google-site-verification: google8d3ab5b91199ab17.html

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Sérgio Reis e Filhos: Disparada

atravessando a boiada, tela de autoria do artista plástico tulio dias

Foi no ano de 1966, no Festival de Música Popular Brasileira que Jair Rodrigues a interpretou.
Seus autores, Théo de Barros e Geraldo Vandré, um paraibano, tiveram o prazer de ve-la
como uma das principais composições da época dos festivais, tendo sido vencedora
e dividido o primeiro lugar com outra composição, A Banda, mas em minha pouca
e humilde sapiência musical, a vencedora foi apenas esta: Disparada, que é o
tema desta publicação. Sinto saudades daqueles tempos dos festivais.

Vandré, autor também de outro grande e imorredouro sucesso com um longo e inesquecível título,
"Pra não Dizer que não Falei das Flores", composição que é tida como uma obra prima entre
as Músicas de cunho social.  Lembrando que à época o Brasil estava sob o domínio do
golpe militar de 1964, Vandré e Théo, geniais em comparações tais como entre a
maneira de o governo lidar com o gado e com gente,  ou seja da boiada pelo
boiadeiro, a das classes sociais pobres pelas mais ricas.   Mas vemos é
que ao contrário de hoje em dia, jovens com um pouco de cultura e
sensibilidade não se conformavam com as injustiças sociais que
eram comuns no Brasil, e escritores, jornalistas, Músicos e o
povo enfim,  clamavam por justiça e melhorias à todos.

sérgio reis

Mas, vamos à Disparada. Jair Rodrigues deu forma final muito bonita aos versos e à Música mas,
escolhi para ilustrar a publicação, um vídeo em que Sérgio Reis acompanhado por seus
filhos a canta, pois essa era a maneira que eu a interpretava nos palcos por onde
andei. Lembro que, nos links apresentados em "
links para suas preferências
no blog
", ao final da postagem, é possível saber mais sobre este e outros
Artistas assim como sobre Músicas ou ritmos de sua preferência, com
total segurança aqui mesmo em meu blog.


carlos miranda (betomelodia) 


Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não ver a morte sem chorar
A morte o destino tudo a morte o destino tudo
Estava fora de lugar eu vivo pra consertar

Na boiada já fui boi mas um dia me montei
Não por um motivo meu ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse porém por necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu

Boiadeiro muito tempo laço firme braço forte
Muito gado e muita gente pela vida segurei
Seguia como num sonho e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando as visões se clareando
As visões se clareando até que um dia acordei

Então não pude seguir valente lugar tenente
E dono de gado e gente porque gado a gente marca
Tange ferra engorda e mata mas com gente é diferente
Se você não concordar não posso me desculpar
Não canto pra enganar vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado vou cantar noutro lugar

Na boiada já fui boi boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém que junto comigo houvesse
Que quissesse ou que pudesse por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu querer mais longe que eu

Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme braço forte num reino que não tem rei
Lá laiá laiá laiá lá laiá laiá laiá lá laiá laiá laiá lá lá lá lá lá laiá

geraldo vandré / théo de barros


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

Nenhum comentário:

Postar um comentário

se gostou, COMENTE, pois comentários são o alimento do blog...