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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Minha Cidade Natal - Forte de Copacabana


Sempre tive vontade de divulgar,
mostrar os espaços nos quais passei minha infância
e adolescência em minha cidade natal,
Rio de Janeiro.
Nunca fiquei satisfeito com o que escrevi,
com minhas descrições, pois não conseguia
dar a impressão exata da enorme importância
que esses lugares possuem, não só em beleza
ou tradição, mas em termos históricos, muitas vezes
desconhecidos da quase totalidade dos cariocas.
Sempre me faltavam dados confiáveis
em minhas pesquisas, em minhas memórias.
Navegando pela web encontro o que tentei fazer,
da maneira que sempre desejei mostrar
minha maravilhosa cidade e assim,
vou transcrever para vocês esses bonitos trabalhos
de pesquisas e divulgação, que revelaram
alguns fatos, também por mim desconhecidos.

carlos miranda (betomelodia) 


nossa senhora de copacabana

Bolívia. Na cidade de Copacabana, às margens
do Lago Titicaca, outrora existia a capela de
Nossa Senhora de Copacabana, construída pelos
Incas no período pré-colombiano.
De lá, no século XIX, os espanhóis trouxeram
uma réplica da imagem da santa e no rochedo à
entrada da Baía de Guanabara,  e edificaram
uma igreja para abriga-la.
Eis a origem dos nomes da praia, de uma de suas
avenidas e do bairro do qual é padroeira, Copacabana.


igrejinha de nossa senhora de copacabana

Mas, a igrejinha foi demolida em 1908. O rochedo,
com sua localização privilegiada, com ampla vista para
a baía, era estratégico para a defesa de nossa costa
contra invasores estrangeiros. Então, teve início
a construção do forte que hoje conhecemos,
batizado de Forte de Copacabana.


vista aérea do forte

Concluído no ano de 1914, com o objetivo de reforçar
a defesa da Baía de Guanabara, o Forte é aberto
à visitação pública sendo um passeio agradável e muito
atraente, com uma das vistas mais bonitas e menos
conhecidas da Cidade de Rio de Janeiro.


pátio interno

O Forte preserva a memória de algumas passagens
da história da Cidade do Rio de Janeiro, desde
o Plano de defesa da Baía de Guanabara,
(período que vai de 1763 à 1908), por conta da
transferência da capital do Brasil para a Cidade de
São Sebastião do Rio de Janeiro, no ano de 1763, o que
criou a necessidade de serem reforçadas as defesas
da Baía da Guanabara, através de Fortificações de Artilharia.


os canhões do forte

E tem mais um dos marcos da Cultura Carioca
está instalado nas dependências do Forte e esse marco é o
Café da Confeitaria Colombo. Com dois ambientes,
interno e externo, é o lugar ideal para se ver a noite chegando
sobre a praia de Copacabana, com a brisa marinha trazendo
uma sensação maravilhosa, sensação de paz e magia.

pátio externo do café do forte
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquiuvo pessoal / google

domingo, 21 de dezembro de 2008

Lenine, É o Que me Interessa


“Quando vejo um Artista como o Lenine
e sua banda sendo aplaudidos, voltando para o
palco várias vezes em shows fora do Brasil,
vejo que a boa Música não tem fronteiras.”

andrea comodo

Osvaldo Lenine Macedo Pimentel, conhecido
apenas como Lenine, nasceu no dia 2 de fevereiro
de 1959, em Recife, Pernambuco.

lenine

Compositor, arranjador e cantor, Lenine é
por muitos considerado um músico completo e
hoje, mais de 500 Músicas levam sua assinatura, sendo
que cerca de cem delas já foram gravadas por ele
ou outros artistas. Esta rica obra inclui até mesmo oito
Sambas-Enredo campeões do carnaval de rua carioca.

No vídeo abaixo, uma de suas composições que
interpreto, dentre muitas de sua autoria que
fazem parte de meu repertório.

carlos miranda (betomelodia) 



Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo
E transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado
Só de quem me interessa

Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto
E é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Por trás do seu sossego
Atraso o meu relógio
Acalmo a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurre em meu ouvido
Só o que me interessa

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa

lenine

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 20 de dezembro de 2008

Djanira e o Milagre da Pintura

serradores, 1959

Nesta nova postagem da série A Arte,
vamos falar sobre um milagre atribuído à pintura e fé.
Djanira da Motta e Silva, nascida em Avaré, no interior do
estado de São Paulo em 20 de junho de 1914, pintora,
desenhista, ilustradora, cartazista, cenógrafa e gravadora,
legou ao mundo das artes plásticas, belas criações.

Trabalhou muito desde criança e quando morava em
São Paulo, foi vendedora ambulante para se sustentar.
Não pensava e sequer imaginava um dia ser uma artista
plástica. Ganhava pouco, morava e comia mal e trabalhava
muito além de suas forças.

djanira

O resultado foi que contraiu tuberculose, sendo então
internada no pavilhão de pacientes terminais do Sanatório
Dória, na cidade de São José dos Campos, em 1930.
No hospital foi que teve acesso pela primeira vez a pincéis
e telas. Djanira passou a pintar a figura de um Cristo,
contorcido em dores, como os pacientes do pavilhão dos
desenganados. Para espanto dos médicos que previam
de dois a três meses de vida para ela, recuperou-se
e recebeu alta, quase que completamente curada.

A partir de então, começou a produzir muitas obras de arte
e em 1952, viajou pelo Brasil para colher imagens do cotidiano
e de festas religiosas, sendo essa a fase mais expressiva
de sua carreira. Representou pescadores, trabalhadores do
campo, da cidade, assim como o místico sincretismo do
catolicismo e cultos afro-brasileiros.

Em 1979, com a saúde novamente debilitada, entrou para
a Ordem Terceira do Carmo e mudando o seu nome
para Teresa do Amor Divino. Djanira, morreu no convento,
na cidade de Rio de Janeiro, pouco tempo depois.

carlos miranda (betomelodia) 


cena de mercado, 1960

casa de farinha, 1963

cafezal, 1952

estação de belo horizonte, 1948

trabalhador de cal, 1974

vista de santa tereza, 1979

igreja de santo antonio dias, 1955

o circo, 1944

destaco: três orixás, 1966
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 13 de dezembro de 2008

Caetano Veloso, Cajuína


Caetano Emanuel Viana Teles Veloso.
Veio ao mundo em 7 de agosto de 1942, na
cidade de Santo Amaro da Purificação, Bahia.

Interpretando canções da Bossa Nova em bares da cidade,
e influenciado por João Gilberto, Caetano criou o estilo
musical que ficou conhecido como MPB, ou seja, 
Música Popular Brasileira, que deslocava o pop na direção
de um ativismo político e de conscientização social.

Como grande admirador de suas obras e interpretações,
em meu repertório muitas de suas composições
são por mim cantadas, sendo certeza de muitos aplausos.

No vídeo que ilustra esta página, uma pequena mostra do
talento de Caetano e seus músicos cantando Cajuína,
com um incrível solo de celo de Jaques Morelenbaum.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Existirmos
A que será que se destina
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina


caetano veloso


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Meus Escritos - Um Tolo Apaixonado


Há tempos ouvi uma história de Amor que creio ter sido real.
É sobre um tolo apaixonado, um cantor que
entre tantos sofrimentos, tantas desilusões,
não desistiu jamais de sonhar, de amar, de ser amado.
Em gestos e sons, ele nutria a chama de esperança na Vida
e nos corações de quem o ouvia, tentando entre
canções e palavras de Amor, ser feliz como
a felicidade que transmitia em seu cantar.

Sentia o tempo passar. E em seu pensamento,
mesmo sem de seu sonho acordar,
apostava na paixão, paixão que tornaria realidade o
Amor guardado no mais profundo recesso
de seu coração. No luzir da sedução
que sua lembrança evocaria, a razão seria
obscurecida pela simples visão da esperança,
pela visão de sua realidade, pelo Amor.

Diziam que o verde de seu olhar, buscava em uma
terra distante, um lugar em que pudesse bem de perto
ver as matas protetoras de um vale sedutor,
um acolhedor vale só seu, onde aconchegante
gruta o aguardaria, o protegeria e forças lhe
daria em suas noites, para que nos seguintes dias
continuasse a Vida enfrentar.

Hoje quem por ele pergunta, sem saber de
seu paradeiro fica. Contam que ao partir sorria,
pois ao encontro de seu sonho ele ia. Falam que depois
de muito sofrer, sem jamais desistir ou duvidar, sem
temer os caminhos que teve e teria que trilhar,
ele encontraria o que buscava. Assim, partiu.

Não mais dele se soube.
Hoje, eu que ainda canto nas noites,
ao interpretar uma melodia de amor falando
de esperança e sonhos, eu que ainda conto estrelas,
creio saber onde ele está e tenho certeza
que encontrou o que tanto buscava.
Ao olhar para o céu, noto duas estrelas bem
próximas uma da outra. Uma com um brilhar
mais intenso a quem chamo Sol, e ao seu lado,
sua companheira, a quem chamo Lua. É assim
que o vejo, na imagem que abre essa postagem.

O estranho é que cada vez que olho para o céu,
mais próximos 'So'l e 'Lua' estão, com um
lindo e feliz brilhar, pela luz do Amor protegidas.


carlos miranda (betomelodia) 

fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base da pesquisa: arquivo pessoal / meus escritos

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Enrico Bianco, o Mais Brasileiro dos Pintores Italianos, I

enrico bianco, o mais brasileiro dos pintores italianos
bumba meu boi

Na postagem de hoje da série A Arte, vamos para a cidade
de Rio de Janeiro, onde reside o mais brasileiro dos
pintores italianos, Enrico Bianco.

Nasceu no ano de 1918, em Roma, Itália, onde iniciou seus
estudos na década de 30. Foi lá que realizou a sua
primeira exposição individual, em 1936. Chegou ao Brasil
em 1937, fixando-se no Rio de Janeiro e realizando
várias exposições individuais, destacando-se a do Museu
Nacional de Belas Artes, em 1982.

enrico bianco

Bianco pinta especialmente paisagens, naturezas mortas
e cenas do campo, num trabalho que evoca a tradição
do “saber fazer” de grandes pintores, pelo labor
incessante e pela elaboração técnica. Aluno de Portinari,
foi seu assistente na realização dos murais do prédio
do Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro
e da sede da ONU, em Nova York. Bianco após a morte de
Portinari, herdou seu estilo em suas obras.

Por ter escolhido o Brasil como sua segunda pátria, por
ter-se fixado aqui e por ter desenvolvido aqui praticamente
toda sua obra com influência inegável de artistas brasileiros,
tendo como tema de trabalho, a vida, os costumes e a
sociedade brasileira, Enrico Bianco pode ser incluído com
muita propriedade, entre os maiores Pintores do Brasil.

carlos miranda (betomelodia) 


jangadas

ceia, detalhe

colheita

nu sentado

nu

nu com vaso

natureza morta

trigal

criança com carneiros

destaco: bumba meu boi
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto (carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google