tempo.

carlos miranda (betomelodia) 


engenho de dentro, rio de janeiro

lapa, rio de janeiro

praia, rio de janeiro

estaleiro do caju, niterói, estado do rio de janeiro

mercado do ver o peso, belém, pará

paisagem

ouro preto, minas gerais

farol da barra, salvador, bahia

destaco: nú deitada
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Zélia Duncan e Moska: O Tom do Amor


Ah, o Amor. Como definir o "tom" do Amor? Como descrever uma dos mais belos
sentimentos da vida? Este "tom" poderia ser descrito em cores, em música?
Creio que não. Só pode e apenas só, em poéticas palavras, poéticas frases
como as que Paulo Corrêa de Araújo, o Moska, um carioca que nesta composição
mostrou que além de compositor e cantor, é um poeta.

zélia duncan

Ah, o Amor. É tudo na vida, como bem o diz a música. Agora, juntemos
a letra com a musicalidade, com  a interpretação de Cássia Eller
e Moska: o resultado só pode ser o que no vídeo a seguir 
veremos:  a perfeição  em uma declaração  à Vida.

carlos miranda (betomelodia) 

O amor vai te contar um segredo
Não precisa ter medo nem sair correndo

O amor nasce pequeno cresce e fica estupendo
Às vezes o amor está ali você nem tá sabendo
O amor tem formas fôrmas aromas
Vozes causas sintomas o amor

É mãe é filho é amigo às vezes num canto esquecido
Existe amor existe amor antigo antigo

O Amor que cuida parte assusta
Que erra e pede desculpas às vezes o amor quer ferir
E se cura doendo o amor tem formas fôrmas aromas
Vozes causas sintomas o amor

É pausa é silêncio refrão explode nessa canção
O amor vai te contar um segredo
Fica atento repara bem que o meu amor
é todo seu antigo antigo

zélia duncan / moska

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 19 de janeiro de 2014

Maria Gadú e Caetano Veloso: Rapte-me Camaleoa


Mais uma postagem sobre esta incrível dupla, Caetano Veloso e Maria Gadú,
interpretando uma composição de Caê  que é sucesso até os dias atuais.
Rapte-me Camaleoa fala de uma maneira mágica e transcendental sobre o ato
de fazer Amor, com um pedido à parceira para captar seus desejos, emitidos
em uma espécie de transe, que o faça delirar.

maria gadú e caetano veloso

Abusando de seu conhecimento da língua portuguesa, Caetano
inova nesta composição de uma forma interessante, combinando nossa
língua com termos em inglês e finalizando com uma frase em francês.

Rapte-me Camaleoa com Maria Gadú e Caetano Veloso.

carlos miranda (betomelodia) 


Rapte-me camaleoa
Adapte-me a uma cama boa
Capte-me uma mensagem à toa
De um quasar pulsando lôa
Interestelar canoa

Leitos perfeitos
Seus peitos direitos
Me olham assim
Fino menino me inclino
Pro lado do sim

Rapte-me adapte-me capte-me it's up to me coração
Ser querer ser merecer ser um camaleão

Rapte-me camalea
Adapte-me ao seu
Ne me quitte pas

caetano veloso

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Maria Gadú e Luis Kiari: Quando Fui Chuva

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" Às vezes para crescermos é preciso abandonar algumas raízes que
já não alimentam nosso miolo, para que então, possamos estender
o nosso braço e lá de longe alguém consiga enxergar nossas folhas,
novas folhas verdes, vivas! " - luis kiari

Poemas musicados. Assim classifico as composições de Luis Kiari.
Nascido em Campina Grande, interior da Paraíba, que cresceu ouvindo
os músicos de sua terra, Dominguinhos, Luiz Gonzaga e outros que
enriqueceram a cultura brasileira, cultura que lá vem de berço.

maria gadú e luis kiari

O interesse pela música foi despertado em sua vida 10 anos após seu
nascimento, ao ganhar um violão de seu tio em 1992. Autodidata, 
criou e foi aperfeiçoando seu estilo de tocar e sua voz, onde noto
certa influência da bossa nova, participando de muitas bandas locais
como cantor ou como violonista.

Foi na época em que frequentava uma igreja que conheceu músicos
experientes, que abriram seus olhos para o mundo da música. Quando
completou dezenove anos, mudou-se para o Rio de Janeiro e desde
então, dedica-se inteiramente à música.

O vídeo desta postagem nos traz Maria Gadú e Luis Kiari interpretando
em um ótimo duo Quando Fui Chuva, de sua autoria com a parceria de
Caio Soh. Poesia musicalizada que interpreto como as mudanças de
uma adolescente na descoberta do Amor, deixando para traz a sua
inocência, em mulher transformando-se, vivendo e não apenas
sonhando o Amor que em um olhar, pode fazer verter chuva,
gotas de felicidade ou de tristeza e dor.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Quando já não tinha espaço pequena fui onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer acomodei minha dança os meu traços de chuva
E o que é estar em paz pra ser minha e assim ser tua
Quando já não procurava mais pude enfim nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranquila daqui lavar os degraus os sonhos e as calçadas

E assim no teu corpo eu fui chuva jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva jeito bom de se deixar viver

Nada do que eu fui me veste agora
Sou toda gota que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra tua boca

E mesmo que em ti me perca nunca mais serei aquela
Que se fez seca vendo a vida passar pela janela

Quando já não procurava mais pude enfim nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranquila daqui lavar os degraus os sonhos e as calçadas

E assim no teu corpo eu fui chuva jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva jeito bom de se deixar viver

luis kiari / caio soh

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Cristiane Campos e o Figurativismo

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" Hoje me sinto artista, porque aprendi a buscar em minha essência de ser,
todas as futilidades e maravilhas que vivem enrustidas em nosso âmago
 e que a verdadeira arte ensina a ser arrancada das entranhas e
transformada em pura imagem filosófica do ser. " 

cristiane campos

Cristiane Campos, nasceu em Maringá, estado do Paraná, autodidata
com tendência ao figurativismo, é uma Artista Plástica com visão especial
e filosófica sobre a Arte que em si possui e muitas vezes não conseguia
expressar. Eu escrevi não conseguia, pois hoje sua obra amadureceu
a tal ponto que, como ela sempre desejou, suas telas possuem alma.

O aperfeiçoamento de um Artista não se resume apenas em técnica e
ela, em um difícil trilhar descobriu o caminho. Aos poucos sua trajetória
a leva ao experimento de novas perspectivas e o resultado, como abaixo
divulgamos, fantástico. 

carlos miranda (betomelodia) 


moça
menina e beija-flor
carnaval

frevo

criança

ensaio fisionômico

anjo só
filhos da liberdade

mãe e filha

destaco: pureza
fontes
imagens: arquivo  pessoal- texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google