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sábado, 22 de junho de 2019

Fernanda Takai, Estrada do Sol



A postagem de hoje é sobre uma voz meiga, suave e afinada que muito me encanta. A dona dessa voz,
é Fernanda Takai, mais uma vez presente aqui no Blog com a composição  de meu Mestre Tom Jobim
em parceria com Dolores Duran, "Estrada do Sol", acompanhada por um trio da pesada:  João Cortez
na bateria,  Adriano Giffoni no baixo e Adriano Souza  no piano, vibrafone e órgão. No clipe, aparecem
é claro, o meu amigo Menescal na guitarra e o Valle em seu Rhodes, na gravação de "O Tom da Takai"
e lógico, a encantadora  Fernanda.  Creio que assim como eu,  os amantes da  boa Música  apreciarão.


Memórias. É o que este clipe, com Fernanda Takai, Marcos Valle e Roberto Menescal me traz. Em uma
publicação na qual Fernanda e banda foi destacada, ela interpreta a mesma composição de Tom e
Dolores Duran em um arranjo bem ao seu estilo e a canção é a mesma que hoje está em destaque.
Levou-me de volta ao início de minha vida adulta, meu Rio de Janeiro que jamais esqueço, ao
convívio com hoje ícones de nossa  cultura musical,  e aos muitos planos para o meu futuro.

Emoções. Décadas se passaram  mas hoje ao cerrar meu olhar,  ouvindo, lembrando
 toda a
a energia que do palco emanava retornando a mim como uma dádiva,  é impossível conter o
calor de pequenos riachos que de meus olhos passeiam por muitos sulcos de minha face. Lágrimas
que nascem de felizes recordações, lágrimas que  também me levavam ao choro intenso por ter o
curso da vida enfraquecido minha voz, antes forte, rica, agora suaves notas, me lembrando antigos palcos.

Tristezas. São pequenas  mas,  não deixam de terem sido presentes
. Uma, que me acompanhou  em
minha carreira na Música como intérprete, foi a falta de amor à Arte de Cantar, substituída por "amor"
aos ganhos financeiros sem o devido merecimento por pseudo-músicos. Colegas que traíam os
parceiros por  migalhas  a mais em seus ganhos, traíam em busca de novo palco, traíam seus
colegas de palco ao se  apresentarem  tendo ingerido  álcool.  Traíam o cantor ao errarem.

Alegrias. Uau, me são muito caras, me mantendo aos setenta e cinco anos de idade, dono
de minhas faculdades em afirmar que tive um viver pleno de alegrias mas, deixando de lado o
viver em família que só decepções me trouxe. Faria tudo novamente. Repetiria meus passos, que
me levaram ao que hoje sou, um ser grato à  Vida,  um ser amante da pura beleza que é o lugar em
que resido atualmente, orgulhoso de meus atos, orgulhoso por ter sido apenas um  "Cantador do Amor".


( assistam a interpretação desta mesma composição, em março de 2015
por Fernanda Takai, clicando no nome da Artista no final da publicação )
 
carlos miranda (betomelodia) 


É de manhã vem o sol mas os pingos da chuva que ontem caiu
Ainda estão a brilhar ainda estão a dançar
Ao vento alegre que me traz esta canção

Quero que você me dê a mão vamos sair por aí
Sem pensar no que foi que sonhei que chorei que sofri
Pois a nossa manhã já me fez esquecer
Me dê a mão vamos sair pra ver o sol

antonio carlos jobim / dolores duran


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal  / google

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Meus Escritos - Solidão

betomelodia.blogspot.com


" A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta,
que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,
o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.
O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,
o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como
uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a
angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras
fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu
duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre. "

vinícius de moraes


..." A tarde. Quente e vazia. Ao fundo, quebrando o silêncio, o ruído do trânsito
em uma avenida próxima. Em seus devaneios o tempo passa rápido e a
sensação de fome volta. É hora de lanchar. Enfim, algo para fazer. "..
.

carlos miranda (betomelodia) 




A mesa. Tampo de mármore branco, com manchas cinza-esverdeadas e as seis
cadeiras à sua volta. O ritual de sempre. A toalha de mesa, base de centenas de
refeições solitárias é estendida, desbotada, limpa, aguardando com passiva
serenidade sobre o frio mármore. Ele não mais gosta de jantares. Trazem
lembranças do passado em família.

Os utensílios. Peças simples, velhas conhecidas. A xícara de chá e o pires de
vidro azul. A colher de chá, as facas e o fatiador de queijo, todos com os já
encardidos cabos plásticos. Descanso de bambu para o bule, para que o calor
não estrague ainda mais a velha toalha.

O fogão. Antigo, mas eficiente em suas funções de ferver a água, cozinhar, fritar,
assar, cozer e também queimar velhos guardanapos e cansadas mãos.
Sobre uma das bocas um também velho e amassado bule de alumínio que,
tal como ele perdeu seus cabelos, perdeu sua tampa. Observando a água no
ponto de fervura, desliga o gás levando o bule à mesa.

O lanche. Pão francês, margarina e um pedaço de muçarela a ser fatiado. Ao
centro da toalha dois vidros: o maior com o açúcar e o menor com o café solúvel.
Começou a usar o café solúvel após derrubar por algumas vezes o porta filtros.
A pele, com a idade fica muito fina, sensível, dolorida

A solidão. Sentado à cabeceira, prepara seu café e começa a comer, calma e
pensativamente. Olha à sua direita e vê as cadeiras vazias, tristes e solitárias.
À sua esquerda, as também solitárias, tristes e vazias cadeiras.  Ao olhar à
sua frente, para a sexta cadeira, vê como se em um espelho fosse, sua vida
passar lentamente, revelando os caminhos, desvios, atalhos e os sonhos que ao
não se concretizarem, condenaram-no à solidão.

A lágrima. Solitária, triste e fria, brota em seu olhar.
Mas ele é forte. Ele não a verte, silenciando-a em sua solidão.

carlos miranda (betomelodia) 



fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base da pesquisa: arquivo pessoal - meus escritos

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Fernanda Takai, Liz



Fernanda Takai. O que eu, como músico poderia falar sobre ela? Creio que nada acrescentaria, pois
ela já foi destaque aqui em nosso  Blog por diversas vezes desde o ano de 2015 mas, talvez eu
seja redundante no que vou escrever sobre ela  mais uma vez. Doçura em pessoa, voz que
nos leva a sonhar em suas interpretações,  voz afinada, marcante e que nos conduz ao
tema da canção com suave maestria.  Sim, sou fã incondicional dela e provo o que
sobre ela escrevi acima, com o vídeo que ilustra esta publicação. Confiram ok?

carlos miranda (betomelodia) 




Estou só na minha espera
E o pensamento em gesto lento
Doce imagem de um grande amor

Oh Liz oh Liz distante a espera d'um instante chegar
Fim de uma ausência sentida em seu regressar

Oh Liz tudo aqui parado e mudo espera em silêncio
Que você retorne ao seu lugar

Oh Liz oh Liz O tempo parou no momento do adeus
Só eu me arrasto nos sonhos meus oh Liz

Oh Liz oh Liz sem ter você aqui
Nada ficou nada restou de mim oh Liz

Oh Liz oh Liz onde você está
Ouça o meu canto e se apresse em voltar

Oh Liz oh Liz oh Liz

robson / césar de merces



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google


sexta-feira, 7 de junho de 2019

A Arte no Mundo - Portinari - Brasil

retirantes, 1944


Candido Portinari. Após passar por um período na Europa volta ao Brasil com a firme decisão de,
conforme suas palavras, “Vou pintar aquela gente com aquela roupa e com aquela cor.” E
mantendo sua decisão,  sua obra foi focada na temática social retratando em suas
telas as desigualdades de nosso tão sofrido povo, um tema que permanece
atual, enraizado.  Por suas medidas contraditórias e soluções que são
reveladas em suas pinturas, ele se destaca dos demais Artistas.

( para ver a publicação original, clique aqui )

carlos miranda (betomelodia) 


candido portinari, 1903 / 1962
oil on canvas - dimensions 190 cm x 180 cm - sao paulo art museum
sao paulo city - sao paulo state - brazil

fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 2 de junho de 2019

Maria Rita, Coração a Batucar



E a primeira publicação deste mês de Junho de 2019, traz de volta ao Blog quem
considero  das  melhores  intérpretes  do  ritmo  símbolo  deste  nosso Brasil,
Maria Rita.  Marcando presença com domínio do palco e perfeita sincronia
com  excelentes músicos  de sua banda,  interpreta  Coração a Batucar,
composição  de  Alvinho Lancellotti  e  Davi Moraes,  a qual dá título
ao seu quinto álbum lançado em 2014, e também para a sua turnê
detentora  do  Grammy:  Melhor Álbum  de  Samba e Pagode.


( sugiro um belo clássico de nossa MPB: basta clicar AQUI )

carlos miranda (betomelodia) 


Batuque o coração para me ver chegar
Que eu abro meu cordão quando você passar
E o nosso bloco sobe a ladeira da ilusão de pé no chão

Batuque o coração que a gente é carnaval!
E nada irá conter essa folia
Atrás do nosso amor

Até quando esse samba tocar vem marcando em nosso peito
Coração a batucar pra gente ser feliz
Pra gente desfilar por essa vida

alvinho lancellotti / davi moraes



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 27 de maio de 2019

A Arte no Mundo - Di Cavalcanti - Brasil

fishermen series, 1951


Mesmo com influências cubista e surrealista,
foi um dos mais típicos pintores brasileiros por seus
temas populares, incluindo o carnaval carioca, muitas
mulatas sensuais, paisagens suburbanas e também
naturezas-mortas com frutas tropicais.

( para ver a publicação original, clique aqui )

carlos miranda (betomelodia) 


di cavalcanti - 1897 / 1976
oil on canvas - dimensions 114.50 cm x 162.00 cm - contemporary art museum - usp
são paulo city - são paulo state - brazil

fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Martinália, Onde Anda Você



E ela volta ao blog como destaque nesta postagem: Mart'nália. Seu nome artístico foi criado
por seu pai, que engenhosamente uniu partes de seu nome, Martinho da Vila e de sua
mãe, a cantora Anália Mendonça.  Seu pai revelou que ela desde tenra infância é
sambista, pois o acompanhava às Rodas de Samba de Vila Isabel, o lugar
em que nela brotou a paixão pela Música, pelo Samba.  Lá também
teve o primeiro contato com as cordas do violão e o toque do
pandeiro, além dos passos do  Samba  e então,  cantar.

Nesta postagem  Martinália  presta uma homenagem a
dois grandes nomes de nosso universo musical, Vinícius de
Moraes e Hermano Silva,  interpretando a canção Onde Anda Você,
e se quiser conhecer  mais um de seus cantares,  clique aqui para assistir
com Caetano Veloso, a composição "Pé do meu Samba",  em descontraído duo. 

carlos miranda (betomelodia) 


E por falar em saudade onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo que me deixou morto de tanto prazer

E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava onde a gente se amava em total solidão

Hoje eu saio na noite vazia numa boemia sem razão de ser.
Na rotina dos bares que apesar dos pesares me trazem você
E por falar em paixão em razão de viver
Você bem que podia me aparecer nesses mesmos lugares
Na noite nos bares onde anda você


vinicius de moraes / hermano silva



fontes
imagm e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google