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terça-feira, 5 de julho de 2016

Agathe Iracema, Bala com Bala



Agathe Iracema Franco

Sua origem é brasileira. Nascida e criada em Paris, desde a mais tenta infância ela respira Música, pois
acordava com a voz de Caetano Veloso e ia dormir ao som do trompete de Milles Davis. Querem
melhor formação musical que essa? Continuando, tendo passado sua infância cantando e
dançando, aos quatorze anos ficou encantada ao participar uma " masterclass" com
a cantora norte americana Sheila Jordan, e disse: " Isto é o que eu quero fazer
da minha vida:. eu quero cantar!
".  Para a felicidade dos franceses, e
dos  brasileiros,  que  orgulham-se  por  seu  amor  à  Música.

E, ela seguiu o caminho que seu coração ditava.  Participava
sempre que podia  durante as  noites de verão,  às margens  do Sena
em "jam sessions", festas ou entre amigos mas, sem abandonar os estudos.
Mais tarde, iniciou suas apresentações em  Paris,  nos clubes de Jazz conseguindo
um grande número de leais seguidores.  Seu talento fez com que o sucesso viesse rápido.
Ao conhecer o baixista Juan Sebastian Jimenez, formaram o "Agathe Jazz Quartet" com arranjos
modernos que,  segundo a crítica,  inovou o panorama do jazz francês, tal como um lufada de ar fresco.

Mas a publicação de hoje é sobre a iniciativa de Agathe, que por seu amor à Música de seus ancestrais
brasileiros e ao pai,  Rubens Santana, baixista, criou com seus músicos a "Brazilian Music Band",
com a finalidade de divulgar a  Música,  os ritmos brasileiros como a Bossa Nova, o Samba
e o Samba Rock, divulgando a Cultura Musical do Brasil, enaltecendo seus autores
e suas obras, com seu imenso talento e carisma em viagens ao cerne de sua
origem, nossa amada Pátria, O vídeo por mim escolhido para ilustrar a
postagem, traz Agathe com a Brazilian Music Band, cantando a
composição de João Bosco e Aldir Blanc, Bala com Bala,
em um "suingue" todo especial.  Orgulho? Muito!

carlos miranda (betomelodia) 


A sala cala e o jornal prepara quem está na sala com pipoca e bala
E o urubu sai voando manso
O tempo corre o sovaco escorre vem alguém de porre é um corre-corre
E o mocinho chegando dando

Eu esqueço sempre nessa hora linda loura
Minha velha fuga em todo impasse
Eu esqueço sempre nessa hora linda loura
Quanto me custa dar a outra face

O tapa estala no balacobaco é bala com bala é fala com fala
E o galã se espalhando dando
No rala-rala quando acaba a bala é faca com faca é rapa com rapa
E eu me realizando bambo

Quando a luz acende é uma tristeza trapo presa
Minha coragem muda em cansaço
Toda fita em série que se preza dizem reza
Acaba sempre no melhor pedaço

joão bosco / aldir blanc


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 2 de julho de 2016

Eraldo Lima, a Incógnita de Sua Maravilhosa Arte


Eraldo Lima e Sua Obra

Foi no bairro Santa Cruz, na cidade de Estância, Estado de Sergipe, Brasil, que nasceu em 15 de junho
do ano de 1950.  Em sua infância, por demonstrar grande interesse por desenho, teve o apoio de
seu pai, e sua primeira fonte de pesquisas foi um álbum de figurinhas acerca dos astros de
Hollywood.  Seus desenhos à lápis sobre os mesmos terminaram por serem expostos
em sua primeira mostra no Instituto Histórico Geográfico de Sergipe. Nesta sua
primeira exposição,  usou como base para seus trabalhos, vários tipos de
materiais,  atraindo atenção dos visitantes por suas cores intensas.


eraldo lima

Após o sucesso de sua primeira exposição, adotou como base para
seus trabalhos o  "eucatex".   Aos quinze anos foi à São Paulo e visitou a
Bienal Internacional de Artes,  observando estilos e temas utilizados por outros
Artistas e sua aceitação pelos visitantes.  Eraldo em sua bela obra revela sua ligação
com a natureza, a espiritualidade, o tempo e o espaço em meio às suas incansáveis buscas
sobre as realidades e as incógnitas, do simples ato de ver a vida em relação à tudo que nos rodeia.
Quanto ao estilo adotado noto o expressionismo, e em alguns trabalhos, o surrealismo é predominante.

carlos miranda (betomelodia) 














meu destaque
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: *carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( telas sem títulos disponíveis - dimensões das telas adaptados à diagramação )

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Nerival Rodrigues da Silva e Sua Bela Obra na Arte Naif

engenho


" Príncipe das cores e pinceis, entre flores e espinhos colheu e brincou a pintura."
(autor não mencionado)

Nerival Rodrigues da Silva

Foi no agreste pernambucano, na Serra de Mundaú onde fica a cidade de Garanhuns, que em 1951 veio
ao mundo o filho de uma família simples que recebeu o nome de Nerival Rodrigues da Silva. Ali ia
com sua mãe às colheitas de café, algodão e outras mais, o que passou a também fazer após
ter crescido. Mas nos intervalos das colheitas, além das brincadeiras com os amigos, já
com forte pendor às  Artes,  com pedaços de carvão desenhava no chão e paredes.
Ao mudar-se com sua família para a cidade de Marília, no Estado de São Paulo,
onde aos oito anos iniciou os estudos, tendo recebido dos professores o
prêmio por ter sido o melhor aluno do curso primário,  composto por
estojo com lápis de cores, um com aquarelas, um bloco para os
seus desenhos e muitos incentivos dos mesmos.  Com os
presentes,   pintou e ganhou seu primeiro concurso
de pintura, tendo como prêmio as tintas à óleo.
Pintava em cartolina, vendia, empregava
seus  ganhos em mais e mais tintas.

nerival rodrigues da silva

Sua Obra

E foi assim agindo que nasceu a vontade de realizar o sonho de ser um artista. À princípio, pintava no
estilo Impressionista e expunha suas telas na  Praça da República, na cidade de São Paulo, até o
ano de 1979. Três anos depois adotou o Surrealismo e voltou à cidade natal para a primeira
exposição individual de seus trabalhos,  e em  Garanhuns  ficou por mais de um ano.
Foi lá que outros artistas o influenciaram a deixar o  Surrealismo,  usar o Cubismo.
Essa fase foi curta e no ano de 1986, expondo em Embu das Artes, que  seu
trabalho foi analisado e esclarecido a Nerival que. o estilo apropriado
à ele era o primitivismo,  identificado com a obra do  pintor Henri
Rousseau, o primeiro Primitivista Naif da história da Arte no
âmbito Internacional. Finalmente, adotou o estilo que é
até hoje o  Primitivismo Naif.  Para nosso deleite.

carlos miranda (betomelodia) 



série folclore

série musical

série nordeste
série fauna brasileira

série plantações
sem título disponível
série plantações

série fauna brasileira

série nordeste
série musical

folclore


destaco: homenagem a tetê spíndola
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

domingo, 26 de junho de 2016

Monique Kessous, Viola Enluarada



Marcos Valle

Já esteve presente com suas composições em várias publicações aqui no blog. Sobre sua Música que
reconhecida internacionalmente é, já muito escrevi sobre mas, sempre há o que escrever acerca
desse compositor que possui características variadas e peculiares. Literal e musicalmente
passeia por diversos estilos e temas em suas composições navegando por soul, jazz,
funk,  bossa nova,  samba e muitos outros mais,  chegando ao que hoje eu ouso
afirmar que Marcos usa uma fusão de todos os ritmos. Vejam se não tenho
razão pois não é fácil crer que é o autor de "Samba de Verão" assim
como da que hoje aqui é destaque, "Viola Enluarada", clássico
sucesso, e até de “Black is Beautiful”, um belo hino soul.

A provável explicação para a grande mistura de ritmos e temas
deve-se à suas origens: filho de pais paraenses, tios cearenses, avó índia
amazonense e avô alemão, Marcos segue pela vida transportando sua mistura étnica
para suas belas composições. Aos 22 anos, em parceria com seu irmão Paulo Sérgio Valle, lançou
o clássico da Bossa Nova,  "Preciso Aprender a Ser Só".  Um belo legado, riquíssimo.


Monique Kessous

Também já foi destaque em publicações aqui no blog.  Acerca dela creio já ter escrito sobre seu grande
talento e carisma, tanto que foi por mim foi escolhida para ilustrar a publicação hoje interpretando
a composição "Viola Enluarada" em um belo arranjo,  vídeo que nas cenas finais traz o autor
Marcos Valle,  claramente emocionado com a voz e performance de Monique Kessous.

carlos miranda (betomelodia) 


Amão que toca um violão se for preciso faz a guerra
Mata o mundo fere a terra
A voz que canta uma canção se for preciso canta um hino
Louva a morte

Viola em noite enluarada no sertão é como espada
Esperança de vingança
O mesmo pé que dança um Samba se preciso vai à luta
Capoeira

Quem tem de noite a companheira sabe que a paz é passageira
Pra defendê-la se levanta e grita eu vou

Mão violão canção espada e viola enluarada
Pelo campo e cidade
Porta-bandeira capoeira desfilando vão cantando
Liberdade


marcos valle


fontes
imagens: google - vídeo: youtube - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: google

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Joyce Cândido, Saudosa Maloca



Pra “escrevê” uma boa letra de samba a gente tem que “sê” em primeiro “lugá” “anarfabeto”.
adoniran barbosa



João Rubinato, ou como é conhecido no meio artístico, Adoniran Barbosa, nasceu em Valinhos, cidade
no interior do Estado de São Paulo, em 06 de Julho de 1912, e morreu em São Paulo, a Capital do
Estado homônimo, em 23 de Novembro de 1982. Filho de imigrantes italianos, ele começou a
trabalhar aos dez anos com o pai,  largando os estudos para poder ajudar a família.  Foi
em  1924  que os pais mudaram para Santo André,  município da Grande São Paulo.
Compunha desde muito jovem e em suas composições, retratava o cotidiano
do povo paulistano e também o dele, que bastante afetados foram pelas
mudanças  ocasionadas  pelo  progresso  industrial  de  São Paulo.

"Saudosa Maloca",  "Samba do Arnesto"  e  "Tiro ao Álvaro",  sua última composição, que gravada por
por Elis Regina tornou-se um clássico do Samba  e parte do Patrimônio Artístico Nacional, assim
como “Trem das Onze“, que foi eleita a música que melhor representa São Paulo, pelo povo
paulistano é considerada a Música do Século. Adoniran Barbosa usa erros intencionais
na ortografia, para revelar a maneira de falar dos moradores de origem italiana em
bairros como Brás, Barra Funda e Bexiga. Escolhi "Saudosa Maloca", o tema
da publicação que lançada em 1951,  é considerada porta de entrada de
Adoniran  Barbosa  no  hall da fama  dos compositores  brasileiros.

Ao morrer deixou cerca de 90 composições inéditas,  não sem antes ter
revelado a inspiração para compor "Saudosa Maloca". Segundo ele, saindo de seu
lar com Peteleco, seu cão de estimação, encontrou seu amigo Mato Grosso apavorado por
que o prédio em que morava seria demolido.  Então,  comovido com as dores do amigo,  ele a compôs.

Joyce Cândido

O vídeo por mim escolhido para ilustrar a publicação, com Joyce Cândido interpretando em português
"irrepreensível", é destaque de hoje na Música Brasileira, com ótima performance, arranjo
ótimo. Ela já esteve presente aqui no blog, em 2014, como sambista que é, em uma
sensacional  performance  em  "Cê Pó Pará",  com  Carlinhos de Jesus.

carlos miranda (betomelodia) 


Si o senhor não tá lembrado dá licença di contá
Ali onde agora está essi adifício arto
Era uma casa véia um palacete assobradadu
Foi ali seu moço qui eu Mato Grosso e o Joca
Construímu nossa maloca
Mais um dia nóis nem pode si alembrar
Veiu os homi coas ferramenta que o dono mandô dirrubá

Peguemo todas nossas coisa e fumos pru meio da rua apreciá a demolição
Qui tristeza que nóis sentia cada táuba que caía duía nu coração
Mato Grosso quis gritá mais em cima eu falei
Os homi tão coá razão nóis arranja outru lugar
Só si conformemu quando u Joca falou Deus dá u friu conforme u cobertô
E hoje nóis pega páia nas grama du jardim
E prá esquecê nóis cantemu assim

Saudosa maloca maloca querida
Dim dim donde nóis passemu dias feliz di nossa vida


adoniram barbosa


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( letra adaptada ao cantar da intérprete )

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Junho, Aniversário de Onze Anos do Blog

carlos miranda (betomelodia)




betomelodia - música e arte brasileira

Tudo começou no ano de 2005, no mês de junho. A finalidade era divulgar os locais de minhas apresentações nas casas noturnas nas quais eu cantava, e também uma cobertura fotográfica das mesmas. O título do blog continha meu nome artístico como"Beto Melodia" e em abril de 2006, resolvi alterar para a atual grafia, o que por minha falta de experiência resultou na perda do blog. Mas dois meses depois, criei o atual que até hoje permanece "on-line" revelando ao mundo a Música e a Arte Brasileira.

Em certas ocasiões pensei em desistir de manter o blog, pois muitos contratempos ocorreram, tais como perda de vídeos por "direitos autorais", de imagens, por mais uma vez errar ao deletar arquivos em duplicata, e finalmente o mais recente fato, a perda de meu PC por descarga de alta voltagem do "nobreack", o que deixou-me por um longo período "off-line". Eu não tinha condições de comprar outro equipamento.

Mas vejam que nesta data estou comemorando mais este aniversário, pois existem pessoas com bom coração, dispostas a ajudar quem necessita. E de tão solícitas possibilitaram a minha volta à Web. Foram elas, Gelda Alvarenga, de Franca, São Paulo, seu apoio e palavras de incentivo;  Ricardo Ardente, Artista Plástico, de Sorocaba, São Paulo, à quem sou muito grato por sua ajuda, apoio, e também incentivo para que lutasse  e permanecesse na Web; Luis Ribeiro, de Porto Alegre, Capital do Estado em que eu escolhi para residir, que presenteou-me com um notebook; Otacílio Alves de Almeida, também de Porto Alegre, o qual com a sua gentileza habitual, também presenteou-me com um PC completo.  Assim, com muito carinho e gratidão agradeço à todos, sem esquecer os amigos da rua em que moro,  Régis Campão e Jaíra Terezinha,  por terem colocado seus notebooks à minha disposição.   À todos eles, e aos milhões de visualizadores do Blog em várias redes, dedico a comemoração  desses onze anos na Web.

Beijos agradecidos no coração de todos...

carlos miranda (betomelodia) 



fontes
imagem: arquivo pessoal - texto:carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal