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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Paula Fernandes e Almir Sater: Jeito de Mato


Sobre a publicação de hoje, não há muito o que falar sobre seus intérpretes, Paula Fernandes
e Almir Sater, pois são dois ícones das composições regionais pantaneiras e sertanejas. No
blog já publiquei várias páginas com essa dupla, muito conhecida, amada por fãs no Brasil
e no Exterior. Morei por dezoito anos em Piracicaba, interior do Estado de São Paulo e de
lá trouxe um pouco de Músicas sertanejas de raiz, com suas letras ricas em detalhe da
vida no campo.  Mas, tendo meu estilo de atuação nos palcos voltado apenas para a
Música Popular Brasileira, aos poucos fui deixando de inclui-las em meu repertório.


almir sater e paula fernandes

Voltemos ao destaque de hoje: Jeito de Mato. Paula Fernandes revelou que ao fazer uma matéria
para seu amigo, o jornalista Mauricio Santini publica-la em um jornal, e segundo suas próprias
palavras, ficando ele sabedor da sua história de vida, emocionou-se. Com a emoção veio
a inspiração para escrever a poesia dedicada à dona daqueles olhos tristes, para a
menina de doce voz. Entregou seu poema sem título e ela ao ler, deu-lhe o nome
de Jeito de Mato, colocando então a melodia. E foi justamente com Almir que
foi pela primeira vez gravada a Música. Belo e verdadeiro poema ao Amor.

Lembro que, nos links apresentados em "
links para suas preferências no blog", ao final
da postagem, é possível saber mais sobre estes ou outros Artistas assim como sobre
Músicas ou ritmos de sua preferência, sempre com total segurança aqui no blog.


carlos miranda (betomelodia) 


De onde é que vem esses olhos tão tristes
Vem da campina onde o sol se deita
Do regalo de terra que teu dorso ajeita
E dorme serena no sereno e sonha

De onde é que salta essa voz tão risonha
Da chuva que teima mas o céu rejeita
Do mato do medo da perda tristonha
Mas que o sol resgata arde e deleita

Há uma estrada de pedra que passa na fazenda
É teu destino é tua senda
Onde nascem tuas canções
As tempestades do tempo que marcam tua história
Fogo que queima na memória 
E acende os corações

Sim dos teus pés na terra nascem flores
A tua voz macia aplaca as dores
E espalha cores vivas pelo ar
Sim dos teus olhos saem cachoeiras
Sete lagoas mel e brincadeiras
Espumas ondas águas do teu mar

paula fernandes / maurício santini


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Gelda Alvarenga e as Artes Plásticas

marinha com barcos

A publicação de hoje sobre as Artes Plásticas Brasileiras e seus autores, nos traz uma Artista
nascida na cidade de Franca, interior do Estado de São Paulo, famosa por suas fábricas
de calçados e considerada a capital do Basquete brasileiro. Ela nasceu em vinte de
julho, tendo despertado o interesse às Artes aos onze anos quando na escola
fez um curso de pintura em cerâmica. Passou a visitar Atelies e Museus
absorvendo  muita cultura e imaginando o dia em que pintaria uma
tela igual às que via expostas nos lugares sempre visitados.
Ah, o nome da Artista hoje destacada é Gelda Alvarenga.

Os anos passaram-se e o sonho de pintar, latente estava. Ela não conseguia cursar uma
escola de pintura, mas de tanto observar tinha ideia de como o fazer. E assim, certa
vez comprou uma telha de demolição, uma figura com araras e a reproduziu na
telha. Autodidata, não esperava muito mas, sua primeira obra foi vendida
e assim há uns seis anos atrás, Gelda iniciou a sua carreira nas Artes.

gelda alvarenga

Utilizando a técnica óleo sobre tela e a espatulada, em toda sua obra há traços bem pessoais.
Creio ela possuir um misto de expressionismo e impressionismo pois ainda, eu disse ainda,
ela não usa a pintura como sua profissão mas, talento é o que não falta em seus belos
trabalhos. Amante das paisagens, dos animais e também das marinhas, cada tema
por ela elaborado,   traz  muito  de sua sensibilidade em seus belos trabalhos.

Como sempre ressalto, ao final da postagem na série de links apresentados,
"links para suas preferências no blog", é possível saber mais sobre esta
e outros Artistas Plásticos, assim como sobre demais estilos de sua
preferência aqui mesmo no blog, sempre com total segurança.

carlos miranda (betomelodia) 



boi, detalhe de pintura em latão de leite

antiga cidade de franca, estalagem

cavalo

orquídeas

virgem - releitura, francesco de rossi

colo de mãe

paisagem, pintura em latão de leite

copos de leite

fazenda são manoel

cavalo, detalhe

boi, detalhe de pintura em latão de leite

destaco: marinha com barco

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Sérgio Reis e Filhos: Disparada

atravessando a boiada, tela de autoria do artista plástico tulio dias

Foi no ano de 1966, no Festival de Música Popular Brasileira que Jair Rodrigues a interpretou.
Seus autores, Théo de Barros e Geraldo Vandré, um paraibano, tiveram o prazer de ve-la
como uma das principais composições da época dos festivais, tendo sido vencedora
e dividido o primeiro lugar com outra composição, A Banda, mas em minha pouca
e humilde sapiência musical, a vencedora foi apenas esta: Disparada, que é o
tema desta publicação. Sinto saudades daqueles tempos dos festivais.

Vandré, autor também de outro grande e imorredouro sucesso com um longo e inesquecível título,
"Pra não Dizer que não Falei das Flores", composição que é tida como uma obra prima entre
as Músicas de cunho social.  Lembrando que à época o Brasil estava sob o domínio do
golpe militar de 1964, Vandré e Théo, geniais em comparações tais como entre a
maneira de o governo lidar com o gado e com gente,  ou seja da boiada pelo
boiadeiro, a das classes sociais pobres pelas mais ricas.   Mas vemos é
que ao contrário de hoje em dia, jovens com um pouco de cultura e
sensibilidade não se conformavam com as injustiças sociais que
eram comuns no Brasil, e escritores, jornalistas, Músicos e o
povo enfim,  clamavam por justiça e melhorias à todos.

sérgio reis

Mas, vamos à Disparada. Jair Rodrigues deu forma final muito bonita aos versos e à Música mas,
escolhi para ilustrar a publicação, um vídeo em que Sérgio Reis acompanhado por seus
filhos a canta, pois essa era a maneira que eu a interpretava nos palcos por onde
andei. Lembro que, nos links apresentados em "
links para suas preferências
no blog
", ao final da postagem, é possível saber mais sobre este e outros
Artistas assim como sobre Músicas ou ritmos de sua preferência, com
total segurança aqui mesmo em meu blog.


carlos miranda (betomelodia) 


Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não ver a morte sem chorar
A morte o destino tudo a morte o destino tudo
Estava fora de lugar eu vivo pra consertar

Na boiada já fui boi mas um dia me montei
Não por um motivo meu ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse porém por necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu

Boiadeiro muito tempo laço firme braço forte
Muito gado e muita gente pela vida segurei
Seguia como num sonho e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando as visões se clareando
As visões se clareando até que um dia acordei

Então não pude seguir valente lugar tenente
E dono de gado e gente porque gado a gente marca
Tange ferra engorda e mata mas com gente é diferente
Se você não concordar não posso me desculpar
Não canto pra enganar vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado vou cantar noutro lugar

Na boiada já fui boi boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém que junto comigo houvesse
Que quissesse ou que pudesse por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu querer mais longe que eu

Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme braço forte num reino que não tem rei
Lá laiá laiá laiá lá laiá laiá laiá lá laiá laiá laiá lá lá lá lá lá laiá

geraldo vandré / théo de barros


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 22 de agosto de 2015

Gilberto Gil, Você e Eu

paraíso, tela de autoria da artista plástica ivanete souza

E tudo começou assim. Carlos Lyra, compositor instrumentista brasileiro, todos conhecem. Um
poeta, ou melhor, o "Poetinha" chamado Vinícius de Moraes, compositor e cantor também
por todos é conhecido. Não só aqui no brasil mas, no mundo inteiro. Da amizade entre
os dois, nasceram as mais belas canções da Música Popular Brasileira, sucessos
até a atualidade. Vou contar como nasceu essa parceria entre os dois. Ok?

Escolhi para ilustrar a publicação, uma que foi parte de meu repertório, da época em que a
Bossa Nova começou e sua história é essa. Naqueles idos, final da década de 50, os dois estavam
praticamente no início de suas carreiras. Carlos Lyra e sua incrível musicalidade já tinha
feito parceria com Geraldo Vandré e com Ronaldo Bôscoli; Vinícius e seus poemas já tinha
muitas parcerias com grandes nomes, principalmente com o Mestre Tom Jobim. E armando-se
de muita coragem, Carlos decidiu tentar uma parceria com Vinícius.

Certo dia, pegou o telefone, ligou para o Poetinha e falou sobre suas obras que precisavam de
letras. Vinícius pediu que ele fosse até seu apartamento e lá chegando, pensando que dali sairia
com alguma letra, saiu decepcionado, pois Vinícius apenas pediu para que ele colocasse suas
músicas em um gravador e ele veria o que poderia fazer. 

gilberto gil

Uma semana se passou e então veio o telefonema de Vinícius: "Parceirinho, pode vir que está
tudo pronto
." Carlos havia gravado dez Músicas, e ao chegar ficou surpreso ao ouvir as 10 letras
que calmamente Vinícius lia. Eram belos e perfeitos poemas para suas composições. E a
primeira letra que foi lida, é a que escolhi para essa postagem: Você e Eu, o início da parceria
entre Carlinhos Lyra, o "Parceirinho" e Vinícius de Moraes, o "Poetinha".

No vídeo à seguir, temos a interpretação de  Gil nesse clássico da Bossa Nova, em uma
roupagem nova, um ótimo arranjo feito no estúdio em que foi gravada. Lembro que, nos links
apresentados em "links para suas preferências no blog", ao final da postagem, é possível saber
mais sobre este ou outros Artistas assim como sobre Músicas ou ritmos de sua preferência,
sempre com total segurança aqui no blog.

carlos miranda (betomelodia) 


Podem me chamar e me pedir e me rogar
E podem mesmo falar mal ficar de mal que não faz mal
Podem preparar milhões de festas ao luar
Que eu não vou ir melhor nem pedir
Eu não vou ir não quero ir

E também podem me intrigar até sorrir até chorar
E podem mesmo imaginar o que melhor lhes parecer
Podem espalhar que eu estou cansado de viver
E que é uma pena para quem me conheceu
Eu sou mais você e eu

carlos lyra / vinicius de moraes


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo opessoal / google

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Caetano Veloso, Um Abraçaço


Bem, todos conhecem Caetano Emmanuel Viana Teles Veloso. Não conhecem? É claro que conhecem!
Ele é o talentoso compositor, cantor e instrumentista brasileiro, com milhões de admiradores em
todo o mundo: Caetano Veloso. Polêmico em algumas de suas composições, para a "crítica"
é claro, mas não para seus milhares de fãs no mundo inteiro, que recebem suas novas
Músicas com grande euforia.  A publicação de hoje traz uma que agradou  aos
seus seguidores, embora alguns "críticos" tenham opinião contrária, que
tem como título Um Abraçaço, álbum homônimo lançado em 2012.

caetano veloso

Lembro que, nos links apresentados em "links para suas preferências no blog", ao final
da postagem, é possível saber mais sobre este ou outros Artistas assim como sobre
Músicas ou ritmos de sua preferência, sempre com total segurança aqui no blog.

carlos miranda (betomelodia) 


Dei um laço no espaço pra pegar um pedaço do Universo que podemos ver
Com nossos olhos nus nossa lentes azuis nossos computadores luz
Esse laço era um verso mas foi tudo perverso você não se deixou ficar
No meu emaranhado se  mandou pro outro lado do outro lado de lá de lá

Ei! hoje eu mando um abraçaço ei! hoje eu mando um abraçaço
Ei! hoje eu mando um abraçaço ei! hoje eu mando um abraçaço

Um amasso um beijaço meu olhar de palhaço seu orgulho tão sério
Um grande estardalhaço pro meu velho cansaço do eterno mistério
Meu destino não traço não desenho desfaço o acaso é o grão-senhor
Tudo que não deu certo e sei que não tem conserto meu silêncio chorou chorou

Ei! hoje eu mando um abraçaço ei! hoje eu mando um abraçaço
Ei! hoje eu mando um abraçaço ei! hoje eu mando um abraçaço

caetano veloso


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 16 de agosto de 2015

Cido Oliveira, a Realização nas Artes

na luz do dia

A cidade de Presidente Prudente, Estado de São Paulo, tem um morador realizado na vida, pois faz
o que sempre desejou fazer desde a mais tenra idade. Ainda criança, sempre com um lápis
e papel ao alcance das mãos desenhava muito, e com o passar dos anos notou que
estava faltando alguma coisa em seus desenhos.  Cores, sim a cor era o que
faltava para dar vida aos seus trabalhos, então neles colocou, cores.

cido oliveira

Seu nome é José Aparecido de Oliveira, assinatura artística, Cido Oliveira. Autodidata, um grande
apreciador da natureza que, segundo suas palavras, está sempre aprendendo, aperfeiçoando
sua técnica na pintura à óleo, sua predileta. Cido produz de 150 a 200 telas por ano e elas
não ficam paradas não, são vendidas para galerias de artes, grandes hotéis e também
para os apreciadores de sua Arte. A mostra a seguir, dá uma ideia de seu talento.

Como sempre ressalto, ao final da postagem na série de links apresentados,
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ou outros Artistas Plásticos, assim como sobre demais estilos de sua
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carlos miranda (betomelodia) 



série casarios

série casarios

tirando o leite

aproveitando a existência

dia de trabalho

marinha

final de tarde

sem título informado

seguindo a estrada

sem título informado

sem título informado

destaco: saudades do sertão

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google