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sábado, 30 de abril de 2016

João Bosco e Zizi Possi: O Bêbado e a Equilibrista

joão bosco e zizi possi

João Bosco. Não tenho muito mais a falar sobre este grande fenômeno do Universo Musical Brasileiro.
Levando ao mais alto nível suas interpretações, superando em muito o que os grandes mestres
consideram louvável, hipnotiza seus ouvintes com arranjos primorosos, harmonizações
em ritmos contagiantes.  Acham estas palavras exageradas?  É só ouvir o toque
eletrizante de seu violão em incríveis  "levadas"  inovadoras e inéditas,
ricas e surpreendentes, tudo isso aliado à sua voz inigualável.


Maria Izildinha Possi, natural da cidade de São Paulo, nasceu em 28 de Março de 1956, é conhecida por
Zizi Possi. Cantora, de formação musical erudita, estudou piano e canto dos cinco aos dezessete
anos de idade, quando mudou-se para Salvador, Capital do Estado da Bahia. Lá, cursou por
dois anos  Composição e Regência.  E não para por aí, pois  Zizi  cursou teatro tendo
participado da da montagem do musical  "Marilyn Miranda".  Trabalhou também
como professora de Música para crianças,  antes de voltar para sua terra
natal, o Rio de Janeiro. E essa é a dupla de geniais Artistas que hoje
ilustra a publicação, com a canção  "O Bêbado e a Equilibrista".

carlos miranda (betomelodia) 


Caía a tarde feito um viaduto e um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos
A lua tal qual a dona do bordel pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel
E nuvens lá no mata-borrão do céu chupavam manchas torturadas que sufoco
Louco o bêbado com chapéu-coco fazia irreverências mil pra noite do Brasil

Que sonha com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu num rabo de foguete
Chora a nossa Pátria Mãe gentil
Choram Marias e Clarices no solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente

Não há de ser inutilmente a esperança dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se machucar azar a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista tem que continuar


joão bosco / aldir blanc


fontes
imagem e vídeo: arquivo poessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

João Bosco, Caminhos Cruzados - de 12/12/2007

Um intérprete para o ser, tem que a vida amar intensamente.
Tem que ver beleza e poesia em tudo que o cerca, saber transmitir
aos ouvintes tudo que o compositor colocou na letra da canção,
amor, alegria, tristeza, toda uma miríade de emoções que a música em si carrega.
Esta postagem é um belo exemplo disto.

 João Bosco de Freitas Mucci é mais uma dádiva de Minas Gerais para  a
Música Popular Brasileira. Foi lá, na cidade de Ponte Nova que nasceu este
compositor, instrumentista e cantor, no ano de l946.

Com seu inconfundível jeito de compor, tocar e cantar teve sua primeira
gravação acontecida em um semanário, O Pasquim, em suas edições que traziam
como complemento um "disco de bolso". E foi em 1972 que, Antonio Carlos Jobim, 
já mundialmente famoso, neste semanário gravou sua composição Águas de Março.
A gravadora precisava encontrar uma outra música para o lado "B" da
gravação mas, achava que seria meio impossível encontrar alguém que tivesse
fôlego para encarar o artista consagrado do outro lado do disco.

E foi então que encontraram "um tal de João Bosco" um músico na época
desconhecido, para gravar o outro lado do compacto simples.
Convidaram o João e levaram um baita susto, pois todas as músicas dele
poderiam ser usadas. Optaram por "Agnus Sei", do próprio João Bosco em
parceria com Aldir Blanc. Foi uma ótima escolha.

Depois do compacto pronto, Tom Jobim pediu para ouvir o outro lado.
Depois de uma grande pausa, olhou pra o produtor e disse:
" Você está querendo me derrubar! Cobriu o João de elogios! "
Riram muito, ainda sem saber que aquele seria um disco histórico, 
pois lançava Águas de Março, considerada posteriormente como a música
do século e a descoberta de "um tal de João Bosco".

Nesta postagem, com um ótimo arranjo de João Bosco, uma composição
de Tom Jobim e Abel Silva, em uma  magistral interpretação.

carlos miranda (betomelodia) 


 ( vídeo em 360p )
Quando um coração
Que está cansado de sofrer
Encontra um coração
Também cansado de sofrer
É tempo de se pensar
Que o amor
Pode de repente chegar

Quando existe alguém
Que tem saudade de alguém
E esse outro alguém
Não entender
Deixe esse novo amor chegar
Mesmo que depois
Seja imprescindível chorar

Que tolo fui eu
Que em vão tentei raciocinar
Nas coisas do amor
Que ninguém pode explicar
Vem nós dois vamos tentar
Só um novo amor
Pode a saudade apagar

tom jobim / abel silva


fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google