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quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

João Bosco, Caminhos Cruzados

Um intérprete para o ser, tem que a vida amar intensamente.
Tem que ver beleza e poesia em tudo que o cerca, saber transmitir
aos ouvintes tudo que o compositor colocou na letra da canção,
amor, alegria, tristeza, toda uma miríade de emoções que a música em si carrega.
Esta postagem é um belo exemplo disto.

 João Bosco de Freitas Mucci é mais uma dádiva de Minas Gerais para  a
Música Popular Brasileira. Foi lá, na cidade de Ponte Nova que nasceu este
compositor, instrumentista e cantor, no ano de l946.

Com seu inconfundível jeito de compor, tocar e cantar teve sua primeira
gravação acontecida em um semanário, O Pasquim, em suas edições que traziam
como complemento um "disco de bolso". E foi em 1972 que, Antonio Carlos Jobim, 
já mundialmente famoso, neste semanário gravou sua composição Águas de Março.
A gravadora precisava encontrar uma outra música para o lado "B" da
gravação mas, achava que seria meio impossível encontrar alguém que tivesse
fôlego para encarar o artista consagrado do outro lado do disco.

E foi então que encontraram "um tal de João Bosco" um Músico na época
desconhecido, para gravar o outro lado do compacto simples.
Convidaram o João e levaram um baita susto, pois todas as músicas dele
poderiam ser usadas. Optaram por "Agnus Sei", do próprio João Bosco em
parceria com Aldir Blanc. Foi uma ótima escolha.

Depois do compacto pronto, Tom Jobim pediu para ouvir o outro lado.
Depois de uma grande pausa, olhou pra o produtor e disse:
" Você está querendo me derrubar! Cobriu o João de elogios! "
Riram muito, ainda sem saber que aquele seria um disco histórico, 
pois lançava Águas de Março, considerada posteriormente como a 'Música
do Século' e a descoberta de "um tal de João Bosco".

Nesta postagem, com um ótimo arranjo de João Bosco, uma composição
de Tom Jobim e Abel Silva, em uma  magistral interpretação.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Quando um coração que está cansado de sofrer
Encontra um coração também cansado de sofrer
É tempo de se pensar
Que o amor pode de repente chegar

Quando existe alguém que tem saudade de alguém
E esse outro alguém não entender
Deixe esse novo amor chegar
Mesmo que depois seja imprescindível chorar

Que tolo fui eu que em vão tentei raciocinar
Nas coisas do amor que ninguém pode explicar
Vem nós dois vamos tentar
Só um novo amor pode a saudade apagar


tom jobim / newton mendonça


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Paralamas do Sucessso, Aonde Quer Que Eu Vá

herbert vianna

Natural de João Pessoa, Paraíba, filho do brigadeiro Hermano Vianna,
Herbert , mudou-se para Brasília ainda pequeno. Depois, com a mudança para o
Rio de Janeiro, fundou a banda "Paralamas do Sucesso", com seus
amigos Bi Ribeiro e Vital Dias.

O Vital era baterista e deixou a banda sendo substituído por João Barone.
Herbert, em homenagem ao amigo, compôs a Música que viria a tornar-se o
primeiro sucesso da banda: "Vital e sua Moto".

Ele tinha uma paixão antiga. Pilotar helicópteros e ultraleves.
E esta paixão levou-o a passar por um crítico momento em sua vida no ano de 2001,
em Mangaratiba, Rio de Janeiro, quando o ultraleve que pilotava caiu no mar
devido a um problema de fabricação. Na época, casado era com Lucy
que morreu como consequência da queda. Herbert ficou paraplégico e com
perda parcial da memória.

Memória gradualmente recuperada, poliglota, a princípio só conseguia
comunicar-se corretamente em inglês e francês mas aos poucos, conseguiu
voltar a dominar o português, voltando aos palcos.

A página de hoje define muito bem a procura por Amor, onde quase
sempre misturamos sonhos e realidade em nossos momentos de solidão,
onde alteramos a nossa maneira de ver  nossa vida, pois viver, é e sempre
será, uma eterna busca.

carlos miranda (betomelodia) 

Olhos fechados pra te encontrar
Não estou ao seu lado mas posso sonhar
Aonde quer que eu vá levo você no olhar
Aonde quer que eu vá aonde quer que eu vá

Não sei bem certo se é só ilusão
Se é você já perto se é intuição
E aonde quer que eu vá levo você no olhar
Aonde quer que eu vá aonde quer que eu vá

Longe daqui longe de tudo
Meus sonhos vão te buscar
Volta pra mim vem pro meu mundo
Eu sempre vou te esperar

herbert vianna / paulo sérgio valle

fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Baby Mariano, Sorri

charles chaplin

Há Músicas que nos emocionam.
A versão, autoria de Braguinha da canção Smile, 
emociona-me tanto que por mais que tentasse, não conseguia
interpretá-la, sempre a voz embargando e quase lágrimas
brotando de meu olhar. Nos ensaios era sempre assim
e até hoje sinto-me da mesma maneira. Não sei o motivo.
Em uma de minhas pastas, lá está a letra, mas não
mais tentei canta-la.

baby mariano

Procurando vídeos da mesma na web, encontrei muitas
interpretações de grandes nomes de nossa MPB.
Uma delas despertou minha atenção. Voz de Djavan.
Olhando para o player, notei que a imagem não
era de Djavan, embora a voz fosse muito parecida.
O cantor, de nome Baby Mariano, a interpretava.

Procurei seu perfil na web, só encontrando algumas imagens
e nenhum dado mais a seu respeito. Também fui um "cantor de buteco",
como dizíamos em nosso meio e, resolvi homenageá-lo por
sua performance, seu bom gosto na escolha da canção.

Assim, a página de hoje é dedicada à todos os Músicos
que atuam nos palcos do Brasil e do mundo, brindando-os com esta
bela versão de Smile, de autoria de João de Barro, o Braguinha.

carlos miranda (betomelodia) 

(vídeo em 360p )
Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o Sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor que és feliz

charles chaplin / g. parsons / j. turner
versão: braguinha


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 30 de setembro de 2007

Natiruts, Presente de Um Beija-Flor

Era uma vez um estudante universitário de nome
Alexandre Carlos Cruz.  O ano foi 1996 e a cidade, Brasília.
A Música era a maneira de enfrentar suas decepções com a
política brasileira, assim como comemorar as alegrias.
Este estudante,  já então analista de sistemas, sem maiores
pretensões compunha e interpretava músicas no
estilo que mais gostava, o reggae.

a banda natiruts atualmente

Alexandre conheceu Juninho. Juntos, começaram a animar festinhas
lá em Brasília. A semente foi lançada. Alexandre animou-se e convidou
mais dois amigos do time da universidade, Luis e Bruno. Estava formada a
banda. \quatro componentes e muito reggae. Muito elogiado.
Com o sucesso, a necessidade de fazer um reggae roots brasileiro que
seguisse as tendência e influências da Música Popular Brasileira
fez-se sentir e, novos elementos foram adicionados à banda.

No início, ao nome da banda era Nativus mas, um grupo gaúcho de
Música Nativa  denominado Os Nativos, entrou com processo sobre direitos
de uso do nome e a banda Nativus foi rebatizada de Natiruts.

Defendendo o reggae de raiz e incorporando ao som uma grande influência brasileira,
a banda ganhou popularidade e é reconhecida internacionalmente e assim, 
a postagem de hoje é sobre a composição que foi seu primeiro sucesso,
Presente de um Beija-Flor.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Beija-flor que trouxe meu amor voou e foi embora
Olha só como é lindo meu amor estou feliz agora

Veja só a névoa branca que sai de trás do bambuzal
Será que ela me faz bem ou será que me faz mal
Eu vou surfar no céu azul de nuvens doidas
Da capital do meu país
Pra ver se esqueço da pobreza e violência
Que deixa o meu povo infeliz

Beija-flor que trouxe meu amor voou e foi embora
Olha só como é lindo meu amor estou feliz agora

E a menina que um dia por acaso veio me dizer
Que não gostava de meninos tão largados
Que tocam reggae e MPB
Mas isso é coisa tão banal perto da beleza do Planalto Central
E das pessoas que fazem do Cerrado
O habitat quase  que ideal

Beija-flor que trouxe meu amor voou e foi embora
Olha só como é lindo meu amor estou feliz agora

Agradeço por estar aqui manifestar a emoção
E colocar minhas ideias sentimentos em forma de canção
Agradeço por poder cantar e ver você ouvir
E tentar entender essa mensagem
Que eu quero transmitir

Beija-flor que trouxe meu amor voou e foi embora
Olha só como é lindo meu amor estou feliz agora

Fim de ano vou me embora de Brasília que é pra eu ver o mar
Mas diz pra mãe lá pro final de fevereiro é que eu vou voltar
Que é pra surfar no céu azul de nuvens doidas
Da capital do meu país
Pra ver se esqueço da pobreza e violência
Que deixa o meu povo infeliz

Beija-flor que trouxe meu amor voou e foi embora
Olha só como é lindo meu amor estou feliz agora

 alexandre carlo cruz


show no mirante do morro dona marta, rio de janeiro, rj

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imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

O Rappa, Pescador de Ilusões

Com letras de impacto social, sem uma precisa definição de estilo
musical em suas apresentações, esta é a banda O Rappa.
Observamos que a banda em suas músicas usa uma mistura predominante de
reggae e rock, mas notamos que há também influência de samba,
rock e da Música Popular Brasileira.

o rappa

O interessante é que a banda foi criada às pressas, sem planos
de continuidade. Aconteceu em 1993, com a vinda ao Brasil de um
intérprete do reggae jamaicano, Papa Winnie. Foi montada como banda de apoio
ao mesmo em suas apresentações, sendo formada por Nelson Meirelles,
Marcelo Lobato, Alexandre Menezes e Marcelo Yuka. 

Após a série de apresentação com o músico jamaicano, eles resolveram
continuar com a banda contratando um vocalista, o Marcelo Falcão.
Assim, com os cinco estava formado O Rappa que a princípio não teve
muito sucesso, sucesso este que viria em 1996, com o lançamento
do CD Rappa Mundi, o introdutor da banda no cenário musical brasileiro.

A página de hoje vem com o maior sucesso da banda em seu início,
considerado por muitos como a melhor composição da banda,
Pescador de Ilusões.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )

Se meus joelhos não doessem mais
Diante de um bom motivo
Que me traga fé
Que me traga fé

Se por alguns segundos eu observar e só observar
A isca e o anzol a isca e o anzol
A isca e o anzol a isca e o anzol
Ainda sim estarei pronto pra comemorar

Se eu me tornar menos faminto
Que curioso que curioso
O mar escuro trará o medo lado a lado
Com os corais mais coloridos

Valeu a pena eh eh
Valeu a pena eh eh
Sou pescador de ilusões
Sou pescador de ilusões

Se eu ousar catar
Na superfície de qualquer manhã
As palavras de um livro sem final
Sem final sem final sem final final

Valeu a pena eh eh
Valeu a pena eh eh
Sou pescador de ilusões
Sou pescador de ilusões

marcelo yuca


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
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segunda-feira, 30 de julho de 2007

Paulinho da Viola, Meu Mundo é Hoje


A música de Paulinho da Viola representa um universo particular
dentro da Cultura Brasileira. Experimentá-la é reconhecer que a identidade
cultural brasileira não é única, há sempre algo mais.
(autor não citado)


Paulinho da Viola cresceu num ambiente naturalmente musical.
Filho de Cesar Faria, violonista integrante do conjunto Época de Ouro,
teve contato constante com a Música através de seu pai nos
ensaios familiares do conjunto Época de Ouro, onde Paulinho conheceu
Jacob do Bandolim e Pixinguinha, entre muitos outros músicos.

É  tido como um elo entre diversas tradições populares como
o Samba, o carnaval e o Choro, sendo considerado o
herdeiro do legado de músicos como Cartola, Candeia e
Nelson  Cavaquinho. Paulinho está sempre atualizado e suas
composições são sempre baseadas em seus
princípios e valores estéticos.

Nesta postagem, uma sua interpretação da composição de
José e Wilson Batista, que responde exatamente às
perguntas sobre quem é betomelodia. 

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Eu sou assim
Quem quiser gostar de mim eu sou assim
Eu sou assim
Quem quiser gostar de mim eu sou assim

Meu mundo é hoje
Não existe amanhã pra mim
Eu sou assim
Assim morrerei um dia
Não levarei arrependimentos
Nem o peso da hipocrisia

Tenho pena daqueles que se abaixam até o chão
Enganado a si mesmo por dinheiro ou posição
Nunca tomei parte deste enorme batalhão
Pois sei que além de flores nada mais vai no caixão.

josé batista / wilson batista

fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Cândido Portinari, os Temas Sociais

cangaceiro

Numa fazenda de café perto do pequeno povoado de Brodowski,
interior do estado de São Paulo, no ano de 1903 nasceu Cândido Portinari.
 Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, tem uma infância
pobre. Recebe apenas a instrução primária mas desde criança manifesta
sua vocação artística. Começa a pintar aos 9 anos e do cafezal às
Nações Unidas, ele se torna um dos maiores pintores do seu tempo.

cândido portinari, auto retrato

O tema essencial da obra de Cândido Portinari é o Homem.
Seu aspecto mais conhecido do grande público é a força
de sua temática social. Embora menos conhecido, há também o
Portinari lírico. Essa outra vertente é povoada por elementos
das reminiscências de infância na sua terra natal:
os meninos de Brodowski com suas brincadeiras, suas danças,
seus cantos; o circo; os namorados; os camponeses...
o ser humano em situações de ternura, solidariedade, Paz.

Nesta postagem, uma pequena mostra de seus trabalhos que,
com certeza gostarão de apreciar.

carlos miranda (betomelodia) 


bois e espantalho

futebol

pedra da gávea

mulher do pilão

a primeira missa no brasil

retirantes

praia de ipanema

puxando rede

jangadas


destaco: igrejinha de brodoski
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google