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quarta-feira, 30 de maio de 2007

Juca Chaves, A Cúmplice

juca chaves, o menestrel

Jurandyr Czaczkes. Compositor, Músico e Humorista, carioca da gema,
nasceu em 1938, sendo conhecido por Juca Chaves.
Com formação musical erudita, começou a compor ainda na infância,
Iniciando sua carreira tocando modinhas e trovas num estilo suave,
no final dos anos cinquenta.

Agora um breve resumo sobre este grande Artista.
Irreverente, montou um circo próximo a Lagoa Rodrigo de Freitas
lá pelos anos sessenta e apresentou um show com o nome
de Menestrel Maldito. O curioso nome do circo era formado pelas
iniciais de S de "snob", D de "divino Dener", R de "ralé", U de "uanderful", W
de "water-closet", S de "Sdruws mesmo". Juca Chaves costumava
contar a seguinte história sobre o Sdruws, próximo a uma favela.
 Juca convidara para o circo políticos, empresários e também
pessoal da alta-sociedade carioca. Antes da primeira apresentação
Juca resolveu reunir os líderes da favela para lhes falar com franqueza,
indo direto ao assunto:

"Vim aqui para saber como vai ficar o negócio do roubo!"
Uma mulher baixinha, morena, a líder da favela, foi logo respondendo com firmeza:
"Olha aqui seu Juca, nós entendemos a sua preocupação com a gente,
e lhe agradecemos sinceramente, mas pode o senhor ficar tranquilo,
porque a nossa comunidade já se garantiu pedindo proteção à polícia!".


Nesta, o Juca dançou. Continuando, Na década de 1980, lançou sua
gravadora independente, a Sdruws Records. Um de seus bordões mais
conhecidos é: "Vá ao meu show e ajude o Juquinha a comprar o seu caviar",
seguido de sua risada característica. Em 2003 outro de seus sucessos
nos anos 70, a canção Take me Back to Piauí, foi editado na
coletânea "Brazilian Beats Volume 4" da gravadora britânica
Mr. Bongo, especializada em música popular brasileira.

Finalizando, a página de hoje traz um vídeo com a primeira
Música que interpretei profissionalmente, A Cúmplice,
de autoria do "Menestrel do Brasil", Juca Chaves, 
na Boate Pinguim, em Teresópolis, Estado do
Rio de Janeiro. 

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Eu quero uma mulher que seja diferente
De todas que eu já tive todas tão iguais
Que seja minha amiga amante e confidente
A cúmplice de tudo que eu fizer a mais

No corpo tenha o sol no coração a lua
A pele cor de sonho as formas de maçãs
A fina transparência uma elegância nua
O mágico fascínio o cheiro das manhãs

Eu quero uma mulher de coloridos modos
Que morda os lábios sempre que for me abraçar
No seu falar provoque o silenciar de todos
E seu silêncio obrigue a me fazer sonhar

Que saiba receber e saiba ser bem-vinda
Que possa dar jeitinho a tudo que fizer
E que ao sorrir provoque uma covinha linda
De dia uma menina à noite uma mulher

juca chaves

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 29 de maio de 2007

Leonardo da Vinci, a Genialidade na Arte


" De tempos em tempos, o Céu nos envia alguém
que não é apenas humano, mas também divino, de modo que,
através de seu espírito e da superioridade de sua inteligência,
possamos atingir o Céu " .
visari século XVI

leonardo da vinci

Leonardo da Vinci nasceu em 15/04/1452. Existem dúvidas sobre o lugar de seu nascimento: para alguns historiadores, seu berço foi uma casa de Anchiano, uma localidade de Vinci, enquanto para outros, foi o próprio lugar de Vinci, situado na margem direita do rio Arno, perto dos montes Albanos, entre Florença e Pisa. Foi um dos mais notáveis pintores do Renascimento e possivelmente seu maior gênio, por ser também anatomista, engenheiro, matemático músico, naturalista, arquiteto e escultor. Suas ideias científicas quase sempre ficaram escondidas em cadernos de anotações, e foi como Artista que obteve reconhecimento de seus contemporâneos.

carlos miranda (betomelodia) 


Alguns principais trabalhos de Da Vinci:

mona lisa

leda e o cisne

desenho de uma cabeça de mulher

desenho de uma cabeça de mulher ll

retrato de um músico

a última ceia
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos mirando (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google


segunda-feira, 30 de abril de 2007

Oswaldo Montenegro, Lua e Flor



No bairro Grajaú, cidade de Rio de Janeiro, nasceu
Oswaldo Viveiros Montenegro. Mas embora carioca, foi em Minas Gerais que
ele sentiu-se atraído pela Música pois foi lá que espírito seresteiro
mineiro influenciou toda a vida de Oswaldo.

Aos sete anos, mudou-se para São João Del Rey onde viveu por boa parte
de sua infância. Foi lá que,  à noite, pulava a janela de sua casa
para ir ouvir seu pai em uma roda de amigos, entoando serestas noturnas.
Foi assim que com essa música tão viva e presente em seu dia a dia,
aos oito anos começou a estudar violão. Ensinado por
um dos seresteiros,  compôs sua primeira canção, que tem o
nome do rio que corta a cidade, Lenheiro, e que foi
o ponto de partida para uma carreira de muito sucesso.

Assistam à interpretação de Oswaldo em sua composição
Lua e Flor, acompanhado por músicos excelentes, com um toque
mágico dado por uma instrumentista na flauta transversal.
Sei que vão apreciar.

carlos miranda (betomelodia) 

Eu amava como amava um cantor
De qualquer clichê de cabaré de lua e flor
Eu sonhava como a feia na vitrine
Como carta que se assina em vão

Eu amava como amava um sonhador
Sem saber porque e amava ter no coração
A certeza ventilada de poesia
De que o dia não amanhece não

Eu amava como amava um pescador
Que se encanta mais com a rede que com o mar
Eu amava como jamais poderia
Se soubesse como te encontrar


oswaldo montenegro


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google


domingo, 29 de abril de 2007

Meus Escritos - Julgamento - Autor Não identificado



O motivo que levou-me a adaptar e publicar esse conto em meu blog, foram cenas do cotidiano que me fazem pensar sobre a natureza humana. Achei um folheto com um conto em minha caixa de correspondência. Li, e após a leitura decidi fazer esta adaptação, pois era de conotação religiosa, o que suprimi. Mas algo está mudando. Gratificante é saber que apesar de nossas fraquezas e falta de civilidade, de humanidade, estamos abrindo nossos olhos para aqueles que nos cercam vivendo em condições precárias, desumanas, incompatíveis com nosso atual estágio de evolução moral. Soluções existem e embora ocultas pelo egoísmo e ganância, vão pouco a pouco saindo de sob a manita da ignorância e da comodidade. Pequenos mas importantes passos estão sendo timidamente dados, para uma longa estrada a ser trilhada por todos nós, a estrada do Amor ao Próximo.

carlos miranda (betomelodia) 

Passavam por mim como se eu não existisse.
Você passou olhando-me com simpatia, talvez buscando o
motivo que me fez vagar pelas ruas,
mas acelerou o passo e desviou o olhar ao notar
que eu ia lhe dirigir a palavra. Desisti de fazê-lo e comecei a
passear pelos seus pensamentos. Será que
você achou que parei de trabalhar, passando
então, por preguiça, sei lá, a mendigar?
Não, não desisti e ainda hoje me cansei muito
procurando trabalho de porta em porta.

A maioria dos que me atenderam, disseram que
ultrapassei a idade de produzir, de trabalhar para
conseguir com dignidade o meu sustento.
Condenaram-me à inutilidade.
Outras, ao me verem mal vestido, ignorando que minhas
melhores roupas vendi para tratar minha mulher doente,
mandavam-me embora com pressa sem sequer ouvir-me ...
Chamaram-me vagabundo...

Fiquei envergonhado ao perceber que você viu o policial
me dirigir as mais duras ofensas e ameaças,
expulsando-me da frente da vitrine como se bandido
eu fosse. Não tive a intenção de roubar. Olhava
os alimentos ali expostos pensando em meus
filhos abraçando-me com fome, quando volto para casa ...
Senti-me incapaz...

Não pude reparar se você viu , ouviu, os gracejos e insultos
que recebi ao me apoiar no poste próximo,
tremendo e chorando humilhado. Todos se afastavam
de mim com nojo, com desprezo e não tive
força nem coragem para falar que não comia há três dias...
Taxaram-me bêbado...

Não senti julgamento em seu olhar. Foi apenas um olhar.
Então eu peço à você apenas o som de sua voz,
sua compreensão. Que você me ajude a reencontrar
minha autoestima, para que assim eu possa honrar com
alegria o dom de viver. Fale comigo sem piedade, sem asco,
para que eu possa sentir que sou seu irmão e
que apesar de todo meu sofrimento, de toda minha
dor, sou ainda um ser humano...

autor não identificado


fontes
imagem: arquivo pessoal - prefácio: carlos miranda (betomelodia)
texto: adaptado por carlos miranda (betomelodia), de "mensagem de um homem triste"
base das pesquisas: arquivo pessoal, meus escritos


sábado, 31 de março de 2007

Caetano Veloso, Sozinho


Em São Paulo, no dia 17 de fevereiro do ano de 1953,
nasceu Aroldo Alves Sobrinho, conhecido como Peninha.
Cantor e compositor de grandes sucessos de nossa
Música Popular Brasileira, teve uma de suas composições, 
Sonhos, gravada por Caetano Veloso e lançada em 1977,
incluída na trilha sonora de uma novela em uma rede de televisão,
com milhares de cópias vendidas.


Peninha gravou o primeiro compacto em 1972, e várias Músicas
compostas por ele já foram gravadas por muitos intérpretes
tais como Caetano Veloso, Daniel, Alexandre Pires
e   Paulinho Moska, entre outros.

Mas, através de Caetano, incluída no disco Prenda Minha,
Peninha conseguiu um sucesso maior ainda, com Sozinho, tema
de uma telenovela que vendeu mais de um milhão de cópias em 1999.

Esta postagem traz, na interpretação de Caetano Veloso,
a composição deste grande Músico, 'Sozinho'.

carlos miranda (betomelodia) 

Às vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado
Juntando o antes o agora e o depois

Por que você me deixa tão solto
Por que você não cola em mim
To me sentindo muito sozinho

Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho meus desejos e planos secretos
Só abro pra você mais ninguém

Por que você me esquece e some
E se eu me interessar por alguém
E se ela de repente me ganha

Quando a gente gosta á claro que a gente cuida
Fala que me ama só que é da boca pra fora
Ou você me engana ou não está madura
Onde está você agora

peninha

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivoi pessoal / google

quarta-feira, 21 de março de 2007

Aleijadinho, Um Mestre da Arte Brasileira Colonial

anjo com cálice

" É já um homem com alguma importância:
tem a sua oficina, os seus operários e os seus escravos.
Entre estes Isabel, de origem africana, que terá
um filho do seu senhor. O dia em que ele nasce é incerto,
o do batismo também o é, ou não seja a criança
um bastardo, um mulato. No entanto o pai dá-lhe o seu nome:
Antônio Francisco Lisboa. " 


Aleijadinho.
Antônio Francisco Lisboa, seu nome de batismo,
nasceu em Vila Rica, Minas Gerais, em 29 de agosto de 1730,
onde veio a falecer em 18 de novembro de 1814.
Foi escultor, entalhador, desenhista e arquiteto. É considerado
o maior expoente do estilo barroco nas Minas Gerais
e das Artes Plásticas no Brasil, não só à época,
mas durante todo o período colonial.

os profetas, santuário de bom jesus de matosinhos

Embora não haja registros oficiais, acredita-se que
tenha nascido em Vila Rica, hoje Ouro Preto, em Minas Gerais,
tendo sido filho do mestre-de-obras português,
Manuel Francisco da Costa Lisboa com
uma escrava africana, Izabel.

A sua obra compreende desde imagens em
madeira e pedra sabão, matéria-prima tipicamente brasileira,
até igrejas. Suas obras são as mais representativas
do Brasil colonial, com características do
rococó e dos estilos clássico e gótico.

escultura em pedra sabão


Traído pela mulher, e sem filhos, Aleijadinho se entrega à Arte.
Nas idas e vinda a várias cidades, acabou conhecendo
um grande artista carioca conhecido como Mestre Valentim
e acabaram se tornando grandes amigos.

Certa vez, Mestre Valentim convidou Aleijadinho para
ir ao Rio de Janeiro trocar ideias sobre algumas igrejas
vistas na Europa. Aceitando o convite
de bom grado e foi ao encontro de seu amigo.

Chegando ao Rio de Janeiro, foi fazer alguns
esboços do Mosteiro de São Bento e nesta rápida visita,
teve um caso com uma mulher, Narcisa Rodrigues da Conceição,
que marcou profundamente sua vida.

a última ceia

Voltando para Vila Rica, algum tempo depois
Aleijadinho recebe uma carta da justiça,
a qual o intimava a assumir a paternidade
do filho que ele teve no Rio de Janeiro
com Narcisa da Conceição.
Assim ele assume e o filho foi então chamado de
Manoel Francisco Lisboa.

Mais tarde o filho vai morar com seu pai em Vila Rica e lá,
começa a namorar então uma parteira chamada
Joana Francisca de Araújo Correia, mulher parda, filha de
Ana Lopes e de pai desconhecido. Manoel Francisco,
casa-se e em 1803 dá um neto para Aleijadinho.
Ao que consta, o filho de Aleijadinho seguiu sua vocação,
tornando-se também escultor. Casou-se com
Joana de Araújo Corrêa, e teve um filho que recebeu o nome de
Francisco de Paula.

interior da igreja do Carmo

Com aproximadamente quarenta anos, começou
a desenvolver uma doença degenerativa dos membros,
não se sabe ao certo se porfiria, lepra, escorbuto,
reumatismo deformante ou sífilis, que lhe comprometeu
gradativamente os movimentos das mãos e
para poder trabalhar, um ajudante amarrava-lhe as ferramentas
aos membros.

Dessa anomalia em seu corpo causada
pela doença veio seu apelido, Aleijadinho. Já bem velho,
piora de saúde e de 1812 à 1814, quem cuida de dele é sua nora,
Joana, que o considerava como o pai que não teve.
Com aproximadamente oitenta e quatro anos,
Aleijadinho veio a falecer em 18 de Novembro de 1814,

Morreu pobre, mas até hoje suas obras
permanecem para mostrar a vida das pessoas de Minas Gerais
na época do Brasil Colonial.
Tem todas as características de ter sido iniciado na Maçonaria,
pois a simbologia magistral, nos pórticos das Igrejas
e nos altares mostra, para os que a essa Ordem pertencem,
que estão diante da obra de um maçom de alto grau.

carlos miranda (betomelodia) 

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Vinicius de Moraes e Toquinho: Tarde em Itapuã



Vinicius de Moraes, apelidado por Tom Jobim de "Poetinha",
carioca da gema, diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor,
ficou famoso com seus sonetos líricos e por suas composições.
Boêmio inveterado, era um grande e incansável conquistador.

Deixou-nos uma vasta obra, tendo como parceiros Tom Jobim,
Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque, Carlos Lyra
e Toquinho, nesta página em um vídeo com um de
seus inúmeros sucessos.  

toquinho e vinicius de moraes

Antonio Pecci Filho, apelidado por sua mãe de "Toquinho",
é um compositor, cantor e violonista. Paulista, teve aulas de violão
com Paulinho Nogueira, e posteriormente estudou harmonia, violão clássico
e orquestração. Seu primeiro grande sucesso em parceria
com Jorge Benjor, ano de 1970, foi com a Música "Que Maravilha".

Os dois, em vídeo, trazem uma das mais belas composições
de Vinicius, em homenagem a uma das mais lindas praias da Bahia.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Um velho calção de banho
O dia pra vadiar
Um mar que não tem tamanho
Um arco-íris no ar

Depois na praça Caymmi
Sentir preguiça no corpo
E numa esteira de vime
Beber uma água de coco

É bom passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Fala de amor Itapuã

Enquanto o mar inaugura
Um verde novinho em folha
Argumentar com doçura
Com uma cachaça de rolha

E com o olhar esquecido
No encontro de céu e mar
Bem devagar ir sentindo
A terra toda rodar

É bom passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Fala de amor Itapuã

Depois sentir o arrepio
Do vento que a noite traz
E o diz-que-diz-que macio
Que brota dos coqueirais

E nos espaços serenos
Sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços morenos
Da Lua de Itapuã

É bom passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Fala de amor Itapuã


vinícius de moraes

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google