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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Francis Hime, E Se...


Francis Victor Walter Hime. Ou simplesmente, Francis Hime. Nascido na Cidade
Maravilhosa, Rio de Janeiro, no ano de 1939 é tema desta postagem. Compositor com
formação em arranjo, harmonia, regência, atuando desde os seis anos como pianista
e cantor. Foi um dos principais elementos da nova Música Brasileira nos anos 60. Tenho
como perfeita esta frase sobre ele, uma fusão entre o erudito e o popular na Música:

" Tom Jobim é um piano, Caymmi um violão, Vinicius, uma caneta,
Noel, um terno branco. Por analogia, Francis Hime é uma orquestra.
E uma orquestra sinfônica. "

francis hime

Ele representa a melhor geração de compositores surgida no Brasil desde o final
da década de 20. Não há dúvidas que Francis Hime tem um destaque especial dentro
da história da Música Brasileira, visto que atuando em todos os ritmos brasileiros
sua obra os refina, tornando-os belos e repletos de vitalidade.

Ilustrando esta postagem, escolhi um vídeo em que Francis Hime interpreta uma
de suas composições em parceria com Chico Buarque, "E Se...", com belas imagens
de minha terra natal, Rio de Janeiro. 

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
E se o oceano incendiar
E se cair neve no sertão
E se o urubu cocorocar
E se o botafogo for campeão
E se o meu dinheiro não faltar
E se o delegado for gentil
E se tiver bife no jantar
E se o carnaval cair em abril
E se o telefone funcionar
E se o pantanal virar pirão
E se o Pão de Açúcar desmanchar
E se tiver sopa pro peão
E se o oceano incendiar
E se o Arapiraca for campeão
E se à meia noite o sol raiar
E se o meu país for um jardim
E se eu convidá-la para dançar
E se ela ficar assim assim
E se eu lhe entregar meu coração
E meu coração for um quindim
E se o meu amor gostar então de mim

chico buarque / francis hime


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 22 de julho de 2014

Jorge Ben Jor, Que Pena

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O que posso escrever, sobre Jorge Ben Jor? Um Músico completo: compositor,
cantor, instrumentista, arranjador, resumindo: um inovador em todos os sentidos.
 Autor de uma grande obra, ingressou no cenário nacional com duas canções que
nada tinham em comum com os sucessos da época, a Bossa Nova e tampouco
com o Samba tradicional:  Mas Que Nada e em seguida Chove Chuva.

Difícil senão impossível, classificar suas composições. É a única Música em nossa língua,
o português do Brasil, que alcançou o primeiro lugar entre as mais tocadas nos
Estados Unidos até hoje e seu estilo e balanço, são inconfundíveis. Todas as correntes
musicais brasileiras e também internacionais, gravaram uma de suas criações e
algumas sofreram grande influência por seu estilo. São muitas centenas de gravações
feitas por cantores e grupos musicais de dezenas de países. 

jorge ben jor

E Jorge Ben Jor não para. Suas turnês na Europa duram no mínimo quarenta dias,
apresentando-se em dezenas de shows, em quase todos os países do velho mundo.
E ao som da Banda do Zé Pretinho, que acompanha Jorge desde o início de sua carreira,
não pode faltar um de seus grandes sucessos, Que Pena, tema desta postagem.
Salve Jorge. Jorge Ben Jor, é claro...

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Ela já não gosta mais de mim
Mas eu gosto dela mesmo assim
Que pena que pena
Ela já não é a minha pequena
Que pena que pena

Pois não é fácil recuperar um grande amor perdido
Pois ela era uma rosa ela era uma rosa
As outras eram manjericão as outras eram manjericão
Ela era uma rosa ela era uma rosa
Que mandava no meu coração coração coração

Ela já não gosta mais de mim
Mas eu gosto dela mesmo assim
Que pena que pena
Ela já não é a minha pequena
Que pena que pena

Mas eu não vou chorar eu vou é cantar
Pois a vida continua a vida continua
E eu não ficar sozinho no meio da rua no meio da rua
Esperando que alguém me de a mão
Me de a mão a mão

jorge ben jor


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 19 de julho de 2014

Liah Soares, Casa Vazia

betomelodia.blogspot.com

A postagem de hoje é dedicada à uma compositora, instrumentista e cantora,
natural lá da então pequena Tucurui, Pará, região que abriga a maior hidrelétrica
do Norte do Brasil. O ano foi 1980 e o mês, janeiro, data em que nasceu
Eliane Soares da Silva, hoje conhecida por Liah Soares.

Habilidosa em compor, é notada por críticos e artistas de nossa Música por
suas inovadoras melodias, com passeios pelos mais diversos estilos tais como
o jazz, black, soul, pop e claro, sem deixar de lado a Música paraense.

liah soares

Possuidora de um talento nato para a autêntica Música Brasileira, ela está
presente nesta postagem com a composição Casa Vazia, de sua autoria e
com as participações de Ivan Lins, seu amigo e ídolo e de Gabriel Grossi, com
sua espetacular gaita de boca.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
Sou uma casa que deserta lentamente
Sou uma sombra que escolheu se encostar
Na minha sala fria minha estante está vazia
Sou tua ausência que vem me habitar

Minha janela ignora claridade
Razão e amor vem despidos nesse lar
As minhas portas doem e meu jardim é devastado
Sou reticências e palavras a esperar

Mas a luz daquele seu olhar
Ao alcance tão distante
Nessa luz daquele nosso olhar
Diz que ainda podemos ser como antes

E vagarosamente o ontem foi caindo
Tão cegamente você vem me espiar
Mais uma taça pro meu choro vir me descobrindo
Vida e morte no meu peito a brindar

Mas a luz daquele seu olhar
Ao alcance tão distante
Nessa luz daquele nosso olhar
Diz que ainda podemos ser como antes

liah soares / ivan lins


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Militão dos Santos, as Cores e a Beleza na Arte Naif

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Foi na capital do forró, Caruaru, no estado de Pernambuco, em 15 de junho de 1956,
que nasceu Antonio Militão dos Santos. Como a maioria dos Artistas deste nosso Brasil, a
sua infância foi atribulada. Trabalhava em feira livre ajudando a família até que na
grande cheia do rio Capibaribe em 1963, contraiu meningite perdendo a audição.

Com a ajuda da família, em 1970 foi para o Rio de Janeiro, onde estudou no Instituto
Nacional para Surdos. Foi então que em uma feira de Arte, conheceu o estilo Naif de
pintura. Paixão à primeira vista e seu trabalho e estilo foi definido: seria um pintor.


militão dos santos
Aos 17 anos, fazia releituras de diversas obras, diversos pintores, sob a orientação
do professor de Arte Rubens Fortes Bustamante Sá. Dois anos depois, consolidou
sua carreira expondo em uma feira hippie onde alguns anos depois, oficialmente
reconhecido, passou a fazer parte do incrível meio Artístico Cultural do Brasil.

A pequena mostra de suas obras que a seguir divulgo, mostram a técnica, o grande
talento deste Artista Plástico, Antonio MIlitão que, com enorme carinho descreve
Recife como a bela Veneza brasileira, fonte de inspiração para sua Arte, de fortes
cores e uma visão especial de sua terra natal e seu povo, Pernambuco.


carlos miranda (betomelodia) 



a pracinha

bumba meu boi, são luis


papagaio, beija flor e jandaias

pesca litorânea


cortadores de cana

maracatu, nação pernambuco


araras, jandaia e papagaio

recém casados


frevo


destaco: joão pessoa
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imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 13 de julho de 2014

Maria Rita, Cara Valente

maria rita

" Sempre quis cantar. Mas a questão não era querer. Era por quê.
Não gosto de fazer nada sem ter um porquê. Fica mais fácil quando
você tem um objetivo, uma meta. O motivo passou a existir
quando percebi que ficaria louca se não cantasse ".


Dominando o palco, radiante, leve solta, encantadora, contagiando
seus  Músicos  e o público:  esta é  Maria Rita  em uma perfeita
performance da composição de Marcelo Camelo, intitulada
Cara Valente, uma crítica aos "durôes". Vamos ao vídeo.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Não ele não vai mais dobrar pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho desaprendeu a dividir
Foi escolher o 'mal me quer' entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar com o coração

Olha lá ele não é feliz
Sempre diz que é do tipo cara valente
Mas veja só a gente sabe
Esse humor é coisa de um rapaz
Que sem ter proteção foi se esconder atrás da cara de vilão
Então não faz assim rapaz não bota esse cartaz a gente não cai não

Ê ê ele não é de nada
Oiá essa cara amarrada é só um jeito de viver na pior
Ê ê ele não é de nada 'oiá' essa cara amarrada
É só seu jeito de viver nesse mundo de mágoas

Ê ê ele não é de nada ê ê ele não é de nada

marcelo camelo


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imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Rita Benneditto, Xangô O Vencedor

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Rita Benneditto. É o nome artístico adotado por Rita Ribeiro, homenageando
o sobrenome de seu pai e sua cidade natal, São Benedito do Rio Preto,
municipio de Maranhão, Brasil.

Rita é uma compositora e intérprete singular, que sempre demonstrou
interesse em Músicas ligadas às religiosidades Afro-Brasileiras. E isto ficou
comprovado ao lançar seu primeiro álbum, no qual ela rearranjou e destacou
uma Música intitulada Jurema, da religião Umbanda, palavra originária de
Angola, África, que em sua língua de origem, o Quimbundo, significa 
"A Arte de Curar".

E esta inclusão originou o projeto denominado "Tecnomacumba" que
após mais ou menos dois anos, tomou forma. Rita preparou uma seleção de
Músicas temáticas da Umbanda e também do Candonblé, outra religião de
origem africana, na qual há o culto aos Orixás, Nkisis ou Vuduns, o que
depende da tribo ou nação.

rita benneditto

O show montado e apresentado pela primeira vez em uma casa noturna da
zona sul carioca, foi um grande sucesso de crítica e de público. Por este
inovador trabalho, Rita ganhou o prêmio de Melhor Cantora na Categoria
Canção Popular, no 21º Prêmio da Música Brasileira.

Selecionei para esta postagem, o vídeo em que Rita interpreta uma Música
sobre o Orixá das pedreiras, das rochas e das terras áridas, autoria de
Ruy Maurity, intitulada  "Xangô, o Vencedor".

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
 
Por detrás daquela serra tem uma linda cachoeira
É de meu pai Xangô que arrebentou sete pedreiras

Foi água nascendo na fonte e espinho na flor
Do seu medo escondido nasceu a coragem de ser vencedor
Punhal na mão no peito um escudo mais fiel
De quem na terra concebeu o céu

São sete pedreiras que ele aprendeu a quebrar
Na faísca da fúria no raio da chuva à luz do luar
Lavou o corpo com o vinho amargo do suor
E fez do próprio bem de todos os males talvez o menor

ruy maurity


fontes
imagens e vídeos: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Quinteto em Branco e Preto, Xequeré

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Ano 2013. Prêmio da Música Brasileira, categoria Melhor Grupo de Samba.
E os cinco foram os vencedores. É,  os cinco. Eu falo dos cinco integrantes do
Quinteto em Branco e Preto: os irmãos Everson Pessoa (violão e voz),
Yvison Pessoa (percussão e voz) e Vitor Pessoa (surdo e voz), e completando
o time, Magnu Sousá (pandeiro e voz) e  Maurílio de Oliveira (cavaquinho e voz).

Talento, capacidade, elegância e grande desenvoltura no palco, é tido
como um dos mais importantes grupos do Samba Brasileiro. Samba de raiz,
Gafieira, Pagode, Samba pop, Samba rap, Samba rock e outros estilos do ritmo
que é a marca registrada do Brasil, o Samba é a "praia" deles. Em seus shows
nacionais e internacionais, o Quinteto conta com o mais três elementos,
Ronaldo Gam (contra baixo), Leandro Neri (piano) e Léo Carvalho (bateria).

quinteto em branco e preto

O Quinteto nasceu em 1996, quando seus integrantes conheceram-se em um
bar do bairro Bexiga, em São Paulo, sendo hoje considerado pela crítica
especializada, como o melhor grupo de samba do Brasil na atualidade. Veio
com o propósito de fazer releitura dos grandes clássicos do Samba, pois apesar
de permanecerem nas lembranças populares, alguns caem no esquecimento.
O grupo tem superado seus objetivos.

Nesta postagem apresento o vídeo em que interpretam uma composição de
Magnu Sousá, Maurilio de Oliveira e Nei Lopes, intitulada " Xequeré ", um
instrumento musical tocado originalmente no Candonblé e outras religiões
afro-brasileiras que, ganhou seu lugar na Música Popular. Um show.
E notem que é apenas um ensaio... 

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )
E lá vai ela chacoalhando o xequeré
E lá vai ela chacoalhando o xequeré

Veio de lá da Bahia capital do canjarê
Mas não sei afinal qual a dela
Se é cravo ou canela ou é mona de ekê
Não sei se ela é pedra noventa
Ou se bota pimenta no acarajé
Eu só sei é que o nego se espalha
Quando ela chacoalha aquele xequeré

E lá vai ela chacoalhando o xequeré
E lá vai ela chacoalhando o xequeré

Chegou no nosso terreiro gargalhando no ganzá
Mas na hora de abrir os trabalhos
Pegou meu chocalho e não quis mais largar
Sacode remexe balança não para não cansa
E não larga do pé
Mas o ponto maior do pagode
É quando ela sacode aquele xequeré

E lá vai ela chacoalhando o xequeré
E lá vai ela chacoalhando o xequeré

Trouxe de Águas de Meninos um bonito 'caxixí'
Bem trançado bonito enfeitado
Todo preparado pra me sacudir
Não sei se é de Maragogipe
Se é de Itaparica ou de Nazaré
Eu só sei é que eu viro criança
Quando ela balança aquele xequeré

E lá vai ela chacoalhando o xequeré
E lá vai ela chacoalhando o xequeré

magnu sousa / maurilio de oliveira / nei lopes


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google