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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Manabu Mabe, Pioneiro do Abstracionismo Brasileiro

grito

A página de hoje é sobre aquele que é
considerado o pioneiro do abstracionismo no Brasil


Nascido no Japão em 14 de setembro de 1924, com
sua família chega ao Brasil em 1934, para trabalhar
nas lavouras de café no município de Lins, interior do
estado de São Paulo. Aqui no Brasil, Manabu Mabe teve
o dom pelas artes plásticas desenvolvido rapidamente. Com
parcos recursos, adaptou um ateliê para que pudesse
pintar naturezas mortas e paisagens, em um rústico
espaço, com os materiais de que dispunha.

manabu mabe

Sua primeira exposição se deu em 1948, época em
que era ainda influenciado por sua origem nipônica,
mesclando uma certa dose de abstracionismo
aos caracteres de sua escrita natal.

Após essa primeira mostra, no ano seguinte foi
convidado a participar do Salão Nacional de
Arte Moderna, Rio de Janeiro. No ano de 1953, foi
ganho por ele o prêmio de Melhor Pintura e em 1956,
participou da Bienal de Arte do Japão.

Em 1959, na Quinta Bienal de São Paulo, Mabe obteve
o prêmio de Melhor Pintor Nacional, assim como o
de Destaque Internacional na Bienal de Paris.

Ano, 1986. Mabe realiza uma exposição no MASP,
cidade de São Paulo, lançando seu primeiro livro com 156
reproduções fotográficas de seus trabalhos, em três
idiomas, português, inglês e japonês.

Ano, 1995. Data em que foi lançado seu segundo livro,
uma autobiografia intitulada Chove no Cafezal,
em japonês, publicado originalmente no Japão
em capítulos semanais no jornal Nihon Keizai Shinbum,
Kumamoto, sua região natal. Em 1996 faz uma
viagem ao Japão, para uma mostra retrospectiva de sua Arte.

Em 1997, um insolúvel mistério marcou a vida e as obras
de Mabe. Uma estimativa de 153 telas de sua autoria,
avaliadas em mais de US$ 1,24 milhões, foram perdidas
no mar. O avião em que elas estavam, um Cargo 707
da Varig, desapareceu ao voar sobre o oceano,
trinta minutos após a decolagem de Tóquio. Nenhum
sinal  do avião, corpos ou telas. Nada. Esse fato
é considerado até os dias atuais, como o maior mistério
da aviação em todo o mundo.

Em São Paulo, cidade em que o artista se naturalizou
cidadão brasileiro, diabético, Manabu Mabe
morreu em decorrência de um transplante de rim, feito
em 22 de setembro de 1997.

carlos miranda (betomelodia) 


silêncio

explosão do progresso

caráter

existência

abstrato

desenvolvimento

alegria, um dia feliz


destaque: sem título, a última tela pintada por manabu mabe


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Djavan, Oceano

... longe de ti tudo parou ...

Para minha quinta edição de vídeo, escolhi
uma composição de Djavan que ocupa um lugar
de destaque em meu repertório, pela beleza, pela
poesia em sua letra e por sua perfeita
linha melódica. Oceano.

djavan

Em Maceió aos onze ou doze anos, um menino chamado
Djavan Caetano Viana ocupava seu tempo entre as partidas
de futebol e um equipamento de som na casa de um amigo da escola.
A opção pelo futebol quase prevaleceu. Um eficiente meio-campista
do clube CSA, tinha toda a chance de uma bela carreira profissional
como jogador de futebol.

Mas, o pequeno alagoano tinha outras ideias.
Aquele aparelho de som do pai de seu colega da escola,
que parecia guardar toda a música do mundo o cativou, fez
com que um forte desejo de cantar, compor, tocar um
instrumento o cativasse. Escolheu a Música.

Assim, o universo da Música Popular Brasileira saiu
ganhando. Nasceu Djavan, um gênio da musicalidade sem limites.
Ouçam e digam se a canção que integra o vídeo por mim editado,
não é um clássico. Ouçam e viajem por uma daquelas raras canções
que nos falam a alma, perfeita em forma, conteúdo, música e letra.
Oceano, uma obra prima de um Mestre, Djavam.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Assim
Que o dia amanheceu
Lá no mar alto da paixão
Dava prá ver o tempo ruir
Cadê você
Que solidão
Esquecera de mim

Enfim
De tudo o que
Há na terra
Não há nada em lugar
Nenhum
Que vá crescer
Sem você chegar
Longe de ti
Tudo parou
Ninguém sabe
O que eu sofri

Amar é um deserto
E seus temores
Vida que vai na sela
Dessas dores
Não sabe voltar
Me dar teu calor

Vem me fazer feliz
Porque eu te amo
Você deságua em mim
E eu oceano
E esqueço que amar
É quase uma dor

Só sei viver
Se for por você


djavan


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal: - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Enigmas do Mundo - Pergaminhos do Mar Morto - Cisjordânia

pergaminho do mar morto

" Não pagarei homem algum com o mal. Persegui-lo-ei com a bondade,
pois que o julgamento de todos os vivos cabe a Deus,
e é Ele quem irá entregar ao homem seu prêmio. "
(Do "Hino ao Preceito da Comunidade", da Filosofia Essênia)


vale de khirbet, qunram

Ano, 1947. Mês, Abril, Local, o vale de Khirbet Qunram, junto às encostas do Mar Morto. Uma ovelha se desgarra de um rebanho e pelas fendas da encosta segue. Juma Muhamed, seu pastor, sai atrás dela. Nota que há uma grande fenda entre duas imensas rochas. Ele precisa recolher logo seu rebanho e assim atira uma pedra pela abertura da fenda, pensando estar ali a ovelha desgarrada, quando ouve o ruído de um vaso de barro que se partia. Vai verificar e no vaso quebrado, vê vários rolos de pergaminhos. Para a arqueologia, um marco na História. A descoberta dos Pergaminhos do Mar Morto.

cavernas de qunram

Mas anos mais tarde, em 1956, ocorreria uma segunda descoberta. Perambulando pelas muitas encostas rochosas em busca de cavernas, estavam quatro irmãos beduinos. De repente o mais velho vê uma fenda em uma rocha e vai ver o que seu interior continha. Na fraca luminosidade do interior da fenda, aos poucos  se forma a imagem de um jarro. Volta para onde estavam seus irmãos e os avisa de sua descoberta. Todos correram para a fenda.  Um segundo irmão descortina outro jarro ao lado do descoberto pelo irmão. Então outro irmão olha e descobre mais um vaso. Resolvem retirá-los da fenda...

o quinto evangelho, de tomé

 Após esta nova descoberta, mais 11 cavernas com
 vasos contendo pergaminhos foram encontradas, alguns com
centenas de manuscritos que, analisados pelo método do
carbono 14, estimaram a data  de origem dos mesmos entre o
terceiro século AC até o ano 68 DC. Foram escritos em três
idiomas, Hebreu, Aramaico e Grego, em um assombroso
total de mais de mil obras. Mas a pergunta sem resposta é,
por quem, qual civilização os escreveu e os ocultou?
Os essênios foram realmente os autores?
E o que se sabe sobre essa civilização?

( clique aqui e saiba mais sobre o evangelho de tomé )

o mar morto visto de massada

Incluindo diversos temas ou manuais sobre hinários,
disciplinas, escritos apocalípticos, Livro de Isaías, vários
comentários bíblicos, além de quase a totalidade do
Antigo Testamento, os estudiosos classificam os
manuscritos em três tipos ou grupos: Bíblicos, contendo
todos os livros da Bíblia, exceto Ester;  Sectários, pergaminhos
relacionados com a seita, que incluem visões do Apocalipse e
trabalhos de liturgia, e o terceiro grupo, Apócrifos, que são
os livros sagrados excluídos da Bíblia.

manuscrito de bar kokhba
manuscrito habbakuk, comentários sobre a bíblia

Com base nos pergaminhos descobertos,
foi atribuída aos essênios o legado de seus ensinamentos
secretos, os quais precederam o cristianismo e aos quais
Jesus deve ter tido acesso. Uma referência sobre essa
descoberta nos revela uma interessante teoria, conforme
um parcial relatório do arqueólogo inglês
G. Lankester Harding:


" A mais espantosa revelação dos documentos essênios até agora publicada é a de que os essênios possuíam, muitos anos antes de Cristo, práticas e terminologias que sempre foram consideradas exclusivas dos cristãos. Os essênios tinham a prática do batismo, e compartilhavam um repasto litúrgico de pão e vinho presidido por um sacerdote. Acreditavam na redenção e na imortalidade da alma. Seu líder principal era uma figura misteriosa chamada o Instrutor da Retidão, um profeta-sacerdote messiânico abençoado com a revelação divina, perseguido e provavelmente martirizado." (sic)

mar morto visto das cavernas de qunram

Os arqueólogos afirmam que muitas das frases,
preceitos e símbolos da literatura essênia são usados
no Novo Testamento, sendo encontrados principalmente no
Evangelho de João e nas Epístolas de Paulo.
O uso do batismo por João Batista levou os estudiosos
do assunto a crer que, ou ele era essênio  ou foi muito
influenciado pela cultura essênia. Os pergaminhos fortalecem
a teoria de que Jesus tenha sido discípulo da filosofia
dos essênios e, faz notar que apesar de severas críticas
sobre duas outras seitas, os saduceus e os fariseus,
o Novo Testamento jamais menciona os essênios.

o museus de israel, onde estão os manuscritos

Considerado o achado do século XX, principalmente
porque a Bíblia por nós conhecida é originária de uma tradução
do idioma grego, datada de pelo menos mil anos após a dos
manuscritos do Mar Morto que, preservados por cerca de
dois mil anos nas cavernas de Qunram, hoje estão no guardados
no Museu do Livro, em Jerusalém.
Desde então, a tradução e divulgação do conteúdo
dos vários manuscritos têm atraído a atenção mundial,
gerando uma grande expectativa quanto a possíveis
segredos ainda não revelados.

praia ao sul do mar morto

Essênios... autores de muitas maravilhas mas que
se perderam no tempo, na memória da humanidade.
Nos dias atuais desconhecemos sua existência, sua cultura, o que
é uma lástima pois seus preceitos sociais, segundo os vários
estudiosos dessa seita, são admiráveis e benéficos.
Assim continua o enigma. Vieram realmente do Egito?
E o que mais importante me parece ser, de onde
trouxeram a sabedoria e os preceitos de retidão,
de uma ética à toda prova, que a eles se atribui em meio
ao caos que em seu tempo existia? Talvez os pergaminhos
ainda nos forneçam a resposta. Quem sabe...

carlos miranda (betomelodia) 


mar morto: possível localização de sodoma e gomorra ?
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / enigmas do mundo

domingo, 31 de outubro de 2010

Rodrigo Maranhão, Samba Quadrado


Carioca, torcedor do Flamengo, vamos falar um pouco
sobre essa pessoa, cantor, compositor e
instrumentista, um novo talento da nossa
Música Popular Brasileira. Com um estilo só seu em
suas composições e interpretações, ele cria suas
músicas com raízes bem brasileiras repletas
de poesia.


Com suavidade, sua voz transmite seus
recados, com grande variedade de gêneros
musicais e ritmos, por vezes simples
e noutras, sofisticados. Sem medo de errar,
digo que sua Música é para todos os momentos.
Assim ele pode ser um só, mas sempre,
tal qual um camaleão sem riso, nem dor e nem dó,
nos leva com seu cantar aos mais
belos sonhares.

É com prazer que lhes apresento em meu blog,
Rodrigo Maranhão.Vamos lá...

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Eu quis fazer um samba importado
Um samba quadrado
Um samba sem rebolado, um samba só
Eu quis fazer meu samba calado sambar parado
Um samba sem teu gingado, um samba só

Eu quis fazer samba pra Maria, mas não fazia
Eu quis um samba por dia
Sambei só

Eu quis fazer um samba falado
Fiz tudo errado e a perna deu um nó

rodrigo maranhão

fontes:
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ana Carolina, Ruas de Outono


Dia 29 de novembro de 2008.
Vinte e uma horas. Cheguei na capital
de Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Será verdade?
Ela estará me esperando? Teria eu me iludido em um sonho
à dois, nascido de um  encontro virtual? 
 Na rodoviária medo, solidão. Um final desconhecido para mim.
Embarquei em um táxi e me dirigi à derradeira 
esperança de felicidade que sempre sonhei.
Meu destino, a Cidade Baixa, região central de Porto Alegre.

Cansado e apreensivo, meus poucos pertences no piso
da calçada eu deixei. Estático e ansioso eu estava. Um rosto 
sobressaiu  da multidão. Lá estava ela, tal como eu
a via no 'msn', só que agora ao vivo, correndo
ao meu encontro. Seu abraço, jamais esquecerei.
Seu cheiro me inebriou. Sua voz que tanto quis em
meus ouvidos.  Ela existia. Eu a apertava em meus braços.

rua joão alfredo - cidade baixa - porto alegre - rs

Hoje. 29 de outubro de 2010.
Descobri a felicidade nos pequenos momentos, que se tornam
grandes pelo Amor. Caminhar de mãos dadas, muitas vezes
sem destino, ouvir os pássaros cantando na laranjeira ao
lado da janela do nosso quarto, rir por pequenas coisas.
Preparar um jantar surpresa para a mulher amada,
vendo a felicidade em seu olhar. Viver com
humildade e agradecer cada momento do dia, cada
sorriso de Amor recebido.

Sim, hoje sinto-me feliz, minha busca terminou.
Encontrei tudo o que procurei em tempos passados.
Encontrei paz, amor, compreensão, cumplicidade,
companheirismo, amizade. Hoje, resumo tudo o que a
Vida me recompensou em uma única palavra:
Ivanete.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Nas ruas de outono
Os meus passos vão ficar
E todo abandono que eu sentia vai passar
As folhas pelo chão
Que um dia o vento vai levar
Meus olhos só verão que tudo poderá mudar

Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada
Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto

Daria pra escrever um livro
Se eu fosse contar
Tudo que passei antes de te encontrar
Pego sua mão e peço pra me escutar
Seu olhar me diz que você quer me acompanhar


ana carolina / antonio villeroy

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Dick Farney, Alguém Como Tu


Farnésio Dutra e Silva, conhecido por Dick Farney,
carioca da gema, nascido em 14 de novembro de 1921,
morreu em 04 de agosto  de 1987. Deixou uma grande
quantidade de álbuns, nos quais interpretou com
sua marcante voz, as mais belas páginas da
Música Popular Brasileira.

Como piloto desta série de postagens sobre os
clássicos sucessos que marcaram época, escolhi
um vídeo que mostra todo o talento daquele
que além de intérprete, compunha e foi um
pianista excelente. Confiram.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Alguém como tu assim como tu
Eu preciso encontrar
Alguém sempre meu de olhar como o teu
Que me faça sonhar


Amores eu sei n
a vida eu achei e perdi
Mas nunca ninguém desejei como desejo a ti

Se tudo acabou se o amor já passou
Há de um sonho ficar sozinho estarei
E alguém eu irei procurar


Eu sei que outro amor posso ter
E um novo romance viver
Mas sei que também assim como tu
Mais ninguém


Alguém como tu assim como tu mais ninguém

josé m. de abreu e jair amorim

fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Meus Escritos - Pai

meu pai, orlando viduani

Desde há muito, muito tempo, tanto tempo que
parece ter sido em outra vida que não a minha, eu
tentei. Desejava que minha adoração por ti e por teu
trabalho fosse correspondida com um pouco, um pouco só
de afeto, carinho ou apenas, amizade. Sim, tentei ser teu
amigo, amigo para ouvir e ser ouvido. Estava sempre
a acatar tuas palavras, obedecer tuas ordens, mostrar
que eu crescia, que sua inteligência era minha herança.

Falhei. E até hoje, anos após tu teres partido, não
consigo entender onde falhei. Tinha adoração, respeito
por ti. Quantas vezes te defendi até com força bruta,
como no supermercado de onde tu voltaste me pedindo
ajuda, pois havias sido agredido fisicamente, lembra?
Agredi teu agressor de forma violenta, dentro mesmo do
supermercado, deixando claro que em meu Pai ninguém
tocava sem primeiro por mim passar.

Sabe, nunca desejei nada em troca de meu amor por ti.
Só ansiava por teu carinho, ouvir de tua boca a palavra filho,
ouvir tu te referires a mim com orgulho pelo que
eu sempre fui, um teu admirador, um filho que sempre o
respeitou muito. O único filho que te ouvia calado em teus
momentos de ira, ao me dizer coisas horríveis, me surrar em minha
infância por meras tolices, insignificantes motivos. Mesmo nestes
momentos não faltava com o respeito a ti. Calava. Ouvia. Sofria.

A distância entre nós foi aumentando com o passar dos anos.
O sentimento qualquer que nutrias por mim foi aos poucos
se transformando em ira, inexplicável, intensa. E assim
tu partiste. Odiando-me.

Sou Músico. Mas não sei se sabias ou soube um dia,
que um cantor tem a emoção à flor da pele e por azar,
os sentimentos mais profundos se revelam, quando no palco
interpreto uma canção. E quando a canção lembra a Ti,
pensamentos tristes afloram, minha voz embarga. Meu olhar
em lágrimas se transforma. Paro de cantar. Imagine-me 
em uma de minhas apresentações entoando a canção de
Fábio Júnior, Pai, a sinto como uma oração a Ti.
Não consegui, Pai. Me perdoa uma vez mais por,
em teu conceito, eu mais uma vez ter falhado.

seu filho
carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Pai
Pode ser que daqui a algum tempo
Haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez

Pai
Pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre
Esses vinte ou trinta
Longos anos em busca de paz

Pai
Pode crer eu tô bem
Eu vou indo
Tô tentando vivendo e pedindo

Com loucura pra você renascer

Pai
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Pra falar de amor
Pra você

Pai
Senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensine esse jogo da vida
Onde a vida só paga pra ver

Pai
Me perdoa essa insegurança
Que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu

Pai
Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Pra pedir pra você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar

Pai
Você foi meu herói meu bandido
Hoje é mais muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz
 

Pai! Paz!

fábio júnior


fontes
imagem: carlos miranda (betomelodia) - vídeo:arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos