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sábado, 31 de março de 2007

Caetano Veloso, Sozinho


Em São Paulo, no dia 17 de fevereiro do ano de 1953,
nasceu Aroldo Alves Sobrinho, conhecido como Peninha.
Cantor e compositor de grandes sucessos de nossa
Música Popular Brasileira, teve uma de suas composições, 
Sonhos, gravada por Caetano Veloso e lançada em 1977,
incluída na trilha sonora de uma novela em uma rede de televisão,
com milhares de cópias vendidas.


Peninha gravou o primeiro compacto em 1972, e várias Músicas
compostas por ele já foram gravadas por muitos intérpretes
tais como Caetano Veloso, Daniel, Alexandre Pires
e   Paulinho Moska, entre outros.

Mas, através de Caetano, incluída no disco Prenda Minha,
Peninha conseguiu um sucesso maior ainda, com Sozinho, tema
de uma telenovela que vendeu mais de um milhão de cópias em 1999.

Esta postagem traz, na interpretação de Caetano Veloso,
a composição deste grande Músico, 'Sozinho'.

carlos miranda (betomelodia) 

Às vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado
Juntando o antes o agora e o depois

Por que você me deixa tão solto
Por que você não cola em mim
To me sentindo muito sozinho

Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho meus desejos e planos secretos
Só abro pra você mais ninguém

Por que você me esquece e some
E se eu me interessar por alguém
E se ela de repente me ganha

Quando a gente gosta á claro que a gente cuida
Fala que me ama só que é da boca pra fora
Ou você me engana ou não está madura
Onde está você agora

peninha

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivoi pessoal / google

quarta-feira, 21 de março de 2007

Aleijadinho, Um Mestre da Arte Brasileira Colonial

anjo com cálice

" É já um homem com alguma importância:
tem a sua oficina, os seus operários e os seus escravos.
Entre estes Isabel, de origem africana, que terá
um filho do seu senhor. O dia em que ele nasce é incerto,
o do batismo também o é, ou não seja a criança
um bastardo, um mulato. No entanto o pai dá-lhe o seu nome:
Antônio Francisco Lisboa. " 


Aleijadinho.
Antônio Francisco Lisboa, seu nome de batismo,
nasceu em Vila Rica, Minas Gerais, em 29 de agosto de 1730,
onde veio a falecer em 18 de novembro de 1814.
Foi escultor, entalhador, desenhista e arquiteto. É considerado
o maior expoente do estilo barroco nas Minas Gerais
e das Artes Plásticas no Brasil, não só à época,
mas durante todo o período colonial.

os profetas, santuário de bom jesus de matosinhos

Embora não haja registros oficiais, acredita-se que
tenha nascido em Vila Rica, hoje Ouro Preto, em Minas Gerais,
tendo sido filho do mestre-de-obras português,
Manuel Francisco da Costa Lisboa com
uma escrava africana, Izabel.

A sua obra compreende desde imagens em
madeira e pedra sabão, matéria-prima tipicamente brasileira,
até igrejas. Suas obras são as mais representativas
do Brasil colonial, com características do
rococó e dos estilos clássico e gótico.

escultura em pedra sabão


Traído pela mulher, e sem filhos, Aleijadinho se entrega à Arte.
Nas idas e vinda a várias cidades, acabou conhecendo
um grande artista carioca conhecido como Mestre Valentim
e acabaram se tornando grandes amigos.

Certa vez, Mestre Valentim convidou Aleijadinho para
ir ao Rio de Janeiro trocar ideias sobre algumas igrejas
vistas na Europa. Aceitando o convite
de bom grado e foi ao encontro de seu amigo.

Chegando ao Rio de Janeiro, foi fazer alguns
esboços do Mosteiro de São Bento e nesta rápida visita,
teve um caso com uma mulher, Narcisa Rodrigues da Conceição,
que marcou profundamente sua vida.

a última ceia

Voltando para Vila Rica, algum tempo depois
Aleijadinho recebe uma carta da justiça,
a qual o intimava a assumir a paternidade
do filho que ele teve no Rio de Janeiro
com Narcisa da Conceição.
Assim ele assume e o filho foi então chamado de
Manoel Francisco Lisboa.

Mais tarde o filho vai morar com seu pai em Vila Rica e lá,
começa a namorar então uma parteira chamada
Joana Francisca de Araújo Correia, mulher parda, filha de
Ana Lopes e de pai desconhecido. Manoel Francisco,
casa-se e em 1803 dá um neto para Aleijadinho.
Ao que consta, o filho de Aleijadinho seguiu sua vocação,
tornando-se também escultor. Casou-se com
Joana de Araújo Corrêa, e teve um filho que recebeu o nome de
Francisco de Paula.

interior da igreja do Carmo

Com aproximadamente quarenta anos, começou
a desenvolver uma doença degenerativa dos membros,
não se sabe ao certo se porfiria, lepra, escorbuto,
reumatismo deformante ou sífilis, que lhe comprometeu
gradativamente os movimentos das mãos e
para poder trabalhar, um ajudante amarrava-lhe as ferramentas
aos membros.

Dessa anomalia em seu corpo causada
pela doença veio seu apelido, Aleijadinho. Já bem velho,
piora de saúde e de 1812 à 1814, quem cuida de dele é sua nora,
Joana, que o considerava como o pai que não teve.
Com aproximadamente oitenta e quatro anos,
Aleijadinho veio a falecer em 18 de Novembro de 1814,

Morreu pobre, mas até hoje suas obras
permanecem para mostrar a vida das pessoas de Minas Gerais
na época do Brasil Colonial.
Tem todas as características de ter sido iniciado na Maçonaria,
pois a simbologia magistral, nos pórticos das Igrejas
e nos altares mostra, para os que a essa Ordem pertencem,
que estão diante da obra de um maçom de alto grau.

carlos miranda (betomelodia) 

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Vinicius de Moraes e Toquinho: Tarde em Itapuã



Vinicius de Moraes, apelidado por Tom Jobim de "Poetinha",
carioca da gema, diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor,
ficou famoso com seus sonetos líricos e por suas composições.
Boêmio inveterado, era um grande e incansável conquistador.

Deixou-nos uma vasta obra, tendo como parceiros Tom Jobim,
Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque, Carlos Lyra
e Toquinho, nesta página em um vídeo com um de
seus inúmeros sucessos.  

toquinho e vinicius de moraes

Antonio Pecci Filho, apelidado por sua mãe de "Toquinho",
é um compositor, cantor e violonista. Paulista, teve aulas de violão
com Paulinho Nogueira, e posteriormente estudou harmonia, violão clássico
e orquestração. Seu primeiro grande sucesso em parceria
com Jorge Benjor, ano de 1970, foi com a Música "Que Maravilha".

Os dois, em vídeo, trazem uma das mais belas composições
de Vinicius, em homenagem a uma das mais lindas praias da Bahia.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Um velho calção de banho
O dia pra vadiar
Um mar que não tem tamanho
Um arco-íris no ar

Depois na praça Caymmi
Sentir preguiça no corpo
E numa esteira de vime
Beber uma água de coco

É bom passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Fala de amor Itapuã

Enquanto o mar inaugura
Um verde novinho em folha
Argumentar com doçura
Com uma cachaça de rolha

E com o olhar esquecido
No encontro de céu e mar
Bem devagar ir sentindo
A terra toda rodar

É bom passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Fala de amor Itapuã

Depois sentir o arrepio
Do vento que a noite traz
E o diz-que-diz-que macio
Que brota dos coqueirais

E nos espaços serenos
Sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços morenos
Da Lua de Itapuã

É bom passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Fala de amor Itapuã


vinícius de moraes

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Emílio Santiago, Copacabana

betomelodia.blogspot.com

Domingo, 24 de dezembro de 2006, partiu Braguinha.
Foram 99 anos de presença entre nós...
Um dos maiores compositores da Música Popular Brasileira,
autor do clássico Copacabana, título de um dos meus Shows
e da letra do famoso Choro de Pixinguinha,
Carinhoso, com centenas de interpretações.
Foi também um grande carnavalesco, com
a autoria de Sambas-Enredo que deram
o tricampeonato à Escola de Samba da Mangueira
no Rio de Janeiro, que o homenageou no
carnaval de 1984. Saudades, Braguinha.

carlos alberto ferreira braga, o braguinha

Para homenagear este grande ícone da Música Popular Brasileira,
um carioca admirador das maravilhas e do povo de sua
cidade natal, Rio de Janeiro, que à ela dedicou muitas poesias em forma
de canções, a postagem de hoje traz um vídeo com a interpretação
de Emilio Santiago, cantando Copacabana.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Existem praias tão lindas cheias de luz
Nenhuma tem o encanto que tu possuis
Tuas areias teu céu tão lindo
Tuas sereias sempre sorrindo

Copacabana princesinha do mar
Pelas manhãs tu és a vida a cantar
E à tardinha o sol poente
Deixa sempre uma saudade na gente

Copacabana o mar eterno cantor
Ao te beijar ficou perdido de amor
E hoje vive a murmurar
Só a ti Copacabana eu hei de amar

alberto ribeiro / braguinha

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Cartola, Acontece


O ano foi 1908. O bairro carioca onde uma estrela negra apareceu,
foi o Catete que o teve como morador até os 8 anos.
Mas Catete o perdeu para Laranjeiras e depois para o Morro da Mangueira,
onde foi um dos Fundadores da escola de samba com as cores verde e rosa,
A Estação Primeira de Mangueira. Estou escrevendo sobre
Angenor, sim, Angenor de Oliveira, o Cartola.

cartola

Ganhou de presente do pai, um cavaquinho aos nove anos,
participando de muitas apresentações em festas de rua na
cidade do Rio de Janeiro. O início de sua fama como compositor
deu-se bem mais tarde, quando certa vez um rapaz procurou-o com
um recado de Mário Reis, um popular cantor da era do
rádio, apelidado de Bacharel do Samba.
Eis a história contada por Cartola.

 "Cartola, vem cá. O Mário Reis tá aí,
queria comprar um samba teu". "O quê? Comprar samba?
Você tá maluco, rapaz? Eu não vou vender coisa nenhuma."
Então o rapaz disse: "Quanto é que você quer pelo samba?"
Eu virei pro cara, no cantinho, disse assim: "Vou pedir 50 mil réis".
"O quê, rapaz? Pede 500." Com muito medo, pedi 500 contos.".
Não, dou 300. Tá bom?" Eu disse assim: "Bom, me dá esses 300 mesmo".
"Mas com muito medo".

Mário Reis comprou mas, não deu para a voz dele. Então gravou
o já famoso Chico, Francisco Alves.
A partir de então, o nome Cartola passou a fazer parte da elite do samba.

Para a página de hoje, escolhi uma de suas composições
que gosto muito, por sua simplicidade, poesia e por
retratar momento que muitos de nós conhecemos. Acontece.
Adicionei um curto vídeo, com o criador interpretando sua obra,
que tenho certeza apreciarão.

carlos miranda (betomelodia) 

( vídeo em 360p )
Esquece o nosso amor vê se esquece
Porque tudo no mundo acontece
E acontece que eu já não sei mais amar
Vai sofrer vai chorar e você não merece
Mas isso acontece

Acontece que meu coração ficou frio
E o nosso ninho de amor está vazio
Se eu ainda pudesse fingir que te amo
Ah! se eu pudesse
Mas não quero não devo faze-lo Isso não acontece

cartola

fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - textos: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Tom Jobim, Luíza


Rio de Janeiro. Um dia chuvoso.
Em um bar estavam Tom Jobim, Carlinhos de Oliveira
e Chico Buarque quando uma moça entrou  para
proteger-se da chuva. Chamou a atenção do Tom por
sua beleza e inspirou-o para a composição
que é o tema desta página.

tom jobim

Tom iniciou sua brilhante carreira trabalhando
em várias casa noturnas do Rio, como pianista. Ele e seu
amigo Newton Mendonça revezaram-se nas apresentações
por várias vezes, o que deu início a uma ótima parceria
que resultou em muitas composições tais como
"Desafinado" e "Samba de Uma Nota Só".

No início da década de 50, Tom Jobim, empregado de
uma gravadora no Rio de Janeiro, tinha como ocupação as
transições de Músicas para o registro das mesmas.
Mas a boemia venceu, ainda bem,  e Tom deu uma virada em
sua vida, conforme suas declarações:

"Resolvi mudar de vida de repente.
Para ser bicho diurno, arranjei um emprego na Continental Discos.
Levava minha pastinha, com algumas partituras. Alguém
cantava uma Música, batendo na caixa de fósforos e
eu punha a melodia no papel."
( jobim, helena, página 85 )

Graças à mudança de vida e ao talento inato de Tom Jobim,
a Música Popular Brasileira foi enriquecida de tal
maneira que conquistou o mundo com suas composições.
A seguir, uma obra prima do Mestre Jobim, por ele interpretada
e que fazia parte de meu repertório: Luiza.

carlos miranda (betomelodia) 

(vídeo em 480p)
Lua espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador cheio de estrelas

Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luíza 
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração

Vem cá Luíza me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo vem me exorciza
Dá-me tua boca e a rosa louca vem me dar um beijo
E um raio de Sol nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luíza
Luíza Luíza

tom jobim


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google