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quarta-feira, 20 de junho de 2007

Minha Cidade Natal - Rio de Janeiro

rio de janeiro, estado do rio de janeiro, brasil


O cartão-postal do Brasil é o Corcovado, com o Cristo Redentor que está concorrendo a uma das novas 7 Maravilhas do Mundo em concurso internacional, abençoando toda a Nação Brasileira. E tem também o Pão de Açúcar, um passeio prazeroso, em que se tem uma bela vista da cidade. Os pontos turísticos são inúmeros e não podemos deixar de citar o Estádio do Maracanã, templo maior do futebol cinco vezes campeão mundial. O Rio foi escolhido, depois de pesquisas realizadas pelas universidades de Michigan e da Califórnia, como a cidade com o povo mais cordial do mundo. Este é o maior segredo da Cidade Maravilhosa, o espírito carioca, que torna todos os espaços urbanos em um mosaico de diferentes atrações. O Rio é das praias, das montanhas, das áreas verdes, dos esportes ao ar livre, dos eventos como o réveillon, o carnaval e tantos outros. O Rio é histórico, é cultural, é diurno e é noturno. Possui muitos sabores. É para todas as idades. O Rio é como um dos seus símbolos, o Cristo Redentor, de braços abertos, para receber bem os visitantes de todo o mundo em que vivemos.

corcovado e o cristo redentor

Estádio do Maracanã.
Símbolo mundial da pátria de chuteiras, guarda a história do esporte que é a cara do Brasil. Entre as maravilhas que o Rio de Janeiro possui, encontra-se um dos mais importantes patrimônios turísticos e culturais do país: o Estádio do Maracanã, o maior do mundo. Na terra do futebol, que faz desse esporte a sua "religião" , ele é considerado por muitos o “Templo dos Deuses” . Foi construído em 1950 para sediar a Copa do Mundo, e projetado para receber 166.369 pessoas. Hoje, após as reformas, comporta um público de 114.145. Seu nome oficial, Estádio Jornalista Mário Filho, é uma homenagem a um dos mais importantes jornalistas brasileiros e fundador do Jornal dos Sports. Em 16 de junho de 1950, o Maracanã foi inaugurado com um jogo entre cariocas e paulistas, com o eterno Didi marcando o primeiro gol de placa da história do estádio.
O complexo esportivo do Maracanã ocupa uma área total construída de 304.284 m² e reúne o Maracanãzinho, onde são realizadas competições esportivas além de espetáculos de entretenimento, o Estádio Célio de Barros e o Parque Aquático Júlio Delamare.

estádio do maracanã

Pão de Açúcar.
A viagem de bondinho nos leva a descortinar paisagens únicas. Idealizado em 1908 pelo engenheiro brasileiro, Augusto Ferreira Ramos e inaugurado no dia 27 de outubro de 1912, o bondinho do Pão de Açúcar fez 90 anos em 2002. Primeiro teleférico instalado no Brasil e terceiro no mundo, é um dos mais importantes ícones do turismo carioca, tornando-se uma das marcas registradas da cidade do Rio de Janeiro. Desde sua inauguração até a data do aniversário, o teleférico transportou 31 milhões de turistas. Nos meses de dezembro, janeiro, fevereiro e julho – de alta temporada – a frequência diária chega a três mil pessoas.

bondinho do pão de açúcar

Bairro da Lapa.
Berço da famosa boemia carioca, a Lapa revela também um dos mais ricos conjuntos arquitetônicos da cidade. Apenas um lugar do Rio de Janeiro pode agregar variadas manifestações musicais e culturais sem ofuscar gêneros e artistas e o local é o Bairro da Lapa, no centro da cidade, onde fica a bonita obra dos Arcos da Lapa. Palco para o lirismo das letras do samba, para os acordes do som do nordeste e para a modernidade da música eletrônica, onde todos convivem em perfeita harmonia nos bares espalhados pelas ruas Men de Sá, Riachuelo e Lavradio. Desde o início da década de 50, a Lapa já era um dos principais pontos de referência da vida noturna da cidade. O local, com seus famosos cabarés e restaurantes, era considerado a “Montmartre Carioca” , frequentada pela fina flor dos artistas, intelectuais, políticos e diplomatas. Daquela época até hoje, a Lapa continua a pulsar. A Prefeitura do Rio já restaurou boa parte do bairro, que manteve quase intacta a arquitetura original dos prédios do início do século, a principal característica do lugar. Visualmente, o local é um banho de história, abrigando os centenários Arcos da Lapa, o Passeio Público, a Escola Nacional de Música e a Igreja de Nossa Senhora da Lapa, que são verdadeiros ícones do Rio Antigo.

os arcos da lapa

Confeitaria Colombo.
Retrato vivo da Belle Époque carioca e marco da valorização da gastronomia na cidade a Confeitaria Colombo guarda, ainda hoje, muito do seu estilo Art Nouveau do início do século. Seus famosos espelhos belgas, suas molduras e vitrines em jacarandá, as bancadas de mármore italiano, os lustres, o piso e o belo mobiliário permanecem intactos, inalterados e do mesmo jeito como foram admirados por renomadas personalidades, que ajudaram não só a escrever a história do nosso país como a fazer da tradicional Confeitaria Colombo uma das grandes atrações do Rio de Janeiro, são admirados até os dias atuais.


interior da confeitaria colombo

Praia de Copacabana.
É muito difícil para quem visita o Rio resistir ao apelo de seus 80 km de praias. E Copacabana, com a belíssima calçada da Avenida Atlântica em pedras portuguesas brancas e pretas formando um lindo mosaico no formato de ondas, é a principal responsável por tamanho fascínio. Na verdade são duas praias: Leme e Copacabana, que ocupam uma extensão de 4,15 km. Frequentada tanto de dia quanto à noite, a praia possui quiosques, ciclovia, bicicletários, postos de salvamento com chuveiros e sanitários, hotéis, bares e restaurantes, além de contar com dois Fortes Militares, um em cada extremidade, com vistas panorâmicas da região e sempre abertos à visitação.

praia de copacabana

Praia de Ipanema.
Talvez ainda mais irresistível do que a musa que inspirou a famosa, a imortal canção "Garota de Ipanema" , que a imortalizou, Ipanema é, sem dúvida, um ponto de encontro famoso do Rio de Janeiro. Sofisticado e com uma intensa vida noturna, o bairro é um feliz encontro de praia, bares e lojas comerciais. Atração permanente durante o dia, a praia também recebe um grande número de frequentadores durante a noite. São pessoas que caminham, praticam esportes, confraternizam-se nos quiosques tomando água de coco, pedalam pela ciclovia, enfim, aproveitam a iluminação especial do lugar para espairecer e relaxar. A verdade é que a alma do carioca mora em Ipanema e o visitante, ao andar pelo calçadão e suas ruas, é imediatamente contagiado por esse espírito.

praia de ipanema

Arpoador.
Localizada entre o Forte de Copacabana e a rua Francisco Otaviano com a Avenida Vieira Souto. O Arpoador é famoso pela pedra que invade o mar separando a Praia de Copacabana, de onde se tem uma das vistas mais bonitas do Rio de Janeiro: De um lado, as praias de Ipanema e do Leblon com o morro Dois Irmãos ao fundo; do outro, as praias do Diabo e Copacabana. Além do visual e da praia, o Arpoador tem também um parque com muito verde onde os artistas brasileiros e internacionais fazem apresentações populares. O parque foi batizado de Garota de Ipanema, em homenagem à famosa música de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, cariocas por excelência.


arpoador

Catedral Metropolitana.
Localizada no coração financeiro da cidade do Rio de Janeiro, faz parte do roteiro cultural. O projeto da catedral é do arquiteto Edgar de Oliveira da Fonseca, cujo projeto em forma de cone, tem 106 metros de diâmetro na base e 96 metros de altura. Sua porta principal é decorada com 48 baixo-relevos de bronze, com o tema da Fé. Dentro, os vitrais em cores vívidas, estendem-se sobre as paredes nos quatro pontos cardeais, permitindo que a luz do sol se projete em cores variadas, dependendo da hora do dia, criando uma atmosfera mística. Os desenhos de cada faixa de vidro são diferenciados pela cor. O interior da Catedral Metropolitana foi projetado pelo Padre Paulo Lachen Maier, que também redesenhou a nova sacristia e a pia batismal. As esculturas adornando o interior da catedral são de Humberto Cozzi. Atrás da sacristia, a Capela do Santíssimo tem dois candelabros de Nicola Zanotto. No subsolo há o Museu de Arte Sacra, com destaque para a fonte usada para batizar os príncipes da Família Real, a estátua de N.S. do Rosário, o trono de D.Pedro II e a Rosa de Ouro concedida à Princesa Isabel pelo Papa Leão XIII celebrando sua assinatura do Ato de Abolição da Escravatura no Brasil.

catedral metropolitana do rio de janeiro

carlos miranda (betomelodia) 

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Juca Chaves, A Cúmplice

juca chaves, o menestrel

Jurandyr Czaczkes. Compositor, Músico e Humorista, carioca da gema,
nasceu em 1938, sendo conhecido por Juca Chaves.
Com formação musical erudita, começou a compor ainda na infância,
Iniciando sua carreira tocando modinhas e trovas num estilo suave,
no final dos anos cinquenta.

Agora um breve resumo sobre este grande Artista.
Irreverente, montou um circo próximo a Lagoa Rodrigo de Freitas
lá pelos anos sessenta e apresentou um show com o nome
de Menestrel Maldito. O curioso nome do circo era formado pelas
iniciais de S de "snob", D de "divino Dener", R de "ralé", U de "uanderful", W
de "water-closet", S de "Sdruws mesmo". Juca Chaves costumava
contar a seguinte história sobre o Sdruws, próximo a uma favela.
 Juca convidara para o circo políticos, empresários e também
pessoal da alta-sociedade carioca. Antes da primeira apresentação
Juca resolveu reunir os líderes da favela para lhes falar com franqueza,
indo direto ao assunto:

"Vim aqui para saber como vai ficar o negócio do roubo!"
Uma mulher baixinha, morena, a líder da favela, foi logo respondendo com firmeza:
"Olha aqui seu Juca, nós entendemos a sua preocupação com a gente,
e lhe agradecemos sinceramente, mas pode o senhor ficar tranquilo,
porque a nossa comunidade já se garantiu pedindo proteção à polícia!".


Nesta, o Juca dançou. Continuando, Na década de 1980, lançou sua
gravadora independente, a Sdruws Records. Um de seus bordões mais
conhecidos é: "Vá ao meu show e ajude o Juquinha a comprar o seu caviar",
seguido de sua risada característica. Em 2003 outro de seus sucessos
nos anos 70, a canção Take me Back to Piauí, foi editado na
coletânea "Brazilian Beats Volume 4" da gravadora britânica
Mr. Bongo, especializada em música popular brasileira.

Finalizando, a página de hoje traz um vídeo com a primeira
Música que interpretei profissionalmente, A Cúmplice,
de autoria do "Menestrel do Brasil", Juca Chaves, 
na Boate Pinguim, em Teresópolis, Estado do
Rio de Janeiro. 

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Eu quero uma mulher que seja diferente
De todas que eu já tive todas tão iguais
Que seja minha amiga amante e confidente
A cúmplice de tudo que eu fizer a mais

No corpo tenha o sol no coração a lua
A pele cor de sonho as formas de maçãs
A fina transparência uma elegância nua
O mágico fascínio o cheiro das manhãs

Eu quero uma mulher de coloridos modos
Que morda os lábios sempre que for me abraçar
No seu falar provoque o silenciar de todos
E seu silêncio obrigue a me fazer sonhar

Que saiba receber e saiba ser bem-vinda
Que possa dar jeitinho a tudo que fizer
E que ao sorrir provoque uma covinha linda
De dia uma menina à noite uma mulher

juca chaves

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 29 de maio de 2007

Leonardo da Vinci, a Genialidade na Arte


" De tempos em tempos, o Céu nos envia alguém
que não é apenas humano, mas também divino, de modo que,
através de seu espírito e da superioridade de sua inteligência,
possamos atingir o Céu " .
visari século XVI

leonardo da vinci

Leonardo da Vinci nasceu em 15/04/1452. Existem dúvidas sobre o lugar de seu nascimento: para alguns historiadores, seu berço foi uma casa de Anchiano, uma localidade de Vinci, enquanto para outros, foi o próprio lugar de Vinci, situado na margem direita do rio Arno, perto dos montes Albanos, entre Florença e Pisa. Foi um dos mais notáveis pintores do Renascimento e possivelmente seu maior gênio, por ser também anatomista, engenheiro, matemático músico, naturalista, arquiteto e escultor. Suas ideias científicas quase sempre ficaram escondidas em cadernos de anotações, e foi como Artista que obteve reconhecimento de seus contemporâneos.

carlos miranda (betomelodia) 


Alguns principais trabalhos de Da Vinci:

mona lisa

leda e o cisne

desenho de uma cabeça de mulher

desenho de uma cabeça de mulher ll

retrato de um músico

a última ceia
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos mirando (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google


segunda-feira, 30 de abril de 2007

Oswaldo Montenegro, Lua e Flor



No bairro Grajaú, cidade de Rio de Janeiro, nasceu
Oswaldo Viveiros Montenegro. Mas embora carioca, foi em Minas Gerais que
ele sentiu-se atraído pela Música pois foi lá que espírito seresteiro
mineiro influenciou toda a vida de Oswaldo.

Aos sete anos, mudou-se para São João Del Rey onde viveu por boa parte
de sua infância. Foi lá que,  à noite, pulava a janela de sua casa
para ir ouvir seu pai em uma roda de amigos, entoando serestas noturnas.
Foi assim que com essa música tão viva e presente em seu dia a dia,
aos oito anos começou a estudar violão. Ensinado por
um dos seresteiros,  compôs sua primeira canção, que tem o
nome do rio que corta a cidade, Lenheiro, e que foi
o ponto de partida para uma carreira de muito sucesso.

Assistam à interpretação de Oswaldo em sua composição
Lua e Flor, acompanhado por músicos excelentes, com um toque
mágico dado por uma instrumentista na flauta transversal.
Sei que vão apreciar.

carlos miranda (betomelodia) 

Eu amava como amava um cantor
De qualquer clichê de cabaré de lua e flor
Eu sonhava como a feia na vitrine
Como carta que se assina em vão

Eu amava como amava um sonhador
Sem saber porque e amava ter no coração
A certeza ventilada de poesia
De que o dia não amanhece não

Eu amava como amava um pescador
Que se encanta mais com a rede que com o mar
Eu amava como jamais poderia
Se soubesse como te encontrar


oswaldo montenegro


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google


domingo, 29 de abril de 2007

Meus Escritos - Julgamento - Autor Não identificado



O motivo que levou-me a adaptar e publicar esse conto em meu blog, foram cenas do cotidiano que me fazem pensar sobre a natureza humana. Achei um folheto com um conto em minha caixa de correspondência. Li, e após a leitura decidi fazer esta adaptação, pois era de conotação religiosa, o que suprimi. Mas algo está mudando. Gratificante é saber que apesar de nossas fraquezas e falta de civilidade, de humanidade, estamos abrindo nossos olhos para aqueles que nos cercam vivendo em condições precárias, desumanas, incompatíveis com nosso atual estágio de evolução moral. Soluções existem e embora ocultas pelo egoísmo e ganância, vão pouco a pouco saindo de sob a manita da ignorância e da comodidade. Pequenos mas importantes passos estão sendo timidamente dados, para uma longa estrada a ser trilhada por todos nós, a estrada do Amor ao Próximo.

carlos miranda (betomelodia) 

Passavam por mim como se eu não existisse.
Você passou olhando-me com simpatia, talvez buscando o
motivo que me fez vagar pelas ruas,
mas acelerou o passo e desviou o olhar ao notar
que eu ia lhe dirigir a palavra. Desisti de fazê-lo e comecei a
passear pelos seus pensamentos. Será que
você achou que parei de trabalhar, passando
então, por preguiça, sei lá, a mendigar?
Não, não desisti e ainda hoje me cansei muito
procurando trabalho de porta em porta.

A maioria dos que me atenderam, disseram que
ultrapassei a idade de produzir, de trabalhar para
conseguir com dignidade o meu sustento.
Condenaram-me à inutilidade.
Outras, ao me verem mal vestido, ignorando que minhas
melhores roupas vendi para tratar minha mulher doente,
mandavam-me embora com pressa sem sequer ouvir-me ...
Chamaram-me vagabundo...

Fiquei envergonhado ao perceber que você viu o policial
me dirigir as mais duras ofensas e ameaças,
expulsando-me da frente da vitrine como se bandido
eu fosse. Não tive a intenção de roubar. Olhava
os alimentos ali expostos pensando em meus
filhos abraçando-me com fome, quando volto para casa ...
Senti-me incapaz...

Não pude reparar se você viu , ouviu, os gracejos e insultos
que recebi ao me apoiar no poste próximo,
tremendo e chorando humilhado. Todos se afastavam
de mim com nojo, com desprezo e não tive
força nem coragem para falar que não comia há três dias...
Taxaram-me bêbado...

Não senti julgamento em seu olhar. Foi apenas um olhar.
Então eu peço à você apenas o som de sua voz,
sua compreensão. Que você me ajude a reencontrar
minha autoestima, para que assim eu possa honrar com
alegria o dom de viver. Fale comigo sem piedade, sem asco,
para que eu possa sentir que sou seu irmão e
que apesar de todo meu sofrimento, de toda minha
dor, sou ainda um ser humano...

autor não identificado


fontes
imagem: arquivo pessoal - prefácio: carlos miranda (betomelodia)
texto: adaptado por carlos miranda (betomelodia), de "mensagem de um homem triste"
base das pesquisas: arquivo pessoal, meus escritos


sábado, 31 de março de 2007

Caetano Veloso, Sozinho


Em São Paulo, no dia 17 de fevereiro do ano de 1953,
nasceu Aroldo Alves Sobrinho, conhecido como Peninha.
Cantor e compositor de grandes sucessos de nossa
Música Popular Brasileira, teve uma de suas composições, 
Sonhos, gravada por Caetano Veloso e lançada em 1977,
incluída na trilha sonora de uma novela em uma rede de televisão,
com milhares de cópias vendidas.


Peninha gravou o primeiro compacto em 1972, e várias Músicas
compostas por ele já foram gravadas por muitos intérpretes
tais como Caetano Veloso, Daniel, Alexandre Pires
e   Paulinho Moska, entre outros.

Mas, através de Caetano, incluída no disco Prenda Minha,
Peninha conseguiu um sucesso maior ainda, com Sozinho, tema
de uma telenovela que vendeu mais de um milhão de cópias em 1999.

Esta postagem traz, na interpretação de Caetano Veloso,
a composição deste grande Músico, 'Sozinho'.

carlos miranda (betomelodia) 

Às vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado
Juntando o antes o agora e o depois

Por que você me deixa tão solto
Por que você não cola em mim
To me sentindo muito sozinho

Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho meus desejos e planos secretos
Só abro pra você mais ninguém

Por que você me esquece e some
E se eu me interessar por alguém
E se ela de repente me ganha

Quando a gente gosta á claro que a gente cuida
Fala que me ama só que é da boca pra fora
Ou você me engana ou não está madura
Onde está você agora

peninha

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivoi pessoal / google

quarta-feira, 21 de março de 2007

Aleijadinho, Um Mestre da Arte Brasileira Colonial

anjo com cálice

" É já um homem com alguma importância:
tem a sua oficina, os seus operários e os seus escravos.
Entre estes Isabel, de origem africana, que terá
um filho do seu senhor. O dia em que ele nasce é incerto,
o do batismo também o é, ou não seja a criança
um bastardo, um mulato. No entanto o pai dá-lhe o seu nome:
Antônio Francisco Lisboa. " 


Aleijadinho.
Antônio Francisco Lisboa, seu nome de batismo,
nasceu em Vila Rica, Minas Gerais, em 29 de agosto de 1730,
onde veio a falecer em 18 de novembro de 1814.
Foi escultor, entalhador, desenhista e arquiteto. É considerado
o maior expoente do estilo barroco nas Minas Gerais
e das Artes Plásticas no Brasil, não só à época,
mas durante todo o período colonial.

os profetas, santuário de bom jesus de matosinhos

Embora não haja registros oficiais, acredita-se que
tenha nascido em Vila Rica, hoje Ouro Preto, em Minas Gerais,
tendo sido filho do mestre-de-obras português,
Manuel Francisco da Costa Lisboa com
uma escrava africana, Izabel.

A sua obra compreende desde imagens em
madeira e pedra sabão, matéria-prima tipicamente brasileira,
até igrejas. Suas obras são as mais representativas
do Brasil colonial, com características do
rococó e dos estilos clássico e gótico.

escultura em pedra sabão


Traído pela mulher, e sem filhos, Aleijadinho se entrega à Arte.
Nas idas e vinda a várias cidades, acabou conhecendo
um grande artista carioca conhecido como Mestre Valentim
e acabaram se tornando grandes amigos.

Certa vez, Mestre Valentim convidou Aleijadinho para
ir ao Rio de Janeiro trocar ideias sobre algumas igrejas
vistas na Europa. Aceitando o convite
de bom grado e foi ao encontro de seu amigo.

Chegando ao Rio de Janeiro, foi fazer alguns
esboços do Mosteiro de São Bento e nesta rápida visita,
teve um caso com uma mulher, Narcisa Rodrigues da Conceição,
que marcou profundamente sua vida.

a última ceia

Voltando para Vila Rica, algum tempo depois
Aleijadinho recebe uma carta da justiça,
a qual o intimava a assumir a paternidade
do filho que ele teve no Rio de Janeiro
com Narcisa da Conceição.
Assim ele assume e o filho foi então chamado de
Manoel Francisco Lisboa.

Mais tarde o filho vai morar com seu pai em Vila Rica e lá,
começa a namorar então uma parteira chamada
Joana Francisca de Araújo Correia, mulher parda, filha de
Ana Lopes e de pai desconhecido. Manoel Francisco,
casa-se e em 1803 dá um neto para Aleijadinho.
Ao que consta, o filho de Aleijadinho seguiu sua vocação,
tornando-se também escultor. Casou-se com
Joana de Araújo Corrêa, e teve um filho que recebeu o nome de
Francisco de Paula.

interior da igreja do Carmo

Com aproximadamente quarenta anos, começou
a desenvolver uma doença degenerativa dos membros,
não se sabe ao certo se porfiria, lepra, escorbuto,
reumatismo deformante ou sífilis, que lhe comprometeu
gradativamente os movimentos das mãos e
para poder trabalhar, um ajudante amarrava-lhe as ferramentas
aos membros.

Dessa anomalia em seu corpo causada
pela doença veio seu apelido, Aleijadinho. Já bem velho,
piora de saúde e de 1812 à 1814, quem cuida de dele é sua nora,
Joana, que o considerava como o pai que não teve.
Com aproximadamente oitenta e quatro anos,
Aleijadinho veio a falecer em 18 de Novembro de 1814,

Morreu pobre, mas até hoje suas obras
permanecem para mostrar a vida das pessoas de Minas Gerais
na época do Brasil Colonial.
Tem todas as características de ter sido iniciado na Maçonaria,
pois a simbologia magistral, nos pórticos das Igrejas
e nos altares mostra, para os que a essa Ordem pertencem,
que estão diante da obra de um maçom de alto grau.

carlos miranda (betomelodia) 

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google