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sábado, 17 de dezembro de 2016

João Timótheo da Costa, um Grande Legado nas Artes

barcos, s.d.

O destaque na publicação de hoje sobre as Artes Plásticas no Brasil, é João Timótheo da Costa,
nascido na cidade do Rio de Janeiro,  em Janeiro de 1879, onde veio a falecer  em 1932. Foi
pintor, gravador e também decorador, tendo iniciado seu aprendizado artístico na Casa
da Moeda do Rio de Janeiro,  e assim como seu irmão, Arthur Timóteo da Costa,
conheceu o diretor da instituição, que notando seu talento para as Artes, logo
o incentivou a matricular-se na  Escola Nacional de Belas Artes. Estudou
desenho com  Bérarde  e pintura com  Rodolfo Amoedo,  além de ter
sido discípulo de Zeferino da Costa, em aulas com modelo vivo.

joão timótheo, por rodolfo amoedo

Informo que os nomes acima na cor ouro, são links para publicações relacionadas à vida e obra
de João Timótheo, aqui no Blog. Muito pouco é conhecido sobre sua infância e vida,  mas a
sua é um grande legado para a Artes. Negro, de humilde família, venceu as dificuldades
enfrentadas por pintores negros, por seus trabalhos na preparação do pavilhão de
exposições em Turin no ano de 1911, com seu irmão Arthur visitou vários dos
mais importantes museus da Europa, conhecendo a obra de renomados
Artistas além das famosas pinturas decorativas do francês Puvis de
Chavannes,  que marcaram  profundamente  a sua bela carreira.
De volta ao Brasil, em 1920 pinta vários painéis decorativos para o clube
carioca  Fluminense Futebol Clube,  cinco painéis abobadados para o Salão
Nobre da Câmara dos Deputados, a atual   Assembleia Legislativa Estado do Rio de
Janeiro, além de uma série de painéis para o salão do Copacabana Palace Hotel. Tendo
participado de diversas edições do Salão Nacional de Belas Artes ganha em 1926 "Pequena
Medalha de Ouro
".  Sua obra impressionista voltada ao ecletismo,  é destaque nesta publicação.

carlos miranda (betomelodia) 



paisagem, 1920

sem título, s.d.

sem título, s.d.
cadeia velha, rio de janeiro, 1917
retrato de mulher, s.d.

sem título, 1920

paisagem, s.d.
barcos, 1920
nu feminino, s.d.
a casa cor de rosa, 1921
casas, 1920

destaco: reflexos do sol em morros do rio de janeiro, 1909
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Estevão Silva e as Naturezas-Mortas

natureza morta, s.d.


A publicação de hoje sobre as Artes Plásticas Brasileiras, destaca um pintor que é considerado
um dos melhores no tema "Natureza-Morta" , do século XIX, que também executou vários
trabalhos nos temas históricos, religiosos e retratos.  Foi o primeiro negro formado
na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, contemporâneo dos
pintores Almeida Júnior, Belmiro de Almeida e outros mais, tendo sido
influenciado por  Agostinho José da Mota, um de seus mestres e
destaque no tema "Natureza-Morta",  tema que o cativou e
assim, frutos, flores, são a grande parte de sua obra.

estevão silva, por pereira netto, s.d.

Estevão Roberto da Silva. Nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 1845, onde veio a falecer em
1891.  Filho de  escravos africanos,  em 1864  ingressa na  Academia  tendo como mestres
Jules Le Chevrel, Victor Meirelles, e como acima citei, Agostinho José da Mota, com
quem compartilhava a predileção por  naturezas mortas.  Seu temperamento
turbulento e irrequieto,  lecionou no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de
Janeiro e no ano de 1879,  deixou sua marca na história na AIBA
ao protestar  durante a solenidade de premiação ao então
Imperador Dom Pedro II, por não ser agraciado com
o primeiro lugar, sendo suspenso por um ano
nos estudos.  A seguir,  uma mostra de
seus   espetaculares  trabalhos.

carlos miranda (betomelodia) 



natureza morta, 1891


natureza morta, abacaxi, s.d.


natureza morta, romãs, 1891

natureza morta, araçás, 1891


natureza morta, hortaliças, 1888


natureza morta, pinha e pêssegos, 1888

natureza morta, goiabas e pitangas, s.d.


natureza morta, nêsperas, 1891


natureza morta, romãs, s.d.

natureza morta, bananas, s.d.


natureza morta, 1888


destaco: paisagem, 1886
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

domingo, 11 de dezembro de 2016

Luciana Alves e Chico Pinheiro: Essa Canção



Esta publicação destaca uma linda voz, a suave interpretação de uma composição,
autoria de um  renomado  violonista e seus parceiros:  Guile Wisnik e Paulo Neves.

A cantora. Seu nome é Luciana Alves, que nasceu na cidade de São Paulo, capital do Estado
homônimo, no ano de 1970.  Ela iniciou sua carreira na  Música  em 1994, participando
do grupo "Notícias dum Brasil", com  Eduardo Gudin, um compositor e produtor
musical. Três anos depois fez parte do álbum "Madeira Que Cupim Não Rói"
gravado por Antonio Nóbrega, violinista e artista pernambucano. E ao
lado dele em 1998, ela  fez parte da turnê "Pernambuco Falando
Para o Mundo
". Sérgio Cabral no ano 2000 criou o projeto
"Boteco do Cabral",  do qual também fez parte com
Joyce e Roberto Menescal. Residiu na cidade
de Cazadero, Califórnia,  onde ensinou
técnica vocal no "Califórnia Brazil
Camp
". Segue carreira solo
e nas orquestras Spok
Frevo  e  Popular
de Câmara,
canta.

O acompanhamento.  Chico Pinheiro & Grupo,  que a acompanha no vídeo ilustrando o post,
como no início mencionei  faz parte do trio de  compositores,  seus autores, que traz a
maestria do  criador do grupo e seu mágico dedilhar nas cordas,  Chico Pinheiro.
Guitarrista, compositor e arranjador, nasceu em 08 de Dezembro de 1974 na
capital do  Estado de São Paulo,  São Paulo.  Autodidata, começou na
Música aos sete anos, tocando violão e piano, e com a idade de
quinze anos já atuava profissionalmente. É formado pela
"Berklee College of Music", em Boston. E tido como
um dos mais expressivos artistas do Brasil na
Música, é considerado como excelente
compositor  e  instrumentista, "a
mais recente referência na
Arte musical no Brasil".

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Essa canção que eu terminei te dediquei mais uma vez
Eu quis fazer bem devagar e de repente ela se fez

É por que eu não calo tudo o que eu não digo
Sempre que os meus olhos procuram os teus
E vem esse mar esse céu de emoções
Que me vêm ao te ver

Essa canção não procurei eu encontrei em tua voz
Em teu sorriso em tua paz entre a canção dentro de nós

Mas eu tive pressa preso na urgência 
Do que é só possível dizer com canções
E assim outra vez só mais uma canção por que não

chico pinheiro / guile wisnik / paulo neves



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Joyce Cândido, Samba e Amor



O samba é o dom de um povo moreno,
que parece tão pequeno até o pandeiro batucar
."
joyce cândido


Natural da cidade de Assis,  interior do  Estado de São Paulo,  veio ao mundo no dia 21 de
Janeiro de 1983, par enriquecer a Música Popular Brasileira,  principalmente o Samba,
com sua voz, interpretação das canções e pleno domínio de palco. Além de cantar
é também  compositora e instrumentista,  tendo como marca de sua carreira, a
diversidade; na infância, aulas de piano,  Conservatório Carlos Gomes, na
cidade de Marília, Estado de São Paulo, formou-se em Música na UEL,
Universidade Estadual de Londrina,  Estado do Paraná, e também
teve aulas de canto, dança e teatro lá nos Estados Unidos, na
Broadway Dance Center  em  Nova Iorque,  para onde  foi
de mudança no ano de 2008. Lá seu talento chamou a
atenção da crítica  ao cantar nos bares da cidade,
tendo dois anos mais tarde recebido o prêmio
"A Melhor Cantora Brasileira nos Estados
Unidos
” que oferecido pelo "Brazilian
International Press Awards
",  o foi.

Joyce Cândido voltou para o Brasil em 2011, tendo fixado moradia no Rio de Janeiro, onde
conquistou seu lugar no rol dos grandes nomes nas noites cariocas. Joyce já foi tema
de duas publicações aqui no Blog, a primeira em 01 de Dezembro de 2012 em duo
com Carlinhos de Jesus, interpretando "Cê Pò Pará", um samba gafieira e em
23 de Junho de 2016,  cantando  "Saudosa Maloca",  um clássico da MPB.

carlos miranda (betomelodia) 



Eu faço samba e amor até mais tarde e tenho muito sono de manhã
Escuto a correria da cidade que arde e apressa o dia de amanhã
De madrugada a gente ainda se ama e a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna a nossa cama reclama do nosso eterno espreguiçar

No colo da bem-vinda companheira no corpo do bendito violão
Eu faço samba e amor a noite inteira não tenho a quem prestar satisfação

Eu faço samba e amor até mais tarde e tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade que alarde será que é tão difícil amanhecer
Não sei se preguiçoso ou se covarde debaixo do meu cobertor de lã
Eu faço samba e amor até mais tarde e tenho muito sono de manhã

chico buarque



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - / texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Emmanuel Hector Zamor, Le Petit Brésilien e sua Obra Maravilhosa

o pescador, 1889


Negro, nascido na cidade de Salvador, capital do Estado da Bahia, e filho de modesta família,
em 19 de Maio de 1840,  foi adotado na paróquia de  Nossa Senhora da Conceição da
Praia por um casal francês, Pierre Emmanuel Zamor e Rose Neveu,  recebendo
o nome de Emmanuel Hector Zamor. Já por volta de 1845, iniciou estudo
na Arte do desenho e também na Música. Frequentou a Academia
Julian em Paris,  tendo optado pela pintura de paisagens e
naturezas mortas,  com forte influência dos Artistas
Cézanne,  Renoir,  Degas,  Pissarro, Sisley e
Monet,  que logo em seguida seriam
rotulados de impressionistas.

emmanuel zamor

E segundo críticos, na época
três dos  grandes  nomes na pintura
foram Claude Monet, James Whistler, e ele, o
brasileiro Emmanuel Zamor.  Continuemos então. A
volta ao  Brasil  foi no ano de 1860, para a sua cidade natal,
Salvador, quando sua pintura  foi marcada  por tons verde-musgo
e ocre, revelando mais luminosidade e cores, onde nota-se aumento dos
tons laranja e vermelho. Desta fase de sua obra um incêndio em sua residência
destruiu grande parte, e outro fato marcante em sua vida é a morte de seu pai adotivo
em 1862,  quando então regressou em definitivo para a França, onde morreu no ano de 1917.


Desde então, sua biografia é descontinuada. A fotografia do Artista que acima publiquei, é de
autoria do fotógrafo Maurice Nadar, que registrava os mais expressivos Artistas da França
no final do século dezenove, atestando reconhecimento a Emmanuel Zamor por seu talento
frente ao cenário artístico europeu. Foi esquecido pela crítica especializada por décadas,
permanecendo desconhecido pelos brasileiros até o final do século vinte, quando em 1984
Rafael Kastoriano, marchand, durante um leilão em 1984, ficou intrigado pela obra de um
brasileiro até então aqui desconhecido, tendo arrematado todas os 37 trabalhos disponíveis
do Artista. Assim, sessenta e oito anos após sua morte, as telas de Emmanuel Zamor foram
exibidas pela primeira vez ao público brasileiro no Museu de Arte de São Paulo, em 1985.

carlos miranda (betomelodia) 



a cabana, s.d.

as barcas, s.d.

o jardim do barqueiro, 1889

paisagem campestre, 1874

paisagem florestal, 1880


barcas na margem do rio, 1884

o arbusto florido de meu jardim, 1913

o jardim florido, 1910

meu jardim em creteil, 1890

paisagem campestre, 1874

a eclusa, 1910



paisagem marítima, 1881
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )