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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Oswaldo Montenegro, A Porta da Alegria



Trago de volta um poeta, compositor, cantor e instrumentista sem similar em nosso universo
musical, Oswaldo Montenegro. "Carioca da Gema", nasceu no bairro Grajaú em março de
1956, e tem uma constante parceria com a instrumentista Madalena Salles,sempre
o acompanhando com suas flautas. Também é autor de diversas trilhas sonoras
para televisão, cinema, balé e para vários espetáculos teatrais. Completo.

É excepcional e precoce seu talento, pois embora não tenha estudado Música, por ela sofreu
forte influência desde a mais tenra idade, pois sua mãe e seus avós tocavam piano e seu
pai, violão e cantava. Ao mudar-se para a cidade mineira de São João Del Rei aos oito
anos de idade, foi atraído pela Música Barroca das igrejas e teve aulas de violão
com um dos muitos seresteiros da cidade. Foi nessa época que compôs sua
primeira canção, Lenheiro, nome do rio que banha a cidade e aos treze
anos, foi o vencedor de um festival no Rio de Janeiro, quando lá ele
voltou a morar. Creio que assim nasceu  sua carreira musical.


oswaldo montenegro


Aos quinze anos, 1971, mudou-se para Brasília e lá decidiu tornar-se Músico profissional,
e lá realizou seus primeiros shows. Aos dezessete anos, 1973, decidiu que viveria da
Música definitivamente, para sorte de todos nós, brasileiros amantes da Música.
Em minha modesta opinião, a família de músicos, as igrejas mineiras e seus
cantos barrocos, a poesia das serestas de São João Del Rei, foram sim
os motivos da formação poético musical, desse talentoso nome da
nossa Música Popular Brasileira. O Brasil, a Música, agradecem.

carlos miranda (betomelodia) 




Cada vez que eu subo ao palco pra cantar eu me lembro de você
Será que ainda quero falar ainda há coisas pra contar ou pra dizer
O vento corta a pele mas o coração por dentro resistiu 
O sol lá fora é novo mas você não viu 

Cada vez que alguém me olha com atenção dá vontade de gritar 
Que o tempo tá na contramão e é preciso de algum jeito se apressar 
A vida exige sonhos e o amor é só um jeito de sonhar
E não há mais segredo se a gente falar 

Mas eu sei que fiz as coisas do meu jeito não há o que consertar
Cada um tem sua historia só quem viveu é que pode contar 
E o passado é diferente na memoria e o certo é o que virá 
Abre a porta da alegria e deixa entrar abre a porta da alegria e deixa entrar 

Hoje eu sei só quem tirou a fantasia aproveita o carnaval 
Apaga o que havia e comemora o que há de novo no quintal 
O amor troca de rosto mas mudar não quer dizer que é o final 
Se lembra toda a nostalgia pode ser fatal 

E descansa que a vida dá um jeito que for para ajeitar 
E o que não foi possível é possível que ainda esteja lá 
De repente em qualquer rua sem aviso a gente vai se achar 
Abre a porta da alegria e deixa entrar abre a porta da alegria e deixa entrar

E hoje eu sei que fiz as coisas do meu jeito não há o que consertar 
Abre a porta da alegria e deixa entrar abre a porta da alegria e deixa entrar 

oswaldo montenegro / mongol 



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Gilberto Gil e Filhos: Babá Alapalá - o Mito de Xangô


É sempre emocionante para mim ver membros de uma família juntos, em perfeita harmonia nos palcos.
É o caso do vídeo que ilustra e publicação de hoje, com Gilberto Gil e seus dois filhos, José e Ben,
um perfeito trio de cordas. E o interessante é o tema da canção que eles nos brindam, a lenda
extraída de um mito da religião africana, que em nosso Brasil também é idolatrado, sendo
tido como o Senhor dos vulcões, dos raios, trovões, fogo e das tempestades. Mas ele
representa também o Sol pois é um Egum, um espírito evoluído, um ser de Luz.

Seu nome é Xangô Aganju, um Orixá Yorubá que foi o quarto rei lendário de Oyo, Nigéria, tornado
Orixá de caráter violento e vingativo, manifestando-se como o sol  e os trovões. De Oranian
é filho e teve várias esposas, sendo as mais conhecidas: Oyá, Oxum e Obá. Xangô, viril
e justiceiro castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Sua ferramenta é
o Oxê, um machado de dois gumes, símbolo de seu poder como Orixá. É tido
como a representação máxima do poder de Olorun, palavra de origem
Yorubá que significa Divino Criador ou Deus, o princípio de tudo.


gilberto gil e os filhos josé e ben

Lembro que, nos links apresentados em "links para suas preferências no blog", ao final
da postagem, é possível saber mais sobre este ou outros Artistas assim como sobre
Músicas ou ritmos de sua preferência, sempre com total segurança aqui no blog.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Aganju Xangô Alapalá Alapalá Alapalá Xangô Aganju

O filho perguntou pro pai onde é que tá o meu avô o meu avô onde é que tá
O pai perguntou pro avô onde é que tá meu bisavô meu bisavô onde é que tá
Avô perguntou ô bisavô onde é que tá tataravô tataravô onde é que tá
Tataravô bisavô avô Pai Xangô Aganju viva Egum Babá Alapalá

Aganju Xangô Alapalá Alapalá Alapalá Xangô Aganju

Alapalá Egum espírito elevado ao céu machado alado asas do Anjo Aganju
Alapalá Egum espírito elevado ao céu machado astral ancestral do metal
Do ferro natural do corpo preservado embalsamado em bálsamo sagrado
Corpo eterno e nobre de um Rei Nagô Xangô

gilberto gil


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Jorge Ben Jor, Mas Que Nada

samba carioca, pintura do artista plástico alexander pacheco

A canção que trago nessa publicação foi gravada em 1963, sendo o primeiro sucesso
de uma série de um dos maiores divulgadores do ritmo Samba, mas sempre em
um estilo próprio, inovador, contagiante por seu toque inconfundível ao
violão. O título? "Mas Que Nada". E seu autor? É Jorge Ben Jor.

Creio que suas composições, não podem ser rotuladas como Samba tradicional e
tampouco em qualquer outro estilo, por seu diferente balanço aplicado aos
arranjos. Levou algum tempo para ser aceito no meio musical porque
acho dever-se a não ter sido Jorge a gravá-la inicialmente e sim
o Tamba Trio, pois... ficou faltando nela o balanço do autor.

jorge ben jor

E esse balanço que caracteriza suas composição e interpretações, é o resultado da mistura
genial de elentos de vários estilos musicais, como a Bossa Nova, Samba (ou como Jorge
gosta de dizer, Samba Rock), Jazz, Maracatu e, também do próprio Rock'nroll. Mas
creio que o que mais marca sua obra é seu toque de violão, e também a forte
influência da Música africana e árabe, herdada de sua mãe nascida na
Etiópia. Essa mistura toda, à princípio em nada agradou â maioria
dos puristas de nossa elite musical, que a acharam moderna
demais, com arranjos de difícil execução para a época.
Assim,  segundo a crítica, foi criado o Sambalanço.

Lembro que, nos links apresentados em "
links para suas preferências no blog", ao final
da postagem, é possível saber mais sobre este ou outros Artistas assim como sobre
Músicas ou ritmos de sua preferência, sempre com total segurança aqui no blog.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Ô ô ô ô ô ariáraiô obá obá obá
Ô ô ô ô ô ariáraiô obá obá obá

Mas que nada sai da minha frente qu'eu quero passar
Pois o Samba está animado o que eu quero é sambar

Esse Samba que é misto de maracatu e universal
Samba de preto velho salve simpatia Samba de preto tú

Mas que nada um Samba como este tão legal
Você não vai querer que eu chegue no final

Ô ô ô ô ô ariáraiô obá obá obá
Ô ô ô ô ô ariáraiô obá obá obá

" Ô Mas Que Nada minha Música encantada minha Música adorada ôuôu
Ô Mas Que Nada minha Música encantada minha Música adorada ô Mas Que Nada
Ô Mas Que Nada essa dança é gostosa essa dança é danada
Essa dança é gostosa essa dança é danada "

jorge ben jor


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Lydia Ardente e o Impressionismo

série paisagens

Sobre as Artes Plásticas Brasileiras, o destaque de hoje é para uma Artista que, além de
formada em Pedagogia (sei que vão classificar-me como "bairrista" mas), nasceu em
minha cidade natal, Rio de Janeiro. Seu nome, Lydia Ardente de Almeida.

Iniciou seus trabalhos em óleo sobre tela no ano de 1983 e três anos depois, já estava
participando em Salões de Pintura e Exposições, nos quais foi condecorada com
várias medalhas de prata, ouro e outros prêmios e troféus, além de viagens
ao Exterior. Em sua obra, assinando Lydia Ardente, as suas telas estão
em vários acervos particulares no Brasil e no Exterior, pois suas
pinceladas em um belo estilo impressionista, beirando por
vezes o expressionismo, cativa os observadores
em suas mostras individuais ou coletivas. 

lydia ardente

Como sempre ressalto, ao final da postagem na série de links apresentados,
"links para suas preferências no blog", é possível saber mais sobre esta
ou outros Artistas Plásticos, assim como sobre demais estilos de sua
preferência aqui mesmo no blog, sempre com total segurança.

carlos miranda (betomelodia) 



série paisagens

série marinhas
série paisagens

série marinhas
série paisagens

série paisagens

casario em paraty, rio de janeiro

série marinhas
série paisagens

série marinhas
série paisagens



destaco: série paisagens
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 1 de agosto de 2015

Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto: La Belle du Jour e Girassol


A postagem de hoje traz de volta um dos grandes nomes da Música Regional Nordestina, um
pernambucano que tem como nome artístico Alceu Valença. E ele não está só, pois tem
o acompanhamento da Orquestra Ouro Preto, assim como na postagem de sete de dezembro
de 2014, na qual foi apresentada a composição também autoria de Alceu, Cavalo de Pau.

Escolhi para essa publicação duas composições, La Belle du Jour e Girassol, ambas de sua
autoria e sobre La belle du Jour, tem uma história interessante que o inspirou a compor,
segundo suas próprias palavras em uma entrevista. A história resumida é essa:

alceu valença

Alceu estava em Paris, bebendo com um amigo no Bar dos Filósofos e já havia passado um
pouco de seus limites etílicos, quando uma bela loura começou a encara-lo. Como ela estava
acompanhada, só trocaram olhares até que ela aproximou-se dele e perguntou o que fazia
no Brasil; respondeu que era um poeta. Foi quando ela então pediu-lhe que fizesse uma poesia
para ela. Prontamente ele pegou um guardanapo de papel, escreveu algo a o entregou à
quem acreditava ser Jacqueline Bisset. Ela abriu e nada havia escrito, perguntando-lhe o que
significava, e ele respondeu-lhe que era um "poema branco".

No dia seguinte, de "ressaca", ele ficou sabendo que não era a Jacqueline e sim outra atriz,
Catherine Deneuve, do filme Belle du Jour mas, o mal já estava feito. Então ele simplesmente
juntou a atriz francesa à atriz inglesa, adicionou uma antiga namorada que teve no Brasil e
que mudou-se para a França pondo fim ao relacionamento, e compôs La Belle du Jour.
Coisas do Alceu Valença, irreverente, descontraído e genial. Simples assim.

carlos miranda (betomelodia) 



Ah ei ah ei daum te te re rum daum
Daum te te re rum daum ah ah ah ah la belle de jour

Eu lembro da moça bonita da praia de Boa Viagem
E a moça no meio da tarde de um domingo azul
Azul era Belle de Jour era a bela da tarde
Seus olhos azuis como a tarde na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour (Belle de Jour ô ô Belle de Jour)

La Belle de Jour era a moça mais linda de toda a cidade
E foi justamente pra ela que eu escrevi meu primeiro blue
Mas Belle de Jour no azul viajava
Seus olhos azuis como a tarde na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour

alceu valença


Mar e Sol gira gira gira gira gira gira gira girassol
Mar e Sol gira gira gira gira gira gira gira girassol 

Um girassol nos teus cabelos batom vermelho girassol 
Morena flor do desejo ah teu cheiro em meu lençol 

Desço pra rua sinto saudade gata selvagem sou caçador 
Morena flor do desejo ah teu cheiro matador

alceu valença


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Djavan, Judia de Mim


 Tal como na publicação anterior, temos um compositor, cantor e instrumentista que por suas
composições na Música Popular Brasileira, mundialmente consagrado e que mais uma
vez está presente no blog: Djavan. Mas nesta página, ele não vai interpretar uma
de suas composições e tampouco levar-nos a viajar por seus muitos estilos
musicais que estamos acostumados a ouvir. Ele vai  é dar uma mostra
de suas versáteis performances, em um Samba bem brasileiro.


djavan

Lembro que, nos links apresentados em "links para suas preferências no blog", ao final
da postagem, é possível saber mais sobre este ou outros Artistas assim como sobre
Músicas ou ritmos de sua preferência, sempre com total segurança aqui no blog.

carlos miranda (betomelodia) 


Judia de mim judia
Se eu não sou merecedor desse amor se eu choro
Será que você não notou é a você que eu adoro 
Carrego esse meu sentimento sem ressentimento

Judia de mim judia
Se eu não sou merecedor desse amor

É a cana quando é boa se conhece pelo nó
Assobio entre os dentes uma cantiga dolente
Entre cacos e cavacos sobrei eu duro nos cascos
Bem curtindo pelo cheiro dos suvacos

Judia de mim judia
Se eu não sou merecedor desse amor se eu choro
Será que você não notou é a você que eu adoro 
Carrego esse meu sentimento sem ressentimento

Judia de mim judia
Se eu não sou merecedor desse amor

E quem dança qualquer dança a bonança não sabe o que é
Desconhece a esperança no falso amor leva fé
Quem de paz se alimenta se contenta com migalhas
Não se aflige e corrige as próprias falhas

zeca pagodinho / wilson moreira


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 26 de julho de 2015

Lenine, Dor de Amor


A publicação de hoje traz-nos Lenine em sua interpretação não muito conhecida do público em
geral: um Samba de autoria de três sambistas bem conhecidos por nós brasileiros e que são
eles, Arlindo Cruz, Acyr Marques e Zeca Pagodinho. E com todos os instrumentos que o
bom Samba tem que ter, mais a interpretação de Lenine, agradou-me. Muito bom.

lenine

A letra fala da famosa e sofrida dor de quem perde um amor ou o tem não correspondido, da
qual não há remédios que a cure. E alerta que não é posição e riqueza que nos trazem a
felicidade no amor, e sim a serenidade de um verdadeiro e puro sentimento. Claro, é
na visão de bem vividos e humorados autores que, ao final apresentam, digamos,
alguns fatos, justificativas para que a tão malfadada dor seja compreendida.


carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Ai como dói a dor como dói a dor de amar
Quem se desencantou sabe o que é chorar
Nesse mundo não tem professor pra matéria do amor ensinar
Nem tão pouco se encontra doutor dor de amor é difícil curar

Chico Preto malandro veneno agora é sereno vive de paixão
Sorte dele ser correspondido é bem sucedido não ama em vão
E o contrário foi o Branco Chico tão belo e tão rico dono da razão
Não valeu seu poder financeiro pois não há dinheiro que compre a emoção
Ele quis viajar de saveiro mas era jangada a embarcação

Que saiu mas encalhou não chegou a alto mar
Mais um sonho naufragou dor de amor é difícil curar
Mais um sonho naufragou dor de amor é dífícil curar
Aí como dói a dor ai como dói

E uma dor sem remédio para aliviar dor de amor é difíucil curar
Se doer vou sofrer mas não vou me acabar dor de amor é difícil curar
Só quem é muito forte pode superar dor de amor é difícil curar
É a justiça divina é quem vai me salvar dor de amor é difícil curar
E é por isso que eu amo sem medo de errar dor de amor é difícil curar
Jogo o jogo do amor pra perder ou ganhar dor de amor é difícil curar


zeca pagodinho / arlindo cruz / acyr marques


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google