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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Meus Escritos - O Pato e o 38

bicas, bela cidade da zona da mata mineira

Minas Gerais. Zona da Mata.
Divisa dos municípios de Bicas e Guarará,
onde está o Sítio do Pica Pau Amarelo.
Natureza exuberante em cinco alqueires mineiros:
ar e água puros, frutas em vários pomares,
verduras e legumes de uma imensa horta, peixes
em um lago formado por várias nascentes,
uma pequena granja fornecendo frangos e ovos.
Queijo fresco e até café, que plantado, colhido, torrado
e lá mesmo moído, deixaram em sua memória
sabores inesquecíveis. Um bem cuidado gramado
impressionava quem pela estrada passava.

A lida diária. Acordar ainda madrugada e fazer a inspeção
das cercas antes do alvorecer. Saudar o novo dia.
com uma prece de agradecimento pela vida
Alimentar os cães (eram cinco pastores alemães), 
frangos, peixes e os demais habitantes do lago, 
os patos, gansos e cisnes, além dos perus que 
tinham o enervante hábito de correr atrás 
dele para bicá-lo. Irritantes, mas belos. 

Ligar os sistemas de irrigação da horta e dos
pomares e pronto! Lá se foi a manhã. 
Almoçar e após a merecida sesta, manter os 
aceiros limpos, fazer as necessárias manutenções 
melhorias, etc., até o final da tarde. Mãos calejadas, 
corpo suado, a certeza de ser parte de algo maravilhoso.


O mistério. Houve uma época em que nem tudo corria bem.
Havia um problema lá na horta que ele não conseguia
resolver. As águas do lago iam até as 
proximidades da cerca que as separavam da horta, 
onde as verduras que ali brotavam, 
saciadas pela abundância do precioso líquido eram 
imensas, apetitosas, causavam satisfação ao olhar. Mas, 
estavam sendo arrancadas e comidas por 
algum visitante noturno. Como, se altas e intactas 
cercas protegiam toda a horta? Sem buracos ou tocas, 
por onde entravam os famintos predadores? 
Reforços nas telas, inspeção durante a noite, nada dava 
indícios do vilão ou vilões. E na manhã seguinte, 
canteiros revirados e verduras comidas, sem rastros, 
sem qualquer pista dos intrusos. 

o açude e seus habitantes

A vigília. Resolveu ficar de tocaia.
Uma noite sem dormir para resolver o mistério. Rifle e
binóculos em punho, ficou posicionado com uma boa visão
dos canteiros que eram alvo dos visitantes. Dormiu e até sonhou...
que vigília. Acordou com os cães lambendo seu rosto.

Certa manhã, após o café foi até o lugar onde os canteiros
continuavam sendo destruídos e resignado com a
situação insolúvel, começou os reparos nos mesmos.

"... Qüé! ..."
Ouviu um pato! E bem ao seu lado, comendo com 
voracidade as folhas das verduras, descaradamente! 
Tirou o chapéu, coçou a cabeça e tomou uma decisão. 
Foi rápido para casa, pensando: Aquele pato escapou 
do corte das asas que fiz outro dia, são todos iguais, uai, 
mas vou dar um jeito nele pelos estragos que fez. 
Entrou rápido em casa, pegou o trinta e oito e gritou 
para a mulher: ..."Prepara a panela que 
hoje vamos almoçar pato!." 
Desceu rápido para a horta. 

o três oitão

O final. Chegou sorrateiro e foi ao encontro do pato.
O comilão nem se perturbou com sua presença,
continuando a arrancar e comer as verduras. Mas que
descarado! Apontou e ..."Bam!"... O pato ..."Qüé!"...
Errou ! De novo ..."Bam!"... E o pato ..."Qüé! Qüé!"...
E assim foram os seis tiros. Errou todos e o danado
do pato a menos de um metro dele, nem se mexeu.

Colocou a arma na cintura, abaixou, 
pegou o pato com calma, levou-o para casa onde cortou 
as penas das duas, das duas asas por garantia. 
Em seguida, sob o olhar intrigado da mulher, pegou 
o pato e foi para o lago. Lá chegando fez alguns 
carinhos na cabeça do pato e com cuidado colocou-o 
na água. Final feliz. Resolveu o mistério, 
errou todos os tiros, virou piada no lugar, 
o pato não mais saiu do lago, e 
todos viveram felizes para sempre... 

carlos miranda (betomelodia) 

o pato regenerado
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos

domingo, 10 de julho de 2011

Thaís Ibañez e a Cultura Brasileira

mulheres do campo

" O foco principal da minha arte é a valorização da cultura brasileira;
procuro representar nas minhas pinturas as mais intensas
manifestações do meu povo, que são a música, a dança,
o artesanato e tudo que faça parte do "Folclore Brasileiro. "

" Utilizo cores vivas que representam o clima tropical e
o calor humano do meu país, e faço delas uma fonte de alegria. "
 

Em 19 de fevereiro de 1982, a Arte Brasileira ganhou mais
uma representante: nascia então na cidade de Diadema, em São Paulo,
aquela que com uma visão única, se dedicaria à retratar em
belas obras a real face da Cultura Brasileira.

Autodidata, sucesso no Brasil e em vários países como nos
Estados Unidos, Canadá, França e Sérvia, Thaís deu início a sua
carreira aos 18 anos, obtendo destaque por sua espontaneidade e
por suas criações em firmes traços.

As mulheres em trajes coloridos, a musicalidade por 
traz de suas obras e as belas cores tropicais, revelam um
estilo de Arte único, revelando ao mundo as tradições
e as muitas faces deste nosso amado Brasil.

Apresento à todos, algumas telas desta talentosa artista.
Beijos no coração...

carlos miranda (betomelodia) 


casa do samba
cores do vilarejo
forno a lenha
sabor tropical
ginga brazuca
migrantes
volta brasileira


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 5 de julho de 2011

Hildon, na Sombra de Uma Árvore

ivanete souza e carlos miranda (betomelodia)

Tudo começou em 2008. No dia em que é comemorado
o "Dia Nacional do Choro", 23 de abril, eu procurei um vídeo
com uma composição de meu homenageado, Pixinguinha.
Não devo ter procurado como devia e a data passou sem que
eu conseguisse fazer a página. Mas, alguns dias depois,
insisti na busca encontrando o que procurava.

Rosa, em uma edição de Ivanete, foi então ao ar no dia
primeiro de maio. Foi sorte. Enviei o link da postagem para
a autora do vídeo, fiz a homenagem, embora atrasada,
ao grande Mestre, Pixinguinha, com sua maravilhosa composição
interpretada por meu padrinho Luiz Melodia.

Depois, foram meses de MSN, troca de ideias e ideais,
onde meus sonhos de vida e os dela revelaram-se. Eram iguais.
Nossos sonhos de amor, cumplicidade e amizade na vida a dois,
assim como nossas preferências pela Música e pela Arte,
fizeram com que falássemos sobre a vontade que sentíamos de
unirmos nossas vidas.

Naqueles idos de 2008, eu ainda atuava nos palcos e certa noite
resolvi declarar-me. Escolhi esta canção do Hyldon.
Dela veio a inspiração que deu-me forças para falar de meu amor.
Em 28 de novembro daquele ano, parti ao encontro daquela
que hoje é para mim a realização de meus mais ternos
ideais de vida à dois, partir para encontrar Ivanete.

No vídeo abaixo, para mim uma terna recordação,
provo que o amor está onde menos esperamos encontrar.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Larga de ser boba e vem comigo
Existe um mundo novo e quero te mostrar
Que não se aprende em nenhum livro
Basta ter coragem pra se libertar viver amar

De que valem as luzes da cidade
Se no meu caminho a luz é natural
Descansar na sombra de uma árvore
Ouvindo os pássaros cantar cantar

hyldon


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

Hyldon, Na Sombra de Uma Árvore

ivanete souza e carlos miranda (betomelodia)

Uma bela composição, com a interpretação de seu autor, Hyldon.
Foi com esta música, que resolvi declarar-me à ela.




Tudo começou em 2008. No dia em que é comemorado
o "Dia Nacional do Choro", 23 de abril, eu procurei um vídeo
com uma composição de meu homenageado, Pixinguinha.
Não devo ter procurado como devia e a data passou sem que
eu conseguisse fazer a página. Mas, alguns dias depois,
insisti na busca encontrando o que procurava.

Rosa, em uma edição de Ivanete, foi então ao ar no dia
primeiro de maio. Foi sorte. Enviei o link da postagem para
a autora do vídeo, fiz a homenagem, embora atrasada,
ao grande Mestre, Pixinguinha, com sua maravilhosa composição
interpretada por meu padrinho Luiz Melodia.

Depois, foram meses de MSN, troca de ideias e ideais,
onde meus sonhos de vida e os dela revelaram-se. Eram iguais.
Nossos sonhos de amor, cumplicidade e amizade na vida a dois,
assim como nossas preferências pela Música e pela Arte,
fizeram com que falássemos sobre a vontade que sentíamos de
unirmos nossas vidas.

Naqueles idos de 2008, eu ainda atuava nos palcos e certa noite
resolvi declarar-me. Escolhi esta canção do Hyldon.
Dela veio a inspiração que deu-me forças para falar de meu amor.
Em 28 de novembro daquele ano, parti ao encontro daquela
que hoje é para mim a realização de meus mais ternos
ideais de vida à dois, partir para encontrar Ivanete.

No vídeo abaixo, para mim uma terna recordação,
provo que o amor está onde menos esperamos encontrar.

carlos miranda (betomelodia) 



( vídeo em 360p )
Larga de ser boba e vem comigo
Existe um mundo novo e quero te mostrar
Que não se aprende em nenhum livro
Basta ter coragem pra se libertar viver amar

De que valem as luzes da cidade
Se no meu caminho a luz é natural
Descansar na sombra de uma árvore
Ouvindo os pássaros cantar cantar

hyldon




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 25 de junho de 2011

Santa Rosa, as Muitas Faces da Arte

figura grega

Na página de hoje, sobre nossa imensa miríade de grandes
Mestres nas Artes Plásticas, vou mostrar um pouco das obras de
um paraibano lá de João Pessoa, que além de ter muitas e muitas
aptidões, foi grande admirador de Picasso e Portinari.


Nascido em 20 de setembro de 1909, Tomás Santa Rosa Júnior,
morreu em Nova Delhi, Índia, em 29 de novembro de 1956.
Seu trabalho abrangia  a pintura, ilustração, gravação,
artes gráficas, cenografia, decoração, figurinismo, professor e
a crítica de artes.  Como coreógrafo, é tido como o
primeiro coreógrafo moderno do Brasil.

Anos à frente de seu tempo, como ilustrador não cuidava apenas
 da capa do livro. Foi pioneiro no desenvolvimento
de identidades visuais para os mesmos.
Hoje, o profissional que exerce esse tipo de atividade
é chamado de designer gráfico.

Santa Rosa, ao participar da Conferência Internacional
de Teatro na cidade de Nova Délhi, Índia, como integrante da
comissão brasileira enviada para a Conferência Geral
da Unesco sobre Educação, Ciência e Cultura, de um
mal súbito veio a falecer.

Abaixo, algumas de suas criações, uma pequena
mostra de seu talento nas Artes Plásticas, às quais chamo
sua atenção para as telas "pescadores", onde nota-se a
influência de Picasso e Portinari.
Beijos no coração...

carlos miranda (betomelodia) 


meninas lendo

meninos

mulheres na praia

pescadores

na praia

pescadores


destaco: o vento
fontes
imagens:arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
pesquisas: arquivo pessoal / google


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Maybelline, Corcovado

estátua do cristo redentor - corcovado - rio de janeiro, rio de janeiro, brasil

É uma grande satisfação para mim brasileiro, ver em
terras tão distantes a nossa Música Popular Brasileira sendo
interpretada em outros idiomas mas, quando ela
é cantada no nosso, português, o orgulho é maior. 

maybelline e gerard vogel

Conheci a May, por meio do YouTube,  impressionando-me com
a sensibilidade que ela empresta às canções aqui do
nosso Brasil. Admiro-a por divulgar a Bossa Nova, minha "praia", nas
terras de minha origem materna, a Holanda, de um modo
todo especial, carinhoso e gentil.

Assim, em uma humilde homenagem, dedico esta página
à Maynelline, assim como a todos os que divulgam a cultura
brasileira, muito além de nossas fronteiras.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Um cantinho um violão
Este amor uma canção
Pra fazer feliz a quem se ama

Muita calma pra pensar
E ter tempo pra sonhar
Da janela vê-se o Corcovado
O Redentor que lindo

Quero a vida sempre assim
Com você perto de mim
Até o apagar da velha chama

E eu que era triste
Descrente deste mundo
Ao encontrar você eu conheci
O que é felicidade meu amor

O que é felicidade o que é felicidade
O que é felicidade meu amor

tom jobim


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoa - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Meus Escritos - Dama de Vermelho

Sentados lado a lado, um casal almoçava
observando tudo ao redor. A comida não era
lá essas coisas, mas como a fome era muita, eles a
saboreavam com grande prazer. Salão lotado.


Pessoas de vários níveis sociais ali estavam, solitários,
mergulhados em seus pensamentos e atentos ao
ato de, literalmente, devorar o que no prato havia.
No grande salão, algumas mesas à frente,
um já grisalho senhor acomodou-se ao lado
de outro, que calma e compassadamente almoçava.
Ele arrumou a bandeja à sua frente, levou a mão à boca,
retirou a dentadura que foi  guardada no bolso da
surrada camisa e  começou a almoçar. Após terminar,
com insistência fazia sinais ao que estava
sentado ao seu lado, oferecendo a carne que
ele não conseguira comer. Seu vizinho ignorava.
Depois de muito tentar, demonstrando já certa
irritação, outro senhor que ocupava a mesa frente
dos dois e que a tudo presenciava, avisou por
gestos que seu vizinho de mesa era cego. Então, ele
ostensivamente afastou sua bandeja, pegou sua
dentadura no bolso e colocando-a, retirou-se do salão.
O outro, impassível, terminou sua refeição.

Ao lado, em uma outra mesa, um rapaz almoçava
sôfregamente. Comeu tudo, levantou e dirigiu-se ao
balcão onde novamente foi servido. Voltou para a mesa,
despejou tudo em uma garrafa pet de dois litros cortada,
olhando disfarçadamente para os lados. O ato foi repetido por
três vezes. A garrafa repleta de comida foi escondida em
uma blusa suja. Apressadamente saiu do salão.


antigo restaurante popular, porto alegre, rs

Mas o que aconteceu em seguida marcou o almoço
de uma forma surrealista. Com extrema elegância no andar
e no vestir, expressão altiva e nobre, usando um clássico
chapéu combinando com seu vestido vermelho e com seus
acessórios, uma senhora caminhava soberana, vindo na
direção deles. Todos os olhares se dirigiram à ela.
Parando a meio caminho, escolheu uma mesa e sentou.
Com classe,  colocou a bandeja à sua frente, retirou
de sua bolsa talheres e sua própria salada, arrumou tudo
com delicadeza, com finos gestos. O fato seria considerado
normal se não estivesse ela entre pessoas humildes, em
sua maioria  catadores de papéis e moradores de rua.
O casal, intrigado por ela ali estar, conjeturava se
seria ela uma rica solitária ou uma alma decadente,
alienada em um mundo de recordações. Em sua
maioria, as pessoas que ali entravam alimentavam-se
e voltavam à realidade das ruas, para muitos, o lar.

O casal terminou sua refeição e em agradecido silêncio,
sabedores que para eles toda aquela situação era
provisória, saíram. Embora ainda não soubessem como,
tinham esperança de que mudariam a realidade daqueles
dias e num futuro próximo, voltariam ali não mais com
um vale refeição gratuito, mas sim pagando o preço
cobrado pela refeição, R$ 1,00,  naquele abençoado
Restaurante Popular.


carlos miranda (betomelodia) 

fontes
imagens: arquivo pessoal  - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google